Rise of the Brave Tangled Frozen Dragons escrita por Black


Capítulo 4
Capítulo 3: Highland


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, sinto muitíssimo pela demora, mas eu estive bastante ocupada no dia de hoje.
Quero que saibam que fiquei imensamente feliz com os comentários recebidos no capítulo anterior. Nunca imaginei que teria tantos. Obrigada!
Então, como eu já demorei demais, vamos acabar logo com isso. Espero que gostem e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/579688/chapter/4

Ao se aproximarem de Highland, o primeiro clã que decidiram visitar foi o Dingwall. Hiccup explicara que os arqueiros de lá não eram tão bons, mas que valia à pena checar para que nada lhes passasse despercebido. O território do dito clã era composto de forma bastante simples. Havia várias construções erguidas a partir de madeira e pedra, todas bastante rústicas, como as encontradas em Berk. Eram espalhadas em desordem por uma campina verde cercada por árvores. De certa forma, o local lembrava um acampamento, apesar das residências e estabelecimentos fixos. As pessoas que andavam por ali se vestiam essencialmente em verde e algumas carregavam armas. Um povo guerreiro, sem a menor sombra de dúvida.

Porém, Hiccup e Jack desanimaram consideravelmente ao notarem que o primeiro requisito acerca do escolhido da profecia não fora atendido. Os Dingwall eram, em sua maioria, loiros. E, pelo que dava para ver no campo de treinamento que havia ali, arco e flecha certamente não eram suas especialidades. Não poderia ser ninguém dali.

– Viemos aqui para nada. – Jack resmungou carrancudo, chutando uma pedra à frente de seus pés. Ele e o chefe de Berk e seu dragão estavam escondidos por entre as árvores que rodeavam o clã Dingwall, de onde conseguiam ver boa parte das construções e das pessoas, bem como a área de treinamento usada pelos habitantes dali.

– Bom, ainda temos os Macintosh, os McGuffin e os Dunbroch para procurar. – Hiccup tentou passar-lhe alguma segurança, mas o albino apenas bufou com insatisfação. Talvez o castanho não tivesse escolhido o melhor dos argumentos, visto que o espírito do inverno estava realmente apressado para cumprir seus objetivos. – Vamos logo, não podemos perder tempo. – Falou, montando mais uma vez em Toothless, que estivera bastante quieto atrás de si.

– Vamos. – O guardião concordou e chamou os ventos que logo o levaram aos céus. Hiccup e Toothless logo o seguiram rapidamente, começando a explorar mais uma vez o território de Highland. – Vai demorar a chegarmos ao próximo clã? – Perguntou impaciente e ansioso, desejando mais do que tudo que a pessoa que procuravam não estivesse distante e que não tardassem a se encontrar.

– Chegaremos à noite ao clã McGuffin e, como provavelmente todos estarão dormindo, passaremos a noite na floresta e esperaremos até amanhã. – Hiccup notificou, vendo que Jack bufou carrancudo. A ideia de esperar mais tempo não lhe agradava em nada, afinal, tempo era algo que eles não podiam simplesmente desperdiçar.

Os dois seguiram pelo caminho indicado por Hiccup trocando apenas algumas poucas palavras, discutindo mais planos de batalha e falando sobre suas próprias habilidades, algo que seria bom conhecerem uma vez que teriam de trabalhar juntos. Tal qual o chefe de Berk previra, ao finalmente encontrarem uma nova clareira onde havia um outro acampamento fixo, o céu já estava escuro e a lua estava alta no céu. Não havia muitas pessoas do lado de fora das construções, de modo que sair dali seria uma atitude imprudente, afinal a pessoa que procuravam podia muito bem estar dentro de algum daquelas casas e estabelecimentos.

Hiccup e Jack notaram também que aquele lugar não era muito diferente do clã Dingwall. Porém, as casas eram mais organizadas, enfileiradas em ruas e o território parecia ser maior, assim como suas construções. O chefe de Berk e o espírito do inverno apenas observaram o lugar por alguns segundos antes de adentrarem mais na floresta para montarem um acampamento onde poderiam passar a noite. Não seria prudente se mostrar para os McGuffin, principalmente por não saberem se eles lhe representariam perigo ou não.

