Enquanto você dormia escrita por Grazy


Capítulo 15
I love her, but I'm not in love with her.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de pedir desculpas pelo ultimo capitulo, eu já o achava horrível, mas quando eu mostrei toda animada para minha amiga o capitulo e os comentários ela falou:
"Não acredito que você fez seu leitores lerem isso, eles devem amar essa historia ou no minimo são gentis para não perguntarem que merda você tinha na cabeça quando escreveu"
Eis que eu entrei em uma pequena depressão, e ai escrevi um planejamento para fic, para capitulos como aquele não voltarem a acontecer, como escrevi o tal planejamento hoje e esse capitulo já tava pronto eu decidi postar.

Boa leitura Cupcakes.




“Estar apaixonado é um estado e amar é um ato. Sofre-se um estado, mas decide-se um ato.”
― Denis de Rougemont



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Pov. Damon

– Não podemos obriga-lo a nada. – Hayley começou.

– Só queremos pedir... – Rebekah continuou um pouco nervosa.

– Nós não estamos pedindo, estamos te obrigando mesmo, a Elena é uma mulher incrível e você já a fez sofrer demais, para de machuca-la ou nós vamos te machucar – Caroline foi direta – Não é brincadeira, nós nos preocupamos com a Elena, você pode ser amigo do Klaus e tudo mais, mas não duvide que nós podemos te fazer sofrer de um jeito inimaginável, estamos combinados?

– Ela é minha mulher! – Me defendi e as três riram.

– Sua mulher é aquela loira sem sal, nem açúcar, não diga esse tipo de coisa pra mim, eu não sou seus amiguinhos Damon, nenhuma de nós é, e nós vamos te falar a verdade, você foi um idiota sem medida com a Elena, a fez sofrer de uma maneira inimaginável, e você ainda se acha certo, ela te deu tudo oque tinha e você só se aproveitou enquanto pode, porque no momento em que ela mais precisou de você, você deu as costas a ela, e agora se você tiver um resto de vergonha na cara, vai fazer exatamente oque eu estou falando – Caroline se levantou batendo na mesa – Não a machuque Damon, ou nós acabamos com você.

– Vocês já mandaram fazer os ternos? – Rebekah perguntou enquanto, Caroline se acalmava.

– Ainda não – Respondi a olhando e depois me voltando a Caroline – Porque eu não devo me aproximar? Você quer que ela fique com o idiota do seu primo?

– Não, mas tenho certeza que se fosse ele com a Elena naquela época, ele teria sido muito mais homem que você, o homem que você não conseguiu ser. – As três marcharam para fora da sala me deixando sozinho.

– Sr. Salvatore? – Vicki entrou pela porta com uma bandeja com uma xicara e uns bolinhos – Porque a Caroline estava assim? Ela pediu para eu colocar veneno na sua comida.

– Talvez você devesse ter colocado – Ela fez uma cara confusa – Tudo bem, pode deixar as coisas aqui.

– Sua irmã esta no telefone. – Ela deixou a bandeja e saiu da sala, peguei o café tomando um pouco, segurei o telefone o levando ao ouvido.

– Oque quer, Paola? – Escutei um riso do outro lado.

Tenta mais uma vez maninho. – A voz um pouco abafada de Rose se fez presente.

– Rose, a que devo o prazer dessa ligação? – Apesar de Rose e eu sermos muito próximos quando crianças ela tem se afastado cada vez mais, principalmente por ela morar na Itália e eu em Boston.

Mamãe e papai estão aqui em casa, reclamando porque a Paola ainda não veio procurar faculdade por aqui – A verdade dessa historia é que ela não quer fazer faculdade na Itália, ela não quer sair daqui – Oque eu digo a eles?

– Que tal a verdade, Paola não quer ir pra Itália, quer continuar aqui, comigo, já que eles abandaram a filha, e eu tive que cuidar dela – Ela riu e algo quebrou do outro lado da linha, na casa dela, e ela gritou por Jack e Chris, seus filhos – Cuide bem dos meus sobrinhos.

