Eyes of a Huntress escrita por QueenOfVampires


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, minha primeira fic de Supernatural, espero que gostem bastante! Como eu disse nas notas, a fic não segue a ordem cronológica da série. Mas se forem pensar em uma época para isso acontecer pode ser no meio da 9ª temporada.
Aqui está a Meghan http://data2.whicdn.com/images/113094824/large.jpg
Enfim, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/580609/chapter/1

Mas um dia seguindo o destino que foi deixado para mim... Ah! Como eu odeio o sol na minha cara nessa estrada, parece que ele faz de propósito! Não suporto esses casos em lugares onde "o sol brilha pelas manhãs". Tão clichê... Essas criaturas estão ficando cada vez mais previsíveis. Como se não bastasse todo esse clima de manhã de verão, eu ainda tenho que suportar toda essa ladainha de anjos e demônios nas minhas costas, literalmente.

Desde que o apocalipse explodiu e Lúcifer voltou para jaula levando até Miguel junto e Metatron fez muita merda lá em cima, os anjos vivem numa guerra ridícula para saber quem vai governar o céu, já que Deus sumiu no mundo sem deixar rastros. Aí tem uma penca de anjos querendo me usar como receptáculo porque já sabem que eu sirvo para isso devido à umas experiências anteriores. Sinceramente, não estou a fim de deixar meu corpinho ser usado por qualquer um para lutar contra demônios e sei lá o quê pode acontecer comigo, vou morrer? Vou pro céu? Fico presa dentro do meu corpo assistindo tudo de camarote?

- Olá Meghan. - Castiel apareceu no banco do carona me dando o maior susto, como ele sempre fazia.

- Droga, Cass... Precisa disso?

- Desculpe, eu precisava falar com você uma coisa importante. - Ele parou e eu apenas esperei que ele continuasse - Sobre um pacto.

- Ah... O pacto que eu fiz há uns anos atrás?

- Sua alma está condenada, isso não te incomoda?

- Eu precisei... E não vou desfazer, passei horas escrevendo o contrato, não gosto de trabalho em vão... - Eu parei o carro no acostamento.

- Achei que pactos fossem mais simples do que contratos... - Castiel pendeu a cabeça para o lado me olhando, caramba, ele ficava lindo fazendo isso.

- E são, as pessoas pedem o que querem e deixam por isso mesmo... Mas os demônios podem interpretar as regras do modo que quiserem... Então eu especifiquei tudinho, cada pedacinho foi pensado para que nenhum maldito demônio me passasse a perna.

- Você é bem esperta para uma humana...

- Vou encarar como um elogio... Você veio só por isso?

- Não... Eu vim para te levar para um lugar seguro, Crowley está te procurando para resolver algo em relação à esse pacto... Não sei o que ele quer, mas não será bom...

Eu me virei para encarar o anjo ao meu lado, uma má ideia pois eu mal consigo me concentrar com aqueles olhos azuis me olhando como se conseguisse enxergar minha alma, e ele não podia estar falando sério.

- Estou indo para um caso, Cass. Eu não posso ir com você... Mas não se preocupe, eu sei lidar com o Crowley muito bem. - Eu dei um leve sorriso o tranquilizando.

- Tudo bem, da última vez que tentei te forçar a algo você me mandou pro céu e acabou com um belo corte no braço... - Ele disse se referindo ao dia que tentou me arrastar para uns anjos e eu tive que manda-lo para longe com o feitiço enoquiano -Se precisar é só chamar. - E dizendo isso, ele sumiu no ar deixando apenas o leve barulho do bater de asas.

Era só o que me faltava, o que raios o Crowley queria? E como Castiel descobrira do pacto? Foi feito há 5 anos... Se era algo que um anjo notaria, ele deveria ter falado antes.

Cheguei em Fort Wayne, Indiana ao meio dia, dei entrada em um hotel qualquer e fui me instalar antes de sair procurando onde almoçar. Tinha que começar essa caçada logo, antes que mais um dos soldadinhos de Deus viesse perturbar, ou pior, um dos capetinhas.

- Olá, garota...

