O diário de um garoto pensativo. escrita por Rachel


Capítulo 2
Capitulo 2 - Sorria


Notas iniciais do capítulo

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Depois que entrei na sala, esperei um tempo para saber se o garoto da escada era da minha classe, infelizmente não era, porém uma garota esquisita (não é novidade) Havia sido uma dos transferidos, por incrível que pareça a garota tinha cabelos longos, brancos! Tudo bem, não é uma grande surpresa para mim, já que meu cabelo é azul claro (Choque para os leitores? Não sei), Eu curto esse lance de desenho japonês, e tem muito disso, queria ser mais diferente então resolvi tingir, não mudou nada já que ninguém reparava, eu podia vir nu para escola que ninguém iria perceber (eu acho). A menina sentou justamente do meu lado, vendo-a de perto já não fui muito com a cara dela, ainda mais aquela aura de felicidade, pelo menos ela tinha peitos grandes, acho que é um bom começo.
–Ei ei...psiu. -A menina dos cabelos brancos me chamou-
–Hnm? -Desviei o olhar do professor que estava explicando algumas regras da escola-
–Tem algum lápis para emprestar?
–Ah... acho que sim. -Quem diabos não tem um lápis no primeiro dia de aula?- Você veio de onde? é transferida não é? -Perguntava enquanto vasculhava o estojo, não tinha o lápis-
–Não importa, eu só quero o lápis.
–Eu não tenho nenhum sobrando. -Que grosseria-
–Serve o seu. -A garota já se inclinou do nada pegando meu único lápis-
–EI! -Falei alto demais, a sala toda se virou até mim, inclusive o professor que parecia irritado, isso nunca aconteceu. Me encolhi na cadeira até que todos voltassem ao normal-
–Nyahahaha! -A menina deu uma risada baixinho, uma risada meio... de gato? Que droga era aquilo?-

O sinal to intervalo tocou algumas horas depois, no final eu fiquei sem lápis, a menina não parecia querer me devolver, mesmo assim fui pedir.
–Você pode me devolver o MEU lápis? -Estava ficando irritado-
–Nyahaha, agora ele é meu. -Ela deu um sorriso malicioso- Você tem cara de que gosta de animes, e de pervertido, vamos testar... você quer seu lápis precioso?
–É claro que eu quero, é o MEU lápis.
–Então... pegue! -Ela com a lápis na mão, colocou no meio de seus seios... enormes- Vamos garoto pervertido.
Por mais que eu fosse um garoto, não queria tocar nos seios dela, não sei se era por falta de intimidade, ou por que não gostava dela, simplesmente não sabia o que fazer, e nesse momento eu travei. Se eu não pegasse, ela me chamaria de gay, virgem e todos os apelidinhos ridiculos, mas se eu pegasse seria um pervertido sem fim.

Minha salvação foi o garoto de hoje cedo que passou em frente a minha sala, deixei a menina falando sozinha e corri na direção dele por algum motivo.
–E-Ei você! -Já estava corado-
–Hnm? Ah... o menino que esbarrou em mim hoje. Olá.
–T-Tá tudo bem?
–Haha, acho que eu que deveria perguntar isso não é? -Ele colocou a mão na minha cabeça, cara que constrangedor-
–Ah... é mesmo, mas eu estou bem.
–Menos mal né? Então...vejamos.. qual seu nome?
–P-Peter.
–Hnm... nome legal, você é da sala B certo? -Ele dizia olhando a placa na sala atras de nós-
–Ah, sim, eu vim dali. -Avá-
–Hahaha, percebi...

Ele tinha uma risada tão agradável que dava vontade de sorrir junto.
–S-Seu nome é?
–Ah... Você pode me chamar de Smile.
–Smile? Como... Sorriso?
–Isso.
–Por que quer que eu te chame assim?
–Bom.. é um dilema meu, estar sempre Sorrindo. Quando as coisas derem errado, Sorria. -Peter está desmaiado de tanta fofura-
–A-Ah... que legal, faz sentindo... Bom tenho que ir pegar meu lanche ou morrerei de fome.
–Quer que eu vá com você?
–N-N-Não... Não precisa, eu vou sozinho. -Assim iremos parecer um casal, que constrangedor- Até depois, tchau.

E nessa, eu sai correndo como sempre até o refeitório, me pergunto o que será que ele ficou pensando depois. Por uma linda e grandiosa sorte (sarcasmo sempre) a garota dos cabelos brancos estava na fila do lanche, como se não bastasse na sala. Fui para a fila normalmente ignorando-a, mas para ela não foi a mesma coisa. Ela se virou meio surpresa e contente ao mesmo tempo.
–Pervertido! Oi! -Ela disse meio alto, algumas pessoas olharam para mim, novamente isso nunca aconteceu antes, que embaraçoso-
–Eu não sou pervertido droga!
–Nyahahaha, seu lápis será meu para sempre.
–Tsc... Qual seu nome garota?
–Nya? O meu? Nyaru.
–Nyaru? -Franzi a testa. Além de ser esquisita tinha um nome esquisito- Seu nome não é esse, não estava na lista.
–Nyahahaha, Meu nome é Naru, e como você percebeu, eu adoro nekos (gatos em japonês).
–Acho que não sou o único que percebe isso né...
–Bom.. tanto faz, eu sou feliz do meu jeito, e ninguém vai me derrubar por isso.

Aquelas palavras ecoaram na minha mente quando voltamos do intervalo, estava com o rosto apoiado nas mãos, deitado na carteira pensando nas frases que havia escutado hoje, "Quando as coisas derem errado, Sorria", "Sou feliz do meu jeito, e ninguém vai me derrubar por isso". Essas frases me confortavam, eu me sentia seguro sobre meus sentimentos, poderia ser quem eu quiser sem ter que me preocupar com a opinião das pessoas.


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