Cap 12.

Pov'Elena

_ Pronto, chegamos. E agora, o que você vai fazer? – Charlotte perguntou assim que chagamos na recepção do hospital se virando para mim com as mãos na cintura.

_ Não faço ideia – disse enquanto olhava em volta.

Se a cigana disse que era para vir pra cá algum motivo avia de ter!

A recepção do hospital não era simples. Trabalhada em tons de branco e dourado, avia uma bancada que separava secretarias das outras pessoas, sofás de couro branco e tecidos dourados por todo o centro da sala, aos cantos arranjos d flores e mesas de vidro, um pequeno bebedouro e grandes janelas, além de tudo ser grande é claro. Também não era para menos, aquele era o hospital mais cara de toda Bucareste!

Sem saber muito o que fazer caminhou até um dos sofás e sentou ao lado de Lotte que estava jogando algum joguinho em seu celular. Sentiu alguma coisa vibrar em seu bolso e o pegou o celular na mesma hora. O nome Ed piscava na tela enquanto atrás tinha uma foto dele e dela que tinham tirado no parque, dei um longo suspiro e atendi a chamada.

_ Olá – eu disse, tentando parecer alegre.

_ Elena, cade você ?? já era para ter chego em casa há algum tempo! – ele disse, e parecia preocupado.

_ Calma, estou no hospital só – eu disse enquanto viu um Lottle divertida me olhando.

_ VOCE esta no hospital SÓ?? – ele disse, ficando bem nervoso, aparentemente.

_ Se acalma – eu ri – encontrei com uma cigana e ela disse para que eu viesse para cá – expliquei.

_ Ok –dessa vez foi ele quem riu- Mas esta tudo bem com você e com a Lottle?

_ Está sim, eu e ela estamos bem, não se preocupe! – garanti.

Nesse mesmo momento vi uma cabeleira escura adentrar a porta do hospital, ela seguiu com pressa até o balcão e logo seguiu a porta que dava acesso aos quartos do hospital. Mesmo não tendo visto o rosto eu sabia quem era, e era ele!

_ Elena? – ouvi a voz do Ed pelo telefone e respondo meio atordoada.

_ Estou aqui! – Não conseguia para de encarar a porta.

_ Ok, continue ai que eu também estou indo para o hospital ok?

Não tinha entendido nada, na minha cabeça eu tinha apenas escutado um zumbido. O que Damon fazia aqui?

_ Ok – disse enquanto desligava o celular e ficava em pé – Charlotte me espera aqui ok? Eu vou ali e já volto- falei rápido enquanto caminhava em direção a porta. Atrás de mim pude escutar seus passos, mas eu não tinha tempo de mandar ela voltar eu tinha que saber onde o Damon estava indo!

POV’Damon

Quarto 63, quarto 63, quarto 63... Era a única coisa que pensava enquanto olhava para todas aquelas portas com números. Tinha acabado de chegar ao hospital e precisava encontrar logo minha filha! Não tinha parado para pensar sobre todas as coisas que Rose me disse ao telefone, pois sabia que se pensasse iria ver que ela tinha razão e eu não queria me afastar de Bonnie, não queria e não podia!

Quarto 63, finalmente!

Assim que coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta meu celular começa a tocar. Nem precisava olhar para saber que era Bonnie.Atender xDesligar essas duas palavras brilhavam na tela do celular, sabia que Bonnie iria ficar zangada e provavelmente viria atrás de mim – o que não era muito difícil, já que ela trabalhava no hospital- mas minha filha precisava de mim. Apertei em desligar e abri a porta.

Pov'Autora

Rose está sentada numa cadeira ao lado da cama de Sofia, até que Damon abre a porta.

–Que bom que chegou- falou friamente.-, preciso ir me trocar, pode olha-la para mim, por favor?- O perguntou como se fosse um desconhecido.

–Como assim, 'Pode olha-la?', ela é Minha Filha!- Falou grosso a olhando mortalmente.

–Parece que você esqueceu isso, por um bom tempo.

Ele com raiva abaixa a cabeça e quando a levanta ver um olhar, que só viu uma unica vez...

