Eyes of a Huntress escrita por QueenOfVampires


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente bonita! Trouxe mais um capítulo para vocês! Então, esse capítulo é bem tranquilo, sem fortes emoções nem nada demais... Tá, tem umas partes divertidíssimas entre a Meghan e o Dean que eu amei escrever, tem Castiel ciumento e tem uma parte bem básica do que pode rolar entre Meghan e Sam! Então, tem tudo que vocês amam! Espero que gostem, boa leitura!



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Por fim, Dean e Sam mataram o espírito de novo o enrolando em correntes de ferro e pendurando ele na árvore em que morrera. Eu realmente tinha ficado irritada com a possibilidade de que poderia ter morrido, mas pelo menos eles realmente estavam trabalhando na solução. E o que importa é que eu fui salva, pelo anjo. Era só o que me faltava, eu estar gostando do Castiel, que por acaso já tinha sumido de novo. Isso estava ficando estranho. Depois da tal conversa que ele teve com o Gabriel, ele some sempre que pode. Esses anjos estão tramando algo e não estou com um bom pressentimento em relação à isso.

Os irmãos disseram que iriam voltar para o bunker e me chamaram para ir com eles, de novo. Eu acabei por aceitar dessa vez e estava até animada para passar uns dias na BatCaverna deles, não tinha nada a perder e não parecia ter nenhum caso à vista.

A viagem seria consideravelmente curta, apenas umas 5 horas de estrada, optamos por sair depois do almoço e chegamos lá ao anoitecer. Pelo lado de fora parecia uma fábrica abandonada com uma entrada quase subterrânea, não levei muita fé na segurança daquele lugar até entrar. É, era incrível e eu entendi perfeitamente porque o Dean amava aquele lugar. Por que eu demorei tanto para vim aqui? Tinha livros, armas, coisas antigas... Estava começando a considerar a ideia de adotar um lar.

– Caramba! Que lugar incrível. - Desci as escadas correndo e fui até a segunda sala que era repleta de livros.

– Olha só para ela, Sam... Os olhinhos brilhando e tudo mais. - Dean zombou.

– Nós sabíamos que iria gostar daqui. Devia ter vindo antes. - Sam disse ainda rindo da minha reação.

– Realmente, me arrependo de não ter vindo antes. - Joguei a mochila em cima da mesa e fui direto à uma das estantes, tinha livros sobre tudo!

– Vem, vamos conhecer seu quarto! - Dean me chamou.

– Tem um quarto para mim?

– Poderia ter umas vinte de você e ainda teria um quarto para cada uma. Vamos logo. - Ele pegou minha mochila e foi me guiando pelos corredores até um dos quartos. Era bem amplo com uma cama de casal, tinha algumas estantes, espelho, uma escrivaninha, um armário e paredes de um azul quase escuro.

– Gostei... - Eu analisei o ambiente, na verdade eu tinha adorado.

– Você pode decorar do jeito que quiser depois, colocar umas paredes cor-de-rosa, umas flores, estrelinhas e toda essas coisas de mulherzinha. - Dean jogou minha mochila em cima da cama e eu me virei para ele colocando a mão na cintura.

– Sim, sou bem mulherzinha mesmo.

– Eu sei que não, o que estou querendo dizer é que você agora tem um lugar seu e pode fazer o que quiser com ele... Quer dizer, você vai mesmo ficar com a gente, não é?

– Sim, não sei, talvez, quem sabe? - Sorri para ele dando de ombros.

– Sabia que não iria resistir em ficar aqui com a gente! - Ele me abraçou me levantando do chão e me girando o ar.

– Ai, me solta seu troglodita! - Eu gargalhei agarrada aos ombros dele com medo de cair enquanto girava.

– E você agora vai ter um armário para encher de roupas! - Dean me largou e deu um gritinho afeminado segurando nas minhas mãos, imitando uma patricinha louca.

– Siiiiiiim! E um lugar pra colocar sapaaaaatos! - Me joguei de costas na cama, me arrependendo na mesma hora pois o colchão não era nem um pouco macio - Ok, primeira coisa: Um colchão novo!

– Eu já cuidei disso, meu colchão tem memória e a espuma se adapta à mim. Vamos conseguir um para você também! - Ele saiu correndo e parecia tão animado quanto eu.

Fomos correndo até a sala, onde Sam estava em seu notebook assistindo alguma coisa que deduzi ser alguma série. Chamamos ele para ir conosco até a cidade comprar umas coisas, mas ele preferiu ficar, então nós fomos mesmo assim.

