Cannoball escrita por Louise Silvester, Anabella Salvatore


Capítulo 26
Christmas, parte 1.


Notas iniciais do capítulo

Oi, Ane aqui!
Como estão? Ansiosos para o Natal? Já ganharam algum presente?
Bom, nosso presente para vocês é... 2 capítulos, um será postado agora (esse) e o segundo na véspera de Natal (dia 23 ou 24), até lá.
Espero que gostem.

P.S- Safira é como a Lena chama a Sofia.



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Cap.26

Pov’Autora

Depois que Liam foi embora Elena subiu as escadas em direção ao quarto, tomou um banho e se deitou, ficou um bom tempo pensando no que Liam tinha lhe falado será que seria uma coisa ruim chegar a pedir a guarda de Sofia? Com esse pensamento ela adormeceu, acordou no dia seguinte cedo para preparar o café de Sofia e Rose, quando desceu viu Damon sentado no sofá com a mão na cabeça, ele parecia chateado com algo, Elena decidiu não falar com ela, vai que sobrava para ela. Chegou na cozinha e começou a preparar o café, assim que acabou levou para a mesa e se assustou ao ver Damon sentado lá.

–Bom dia.- Disse serio e sonolento.

Elena apenas mexeu a cabeça em reposta, colocou as coisa em cima da mesa, se sentou e começou a se servir.

–Está ótimo o café. –Disse Damon, Elena assentiu de novo, Damon pegou uma torrada. -Dormiu bem?- Perguntou, Elena assentiu. –Certo, e como anda a Sofia na escola? Já que Caroline é uma das professoras deve ter te contado. Ela está se comportando bem? –Elena assentiu levando a paciência de Damon embora. –DRAGA ELENA.- Gritou a assustando. –QUE MERDA, VOCÊ NÃO PODE FALAR? ESTÁ MUDA? EU SÓ QUERO CONVERSAR! MERDA! FALE ALGUMA COISA. DROGA EU ME SINTO SOZINHO NESSA MERDA DE CASA.

Elena o olhou friamente e disse:

–Não pense em descontar suas frustações em mim. Não era preciso dizer nada, agora se você se sente sozinho, ligue e peça para sua namoradavim aqui ficar com você, eu não tenho essa obrigação.

Damon ficou calado, Elena se levantou pegou sua xicara suja e a levou para a cozinha, no caminho acabou tropeçando e caiu quebrando a xicara.

–Droga.- Exclamou.

–Está vendo Elena? –Perguntou Damon venenoso. - Você não serve nem para cuidar de uma xicara.

–C-A-L-E A B-O-C-A Damon!

–Por que eu calaria?

–Porque eu estou mandando...

–Você não manda em mim.

–Pare de ser infantil seu estupido!

–Estupida é você!

–OGRO.

–BURRA.

–IGNORANTE.

–CHATA.

–MONSTRO! –Gritou Elena.

–O que está acontecendo aqui?- Perguntou Rose assustada. –Elena você está sangrando!

Elena e Damon olharam para Rose e depois para a mão de Elena que sangrava, ela tinha se cortado com a xicara.

–Eu... Erh... Vou lavar isso aqui.

–Vá eu arrumo essa bagunça. - Disse Rose.

Ela assentiu e subiu as escadas.

*-*-*-*-*-*

Os dias passaram correndo, tudo continuou na mesma, a única diferença era que Elena ignorava Damon com tudo o seu ser, não dirigia a palavra a ele, não fazia comida para ele, não arrumava a bagunça dele, nada, nem um ‘bom dia’. Rose concordava com a amiga e a cada dia via como Bonnie estava ficando diferente, estava mais grossa com Sofia e até ousou da um grito na menina, não que ninguém fora ela tivesse visto, Damon ocupado sendo um boboca, Elena tentando acreditar que não o amava mais Damon, Ed e Rose tendo ideias para o Natal, que ainda estava em dezembro! Ninguém parava para observar o comportamento de Bonnie, só Rose. Por falar em Bonnie depois de uns dias do incidente do quarto Damon pediu desculpas a ela e como uma boa namorada ela aceitou.