E falando no diabo...

- Hey, Crowley... - Girei os calcanhares na direção da voz cínica que me chamou - Já esperava sua visita!

- O seu anjinho já veio fofocar? Espero que ele não tenha contado da minha proposta! - Ele deu seu falso sorriso inocente, por que raios ele tinha olhos tão penetrantes? Deve ser artimanha de demônio.

- Não, não me contou... O que é?

Ele veio andando em minha direção parando próximo o suficiente para evidenciar a diferença de altura entre nós dois. Pequeno demônio.

- Sabe... Seu prazo já está na metade... O que acha de renovarmos o contrato?

- Não sabia que era possível... - Cruzei os braços sentando na cama.

- Sou o Rei do Inferno, posso qualquer coisa...

- E o que você ganha com isso?

Obviamente ele não iria me oferecer isso sem levar vantagem... Estava bom demais pra ser verdade.

- Bom, as coisas lá embaixo estão bem desorganizadas e eu não quero levar sua alma pra lá agora... Tenho planos para ela. - Ele simplesmente deu de ombros.

- Ok... Por mim, tudo bem... Só isso? Vai manter todas as especificações do acordo anterior? Sem mudar nada do que foi feito após o primeiro pacto? - Ele assentiu a cada pergunta minha.

- Bom, como é um novo pacto temos que selar o novo acordo... - Crowley entortou a boca - Mas acho que você não vai achar essa parte ruim, não é?

- Sabe que eu não gosto de beijar homens mais baixos do que eu...

- Ah querida, você disse isso da última vez e tenho certeza que você adorou... - Ele segurou meu pescoço com uma mão e com a outra levantou o meu queixo depositando um beijo nos meus lábios. Droga, eu adorei mesmo e lá estava eu indo para a perdição de novo...

Eu levantei da cama me aproximando mais dele sem interromper o beijo, era desconfortável beijar alguém menor que eu mas até que eu estava gostando, Crowley era um maldito provocador e ele sabia bem o que fazia comigo. Deslizou sua mão esquerda do meu pescoço até a base das minhas costas me puxando para perto. O que eu tinha na cabeça para estar beijando esse demônio velho? Tenho certeza que o pacto já estava renovado. Mas ele não parecia que queria parar tão cedo, ele não precisava respirar, mas eu sim.

- Ok, acho que já deu... - Eu me afastei - Um prazer fazer negócio com você.

- Eu com certeza posso dizer o mesmo, garota... - Ele piscou para mim - Te vejo outra hora.

- Tchauzinho... - Falei depois que ele sumiu na minha frente. Agora que parei pra raciocinar... Tinha mais 10 anos pela frente. Espera! Mais 10 anos nesse inferno de vida? Oh, damn it!

Terminei de arrumar as coisas e fui para um restaurante ao lado do hotel, já aproveitaria para investigar o caso que me trouxe até aqui. Crianças desaparecendo nas semanas antes do Halloween, nem um pouco suspeito... Comecei a pensar que no mínimo seria oferenda para um Deus pagão.

Depois do almoço, fui até a escola da maioria das crianças sumidas. Ao todo haviam sido sete desaparecidas, as famílias deram o mesmo depoimento dizendo que as crianças sumiram da noite para o dia. Alguém as sequestrava de madrugada e a polícia não achou rastros ou pistas. Claro, esses babacas não sabem com o tipo de louco que estão lidando.

Por sorte, não sou esse tipo de babaca. Segui para a floresta mais próxima, era o local mais provável de estarem fazendo qualquer tipo de ritual. Por sorte minha achei uma cabana bem suspeita, peguei a faca e a arma e entrei. Estava escura e aparentemente abandonada, não tinha sinais de que fora usada recentemente e nem passava uma sensação ruim que esses lugares normalmente me transmitiam.

Já estava desistindo daquele local quando a porta foi arrombada, me virei engatilhando a arma... O que esses idiotas fazem aqui?

- Winchester? - Abaixei a arma.

- Meghan? - Sam me olhou tão surpreso quanto eu.