– Eu vou é dar uns bons gritos com eles, mas eu não liguei pra isso, e sim pra dizer que eu vou dois dias antes do casamento, então separe um quarto pra mim, e um pras crianças.

– Tudo bem, você me mandou o fechamento das contas da empresa aí? – Perguntei pegando um Cupcake da bandeja.

Sim, está no seu e-mail, será que você pode organizar uma jantar ou algo parecido pra antes do casamento, quero rever todos, principalmente a Elena. – Ela estava muito animada.

– Sugiro que ligue para Caroline, ela que organiza esse tipo de coisa, tenho que desligar maninha. – Ela murmurou um “tchau” e eu desliguei o telefone.

Comecei a arrumar as contas da empresa, isso me custou a tarde inteira, só parei por alguns minutos para um sanduiche e voltei a trabalhar, ao final do dia estava exausto, completamente morto, acho que nem conseguiria segurar o volante, meus dedos estavam dormentes de tanto digitar, meu celular tocou e eu tive que colocar no viva voz.

Querido? – Me endireitei na cadeira quando ouvi a voz de Francesca – Damon?

– Oi, Fran. – Tentei manter minha voz de maneira amorosa.

Péssimas noticias, a matéria enrolou aqui, e acho que não vai dar pra voltar pro casamento da loirinha, sinto muito. – Ela parecia realmente triste.

– Tudo bem, terá outras chances.

Como estão as crianças? – Não estava com animo para puxar assunto.

– Bem, Suzy voltou lá pra casa então as coisas estão um pouco mais fáceis, mas agora eu tenho que desligar.

Tudo bem, eu te amo. – Desliguei o telefone e o guardei no bolso, guardei minhas coisas na maleta e dispensei Vicki e fui até o elevador.

O caminho para casa foi demorado, o congestionamento estava enorme, e eu levei quase o dobro do tempo, quando finalmente pude estacionar em casa, sai do carro e entrei em casa, Miguel e Isabella correram até pulando ambos no meu colo, não suportei o peso e cai sentado no chão, eles estavam rindo felizes, e depois de me encherem de beijos me deixaram levantar.

– Damon oque quer para o jantar? – Suzy perguntou vindo da cozinha com duas mamadeiras na mão.

– Eu já falei que vocês não podem mais tomar mamadeira. – Eles riram pegando as mamadeira da mão de Suzy.

– Eles vão tomar de qualquer jeito, a mamadeira é só um detalhe – Suzy os defendeu –Então, oque quer para o jantar?

– Na verdade não estou com muita fome, vou dormir um pouco, faço oque os gêmeos quiserem contanto que seja minimamente saldável. – Suzy assentiu e eles sorriram.

Subi rapidamente a escadas, assim que entrei no meu quarto joguei a maleta e o paletó na poltrona, tirei a gravata e a camisa me jogando de cara na cama, dormi em alguns minutos, acordei de madrugada, com Suzy em casa tudo ficava mais fácil, mas isso não impedia que as crianças corressem pra minha cama de madrugada, os dois estavam deitados do meu lado.

Me levantei e desci as escadas, as luzes estavam apagadas e eu só acendi a da cozinha, fiz um sanduiche e um suco, levei as coisas para sala, e me sentei no sofá, só a luz do abajur estava acesa, mas ela não chegava a iluminar meu rosto, a porta se abriu e eu Paola estava entrando com um garoto parado na porta, ela estava rindo como uma jaqueta na mão.

Acendi a luz antes do tão famoso beijo de boa-noite, ela se virou assustada me olhando e o garoto também, limpei a garganta fazendo um barulho e ela despertou do estado de choque e conseguiu falar alguma coisa.

– Damon, esse é o Lucas, Lucas esse é meu irmão, Damon. – O rapaz loiro acenou rapidamente.

Deu um beijo na bochecha dela, sussurrou alguma coisa pra ela que riu, depois saiu, ela estava com aquela coisa de sorriso apaixonado no rosto, suspirando, andou até mim meia curvada e se sentou do meu lado.

– Sua paixonite pelo Jeremy já passou? – Ela assentiu ainda aérea – Quanto é 2+2?

– Oque? 2 mais quanto? – Ela estava boba demais pro meu gosto.