Caroline estava mais que animada para o Natal, de acordo com ela: ‘Tem que ser mais que especial, porque eu vou esta com a Lena!’ tudo já estava preparado na sua mente, como seria a ceia, as roupas das meninas (menos de Bonnie, é claro.), os enfeites... Tudo, com essaspreparações Caroline se aproximou bastante de Ed e da sua família, Charlotte adorou a tia Carol e Duka achou Caroline uma graça, por falar em Duka este estava namorando uma menina super simpática e educada, Camilla.

Tudo estava indo bem... Então chegou o dia tão esperado... O Natal.

Pov’Elena

Estava na cozinha, ajudando Rose com o jantar. Uma de nossas épocas mais esperadas no ano era o natal. A grande celebração do menino Jesus. A festa que reunia as famílias.

Ouço Rose resmungar algo ao meu lado e a olho, com uma sobrancelha arqueada.

_Perdida em pensamentos, flor? –ela perguntou, enquanto deixava uma travessa com deliciosos rabanetes na mesa.

_ É natal –sorri- a grande festa.

Tentei cortar mais um tomate, porém a única coisa que consegui foi quase arrancar meu dedo fora.

_Okay Elena, já chega! –Rose tirou a faca da minha da minha. Estava preparada para protestar mais ela foi mais rápida- Por que não ajuda a Sofia a se arrumar?

_Eu já estou pronta, meu bem! –a loira respondeu atrás dela, com as mãos na cintura.

Ri e a ignorei.

_ Ela não gosta quando a ajudam Rose!

_Não custa nada tentar –ela sorriu- agora vai lá ajudar a sua filha vai –ela me deu um empurrãozinho.

“Vai lá ajudar a sua filha” sorri largamente com isso. Era incrível como Rose conseguia me manipular e ao mesmo tempo me alegrar.

Subi as escadas rápido até o quarto da MINHA filha.

_Sofi? Posso entrar? –dei algumas batidinhas na porta.

Alguns segundos depois a porta foi aberta, me dando a visão do meu pequeno serzinho apenas de toalha.

_Oi tia –ela voltou pra dentro do quarto, deixando a porta aberta.

_Eu vim te ajudar –comentei entrando no quarto- se você deixar, é claro!

_Ta bom tia, dessa vez eu vou deixar.

Ri.

Olhei em volta no quarto percebendo que ele não tinha mudado tanto, ainda estava do mesmo jeito que eu deixei quando fui embora. Apenas uma cama tinha sido adicionada, e o berço tinha sido retirado (Óbvio).

Porém uma parte do quarto me chamou atenção. A parede estava rabiscada/pintada de azul?!

_Sofia? –andei ate a parede.

_Hun?- ela disse, enquanto caçava alguma coisa na gaveta e fazia a maior bagunça no quarto.

_ A parede –falo, chamando sua atenção.

Ela vem ate o meu lado, segurando aquela toalha enorme –certamente do pai, já que foi ele a dar banho nela- em volta de seu pequeno corpinho.

_Fui eu que pintei –sorriu orgulhosa- eu não gosto desse rosa, queria a parede azul. Mas a tia Bonnie disse que o quarto de uma mocinha tinha que ser rosa –explicou- mas o papai disse que vai pintar de azul assim que tiver uma ortunidade –ela disse, tentando imitar gente grande.

Cai na gargalhada.

_Ortunidade? –a olho.

_ Eu ainda não sei falar direito –fez bico.

Apertei seu bico e andei ate a cama.

_Você vai vestir essa roupa?

Me referi a roupa que estava em cima da cama.

_Papai que escolhei –sorriu.

Concordei com a cabeça e me ajoelhei ao seu lado. Ela jogou a toalha em cima da cama e ficou me olhando, esperando que eu a ajudasse.

Tentei me concentrar em apenas colocar a roupa nela, mas era impossível não pensar. Não pensar que aquela era a primeira vez em três anos que eu ajudava minha filha a se arrumar, que eu poderia pentiar seus cabelos. A maior virtude de toda mãe –sem duvidas- e poder pentiar os cabelos da filha. Pentiar os cabelos da minha pequena Safira, minha doce Sofia.

Peguei a calcinha de ursinho em cima da cama e coloquei perto dos pés dela, esperando que ela os levantasse para que eu pudesse colocar a calcinha nela. Mas ela não fez isso, apenas ficou me olhando com um sorriso sacana nos lábios. O mesmo sorriso do pai, mas que ao contrario do dele, não ofereciam mal algum. Levantei um de seus pés, e em seguida o outro, colocando a calcinha na mesma. Quando estava pegando a saia, ela saiu do lugar, indo ate o guarda roupa e abrindo ele, começando a procurar algo.