- O que faz aqui? - Perguntei quando o irmão mais velho apareceu na porta- Oi Deanno.

- Meghan! - Dean sorriu para mim.

Eles entraram na casa, tratei logo de explicar que não achara nada por ali mas eles cismaram em procurar, não achavam que eu tenha capacidade de saber quando havia algo errado ou não.

- Estão perdendo tempo... - Me encostei próximo a porta - Falar nisso, seria bom se você segurasse seu anjo, Dean... Ele fica aparecendo do nada do meu lado pra se intrometer na minha vida.

- Ah, pelo menos descobrimos para onde o Cass vai quando some. - Sam deu uma breve risada.

- Ele não é meu anjo e eu não o digo o que fazer. - Dean se defendeu, eu ainda acho que ele e Castiel tinham algum tipo de caso... O que é um grande desperdício, a menos que eles curtam ser usados ao mesmo tempo e compartilhar uma garota.

- Meninos, se já se convenceram que não tem nada aqui... Podemos ir? Já que estão aqui vai ser melhor continuarmos a caçada juntos... - Eu saí da cabana sendo acompanhada pelos dois.

- Sim, podemos... Mas acho que devemos entrar mais na floresta. - Sam comentou olhando para as arvores com folhagem mais densa deixando o ambiente mais escuro.

- Vamos... Só vou pegar umas lanternas no carro para o caso de surgir uma caverna ou sei lá... - Fui até a mala do meu amado Porsche pegar as lanternas e voltei até onde os Winchester estavam. Nós adentramos a floresta e seguimos na direção norte procurando outras cabanas ou até mesmo alguma caverna.

- O que o Cass queria com você, Meg? - Dean me perguntou.

- Dar uns avisos sobre o Crowley... O anjo se preocupa a toa, eu sei me entender com o Rei do Inferno. - Dei de ombros.

- É, a gente notou que ele te trata... - Sam procurou a palavra certa - Diferente do modo que trata aos outros.

- Como eu disse, eu sei me entender com ele. Nos conhecemos há muito tempo e já fizemos tantos favores um ao outro que agora posso até me considerar amiguinha dele...

- Amiguinha do demônio, hein? - Dean deu um sorriso malicioso - Pra mim você é mais do que isso.

- Ah, por favor... Eu nunca tive nada mais profundo com Crowley além do pacto... Não que ele tenha um corpo de se jogar fora - Fui falando mais a medida que percebi a repugnância na face dos dois, eu amava deixa-los desconfortáveis assim - Mas não rolou nada, obviamente não seria uma boa ideia me envolver tanto assim com um demônio, já imaginaram?

- Na verdade, estamos tentando não imaginar! - Sam fechou os olhos com força me fazendo rir da careta dele.

- Você é louca! - Dean disse sacudindo a cabeça tentando se livrar dos pensamentos que eu coloquei em sua mente.

- Ah, amo fazer isso com vocês. - Passei os braços nos ombros dos irmãos me apoiando entre eles.

Ouvimos o leve bater de asas no silêncio da floresta e Castiel surgiu na nossa frente.

- Olá pessoal.

- Hey, Cass! - Nós três dissemos juntos.

- Vim ajuda-los. Quem vocês estão procurando não está aqui na floresta... Pelo menos não agora.

- Hum, já é um começo sabermos que é quem e não o quê... - Comentei soltando dos ombros dos irmãos - Mas conta aí...

- Tem uma mulher na cidade que está fazendo uma magia negra muito poderosa que precisa do sangue de 13 pessoas puras colhidos cada um em uma noite antecedendo o dia 31 de outubro. - Castiel explicou cuidadosamente - Ela pretende oferecê-los para um demônio específico em troca de imortalidade e poderes.

- Ah, sempre essa ladainha de imortalidade e poderes. - Dean rolou os olhos.

- Então não vamos conseguir nada agora, teremos que procurar na cidade pela noite. - Sam sugeriu.

Castiel acabou vindo no meu carro e os Winchester no precioso Impala de Dean, sugeri que eles ficassem no mesmo hotel que eu para facilitar nosso trabalho.