– EI, quem é esse garoto? Ele parece ser mais velho. –Tomei um pouco do suco olhando ela que deu de ombros.

– É, na verdade ele esta no segundo ano de direito, é irmão da minha amiga, e provavelmente o cara mais lindo e...

– Ok, menos, bem menos – Pedi, ela mordeu meu sanduiche resmungando – Você tem noção de que já são mais de três horas da manhã?

– Qual é? Eu faço aniversario mês que vem, 18 anos, acho que você pode deixar passar essa. – Ela me deu uma cotovelada.

– Nada disso, hoje tudo bem, mas você tem escola amanhã de manhã, então vai dormir, e eu quero conhecer esse tal de Lucas, ok? – Ela assentiu, pegando a jaqueta e subindo as escadas.

– Boa noite, irmãozinho. – Ela falou no topo da escada.

Terminei de tomar o suco e comer o sanduiche, apaguei as luzes e fui até meu quarto, Miguel e Bella estavam esparramados na cama, com suas chupetas, me deitei pelo lado direito ficando na ponta da cama, quase caindo, fechei os olhos e tentei dormir.

***

Acordei pouco depois das 6 da manhã, os gêmeos ainda dormiam do meu lado, as cabecinhas unidas, me levantei os cobrindo com a coberta que já estava no chão, entrei no banheiro tomando um longo banho, quando eu sai ambos já estavam de pé, aparentemente trouxeram todos os brinquedos para o meu quarto, entrei no closet pegando uma blusa cinza de manga longa e uma calça moletom branca, hoje não iria trabalhar, estava de cabeça cheia e quando isso acontecia eu não conseguia fazer nada mesmo, assim que sai do closet as crianças estavam discutindo, mas pararam assim que me viram.

– Não vai trabalhar hoje? – Minha garotinha perguntou se levantando.

– Não, vou só ficar em casa. – Respondi me jogando de costas na cama.

– Quero ficar também. – Miguel resmungou se sentando do meu lado.

– Você não pode. – Garanti e ele fez um bico assim como a irmã.

– Mas você pode! – Ela alegou brava.

– Eu sou o pai, e dono da empresa, basicamente, eu mando. – Ela fez um biquinho fofo.

– Deixa eu fica, você pode mandar só ela. – Miguel sussurrou um pouco alto, e quando a irmã ouviu ficou toda ofendida.

– Vai você, o papai gosta mais de mim mesmo. – Ela deu de ombros e o irmão empurrou ela que caiu de costas na ponta da cama e foi para no chão, 1..., 2...,3..., ela abriu um berreiro e tanto, colocando a mão na cabeça.

– Miguel! – O repreendi – Não pode empurrar sua irmã desse jeito!

– Mas ela que começou. – Ele tentou se defender, dei a volta na cama me ajoelhando perto dela.

– Não comecei nada, você que me empurrou, eu te odeio! – Ela gritou e ele deu de ombros, sua cabeça estava um pouco vermelha e um pequeno corte em cima da sobrancelha.

– Eu também te odeio! – Ele rebateu – E odeio você também que só defende ela! – Ele gritou comigo e se levantou indo até a porta.

– Miguel, para! – Gritei, eu geralmente não faço isso só quando é estritamente necessário – Volta aqui, e senta na cama.

– Não quero. – Ele sussurrou ainda de costas.

– Eu não estou pedindo – O garotinho voltou com os olhinhos vermelhos ameaçando chorar, Bella também tinha parado e me olhava atentamente, bastou eu apontar a cabeça para cama e ela correu para cama sentando longe do irmão – Os dois vão me escutar, ninguém aqui odeia ninguém, vocês são irmãos, ninguém aqui me odeia também, até porque isso só vai acontecer quando vocês tiveram de 13 a 16 anos, essa é mais ou menos a época pra me odiar, até lá todos nós nos amamos, somos uma família, e famílias se amam, Ricevuto?

– Sì, papà. – Eles responderam baixinho.

– Ótimo, agora eu quero um pedido de desculpas, dos dois – Eles se abraçaram pedindo desculpas – Vem aqui Bella, deixa ver essa cabeça, e você vai descendo pra tomar café.