Era noite e Rose estava animada para ver Elena e contar como foi seu dia, quando entra na casa vê Damon, que estava com uma cara terrível e Sofia, que dormia.

–O que aconteceu? Cade a Lena?

–Foi embora! Para sempre.

– O que? Quando? Por que? Damon me explique, por favor.- perguntou agoniada.

–Ela foi presa, por causa do roubo das joias, hoje.

–Ela as roubou?- Ele concordou.- E você viu? Me diga Damon, você viu?

–Não, mas...

–Sem mais, você não viu nada Salvatore, nada... E você... Você a julgou... Você fez algo que ela nunca vez com você nem quando você a abandonou...

–Eu não a abandonei!

–ABANDONOU SIM! A abandonou, a fez enfrentar todo sozinha, e quando isso acontece, você simplesmente diz que 'ela foi presa'?

Rose estava chorando compulsivamente.

–As provas apontam para ela.- falou friamente.

–As provas? As Provas Damon.

–Sim.

–Vou lhe conta uma coisa, essas provas que você tanto fala são pedaços de papeis que podem ser forjados, falsificados, são papeis que se rasgados não tem mais nenhuma validade. Quando vai aprender a seguir seu coração?- Perguntou seguindo para a saída da casa.- O que ele te diz?

E saiu o deixando, confuso, zangado e principalmente... Culpado!

Era o mesmo olhar, um olhar de decepção.

E saiu, indo em direção a saída do hospital.

–Rose?- Perguntou uma voz atrás dela.

–Elena?- Perguntou surpresa. - O Meu Deus, Lena! É Você. - E correu para abraça-la.

Charlotte observava a cena quieta, sua tia parecia feliz, e isso a deixava feliz.

–O que faz aqui?- perguntou Elena, a loira olhou para o chão. - Rose o que aconteceu?

–Sofia... Ela...

–Ela o que?- Perguntou uma Elena muito preocupada.

–Não tenho coragem de te dizer- Fava Rose os olhos já iam enchendo de água novamente. -, wu te prometi... E... Desculpe-me não ter comprido Lena, por favor, me desculpa.

–Tudo bem, só me diga.

–Por favor- Implorou. - Me diga! É algo com Sofia? É Isso?

Mas, Rose não a ouvia, ela tinha os pensamentos focados numa memoria, que aconteceu a alguns anos...

Assim que saiu da casa de Damon, Rose foi correndo para a delegacia.

–Quero ver Elena, Elena Gilbert.

–Senhorita, o horário de visitas foi encerado, sinto muito.

–Não! Quem é o responsável, hoje?

–O policial Liam.

–Pois chame-o e diga que Roselie Salvatore está aqui e o pergunte se ele não me liberara para ver minha amiga!

O homem ficou branco na mesma hora que ouviu o sobrenome Salvatore, todos conheciam a fama de Damon.

–Senhorita Salvatore? Poderia ter dito antes. - Falou com um sorriso amarelo.- Venha comigo, qual o nome da detenta?

–Elena, Elena Salvatore.

O policial a pediu para aguardar uns minutos numa sala, até que quando voltou trazia uma Elena algemada.

–Rose. - Exclamou e correu para abraça-la.

–Elena, o que aconteceu?

–Eu não sei. - Falou triste. - Num momento Damon tinha chegado e no outro Liam bateu na minha porta e me algemou.

–Estão falando que você roubou uma joia, o que eu sei que não é verdade.

–O que eu vou fazer Rose?

–Você eu não sei, mas eu vou contratar um ótimo advogado para você e depor ao seu favor.

Dia do julgamento...

A juíza bateu com o martelo na mesa de madeira dando o julgamento por encerrado, Elena tinha sido condenada! Tinham provas contra ela e nenhuma a favor, quanto mais tentassem mais parecia impossível tentar salvar a jovem. Ela passaria anos na cadeia!

Sentada ao lado do advogado a única coisa que fez foi abaixar a cabeça na mesa e dar um longo suspiro. Sentia uma vontade enorme de chorar, mas não choraria, não ali, não na frente de todos! Levantou a cabeça e viu Rose vindo em sua direção, ficou de pé e deu um longo e apertado abraço na amiga.