– Estamos perdendo tempo. – Jack insistiu enquanto assistia Hiccup montar duas barracas para os dois. O albino cruzou os braços e fez bico como uma criança pequena, o que serviu apenas para fazer o castanho rir da infantilidade do amigo, apesar de compreender suas preocupações.

– Fique calmo. – O treinador de dragões pediu calmamente após alguns minutos de silêncio. Finalmente, ao término de seu trabalho com as barracas, se afastou para verificar seu trabalho. – Vai dar tempo. Tenha confiança. – Encorajou, embora dirigisse seus olhar às barracas recém-montadas e não ao guardião. Hiccup nunca fora do tipo que era bom em consolar pessoas, principalmente pessoas desesperadas.

– Claro, afinal otimismo resolve todos os problemas do mundo. – Jack comentou sarcasticamente, fazendo o outro rapaz revirar os olhos em resposta. O espírito do inverno, porém, apenas bufou e seguiu para sua barraca, deixando Hiccup sozinho.

O castanho permaneceu por alguns segundos fitando a barranca onde seu mais novo amigo se encontrava. Não entendia bem o porquê de Jack estar tão nervoso, apesar do perigo iminente. Ele era um guardião, deveria ter mais fé em suas próprias habilidades. No final das contas, o certo era que o chefe de Berk não sabia muito sobre o guardião da diversão, nada sabia sobre seus gostos ou suas inseguranças, de modo que não fazia ideia do que deveria dizer ao albino na tentativa de acalmá-lo. Por fim, Hiccup apenas suspirou com cansaço e seguiu para a própria barraca, embora não houvesse conseguido dormir durante toda a noite, pensando sobre o que acontecera nas últimas vinte e quatro horas e como sua vida havia mudado de cabeça para baixo, novamente. Mal sabia ele que, na barraca ao lado, seu amigo albino tampouco pegara no sono, ponderando se ele havia sido a escolha certa para aquela missão.

...

Na manhã seguinte, Jack despertou novamente sem ajuda, o que era algo estranho para ele. Associou sua súbita facilidade em acordar cedo à ansiedade que estava enfrentado, ao nervosismo pela missão que lhe fora dada. Finalmente, deixou sua barraca, percebendo que Hiccup já estava acordado e comendo algumas das frutas que havia trazido de Berk. Isso o fez lembrar que eles deveriam se reabastecer antes de sair de Highland, pois não sabiam quanto tempo iriam demorar até encontrar o próximo escolhido pela profecia do Homem da Lua.

– Ei, Jack. – Hiccup o cumprimentou assim que percebeu o amigo fora da barraca onde dormira e o albino respondera-lhe apenas com um curto aceno da cabeça, juntando-se a ele para o café da manhã e pegando uma maçã disposta acima da mochila de couro que o chefe de Berk trouxera consigo, que era onde guardava tudo o que vinham usando até agora, como as barracas e a comida. – Bom, vamos verificar o clã McGuffin e, se não tivermos sorte aqui, seguiremos para o Macintosh. – Comunicou com o objetivo de dar alguma esperança ao guardião, que apenas assentiu, embora parecesse perdido em pensamentos. – A última parada é o clã Dunbroch, que é na região central de Highland e, portanto, mas longe daqui. – Finalizou, recebendo outro aceno em concordância de Jack.

Por fim, ambos terminaram sua refeição e juntaram seus pertences na mochila de couro de Hiccup, que, por sua vez, prendeu-a na sela de Toothless, que havia permanecido adormecido durante todo o café da manhã. O castanho ainda alimentou seu amigo dragão com alguns peixes que trouxera após acordá-lo para que, finalmente, eles pudessem checar o clã McGuffin.

Jack chamou os ventos para levantarem-no pelos céus enquanto Hiccup montou em Toothless, que logo alçou voo. Ambos subiram até poderem ver toda a extensão territorial daquele clã, sendo possível observar as pessoas, embora duvidassem que alguém fosse nota-los ali, mesmo com a cor do dragão do chefe de Berk chamando a atenção em contraste com o céu claro. Porém, como eles perceberam com desanimo, seu escolhido não poderia estar ali. Os McGuffin eram todos altos e gordos, como North era, mas eram quase todos loiros e péssimos atiradores pelo que se via no campo de treinamento. Ao que parecia, a excursão àquele lugar de nada estava adiantando.

