Um rapaz entra em um consultório, senta-se naquela cadeira almofadada ( que por um , só consultórios parecem tê-la) e conversa:

–Doutor, sinto que estou com algo no coração , mas desconheço.

–Comum, meu caro - ao analisar sua prancheta - Fuma?

– Nem eu nem ela.

– Bebe?

– Quando vemos algo de diferente , compramos e experimentamos! Mas na maioria das vezes é sempre o mesmo vinho de sábado

– Colesterol?

– Pode ser sim, se você provasse das panquecas que ela faz , odiaria saber quantas calorias tem.

–Exercita-se?

–Quando não bate a preguiça , corremos aos finais de semana.

–Nome dos medicamentos sob prescrição que já tomou.

– Ela quem sabe bem! Tem uma memória de elefante.

– Pressão?

–Levamos um namoro tão leve, sabe?Pressão não é nosso forte.

– Casos de doenças cardíacas na família?

– Quase matei o pai dela do coração quando fomos pescar e virei o barco

– E o seu ?

– Não tenho barco , doutor.

– Seu pai!

– Está bem, obrigado por perguntar.

– Rapaz, estou ficando louco! Não me faça perder a paciência!!

– Ih doutor , melhor você se tratar. Ela é psicóloga e um dia me falou que estresse acumulado pode desencadear uma penca de problemas- e escrevia no cartão do médico um telefone- aqui, o número do consultório, doutor! Da uma ligadinha pra ela e marca uma sessão, ok? Tô indo, abração e melhoras.