Eyes of a Huntress escrita por QueenOfVampires


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oolá little hunters! Primeiramente, quero agradecer à Esther pela linda recomendação, sério, tocou no meu coraçãozinho de uma forma linda! Eu ia comentar sobre isso no último capítulo, mas o sono me impediu de lembrar. Eu amei demaaais! Tanto que saí pulando e gritando kkkkk
Genteeee, olha! Eu decidi e SIM! Vai ter uma continuação da Eyes, já fiz até uma capa para ela kkkkk Já decidi o nome, a história, tudo!
Então vocês já devem deduzir que a Eyes está com os dias contados... É, está! Mas ainda teremos um número considerável de capítulos e umas tretas para rolar, as quais começam agora! Boa leitura



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As semanas foram seguindo normalmente, na medida do possível, quer dizer, depois de alguns dias a minha relação com a Claire evoluiu de ódio mortal para desprezo. Pelo menos nós não ficamos mais gritando uma com a outra o dia todo e os garotos agradeciam por isso. Castiel só aparecia de vez em nunca, desde que o Kevin disse que tirar a graça de Metatron era uma boa opção para acabar com o poder dele, estava focado nisso.

Naquele momento, estávamos pesquisando algum caso pois fazia uma semana que nada acontecia, eu estava na sala com Sam e Kevin procurando algo de estranho nas proximidades. Dean tinha ido buscar a criatura na escola e com certeza ela chegaria reclamando das pessoas. Bem feito! Eu ofereci minha ajuda e ela não quis... Então que aprenda sozinha. Não basta os surtos toda vez que me vê junto do Cass, ainda fica sendo problemática.

Só nesse pouco tempo em que ela esteve aqui, fugiu três vezes! Três! A garota era astuta e ainda não tinha aceitado a realidade, uma pena!

– Olha só! Finalmente! - Sam exclamou chamando a minha atenção - Presságios demoníacos e pessoas desaparecidas!

– Ainda bem! - Fui até ele e comecei a ler a notícia que falava sobre mudanças bruscas no clima e mais outras coisas que indicavam alta atividade demoníaca.

– Em Cleveland, Ohio! Vamos assim que o Dean chegar!

– Vou arrumar as coisas! - Dei um pulinho animada e corri para o meu quarto.

Peguei a mochila, sal, água benta e tudo mais que eu podia usar contra os demônios. Por um segundo pensei naquele exorcismo que descobrimos para curá-los, mas era melhor não, talvez nunca desse certo e provavelmente nunca teremos chance de usar. Voltei para a sala no mesmo segundo em que o Dean e a Claire estavam entrando.

– Acharam um caso? - Ele perguntou ao me ver jogando a mochila na mesa.

– Demônios! Em Cleveland!

– Finalmente... - Ele desceu as escadas mais rápido ainda e foi pegar as próprias coisas.

– Como vocês comemoram por ter demônios soltos por aí? - Claire perguntou.

– Significa que eles estão agindo normalmente... O estranho seria se estivessem quietos. - Kevin esclareceu para ela - Como foi hoje?

– Detestável! Eu não aguento mais aquelas pessoas! - Ela bufou se jogando na poltrona - Não sei porquê vocês ainda insistem nisso, eu nem vou para a faculdade mesmo.

– Porque ninguém aqui quer que você acabe como nós. - Falei me virando para ela - Pode até achar que não, mas nos preocupamos com você.

– Vocês acham que eu posso ter uma vida normal... Desculpe decepcioná-los, mas está um pouco tarde para isso. - Ela deu de ombros - E você não precisa fingir que gosta de mim só por causa do Castiel.

– Eu não estou fingindo nada... Olha só, nós vamos ficar fora pelo fim de semana todo. Não sei se o Cass vai aparecer por aqui, mas por favor - Eu praticamente implorei -, não fuja.

– Tudo bem, eu não vou. Não adianta mesmo, vocês sempre me acham. - Ela revirou os olhos.

Os irmãos voltaram para a sala com tudo pronto, deixamos todas as instruções com o Kevin e dissemos que ele poderia ligar à qualquer momento. Então nós fomos pegar a estrada.

Chegamos na cidade durante o amanhecer do dia seguinte, poderíamos até ter chegado antes se não fossem as paradas para o Dean e eu comermos alguma coisa. Inclusive, durante uma dessas paradas, eu aproveitei para mandar uma pequena oração para o Castiel ficar de olho no bunker.

Depois de descansarmos por boa parte da manhã, seguimos atrás das pessoas desaparecidas, o que nos levava a crer que seriam os possuídos, e elas eram de diferentes lugares da cidade, além de não ter nenhuma ligação aparente.