– Highland não vai nos ser útil, ao que parece. – Jack resmungou e cruzou os braços, insatisfeito com os resultados obtidos até ali, como era de se esperar que tivesse. O espírito do inverno não poderia exatamente ser classificado como alguém paciente.

– Ainda temos os clãs Macintosh e Dunbroch para checar e eles são os melhores atiradores daqui. – Hiccup suspirou um pouco cansado pela noite insone e por novamente ter de tentar alegrar seu companheiro de viagens. O albino estava tornando aquilo mais difícil do que era na realidade. – Se não encontrarmos nada, iremos para outro lugar. Não se preocupe. – Pediu e, recebendo apenas um bufo impaciente em resposta, revirou os olhos.

Por fim, os dois começaram a voar mais uma vez pelo reino. Ao que parecia, maior parte do território de Highland era composto por florestas, de modo que eles passaram um bom tempo apenas tendo árvores como paisagem, embora nenhum dos dois desse qualquer verdadeira atenção ao que estava à sua volta. Eram cerca de duas horas até chegarem ao clã Macintosh, seu próximo destino. E, caso não achassem quem procuravam lá, lhes restaria apenas o clã Dunbroch. Mas, se não obtivessem êxito em encontrar seu escolhido em Highland, nenhum dos dois tinha a menor ideia de que outro lugar eles deveriam checar, o que era, no mínimo, preocupante.

Passaram as duas horas da viagem até o clã Macintosh no mais completo silêncio. Sem discussões de estratégias de batalha ou simples conversas distraídas entre amigos. Quanto mais demoravam a encontrar o terceiro escolhido, mais preocupados ficavam. Então, não foi surpresa quando suspiraram em alívio ao avistarem mais uma clareira por entre a infinidade de árvores.

O clã Macintosh era, sem qualquer sombra de dúvida, o mais desenvolvido até agora. As construções eram grandes e bem enfileiradas em ruas e a arquitetura era mais elaborada. O gramado fora substituídos por um chão de pedras, que formavam a calçada por onde as pessoas caminhavam. O campo de treinamento ficava um pouco mais afastado da cidade, onde era possível ver dezenas de homens treinando nas mais diversas armas, sendo elas espadas, arcos, machados ou maças. Porém, para o desanimo do albino e do castanho, todas as pessoas ali, sem exceção, eram morenas, além de serem pintadas com estranhas tatuagens azuis. Os arqueiros podiam ser surpreendentemente bons, mas aquilo não mudava o fato de o requisito “cabelos de fogo” não estar completo. Não havia sequer um ruivo à vista. Jack bufou exasperado.

– Eu desisto! – Exclamou, mas, por estarem a uma distância realmente grande do chão, não fora ouvido por qualquer das pessoas que caminhavam pacificamente pela aldeia do clã Macintosh. – Isso é impossível! – Prosseguiu.

– Não, não é. – Hiccup respondeu, embora não pudesse disfarçar bem sua própria decepção. Até mesmo ele estava começando a pensar que não iriam encontrar esse atirador ruivo tão cedo. – Vamos, ainda temos o clã Dunbroch para olhar. – Chamou o amigo, mas o espírito do inverno não se atreveu a sair de sua posição.

– Para quê? – Jack perguntou com ironia, girando o cajado por entre os dedos de forma quase distraída enquanto lançava um olhar fuzilante na direção do céu, claramente para a lua, se ela estivesse à vista. – Você não podia ter dado instruções mais especificas?! – Questionou um pouco alto demais, irritado, de modo que o chefe de Berk já estava verdadeiramente começando a se preocupar que ele fosse ouvido pelas pessoas que caminhavam e treinavam abaixo deles.

– Fale mais baixo. – Hiccup pediu, embora estranhasse o fato de que seu amigo estava falando com o nada. Mal sabia ele que o guardião da diversão, na verdade, estava tendo uma de suas conversas unilaterais com a lua, que, como sempre, não lhe rendera qualquer resposta, o que contribuiu apenas para que ele ficasse mais irado. – Me escute! – O castanho exigiu, já verdadeiramente exausto das atitudes de Jack desde sua saída de Berk. – Ficar aqui gritando para o nada não vai adiantar nada, então se pudermos retomar nosso caminho e irmos para o clã Dunbroch, aposto que o mundo inteiro ficaria grato! – Não era de seu feitio aumentar seu tom de voz ao falar com alguém, mas já estava realmente impaciente com aquelas atitudes. Eles não tinham tempo, não podiam ficar desperdiçando o que não tinham.