- Crowley veio até você? - Cass me perguntou enquanto ainda estávamos a caminho do hotel.

- Sim, não era nada demais...

- Não pode mentir pra mim! - Ele me interrompeu - Renovou seu pacto? Sinto sua alma mais corrompida ainda!

- Ainda não acho nada demais... Só terei mais um tempinho antes de virar mordedor de Cão do Inferno. - Dei de ombros, olhei para Castiel pelo canto dos olhos e ele estava me encarando com uma expressão nada satisfeita - Ei! Pare de me olhar assim! Já me acostumei tanto com sua falta de "expressão" que me dá até medo quando olha pra mim expressando qualquer sentimento.

- Queria que eu te olhasse sorridente? - Ele perguntou irônico, era só o que me faltava... Um anjo irônico.

- Anda passando muito tempo com o Dean... - Eu sorri para ele.

Castiel ficou calado e até me surpreendeu o fato de que ele não sumiu do nada como costumava fazer. Chegamos no hotel antes dos Winchester, óbvio, Dean insistia em dirigir aquele dinossauro. Eu sempre amei velocidade e nada melhor do que meu amado Porsche 911 turbo na cor azul-petróleo que era até um pouco chamativo, mas eu não podia fazer nada se o amo tanto quanto Dean ama o Impala. Fui para o meu quarto acompanhada pelo anjo.

- Fique a vontade. - Eu disse tirando a jaqueta e largando em cima da cama.

- Já estou. - Castiel afirmou em sua habitual voz calma parado em pé no meio do quarto, depois ele sentou na cama encostado nos travesseiros.

- Claro que está... Eu vou tomar um banho.

Entrei no banheiro e deixei a banheira enchendo, tinha dirigido a madrugada toda e uma parte da manhã, estava precisando descansar antes de agir de noite... Ah... Amada vida de caçadora, por que tão complicada?

Já estava dentro da banheira quando ouvi as vozes vindo do quarto, os garotos deviam ter chegado. Esses idiotas... Saudades de quando as coisas pareciam fáceis e nós éramos três crianças brincando no ferro velho do Bobby, quando Dean ainda não era um arrogante, charmoso e super sexy e o Sam era a criatura mais fofa de todo o mundo e não era mais alto que eu. Então o tempo passa, as pessoas crescem. se distanciam e seguem suas vidas normalmente... Seria uma pena se a nossa não fosse tão normal assim. As vezes eu ainda os encontro por aí, assim como hoje, e nos juntamos para resolver o caso.

Depois que o Castiel apareceu, um pouco antes do apocalipse, ele fica nos ajudando. É até legal ter uma intervenção divina.

Saí do banho, por sorte tinha levado umas roupas para trocar no banheiro e queria evitar os olhares nada discretos de Dean.

Quando saí do banheiro, os três estavam sentados na mesinha conversando enquanto os irmãos comiam, opa...

- Tem batatas aí? - Me aproximei já puxando uma batata frita de Sam.

- Claro, pode pegar... Magra de ruim. - Sam riu.

Realmente, eu era magra de ruim e pelas constantes corridas nas caçadas. Pra completar a palhaçada, ainda era alta e de rosto afinado, quase o Slenderman versão feminina de cabelos ruivos e olhos azuis.

- Inveja? - Coloquei as mãos na cintura.

- Não, obrigado. - Ele piscou para mim.

Quando a noite chegou, os garotos já estavam em seu próprio quarto e o anjo ainda estava me bisbilhotando.

- Castiel, não tem nada melhor pra fazer? - Perguntei vestindo a jaqueta e guardando a faca nela.

- Na verdade, não. - Ele pendeu a cabeça de lado... Do jeito que me fazia querer beija-lo de novo. É, já beijei o anjo e aquele dia foi interessante... Mas isso é outra história.

- Ok... Vamos indo então, temos uma louca para pegar. - Eu saí do quarto e fui chamar os irmãos.

Era hora da caçada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então é isso, espero que tenham gostado e comentem o que acharam. Postarei o próximo em breve. Beijos e até mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eyes of a Huntress" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.