Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 6
Capítulo 6: Conhecendo Légolas


Notas iniciais do capítulo

A idade do nosso príncipe é aparentemente desconhecida. Ninguém sabe ao certo, mas estima-se que ele tenha mais de dois mil anos - que múmia, hem? hsahshahshas
Então imagina a idade de Thranduil.
Eles são duas múmias que eu pegaria fácil husauhsuhahus
Venho recebendo mais pedidos pro Thrandelícia se apaixonar na fic também, mais alguém concorda com isso?
Beijos e boa leitura.



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O vestido para o café da manhã era feito de seda. Eu adorava a cor branca, e agora mais do que nunca admitia ser a minha cor favorita, pois caia muito bem em mim, em contraste com a minha pele morena. As mangas eram fofas e não havia marcas na cintura. Em compensação colocaram-me uma faixa dourada que fazia um laço atrás e uma tiara de folhas douradas na cabeça. Olhei no espelho e mais uma vez gostei do que vi, e pude perceber que estava bem comigo mesma.

Talvez eu até pudesse admitir que era boa o suficiente para o príncipe. – Talvez.

Senti certo nervosismo em saber que conheceria o príncipe no café da manhã. Por mais que não me importasse em ser a próxima a sair do castelo e da competição, vê-lo na noite anterior mandando aquela garota embora sem mais nem menos foi perturbador. Se por acaso se importava tanto com sua privacidade, porque colocar trinta mulheres loucas num castelo, numa competição em que o prêmio era o seu coração? Aquilo realmente não fez sentido algum, pelo menos visto de longe.

– Poderei ficar com esses vestidos quando for embora?- Perguntei, não me dirigindo particularmente á alguém.

– Sim, senhorita. – Vell respondeu. – Serão todos seus no final.

Pelo menos os vestidos valiam a pena, e talvez eu pudesse agüentar mais alguns dias pra ganhar mais uns. Por mais que eu não tivesse vaidade o suficiente pra querer guardar coisas, ou me cuidar pra parecer um pouco mais agradável, devo confessar que aqueles vestidos eram bonitos demais até mesmo pra alguém que não se importava com esse tipo de coisa não ter vontade de tê-los. E, quem sabe depois de tudo, quando eu e Runel finalmente pudéssemos ir embora pra bem longe desse lugar, eu poderia escolher um deles pra me casar com ele.

Não gostava de pensar nessa expectativa, mas eu a tinha. Em muitos momentos da minha vida desejei poder me casar com ele e viver feliz em algum lugar desse mundo. Sempre imaginei que tivesse algo esperando por nós, e que ele era o meu parceiro ideal. Percebi que não existiam homens mais iguais à ele: sonhadores e fortes o suficiente pra encarar o mundo ao meu lado. Elegi, em algum momento da minha vida, Runel como o parceiro ideal. E sempre que as coisas entre nós parecessem que não daria certo, algo me fazia acreditar que era questão de tempo.

Talvez se juntasse vestidos suficiente, poderia vendê-los e fugir com dinheiro suficiente pra ter uma vida boa ao seu lado. E ficaria com apenas um para o casamento.

Eu tentaria fazer isso da melhor maneira possível. Eu precisava permanecer mais um tempo no palácio.

Minhas criadas guiaram-me até a porta de entrada do salão onde seria o café da manhã com o príncipe. Vi Sigrid sentada bem ao meio, e pedi pra trocar de lugar com uma garota pra poder conversar com alguém que eu conhecia.

Sigrid era bonita. Tinha a voz doce e um jeito de menina, apesar de ter mais de trinta anos de idade. Filha do arqueiro – e agora senhor de Valle – Bard, ela havia recusado dez casamentos desde a adolescência porque julgava seus pretendentes como “alguém sem futuro”, mesmo ele sendo muito rico e influente.

– Sempre soube que a minha hora chegaria. – Sigrid disse, quando comentei sobre a sorte de estarmos ali. – Eu nunca deixei de ter esperanças de chamar a atenção de alguém mais importante do que aqueles homens que me pediram em casamento. E vejo que você também, já que tem vinte anos e ainda não se casou.

– Minha mãe até tentou casar-me com alguns, mas papai nunca aprovou nenhum. – disse, mas não queria extender aquele assunto. Era incomodo falar sobre quem eu era digna ou não, já que não me importava de sequer fugir com Runel, que era o cavalariço de meu pai.

– Bom dia garotas. – Swín cumprimentou-nos, me salvando de uma conversa nada agradável com Sigrid. Poucos minutos ao seu lado e pude perceber o porquê não éramos mesmo amigas. – Antes do café, quero dizer-lhes algumas coisas. Primeiro: quando o príncipe entrar, curvem-se perante ele. Mas não é pra curvar com a coluna, e sim com um movimento gracioso com as pernas – Swín ensinava-nos o movimento enquanto falava. – e não se esqueçam de curvar a cabeça junto. Ontem estávamos tão atrasadas, que não deu tempo de ensinar a vocês como se comportarem perante Vossa Majestade. Segundo: Vossa Alteza dispensou uma garota ontem à noite mesmo, pois nunca, jamais uma garota pode ir procurá-lo. Está nas regras, e espero que as senhoritas tenham decorado cada uma delas. Se ainda não fizeram, façam o mais rápido possível antes que qualquer uma de vocês sejam a próxima a serem expulsar por estupidez.

“Mas a garota não parecia ir procurar o príncipe.” – pensei. Para mim, estava mais andando pelo jardim sem perceber que havia alguém lá, do que tentando perturbar a paz do principezinho.