Compramos o colchão e eu nem fazia ideia de como levaríamos, uma vez que Dean não queria dar o nosso endereço à ninguém. Então colocamos ele em cima do Impala e passamos em uma loja de antiguidades no centro e comprei umas coisinhas de decoração, Dean ainda teve a paciência de me acompanhar em algumas lojas. Nem sei para quê eu estava comprando roupas se não teria onde usar, mas era algo mais como realização de uma fantasia superficial. Na verdade, ele não teve muita paciência, na terceira loja acabou pegando no sono enquanto eu experimentava vestidos. Sim, vestidos! Aonde raios eu vou de vestido? Vou usar em casa, já que não poderei caçar com eles.

Eu já estava com pena do loiro que mal se mantinha em pé de tantas sacolas que levava e pelo próprio cansaço, então decidi terminar por hoje e ir para casa. Antes passamos em uma lanchonete e compramos uns sanduíches e uma torta, isso pareceu anima-lo.

– Você parece bem animado por me ter por perto hein? - Perguntei ao Dean que comia sua torta no banco do carona. SIM! ELE ME DEIXOU DIRIGIR O IMPALA! Podem ficar chocados!

– Na verdade, é que é legal ter alguém para dividir a animação de ter um lar. O Sam não está levando tão à sério. - Ele lambia os dedos que estavam sujos de glacê.

– Percebi... Mas eu entendo, ele sofreu muito e nunca teve um lugar fixo. Não o culpe por querer ir devagar.

– E eu prefiro aproveitar enquanto posso. - Dean fechou a embalagem da torta e começou a me encarar -Mas eu quero conversar uma coisa com você, aproveitar que aparentemente o anjo não vai aparecer agora.

– Ele anda bem sumido mesmo...

– É, mas não é isso. Meghan, depois de ontem ficou meio óbvio que você e o Cass sentem algo um pelo outro, por mais que você reprima isso.

– Olha quem fala. - Eu ri - O homem mais sentimental da história da humanidade.

– Só estou dizendo que você tem a oportunidade de ter um relacionamento sério mesmo com essa vida que nós temos! Eu quis ter isso com a Lisa e não deu! Ela não pertence a esse mundo!

– Ainda bem! Ela era uma patética! - Ergui a voz para ele, não gostava daquela ridícula. Fora que tirou os meus benefícios com o Dean por um ano.

– Tá, não importa. Sam também tentou...

– Com outra patética. - Complementei.

– Mas olha a sua opção: O Cass! Ele já está envolvido até a última pena nessa nossa correria, ele entende! - Dean erguia as mãos.

– Ora, então já que acha que ele é a melhor opção fique você com ele! - Eu tentei segurar a risada e Dean fechou a cara pra mim. - Tá, falando sério... O que você tem em mente?

– Você tem que fazer ele perceber que se importa com você mais do que o normal... Fazer ele sentir ciúmes! Ele é tão inocente que vai acabar vindo pedir opinião para mim e eu vou explicar direitinho o que ele tem que fazer. - Dean deu seu meio sorriso.

– Te conheço bem, Deanno. Não vá corromper o anjo, hein?

– Não irei, mas e aí? Aceita nosso pequeno plano? Se der errado você continua sua vida louca e pegando geral, inclusive eu! - Dean me olhava animado.

– Amanhã eu te dou a resposta, ok? - Eu respondi depois de pensar um pouco. Pelo sorriso que ele mantinha tenho certeza que ele achava que eu ia aceitar aquela loucura.

Quando chegamos ao bunker descobri que havia uma garagem pois fomos colocar o Impala lá e estava cheia de carros antigos, a coisa mais linda desse mundo! Queria dirigir todos ali. Entramos na sala e Sam agora lia um dos milhares de livros, ele nos olhou e se assustou comigo praticamente sendo devorada por sacolas e o Dean quase sendo esmagado por um colchão.

– Noite de compras? - Ele se levantou vindo nos ajudar.

– Sim! Estou tão animada! Trouxemos comida pra você também! - Eu fui correndo até meu quarto depois de largar o sanduíche de Sam na mesa.

Os irmãos trocaram o colchão, eu agradeci e eles saíram para que eu começasse a arrumar as coisas do meu jeito. Tinha estourado dois cartões essa noite. Ah, eu não fraudo cartões como os Winchester fazem, eu tenho uma "pequena" herança dos meus avós que atravessava gerações, não sei direito o que faziam mas sei que eu tenho dinheiro para dar uma boa vida até os meus bisnetos! E como eu investia esse dinheiro? Caçadas!