– Assim fica complicado. - Falei depois que saímos da casa da terceira pessoa desaparecida - Nenhum se conhecia, esses demônios estão tramando algo grande.

– Na verdade, está bem estranho... Temos presságios demoníacos, pessoas desaparecidas que nos levam a crer que foram possuídas, enxofre, mas não temos tragédias ou massacres. - Dean expôs - Eles estavam apenas querendo corpos?

– Bom, nós teremos que achá-los para descobrir... Isso se eles ainda estiverem aqui. - Sam comentou - Mas tem uma pessoa que pode nos dar essa informação.

– Quem? - Eu e Dean questionamos.

– Crowley.

–---

– Ele não é confiável! - Dean repetia pela milésima vez.

– Talvez não para a gente, quem sabe se a Meghan perguntar... - Sam tentava me convencer a chamá-lo.

– Gente, eu não gosto disso... Ver o Crowley não é lá uma ideia muito animadora para mim.

– Só pergunte a ele o quê esses demônios estão querendo e se você deve se preocupar, ele não vai ligar se apenas você estiver aqui. - Sam falou entrando no Impala - Estaremos no hotel, qualquer coisa ligue.

– É, qualquer coisa mesmo. - Dean entrou no lado do motorista e eles sumiram de vista.

Esperei mais alguns minutos e por fim peguei o celular, disquei o número 666 e o demônio atendeu rapidamente, com uma voz bem animada.

– Meghan! Não esperava que você fosse me ligar!

– Como você sabe que sou eu?

– Eu tenho todos os seus números agendados, Ruiva 1, Ruiva 2, Ruiva 3, Ruiva Emergência...

– Tá, já entendi... Você pode me encontrar? Preciso conversar com você.

– Claro, onde você está?

– Cleveland, Ohio... Mas acho que você já deve imaginar, estou embaixo de um viaduto, próximo à uma um posto de gasolina e uma pequena rodov...

– Cheguei. - Ele surgiu na minha frente e desligou o celular - Não entendi porque eu deveria imaginar que você está aqui.

– Bom, por causa dos seus demônios!

– Meus demônios? Aqui? Acho que não... Bom, pode ser que tenha algum, mas nada com que deva se preocupar. - Ele deu de ombros.

– Mas estão havendo presságios!

– Eles não estão aqui, eu saberia!

– Mas... Se não são demônios, o que é?

– Você é a caçadora, acho que é seu trabalho descobrir. - Crowley deu um meio sorriso - Eu tenho que ir, até mais! - Ele estalou os dedos e sumiu.

Entrei no Porsche e dirigi de volta para o hotel, fui direto para o quarto dos Winchester e os informei tudo que demônio havia me falado. Isso nos levantou duas dúvidas: Crowley poderia estar mentindo? Havia alguma outra criatura naquela cidade?

De qualquer forma, parecia ser uma armadilha para atrair caçadores. Qualquer um iria lá para investigar, então o que quer que fosse, sabia que estávamos ali. Eu comecei a considerar outras opções.

– Talvez seja algum monstro que está levando as pessoas.

– E deixando rastro de enxofre? Presságios? Ainda acho que o Crowley está mentindo. - Dean falou.

– Mas não estão fazendo nada de mais! Como vamos descobrir?

– Acho que você falou muito cedo, Meghan. - Sam veio até nós com um tablet na mão - Olhem isso.

Ele nos mostrou um vídeo de um casebre abandonado, dentro dele luzes amarelas piscavam e uma tempestade se formava ao fundo, com trovões e relâmpagos. A pessoa que filmava exclamava toda hora em choque e mostrava como estava o céu ao redor, fazendo parecer que a tempestade se concentrava apenas ali.

– Onde é isso? - Dean perguntou.

– Na saída de Cleveland, seja o que for... Está lá. - Sam explicou - O cara que filmou disse que estava passando de carro no local e começou a ventar muito e as luzes da cabana eram cada vez mais intensas.

– Temos que ir antes que algum idiota curioso chegue lá. - Eu disse pegando a chave do carro.

Nós seguimos pela estrada até a saída da cidade, logo avistamos o casebre que vimos no vídeo e os mesmos eventos estava acontecendo. A tempestade mais intensa e as luzes piscando, juntamente com as janelas batendo por causa da ventania. Nós três nos armamos de tudo que era possível, para enfrentar de tudo e entramos no local. Assim que passamos pela porta, tudo parou. As luzes se apagaram, o vento se estabilizou e as nuvens foram se dissipando.

