Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 3
Capítulo 3: Fui Selecionada.


Notas iniciais do capítulo

O título já é um spoiler hushahshau desculpem não sou muito boa com títulos.
Gostei bastante do fato das pessoas estarem pedindo mais, e eu adoro os comentários de vocês, mesmo ♥
Obrigado por acompanharem e favoritarem. Essa história é realmente muito diferente das outras por ai, por é a junção de dois mundos completamente diferentes.
Se existisse uma seleção com Légolas, alguma de vocês se inscreveriam? kkkkkk eu com toda certeza sim ♥
Légolas é um amor de anos e meu coração se partiu em mil pedacinhos na sua história de friendzone com Tauriel hshahsauhhsuahushahus. Apesar de achar que Kili e ela eram mesmo perfeito juntos
Já falei demais.
Boa Leitura.



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O ar gelado da manhã de inverno sempre foi o meu preferido. Há mais ou menos um mês mamãe entregou aquela maldita carta de seleção, porém nenhuma noticia ainda foi dada sobre. Cogitei pegar um cavalo e sumir na primeira semana, mas segurei essa vontade, pois por mais que meu pai botasse muita expectativa em cima de mim sobre essa oportunidade, eu não ousaria fugir de casa sozinha e totalmente despreparada.

A Terra média não é um lugar muito seguro pra se fazer uma loucura como essa. Por onde vamos, conhecemos histórias sobre o que há de ruim por ai. Orcs, Ogros, Wargs, aranhas gigantes, Globins e mais um monte de criaturas que muitas pessoas nem sequer sabem o que são.

E eu era relativamente fraca. Sabia cavalgar, aprendi uma ou outra coisa sobre espadas, mas não tinha experiência, pois mamãe nunca deixava eu me envolver em coisas de “homens”. Preconceito da parte dela, em minha opinião.

Eu cresci então fazendo o que mais detestava: crochê e aprendendo a cozinhar pra servir de uma boa esposa pra um homem que supostamente seria o escolhido pra ser meu esposo. Sorte minha que nunca nenhum homem se interessou em mim, ou pelo menos não levavam as tentativas de mamãe me casar a sério.

Até chegar essa carta, e meus pais enxergarem uma possibilidade que não existia. Era claro que eu faria nada pra conquistar o príncipe, eu não era desse tipo. Nunca levei jeito pra seduzir alguém. Muito pelo contrário, sentia que nunca poderia fazer algo parecido.

Fui até o estábulo procurar Runel, nos últimos dias voltamos a conversar como se fôssemos os melhores amigos que éramos antigamente. Sentia saudades de poder falar abertamente com alguém, já que não tinha amigas e nem podia conversar com os homens que havia conquistado amizade. Concluí que ficar num castelo com vinte e nove outras loucas querendo aparecer não seria nada legal.

– Bom dia Belle. – Runel cumprimentou-me.

– Bom dia Run. Como estão os cavalos? – perguntei.

– Prontos, apenas esperando a senhorita criar coragem e fugir com um deles. – Runel respondeu-me rindo. Ele sabia da minha vontade de fugir de casa, e em muitos momentos foi a conversa que tivemos que me fez desistir.

– Eu realmente não vou fazer isso, não se preocupe.

– Acho ótimo. Prefiro saber que a senhorita está trancada num castelo com outras garotas se descabelando pra conquistar o príncipe elfo, do que perdida por aí nesse mundo.

Runel parecia mesmo se preocupar muito comigo, e eu achava aquilo muito bonito. Sentia que sua amizade por mim nunca havia se abalado por qualquer motivo, e pude agradecer por isso.

– Talvez você pudesse vir comigo algum dia. – disse, notando que esse era um propósito nosso desde criança.

– Essa é uma de nossos antigos sonhos, senhorita Belle. Agora está tudo muito diferente, sabe? A senhorita cresceu e eu também. Preciso ajudar meu pai, que já quase não consegue trabalhar. E a senhorita está prestes a se casar e virar uma princesa, não é?

– Do que está falando? - surpreendi-me com o que Runel pensava. – Eu não vou me casar com esse Légolas, por que acha que eu vou?

– Nada é por acaso. Légolas se encantará pela senhorita, tenho certeza disso. – Runel disse, mas parecia bem convincente e um pouco triste sobre isso.

– Eu tenho certeza que não. – defendi-me. – Eu não sou nada do que ele está procurando.

Runel parou seu trabalho pra olhar-me nos olhos. Era um pouco alto, e tinha olhos verdes claros que eram encantadores. Apesar dos castigos do sol e neve em sua pele pelo trabalho duro que prestava ao meu pai, ele era muito bonito.

– Lembra-se daquela noite, Bel? De quando prometemos a nós mesmos que não aceitaríamos nada disso, que nossa vida é mais do que isso? – Runel perguntou-me, e me fez lembrar do que estava falando. – Lembra-se que prometemos fugir, que o mundo era pequeno demais pros nossos sonhos? Então, naquela noite eu sabia o quanto eu gostava de você, e que largaria tudo pra poder vivermos esse sonho.

Runel falava, e eu não consegui esboçar nenhuma reação. Lembro-me daquela noite perfeitamente. E lembro-me de que a partir daquele dia meus sonhos foram todos voltado a cumprir essas promessas.