Coloquei algumas coisas nas estantes. Tinha comprado umas miniaturas de bailarinas, quando eu era criança sempre quis ser uma e as achava muito iradas. Também comprei um pequeno baú de madeira para colocar minhas joias, uma miniatura da Torre Eiffel e uma pelúcia do Jack Skellington porque ele é super fofo e foi um achado muito bom no pequeno shopping que fomos. Coloquei os lençóis roxos que também havia comprado e em cima da escrivaninha coloquei a luminária que projetava estrelas e fazia parecer que eu estava no espaço. Fofo! Sim, estou parecendo uma adolescente louca, mas fazer o quê se essa era a primeira vez que eu decorava meu próprio quarto? Coloquei tudo que queria desde a infância e nunca tive.

Guardei as roupas no armário que tinha no canto e os sapatos também. Olhei ao meu redor e fiquei satisfeita por enquanto. Próximo passo: Televisão e video game. Quem sabe um globo de espelhos só para dar um toque final. Tá, já estava exagerando mesmo. Saí para ir na cozinha pegar um copo de água e encontrei os dois irmãos rindo enquanto conversavam.

– Então, se divertiu na decoração? - Sam me perguntou.

– Muito! Obrigada por me chamarem para ficar aqui com vocês. - Eu abracei cada um e depois peguei o copo com a água e sentei na mesa ficando de frente para eles - Qual era o assunto?

– Estava explicando meu plano para o Sam e adivinha só? Ele até se ofereceu para fazer ciúmes no anjo! - Dean disse colocando o braço nos ombros do irmão.

– Eu não me ofereci, você estava tentando me obrigar à isso. - Sam encarou Dean.

– Ah, não vai ser tão ruim! Eu não me incomodaria com isso, mas o Castiel sabe que eu não tenho nada sério com a Meghan, mas se vocês começarem a se mostrar mais próximos... Quem sabe, né?

– Tá, pode ser... - Sam se virou para mim e ficou sério - Eu também acho que seria uma boa ideia que a senhorita ficasse quieta com um cara só.

– Falando assim até parece que sou uma crazy bitch ! - Me fingi de ofendida - É, eu sou mesmo... Mas enfim, veremos se isso vai dar certo. Se ele continuar indiferente, já era o plano e eu continuo com a minha vidinha feliz pelos próximos 10 anos.

– Ah, nós também estamos querendo dar um jeito te livrar desse pacto aí, seja pelo o quê você tenha feito. - Sam falou ficando em silêncio em seguida, ele ainda esperava que eu contasse.

Para os Winchester, meu irmão só havia morrido uma vez e eu nunca contei do pacto e da segunda morte do meu irmão causada por mim. Conhecendo bem eles, diriam que sou uma idiota inconsequente.

– Não precisam fazer isso, eu vou lidar com as consequências muito bem.

Dean já ia protestar, mas seu celular tocou e ele foi atender na sala. Continuei ali e decidi mudar de assunto, comecei a conversar com o Sam sobre como faríamos para fazer ciúmes em um anjo que não deveria nem ter sentimentos.

– Não me leve a mal... - Ele começou um pouco envergonhado - Mas espero que nós não precisemos nos beijar... Não é que você não seja atraente, é só que...

– Seria estranho! Eu sei! Eu também espero que não vá tão longe. Não se preocupe com isso, Alce! - Eu desci da mesa.

Dean voltou para a cozinha e pelo seu rosto parecia ter boas notícias.

– Era o Garth! Temos dois casos. Um em Utah e outro em Illinois, ele disse que está indo para Utah e pediu um parceiro já que aparentemente são lobisomens e que em Illinois tem uma suspeita de Wendigos, ele quer que eu e o Sam demos uma olhada.

– E eu vou para Utah com esse tal de Garth? Mas Wendigos são minha especialidade! - Eu protestei.

– Ah Meghan, você adora matar lobisomens. - Sam falou - E o Garth é legal.

– Sei! Não é ele que dizem que caiu de cabeça quando era um bebê? - Cruzei os braços.

– Se você olhar bem, somos todos loucos! - Dean deu um sorriso amarelo.

– Tudo bem, eu vou... Mas se eu me irritar com esse Garth, eu vou dar um bom tapa na cara dele e jogar para os lobisomens comerem, ok?

– Não será necessário, você irá adora-lo! - Sam me garantiu - Só uma coisinha, ele adora abraçar!

– Um caçador abraçativo, que meigo. - Rolei os olhos. Ao que parece o dia seguinte seria bem cansativo.