Bella veio até mim, peguei um curativo no criado mudo e coloquei no pequeno corte em sua testa, dei um beijo em sua cabeça e ela correu pelo corredor, arrumei minha cama e peguei todos os brinquedos que eles deixaram dentro do meu quarto, coloquei eles dentro do baú na ponta da minha cama, desci as escadas vendo Paola esparramada no sofá tomando uma xicara de chocolate, passei por ela entrando na cozinha, Bella e Miguel já conversavam tranquilamente, oque me acalmava, sentei na mesa roubando uma das bolachas da Bella que se quer percebeu.

– Klaus ligou – Suzy chegou por traz de mim colocando uma omelete na minha frente – Ele convidou você para uma festa hoje a noite na casa dele.

– Festa! – Bella gritou erguendo os braços.

– Você não vai bonitinha, festa de adulto – Ela fez um bico – Acho que nem eu vou nisso.

– A Elena vai, e a Paola também esta convidada – Ela apontou para as crianças – Hora de tomar banho, vamos.

Eles se levantaram obedientes e subiram as escadas com ela, terminei de tomar café e fui até o quarto do Miguel, ele tinha acabado de tomar banho e já estava vestido com o uniforme, peguei um pente arrumando seus cabelos.

– Você não pode empurrar sua irmã filho, não só por ela ser sua irmã, mas por ela ser garota, automaticamente nós nunca podemos machucar uma garota, elas são mais frágeis que nós – Ele assentiu ainda um pouco triste – Pega um casaco que esta frio.

Ele pegou uma blusa de frio, depois de vesti-lo ele desceu as escadas correndo, fui atrás dele me sentando no sofá, ele colocou um filme de super-herói que eu só conseguiu ver os 5 primeiros minutos já que Bella também desceu as escadas, sua roupas era a mesma que a do irmão a única diferença é que em vez de uma bermuda ela usava uma calça, ela balançou os cabelos lisos na minha frente.

– Estou bonita? – Ela perguntou com as mãos na cintura.

– Uma princesa. – Respondi, ela sorriu vindo sentar do meu lado.

– Você vai levar a gente hoje? – Miguel perguntou.

– Eu que vou – Paola desceu as escadas com botas pretas, uma calça jeans um pouco mais clara que as botas, e uma jaqueta preta, e com uma mochila nas costas – Vem que eu estou atrasada.

– Tchau papai. – Eles deram um beijo na minha bochecha, pegaram suas mochilas de rodinha, e saíram pela porta.

Fiquei deitado no sofá assistindo o filme, acabei pegando no sono, só acordei quando Suzy me chamou para o almoço, ela fez macarrão com almôndegas, que estava delicioso, passei a tarde lendo um livro, coisa que eu não fazia a anos, quando as crianças chegaram da escola estavam muito animados com uma peça de teatro que a escolinha estava organizando, eles passaram duas horas só falando disso.

– E eu vou ser a Maria. – Bella terminou de falar.

– Não sei por que mais eu vou ser o João. – Miguel resmungou comendo um pedaço de bolo.

– Eu imagino. – Falei rindo, eles continuaram falando sobre isso por horas.

Quase na hora do jantar Suzy levou eles para tomar banho, minha irmã chegou logo depois, como uma boa Salvatore ela se jogou no sofá, falando como achava que não conseguiria se levantar nunca mais.

– Então você vai na Caroline, hoje? – Ela se sentou perto de mim com um sorrisinho no lábios – A Elena vai.

– E é por isso que não quero ir – Ela fez uma cara confusa – Caroline me ameaçou, disse que eu só faço mal para Elena, que eu sou um idiota, e muito mais.

– Ela não estava completamente errada, você a beijou, ela correspondeu, oque é um ótimo sinal, mas não existi formula magica pra curar coração quebrado, e o dela esta assim, antes de tentar ficar com a Elena, termina com a Fran, nem a Lena, nem a Fran e nem você merecem isso. – Ela parecia muito mais velha do que realmente era quando falava essas coisas.