_Sofia! –a repreendi.

_ Eu já estou indo, tia Lena! –ela assegurou, enquanto continuava a tirar as roupas de dentro da gaveta.

_ O seu pai não vai gostar nada dessa bagunça!

Mecho meus joelhos desconfortavelmente, que já estavam ficando doloridos por ficarem naquela posição.

Ela deu de ombros, finalmente achou o que estava procurando e veio andando ate mim pelada, só de calcinha e com um papel nas mãos.

_Essa é minha carta pro papai Noel –explicou- o papai ia colocar no correio pra mandar, mas ele esqueceu –fez uma carinha triste- mas ai eu percebi que já tinha ganhado o meu presente, mesmo sem ter mandado a carta!

_ e o que você pediu? –perguntei curiosa.

Ela me estendeu a carta, para que eu lesse. Peguei a mesma e li com atenção, quando terminei estava com lagrimas nos olhos. A carta nada mais era, do que ela pedindo uma mamãe.

_Você quer ser a minha mamãe, tia? –ela perguntou, com aquela voz infantil dela.

Foi impossível não me derramar em lagrimas depois disso.

“Eu já sou a sua mãe!” eu quis gritar. Mas nãos podia, era arriscado, era perigoso.

_Depende, você vai ser a minha filhinha? –brinquei.

_Se você for a minha mamãe sim!

_Eu adoraria ser a sua mamãe Safira! –sorri.

_Obba! –não aguentando de felicidade, ela pulou em meus braços.

Eu não esperava por aquilo, acabei me desequilibrando e caindo de costas no chão, com ela em cima de mim. Ri radiante e a apertei contra mim.

_Agora você é a minha mamãe! –ela abraçou o meu pescoço.

_ E você é a minha filhinha.

Me ajoelhei novamente, fazendo ela ficar em pé a minha frente. Mas um barulho chamou nossa atenção. Olhei para porta e Damon estava ali, em pé, nos encarando. Tentei sorrir menos, porém não consegui.

_Papai! –Sofia foi correndo e abraçou suas pernas.

Ele a pegou no colo, desviando sua atenção para ela. enquanto isso eu me levantei apressada.

_Vim ver se já tinha terminado de se arrumar –ele a olhou- mas percebo que não!

_ A mamãe que estava me arrumando! –ela apontou para mim, como se eu fosse a culpada pela demora.

_ Quer dizer então que eu sou a culpada neh?! –ri, sem perceber do que ela tinha me chamado.

Damon por outro lado percebeu, pois seus braços se enrijeceram em volta dela.

Só então percebi o que ela tinha falado, meus olhos se encheram de lagrimas instantaneamente novamente, e eu não consegui as segurar. Damon me olhou por um momento, como se estivesse em uma batalha interna. Não sei quem venceu a batalha, mas ele colocou Sofia no chão e veio ate mim, que chorava desesperada.

_Se acalma Lens –ele tocou meu ombro.

_ Mamãe, ela me chamou de mamãe –sussurrei- pela primeira vez! –solucei alto.

Por um impulso ele me abraçou apertado e eu apenas retribui, o apertando contra meu tronco.

Essa era a primeira vez que ela me chamava de mãe em toda a minha vida. Claro que antes ela já tinha proferido palavras a “mãe dela”, mas nunca diretamente a mim. E quando eu fui presa ela tinha somente três meses, era pequena demais para falar. E ouvir ela me chamando de mãe me abalou de tal forma que eu não sabia explicar.

_ Abraço em família –ouvi a pimpolha gritar, e logo em seguida abraçar minha perna e a de Damon.

Ele me soltou por um segundo, a pegou no colo e então voltou a me abraçar, sem se importar em quão estranho isso pareceria mais tarde.

No momento existia somente, eu, Damon e a nossa pequena Safira. Nós e aquele lindo abraço em família, na noite, véspera de natal.

Aquele era o verdadeiro milagre do natal!

Se você soubesse

O que o futuro reserva

Após um furacão

Vem um arco-íris


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Notas finais do capítulo

Iai, gostaram?
Comentem, favoritem fiquem a vontade!
:)



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