Deixei os dois conversando na cozinha e fui para a sala pois estava animada demais para dormir, então fui bisbilhotar as coisas por ali. Vi um machado em cima de uma das estantes, subi na poltrona que tinha perto para tentar alcança-lo. Eu amava machados, eles sempre me eram úteis e aquele era de prata e parecia ser super antigo. Me estiquei o máximo que conseguia e não alcancei, me apoiei na estante e me inclinei para frente ainda tentando pegar. Eu era teimosa e propensa a criancices.

Não notei que a medida que eu me inclinava, a poltrona vinha junto e quando eu toquei no machado ela virou sob os meus pés me fazendo cair e o machado virar em cima de mim. Aquela seria a hora que eu viraria presunto! Mas alguém me sustentou com um braço antes que eu alcançasse o chão e pelo visto segurou o machado também.

Quando levantei o rosto a fim de ver meu salvador, lá estava o anjo de novo. Me encarando com aquele olhar sereno e me fazendo ficar perdida naquele azul. Meghan! Volte para a realidade!

– Hey... - Eu sorri para ele - Obrigada por... me salvar, de novo! - Me soltei dos braços dele e me afastei envergonhada, afinal da última vez que ele me salvou eu tasquei um beijo nele.

– Não tem de quê. - Ele olhou para o machado que segurava e me entregou - Aqui, tenha cuidado da próxima vez. Isso quase te partiu ao meio e tenho certeza que não seria agradável.

– Com certeza não seria! - Eu ri e peguei o machado, que para minha surpresa era mais pesado do que parecia e tive até um pouco de dificuldade em levanta-lo. Castiel ainda me olhava com uma quase-preocupação no olhar. Talvez fosse hora de ver se o planinho do Dean iria dar certo.

Fui até a cozinha com o machado e Castiel me acompanhou, esperava que o Sam entendesse e não estragasse tudo.

– Sammy, trouxe aqui o machado que me pediu! - Eu falei indo até ele que me olhou confuso e Dean também, até verem o Cass.

– Oh! - Sam veio até mim pegando o machado - Obrigado, Meg! - Ele sorriu tocando meu nariz.

– Sam. - Castiel se virou para ele - Você não deveria deixar a Meghan fazer coisas arriscadas assim, o machado quase a partiu ao meio. Por que você mesmo não foi buscar? Com certeza alcançaria sem causar danos maiores.

Nós encaramos o anjo, ele estava... Irritado?

– Cass, eu fui por vontade própria! - Eu sentei na mesa ao lado do Sam e sorri para ele, apoiei minhas mãos nos ombros do Winchester mais novo sorrindo - Só estava ajudando ao Sam.

– Entendo... De qualquer forma, eu vim para saber se precisam de alguma ajuda. - Cas colocou as mãos nos bolsos do sobretudo.

– Não não... - Dean virou em direção ao anjo - Amanhã iremos pegar uns casos, o Sam vai com a Meghan e eu com o Garth. Mas não será nada demais.

– Que estranho... Não é normal você se separar do seu irmão. Por que isso agora? - Castiel pendeu a cabeça de lado. DAQUELE MALDITO JEITO QUE EU AMO.

– Ele está se dando muito bem com a Meg e eu vou... Matar as saudades do Garth. - Dean deu de ombros.

– Ah... - Castiel me encarou e eu não fiz nada além de encarar de volta, meu Deus. Esse momento foi tão intenso que eu acho que ele deve ter visto até meu passado dentro dos meus olhos. - Nesse caso eu vou me retirar.

– Espera! - Sam segurou o braço dele, que não pareceu muito satisfeito com isso - O que está acontecendo? Você anda sumindo.

– É complicado, não posso explicar agora. - E sumiu.

– Que filho da mãe... Pelo menos vimos que o plano parece estar dando certo. Acho que se ele pudesse teria derretido o Sam quando viu você aí pegando nele e quando eu menti dizendo que iriam caçar juntos... - Dean ria apontando para nós dois.

– E que história é essa de machado? - Sam me perguntou.

– Nada, foi um improviso... Agora me dá que eu tô afim de levar isso para a caçada de amanhã. - Puxei o machado das mãos do Sam e fui me retirando da cozinha - Boa noite, meninos!


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Notas finais do capítulo

É isso aí galera! Espero que tenham gostado e no próximo eu prometo que vou colocar algo do Sam e da Meghan! Outra coisa, acho que só postarei o próximo na semana que vem pois é bem provável que eu não esteja em casa no fim de semana para escrever. Mas não criemos pânico, se eu não postar no fim de semana, segunda feira eu posto de certeza! Aguardo comentário, beijos e até o próximo.