– Eu sei que eu amo a Elena, e sinto que ela também me ama, mas não sei oque eu sinto pela Fran, se é amor, ou se é amizade. – Minha cabeça era uma confusão imensa.

– Como você sabe que ama a Elena? – Ela perguntou.

– Quando eu olho pra ela, é como se fosse a primeira vez, como se a cada vez que eu a visse, eu estivesse me apaixonando mais, eu sei que amo quando ela esta brava e franze a testa, ou que odeio quando aquela veia na testa dela aparece, porque é quando ela chora, eu amava quando ela pegava os gêmeos ainda bebes e cantava para eles dormirem, ela tinha uma voz tão delicada e doce, e aquela voz era só minha, minha e deles, assim que entendia o quanto a amava, porque eu ainda sentia as mãos suadas sempre que estávamos sozinhos, e também sempre estava me perguntando como alguém tão perfeita poderia ter me escolhido. – Olhei para Paola que sorria.

– E é assim que você sabe que a ama – Ela constatou – E oque você sente quando esta com a Fran?

– Eu não sei, fico grato por tudo que ela fez, por ter me ajudado com os gêmeos, por ter me ajudado a superar tudo aquilo, no inicio era só isso, mas com o tempo algo aconteceu ela se tornou alguém importante, e quando ela me pediu para parar de ver a Elena... eu fiquei com tanta raiva que... só queria manda-la embora, pedir que nunca mais viesse me ver, que deixasse minha família em paz, porem os gêmeos precisavam de uma mãe, e já tinham se apegado a ela, e confesso que eu também – Paola só balançou a cabeça – E ai futura psicóloga, qual é o veredito?

– Você ama a Elena – Ela sorriu me dando uma cotovelada – Mas sente algo pela Fran, pra te dizer a verdade, eu fiquei realmente emocionada quando você falou sobre a Elena, já a Fran... pareceu um discurso sobre uma Friendzone mau resolvida.

– Você é engraçadinha. – Apertei seu nariz e ela balançou a cabeça se afastando.

– Vamos, prometo que se você quiser nós voltamos mais cedo, mas por favor resolva de uma vez oque quer com a Elena, porque no fim os dois vão sair machucados. – Elas se levantou subindo as escadas, fiz o mesmo caminho, entrei no meu quarto e tomei um banho rápido, coloquei uma calça jeans e uma camisa branca com uma jaqueta preta, deixei meus cabelos desarrumados e fui até o quarto de Bella, ela e o irmão brincavam no chão já de pijama.

– Bebês, o papai vai sair, obedeçam a Suzy, e se vocês se comportarem, levo os dois para a casa da mãe de vocês. – Eles sorriram assentindo.

Dei um beijo em suas testas, e fui até as escadas, Paola estava sentada no sofá com um vestido azul escuro com um casaco da mesma cor, assim que me viu ela se levantou rodopiando duas vezes.

– Como estou? – Ela perguntou por fim.

– Parece até gente – Ela fechou a cara – Uma princesa.

– E você parece um sapo, sem direito a beijinho pra melhorar. – Baguncei seus cabelos e ela voltou a arruma-los.

Fomos no meu carro, um caminho rápido, somente 20 minutos, quando finalmente chegamos Paola desceu do carro sorrindo, fomos juntos até a porta, Klaus abriu e depois de nos cumprimentarmos Paola andou para um canto, e o garoto da noite passada estava lá, agora sei o motivo de insistir tanto para virmos.

– Não imaginava que viria. – A voz de Caroline me fez virar o rosto de onde Paola estava.

– Preferia que não tivesse vindo? – Ela negou, sorriu e me abraçou.

– Eu não te odeio, só não quero ser obrigada a isso, então não me obrigue a odiá-lo. – Ela apontou o dedo pra mim.

– Vou tentar. – Pisquei para ela que sorriu debochada, logo depois foi abrir a porta, passei o olho pelas pessoas na sala, e a notei ali em um canto, sentada na ponta do sofá, os cabelos castanhos jamais me confundiriam andei até ela quando faltava apenas alguns passos para eu chegar nela, o idiota do Parker se sentou do seu lado, me encostei na parede atrás do sofá.