– E terceiro: sejam muito bem educadas essa manhã. E lembrem-se, ele é quem escolhe, não vocês. Então não precisam começar já com essa cara de que não confia em ninguém. Relaxem, e aproveitem o que o palácio tem pra oferecer a vocês.

Swín terminou o seu discurso, e vi o príncipe entrar no salão sem nem sequer ser anunciado pelas trombetas como aconteceu no dia anterior com o rei.

Ele parecia não se importar com isso. Na verdade, nem parecia querer estar ali.

Mas o príncipe era ainda mais bonito do que me pareceu ser de longe. Seus olhos tão azuis, e seus cabelos perfeitamente lisos contrastavam-se com sua pele tão branca e sua boca extremamente vermelha. Queria parabenizar Thranduil – não só porque ele também era a coisa mais perfeita que eu já vi – mas também pelo belo trabalho de sua vida, que era o príncipe Légolas.

Todas as garotas curvaram-se perante ele, e como na noite anterior, tive que me despertar dos meus devaneios pra perceber o que estava acontecendo à minha volta. Dessa maneira seria mesmo expulsa logo, logo.

– Podem se sentar. – O príncipe pediu, e todas nos sentamos de uma vez só tentando fazer menos barulho possível. – Eu agradeço muito a presença de todas vocês aqui. São muito bonitas, e com certeza muito importantes, pois meu pai limitou essa competição à uma lista com poucos nomes. – Légolas disse, e eu pude sentir que havia algo de errado em sua voz. Ele parecia nervoso, e ao mesmo tempo frustrado. – Quero deixar claro que eu, por mais que tenha escolhido uma por uma e lido, e relido cada ficha com o máximo de cuidado do mundo, eu ainda não as conheço bem. E que não tolero a quebra de regras. Me sinto nervoso em estar perto de tantas garotas tão bonitas, mas acho que isso vai passar com o tempo, quando puder conhecer cada uma de vocês melhor. e agradeço ás humanas que aqui estão, fiquei muito feliz pelo rei ter deixado que ambas as raças participassem.

Légolas emitia uma confusão de sentimentos a cada frase que falava. Por um momento, ele parecia um príncipe encantado que todas sonhamos quando criança. Por outro, parecia tão inseguro e nervoso, que parecia gritar para o mundo que não entendia o motivo de estar ali. Em outro, era exatamente igual à Thranduil, tão rude e grosso com um ar de superioridade de dar medo.

Vi que ele parava em uns momentos numa frase entre outra para respirar um pouco. Certeza de que estava muito mais nervoso do que a maioria de nós ali, e senti um pouco de dó. Olhando assim, era mesmo algo triste, afinal quantos anos ele tinha? Oitocentos? Mil? Ou até mesmo mais de dois mil anos, e nunca em sua vida teve alguém? Qual era o problema que ele tinha com as mulheres, que ele não conseguia uma sozinho?

Minhas duvidas seriam respondidas depois – ou nunca – mas as guardei para mim mesma.

Légolas andava pela mesa, olhando nas placas os nomes de cada uma e dando um singelo beijo nas costas da mão.

Não era nada demais. Ele lia nossos nomes, encarávamos e dava um beijo. E só.

“Então porque me sinto tão nervosa?” – Pensei, e percebi que minhas mãos suavam mais do que deveriam. Tentei limpá-las no vestido várias vezes, mas pareciam não querer colaborar comigo, fora que seda escorregava muito.

Quando chegou em Sigrid, o cumprimento foi tão rápido que nem pude respirar e inspirar pra conter um pouco meu nervosismo. Talvez estivesse tão nervosa por saber que ele era um príncipe, e que era um dos homens – ou melhor, elfos – mais bonitos que eu já vi em toda a minha vida. Não tinha importância, ele não era mesmo nada demais, pelo menos pra mim o príncipe não significava nada.

Legolas parou em frente à placa que dizia o meu nome, e o tempo que se passou parecia ser bem maior do que demorou pra cumprimentar Sigrid.

– Que belo nome. – Disse, mais pra si mesmo do que pra mim.

– Perdão? – chamei sua atenção, que desviou seu rosto da placa de pedra branca para mim.

– Disse que é um belo nome.

– Obrigada. – Agradeci, afinal era um nome comum, não é?

– Posso te chamar de Luz? – Légolas perguntou, enquanto segurava minha mão para beijá-la.

– Sim, alteza. – respondi, apesar de muita gente preferir me chamar de Belle. Na verdade, eu era mais Belle do que Luzziel, e acho que não me acostumaria em ser chamada de Luz. Mas o príncipe sorriu diante a minha resposta e beijou minha mão.

Légolas continuava a andar pelas garotas, cumprimentando-as e beijando suas mãos, enquanto eu mesma tentava absorver o que havia acontecido comigo.

Porque estava tão nervosa perante aquilo tudo? E daí que ele era muito bonito, isso não significava nada, Légolas não era nada.

A única coisa que era, de fato, engraçada, é que eu não conseguia lembrar-me de seu nome de jeito nenhum, e durante um mês inteiro antes da Seleção achava que era algo mais para Milhas ou Léguas. E ele gostou do meu nome.

Mas isso não era nada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada sempre pelos comentários meninas. Já vi que a maioria de vocês são muito apaixonadas por esses elfos loiro-platinados shahshahs não tem como não ser
Beijos e até o próximo capítulo ♥
Obs: acham que Belle se derreteu toda por Légolas logo de início?