–Rose cuide dela, com a sua vida, como se fosse a mãe dela.

Vou cuidar.

–Prometa, me prometa que a protegera. Prometa!

–Eu prometo. - Disse chorando.

–ROSE, vamos. - Chamou Damon sem olhar para Elena.

–ROSE- Gritou Elena a tirando do transe. - O que aconteceu?

–Sofia.

–O que ela tem?

–Hepatite, ela passou mal na escola e eu a trouxe na escola.

Elena parou de ouvir assim que ouviu a palavra ‘Hepatite’, como a sua menina poderia está com Hepatite?

–Em qual nível a doença está?

–Não sabemos ainda Lena... Mas, me desculpe... Eu...

A mulher que estava chorando compulsivamente e Elena a abraçou apertado.

–Não tem porque me pedir desculpas, está tudo bem. Qual quarto ela está?

–63, mas Lena... Damon esta lá.

–Não me importa, nem mesmo Damon me impedira de ver minha filha.

Rose se virou e foi para casa tomar e banho e trocar de roupa.

Elena andava decidida pelos corredores do hospital procurando o quarto numero 63 segurando a mão de Charlotte, até que avistou Damon parado sentado numa cadeira.

–O que faz aqui?

–Meu amor, por que não se senta ali. - Falou sorrindo para Lotte ignorando Damon.

–Certo tia.

–O que faz aqui?- Perguntou de novo Damon, dessa vez Elena o olhou, seria.

–O que você faz aqui? Não deveria está com Sofia dentro do quarto?

–Deveria, mas a enfermeira está mudando o soro e me pediu para sair, e... Por que eu deveria te dar explicações? Quem te chamou? Foi Rose?

–Ninguém me chamou Damon, eu vim porque uma cigana disse que era importante, pelo vista ela estava certa. Eu vou ficar não importa o que diga!

Damon viu que não adiantaria dizer nada, só Deus sabe como essa mulher é difícil pensou.

Algumas horas se passaram, Rose já tinha voltado e estava com Sofia no quarto, Damon e Elena continuavam nas mesmas cadeiras e Charlotte tinha ido para casa, Ed tinha vindo busca-la.

***

Bonnie estava zangada, quem era ele para me ignorar? -Pensava ela enquanto andava por um corredor do hospital. Ela tinha ligado mais algumas vezes para Damon, que continuava a ignora-la.

–Enfermeira? Enfermeira?

–Sim. - Falou seca.

–O quarto 63 precisa da senhorita, é uma menina...

Sem ao menos confirmar se iria ou não, ou deixar a mulher acabar de falar, Bonnie se virou e saiu andando, deixando a mulher perplexa.

–Precisamos de funcionários mais educados!-Falou.

Bonnie não deu ouvido e continuou andando.

Quando chegou ao corredor, ficou surpresa com quem viu, eram Damon e ... Elena!

Essa mulher só veio atrapalhar!

–Damon, o que faz aqui?

–Sofia passou mal.

Mas, Bonnie não parecia se importar com a menina, ela não tirava os olhos de Elena, que já estava ficando constrangida, até que Damon percebeu.

–Algum problema?

–O que ela faz aqui?

–ELA, só veio ajudar mina filha.

–Quer dizer que depois de tantos anos você lembrou que tem uma filha?- Alfinetou a mulher.

Os olhos de Elena já estavam enchendo de água, mas antes que ela fala-se Damon falou por ela.

–Pelo que eu me lembre Elena nunca se esqueceu que tem uma filha, e eu gostaria de saber quando ficou tão mal educada.

–É... Eu... Eu não. - Bonnie estava sem palavras.- Eu? Essa mulherzinha vem aqui depois de tantos anos acabar com todo? EU DAMON? EU?- Gritou a mulher assustando alguns pacientes que estavam passeando pelo hospital. Damon a pegou pelo braço a afastando dali.

–Não grite!