– Foi quando tínhamos quatorze anos. – Runel continuou. - Foi quando nos beijamos pela primeira vez.

– Depois daquilo você se afastou de mim. – disse, recordando-me de tudo o que aconteceu.

– Afastei, sim. Depois daquilo eu completei quinze anos, meu pai quebrou o joelho e não pôde mais trabalhar devidamente. Depois daquilo, eu vi o meu lugar, Bel. E eu também vi que eu não poderia cumprir com nada do que te prometi. – Runel falava com lágrimas nos olhos. – E foi então que eu percebi o seu lugar, e o quanto você merece muito mais do que prometi a você naquele dia. Eu não estou dizendo que você deve virar uma princesa porque seus pais acham que deve, mas sim porque é o seu lugar. Légolas vai descobrir em você a garota ideal, como eu sempre vi.

– Runel, está sendo injusto consigo mesmo. Ainda podemos...

Não pude completar a minha frase, quando avistei um cavaleiro vindo da borda sul da Floresta. Parecia ser um elfo.

Virei-me para dizer qualquer coisa à Runel antes do cavaleiro chegar, mas este já havia sumido e me deixado completamente só. Parecia que ele realmente se sentia inferior à mim, mas eu achava aquilo tão injusto. Nunca o vi como um empregado, mas sim como meu melhor amigo, a quem eu sempre podia contar quando nada mais no mundo parecia fazer sentido algum.

O cavaleiro chegou perto, era o mesmo que me entregou a carta de pré-seleção.

– Bom dia senhorita Luzziel. – o elfo cumprimentou-me.

– Bom dia senhor. – cumprimentei de volta, tentando disfarçar a angústia da voz.

– Venho lhe comunicar que uma das trinta vagas foi preenchida pela senhorita, meus parabéns. – O elfo dizia enquanto entregava-me uma nova carta. – Aqui está uma cópia esclarecendo tudo, desde os benefícios às regras. Ficarei na cidade até amanhã à tarde, quando terei de levar a senhorita comigo até o castelo.

– Amanhã? – assustei-me com o prazo. Era muito curto para recuperar-me do susto de ser escolhida.

– O senhor Thranduil tem pressa. E eu não estou autorizado a voltar sem a senhorita comigo. – esclareceu.

– Claro. Eu estarei pronta. – disse, mais querendo me livrar dele do que concordando com o que havia dito.

– Qualquer dúvida, estarei na sua principal hospedagem. Esteja pronta amanhã ao final da tarde. Até mais. – O elfo se despediu e se foi.

Abri a carta ali mesmo, ainda não acreditando em minha “sorte”. Nela haviam regras e procedimentos que deveria guardar e provar que eu estava apta pra seguir na competição:

“Parabéns por ser uma das escolhidas de Vossa Alteza, o príncipe Légolas.

A candidata deverá ter acima de vinte anos, ser magra e não apresentar quaisquer tipo de doença.

Têm de ser virgem, comprovadamente com uma carta de sua mãe que assegure tal posição. Se, caso a carta for falsa, essa será banida, e perderá o privilégio de se casar com o príncipe.

Esteja claro que vossa alteza, o príncipe Légolas poderá deitar-se com qualquer moça que quiser, se assim for de seu agrado. E essa não poderá rejeitá-lo sob nenhuma circunstância.

A candidata deve manter o respeito e a ordem, e jamais procurar o príncipe quando bem desejar. Se caso acontecer, esse poderá expulsá-la do palácio imediatamente.

Não é permitido nenhum tipo de romance entre candidatas e outros rapazes. É dado como traição por parte de ambos, e a sentença será escolhida pelo príncipe, que vai desde açoites à perda da mão esquerda.

A candidata deve permanecer no castelo sempre, e nunca poderá afastar-se dele enquanto estiver em competição, a menos sob ordem do príncipe.

Apenas o príncipe poderá mandar a candidata embora. Nem mesmo Vossa Majestade, o rei Thranduil, poderá excluir qualquer garota, a menos que tenha a aprovação do príncipe.

O único traje permitido durante a competição será vestidos.

Comunicação com os pais uma vez por mês.

E por último, caso seja escolhida por Vossa Alteza, será permitido que os familiares da senhorita venham morar no palácio.

Boa Sorte”

Sorte? Depois de ler tudo aquilo, achei que realmente a sorte não ia mesmo com minha cara. Era tudo muito ridículo. Então, se o príncipe quisesse passar uma noite comigo e depois me mandar embora era permitido? Isso sim era ridículo. Eu não poderia aceitar entrar numa coisa suja como essa.

Tinha certeza que meu pai não permitiria, então mostraria à ele no que estava me metendo. Afinal, não poderia simplesmente ser uma distração, um brinquedo nas mãos do príncipe. E quais eram os benefícios, afinal? Vestidos? Pois, até agora, tudo o que eu consegui achar nisso tudo eram regras nojentas em uma competição que eu não gostaria de entrar de jeito nenhum.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários, e por favor, comentem mais ♥♥♥♥♥♥
Beijos e até o próximo capítulo.
obs: o que acharam das exigências? Foi demais?