– O que é isso? - Dean perguntou engatilhando a arma.

Nós três olhávamos para todos os lados, esperando os ataques. Mas nada disso aconteceu, pelo contrário, o silêncio era absurdo como se nada do que vimos tivesse realmente acontecido.

– Isso sim é suspeito. - Sam comentou.

– Ah, vocês são tão desconfiados... - A voz soou por trás de um amontoado de caixotes e nós apontamos a arma para a criatura que ia saindo de lá, mal pude acreditar nos meus olhos - Eu só quero conversar.

– Metatron... - Sam falou, tão incrédulo quanto eu.

– O que você quer aqui? - Abaixei a arma e puxei uma das espadas angelicais que eu tinha.

– Nossa! Calminha aí, Meghan. - Ele deu aquele sorriso cínico, o que só aumentou o meu ódio - É justamente com você que eu preciso ter uma conversinha. - Ele estalou os dedos e os irmãos sumiram do meu lado.

– O que você fez com eles? - Questionei e fui andando na direção dele.

– Eles estão bem, só os mandei para longe... O que tenho para falar tem que ser em particular... Afinal, só interessa à mim e você.

– Não tenho nada para tratar com você! A única coisa que eu quero ter em relação à você é a sua morte! - Apontei a espada para ele.

– Por favor, isso não tem efeito em mim... Não sou mais um anjo normal. - Ele balançou a mão com desdém - E você também não é uma humana normal. Sabia disso?

– Claro, nenhum ser humano normal passa pelo o que eu passo. - Revirei os olhos.

– Não é desse modo, você é espiritualmente especial... Vejamos, você sabe tem muitos anjos atrás de você para usá-la como receptáculo... Você sabe também que eles tem um motivo maior para isso?

– Como assim? - Perguntei receosa com o rumo da conversa.

– Porque você é um receptáculo extremo... Assim como Dean e Sam para Miguel e Lúcifer. - Ele deu um meio sorriso - Você aguenta ser o receptáculo de Deus.

O QUÊ?– Não aguentei e soltei uma gargalhada - Você tá pirado, sério, anda fumando uma erva angelical ou algo do tipo?

– Estou falando sério, você lembra quando Castiel se tornou Deus e o receptáculo dele começou a se desfazer por não aguentar tamanho poder? Isso não aconteceria com o seu corpo.

– Não! Desculpe, mas isso não vai rolar! E o que raios me faz ser tão especial? - Questionei, afinal aquilo estava muito mal contado.

– Deus te fez assim! - Ele deu de ombros - Ele planejava te usar logo após o apocalipse, mas isso não aconteceu e Ele preferiu sumir no mundo... Então os boatos correram, os anjos ficaram sabendo! Mas eu tenho a certeza.

– Ai que coisa... E você me trouxe aqui simplesmente para me convencer à ser sua casca?

– Exatamente, essa casca aqui não está aguentando bem... Já perdi a conta de quantos anjos tive que matar para mantê-la estável. Quase matei o arcanjo Gabriel, mas pretendia usá-lo em caso de emergência.

– Maldito! - Ouvi-lo falar do Gabes fez o nível da raiva subir de novo - Eu nunca vou deixar você me usar e nós vamos acabar com você!

– Você e quem? Aqueles dois idiotas? Ou o seu namoradinho? - Ele ergueu uma sobrancelha - É, as notícias correm... Acha que o Castiel tem algum poder contra mim?

– Eu sei que você não tem nenhum contra ele... Se não já teria o matado. - Eu abri meu sorriso debochado - Por que será que você não pode matar o Castiel? Algo me diz que tem algum motivo, o qual se algum de nós descobrisse... Seria o seu fim!

– Mas vocês não irão! E você vai aceitar ser a minha casca, eu matarei quantos anjos e humanos forem preciso! Matarei aquele arcanjo ridículo, aquela profeta desgraçado, seus queridos irmãozinhos e o seu anjo amado.

– Apenas tente... - Me aproximei mais dele - Pois eu te digo uma coisa, você não é o único que pode me usar, mas é o único que nunca vai conseguir! Então não se surpreenda se outro anjo aparecer usando meu corpinho simplesmente para te matar! Até mesmo porque eu tenho a tábua e nós já sabemos um jeito de pegar de volta o poder que você absorveu. - Dei um sorriso para disfarçar aquela bela mentira - Então tenha cuidado.

O sorriso cínico de Metatron sumiu na hora, óbvio que eu nunca iria aceitar essa proposta de qualquer outro anjo e claramente a história de saber como tirar o poder dele era só uma hipótese, mas eu queria meter medo nele!