– Está gostando do trabalho? – Ele perguntou, ela passou um tempo em silencio.

– É exatamente como pensei, incrível. – Ela estava animada.

– Meu irmão disse que você está se saindo bem. – Ele comentou.

– Ele que é gentil, seu irmão é muito talentoso – Pude ouvir um riso da parte dele que gerou um riso dela – Oque foi?

– Será que tenho que preocupar com ele? Um possível concorrente? – Olhei de relance ela batendo a mão no ombro dele, ele conseguiu segura-la, depois de um sorriso ridículo de ambos, ela soltou a mão.

– Vou pegar um pouco de água, quer algo? – Ele negou, ela se levantou passando por todos, a segui até a cozinha, ela abriu a geladeira pegando uma garrafa de água, fiquei de frente pra ela.

– Posso saber oque aquilo significa? – Ela levou a mão ao peito, provavelmente levou um susto.

– Oque? – Ela perguntou se recuperando.

– Aquela cena ridícula com o Parker? Pra que? – Ela só riu tomando mais água.

– Cena? Você estava nos espionando? Poupe-me Damon! – Ela tentou passar por mim, mas eu segurei seu pulso – Me larga.

– Porque esta agindo assim? Sendo toda alegre, dando tantos sorrisinho pra ele? Parece até que esta se apaixonando, só tem um problema, não é por mim! – Ela puxou o braço.

– Porque você tem que fazer isso? – Ela colocou as mãos nos olhos – Eu jurei pra mim mesma que não choraria mais por você.

– Me desculpe – Sentei no banco ao lado do balcão – Só que vê-la rir com alguém que não fosse eu me deixou, louco.

– Você fez coisas piores com alguém que não era eu – Ela abaixo os olhos – Para de tentar me fazer sentir mal.

– Eu não estou fazendo isso, eu também estou confuso. – Ela riu sem humor.

– Que bela confusão é a sua não é? Tem nossos filhos do seu lado, e uma mulher, oque eu tenho? – Ela balançou a cabeça – Não se intrometa assim na minha vida.

– Você ainda é minha mulher. – Ela gargalhou.

– Não acredito que disse isso, por Deus, quem você pensa que é? – Me aproximei dela, porem ela colocou a mão no meu ombro me afastando – Oque foi?

– Eu não posso te beijar de novo, porque eu quero fazer isso, e se eu fizer isso, vou me odiar pelo resto da minha vida, e eu mereço mais do que isso. – Ela saiu da cozinha me deixando sozinho.

Fiquei lá por um tempo olhando para o nada, até que Paola entrou olhando por todos os lados, assim que me viu correu até mim dando um tapa no meu braço que me despertou.

– Estão todos te procurando, seu doido! – Ela parecia aliviada por me achar.

– Eu finalmente entendi. – Ela me olhava como se eu fosse louco.

– Oque?

– Eu amo a Fran – Ela fez uma cara decepcionada – Mas não sou apaixonado por ela, eu só fui e ainda sou apaixonado por uma única pessoa durante toda minha vida, eu amo a Fran como uma amiga, mas a Elena é minha unica decisão, minha unica escolha.

– Quer dizer que...?

– Eu vou terminar com a Francesca – Ela abriu um sorriso – E, vou tentar recuperar a Elena, e acima de tudo vou fazer oque deveria ter feito desde sempre, ficar ao lado dela, ela querendo ou não, dessa vez não vou sair do lado dela.


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Notas finais do capítulo

Peço perdão também por esse capitulo, ele ficou bem zzzzzzzzzzzz, mas foi o melhor capitulo que consegui por hora, prometo que terão reviravoltas interessantes nos próximos e que essa amiga muito critica disse que o meu planejamento ficou "ótimo"
Tenho que dizer o quanto amo vocês? Porque é muito, espero que tenham minimamente gostado desse capitulo.
Tenho duas perguntas.
No meu planejamento a fic vai ter de 45 a 55 capítulos, você se importam?
E vocês me odiariam se eu fizesse algo que vocês provavelmente odiariam, mas que seria necessário para fazer algo que vocês amariam?



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