Eles se afastaram, Elena ficou olhando de longe para ver no que aquilo daria, até que depois de uns minutos Damon puxou Bonnie e a beijou, partindo o coração de Elena.

POV’Elena

O Damon estava lá conversando com aquela Bonnie. Preciso dizer o quanto não gosto dela? Acho que não! Não que eu gostasse de Damon, eu não gostava! Só não ia com a cara daquela garota.

Não queria mais ficar olhando o casalzinho amor, fui até o quarto onde Rose estava, precisava conversar com ela.

_ Rose – eu disse assim que cruzei a porta, mas tudo que encontrai lá foi uma pequena garotinha sentada na cama com o controle da tv nas mãos. Ela me viu e sorriu.

_ A tia Rose foi na cantina, disse que estava com fome – ela disse enquanto ligava a TV – ela disse que ia trazer chocolate pra mim – ela sorriu.

Fiquei mais alguns segundos encarando a menina a minha frente sem conseguir acreditar no que tinha acabado de acontecer. Meu Deus ela tinha falado comigo, ela tinha falado comigo! A minha filha tinha falado comigo! Não consegui conter o sorriso, meu coração parecia que ia saltar pela boca. Minha alegria era tanta! Ela estava doente mais ainda assim era a garotinha mais linda que eu já tinha visto! Cabelos finos e lisos com alguns cachos nas pontas, olhos azuis e pele branquinha, essa era a minha filha. A minha pequena Sofia!

_ Você gosta de chocolate? – perguntei ainda parada na porta.

_ Adoro! Sempre que papai vai no mercada ele compra, e a tia Bonnie sempre trás pra mim – Tia Bonnie? Então quer dizer que ela a chamava de tia? – eu conheço você, é aquela amiga do meu pai não é?

Sou sua mãe! Tive vontade de gritar, mas não poderia, não podia. Dei um logo suspiro e caminhei até a cama me sentando ao seu lado, ela não disse nada apenas ficou me olhando, aguardando que eu a respondesse.

_ Sou sim, uma velha amiga – sorri.

_ "Cum te cheamă?" – ela perguntou me olhando com aqueles grades olhos azuis curiosos.

_ Eu me chamo Elena e você?

Se acalme Elena, você não pode dizer nada ainda disse para mim mesma tentando me manter calma.

_ Eu me chamo Sofia, o seu nome é muito bonito Elena – ela disse e sorriu, ela tinha o sorriso do pai!

_ O seu também é muito bonito! – eu disse tentando conter as lagrimas, estava a ponto de chorar ali.

_ A tia Rose diz que a minha mamãe colocou esse nome em mim por causa de um livro que ela gostava muito.

Nesse instante meu coração parou de bater, ela tinha me chamado de mão! Ok, ela não sabia que eu era a mãe dela, mas ela tinha a destinado a mim e era isso o que importava!

_ Posso te dar um abraço? – perguntei sem me conter.

_ Ta bom, eu adoro abraços. A tia Bonnie sempre me abraça – sera que era difícil ela parar de me comparar aquela bruaca?

Ele me agarrou pelo pescoço e eu passei os braços em volta do pequeno corpinho dela, deixei que algumas lagrimas caíssem quando pude tocar ela. Ela era tão pequenininha.

_ Por que você esta chorando? Me papai diz que as pessoas só choram quando estão tristes – ela perguntou, assim que terminamos o abraço.

_ As pessoas também choram quando estão felizes – expliquei enquanto limpava o rosto.

_ E você esta feliz Elena?

_ Muito feliz. O que esta assistindo?

_ É um desenho. Quer assistir comigo? – ela perguntou virando-se para a TV.

_ Quero!

Pov’Autora.

Depois de ‘dispensar’ Bonnie, que se esqueceu do soro, Damon foi andando em direção ao quarto de Sofia, até que ouviu... Risos.

–Tia Lena ele vai matar o Pernalonga!- Falou Sofia rindo.

–Não vai não!

Damon entrou e viu uma cena que sonhou, que sonha todas as noites.

Eram Elena e Sofia.

Como mãe e filha

E ele sorriu!

Continua...?