– Bom, veremos quem é que tem que ter cuidado. - Ele sumiu diante dos meus olhos.

Peguei o meu celular rapidamente e disquei o número do Sam, ele atendeu no meio do primeiro toque ainda.

– Vocês estão bem? - Perguntei antes mesmo que ele disse "alô"

– Estamos! Você está?

– Claro... Onde estão?

– Acabamos de chegar no hotel, estávamos em um lugar desconhecido, chamamos o Cass... Mas nem ele ou o Gabriel conseguiram te localizar, então pedimos para eles nos trazerem pra cá....

– Sam, eu já estou indo para aí... E se preparem, eu tenho umas notícias um tanto chocantes. - Desliguei.

Saí do casebre correndo, entrei no carro e acelerei o máximo que pude para chegar no hotel, foi bem rápido e assim que desci do carro, Dean já estava lá me abraçando.

– Ah! Ainda bem! Achamos que ele tinha te levado. - Ele falou enquanto me sufocava.

– Eu estou bem, loiro... Calma... Ai... - Murmurei afagando as costas dele.

Quando ele me largou, foi a vez de Gabriel, depois Sam veio e me levantou do chão para me abraçar. Parecia que eu estava voltando da guerra, mas não! Era só esses três me tratando como a irmãzinha indefesa, apesar de ser mais velha que o Sam, ele também me via assim.

– Gente, estou bem, inteira... - Falei quando o Alce me largou - Não precisam se preocup...

Antes que eu continuasse, Castiel já tinha tomado meus lábios e me beijado, impedindo que eu terminasse de explicar... Afinal, a minha linha de raciocínio também foi embora ali.

– Você está bem? - Ele perguntou segurando meu rosto entre as mãos.

– Estou, gente... Não fiquem desse jeito. Nós temos outras coisas para nos preocupar... - Respirei fundo - Vamos entrar e eu conto

Os quatro me acompanharam para o quarto, cada um tinha uma feição de preocupação diferente, até mesmo o Gabes estava preocupado, até doía não ver aquele sorriso brincalhão em seu rosto.

– Então... - Ele me induziu a continuar.

– Metatron quer me usar como casca... Porque, ao que parece, eu sou o "Receptáculo de Deus".

– É você? - Cass e Gabes perguntaram juntos arregalando os olhos.

– Sim. E provavelmente ele não é o único que me quer... Muitos anjos sabem disso, mas eles não tem certeza. O que único que sabe que isso é certo, é Metatron.

– Eu achei que o Receptáculo de Deus ainda não tinha nascido. - Castiel pendeu a cabeça de lado e estreitou os olhos.

– E eu achei que já tinha morrido! - Gabriel exclamou.

– Espera aí! Então... Ele precisa de você para se manter. - Sam falou.

– Sim! O receptáculo dele não está aguentando! Podemos usar isso ao nosso favor! Vamos voltar para o bunker e decidir isso. - Eu falei pegando minhas coisas.

– E nós vamos nos preparar para a guerra... Agora é que ele vai querer te atingir de todas as formas. - Castiel falou.

– Mas ele não vai conseguir! Do mesmo jeito que nós passamos por Miguel e Lúcifer! - Dean falou tentando parecer animado.

– Isso não é exemplo pra ninguém! - Eu revirei os olhos - Vocês perderam seu irmão mais novo, Sam foi parar no Inferno, ficou sem alma, enlouqueceu e de brinde você foi tentar ter uma vida normal com aquela sem sal da Lisa.

– Ei! Pelo menos nós sobrevivemos! - Dean se defendeu.

– Claro, pelo menos.

Nós saímos do hotel, fechamos a estadia e seguimos de volta para o Kansas. Agora que Metatron tinha largado a bomba, ele iria atacar sem dó nem piedade... E precisávamos estar prontos.


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Notas finais do capítulo

Enfim, vamos falar de coisa séria aqui, acho que nem todos lembram... Mas no primeiríssimo capítulo a Meghan mencionou que os anjos estavam atrás dela para usá-la como receptáculo, pois é... Era isso aí mesmo!
Quando passou a sexta temporada e a casca do Cass ficou lá se acabando com todo o poder, eu comecei a me questionar se existia algum receptáculo que fosse compatível com o poder de Deus... É, muitas tretas rolam na minha mente. Aí uni mil paradas que se passam no meu cérebro e saiu essas doideiras aí que vocês leem!
Espero que estejam gostando, no próximo terá tretas entre Meghan e Claire! Que eu amo escrever brigas kkkkkkk
Aguardo comentários, beijos e até o próximo!



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