Subitamente envergonhado por sua atitude, Jack apenas concordou sem dizer qualquer palavra. Hiccup falava bem, isso era um fato, ele era um verdadeiro líder. Talvez fosse ele o comandante do pequeno grupo que formariam contra Breu, no final das contas. Ou era isso que o espírito do inverno pensava.

Por fim, os dois voltaram a se mover. Novamente, a viagem seguira em um silêncio que nenhum dos dois se sentia a vontade para quebrar, o que apenas tornou o clima mais tenso. Foram três horas de viagem até avistarem indícios de construções, claramente pertencentes ao clã Dunbroch.

Certamente, aquele lugar não era como os outros clãs. A primeira diferença era o majestoso castelo que poderia ser visto a quilômetros de distância. Porém, a aldeia também era mais avançada e bem construída. As construções eram grandes, bem organizadas e de arquitetura impecável. O chão, assim como no clã Macintosh, era coberto com calçadas de pedra, por onde as pessoas caminhavam, algumas com pressa, enquanto outras apenas andavam pela simples vontade de passear.

– Jack, eu tenho uma boa e uma má notícia. – Hiccup avisou enquanto observava o majestoso clã Dunbroch boquiaberto, sem jamais ter esperado algo daquele porte em um reino que até então julgavam como pequeno, apesar da fama que os guerreiros dali tinham em todo o mundo. – Qual você quer ouvir primeiro? – Perguntou sem jamais dirigir o olhar ao amigo, sem conseguir desviar o olhar do enorme castelo.

– A boa. – Jack respondeu, igualmente hipnotizado pela visão que se estendia à sua frente. Jamais havia visto um castelo tão grande, embora houvesse voado por mais reinos do que podia contar, a maioria bem mais conhecida do que aquele em que estava agora e com a qual estava tão impressionado.

– A boa é que eu acho que o escolhido está aqui nesse clã. – Hiccup avisou, percebendo por sua visão periférica o sorriso animado que se fizera presente na face do guardião da diversão, que parecia tão esperançoso quanto o próprio castanho. Porém, o chefe de Berk suspirou, lembrando-se que aquela não era a única notícia que queria dar. – A má é que teremos muito trabalho para procurar. – Apontou para as pessoas que andavam calmamente abaixo deles, sem saber de sua presença ali.

Sem dúvidas, havia muitos ruivos. E, pelo que era possível ver no campo de treinamento que ficava próximo ao castelo, o clã Dunbroch fazia jus à fama de ter bons atiradores. Podiam ter encontrado o lugar certo onde procurar, mas isso não iria tornar as coisas mais fáceis quando ainda tinham dezenas de pessoas para checar.

– Acho que devemos descer e começar as buscas. – Hiccup propôs e Jack assentiu com a cabeça, embora ainda não houvesse conseguido tirar os olhos do castelo simplesmente gigantesco.

Os dois desceram na floresta que rodeava o clã Dunbroch, onde Hiccup desmontou de Toothless, despedindo-se do amigo dragão e deixando-o com alguns peixes para que pudesse se alimentar durante a ausência do castanho. O chefe de Berk também pegou a mochila de couro onde guardara suas provisões até agora, sabendo que teria de reabastecê-la quando chegasse à aldeia.

Por fim, os dois saíram da floresta e seguiram pelas ruas. Alguns olhares partiram diretamente em sua direção e foi imediatamente que perceberam que as pessoas dali também não enxergavam o espírito do inverno. Hiccup se sentiu subitamente constrangido com a atenção repentina, por mais que devesse estar acostumado à isso por ser o chefe de Berk. Mas, isso ainda não queria dizer que o agradava.

Ignorando os olhares curiosos sobre si, os dois fizeram seu caminho diretamente ao campo de treinamento do clã Dunbroch, que parecia ser aberto a quem estivesse disposto a ir. Era bastante próximo à floresta que rodeava o território do clã, de modo que algumas árvores até eram usadas como alvos dos atiradores de arco e flecha.

Repentinamente, Jack parou de andar quando uma flecha passou zunindo por ele. O espírito do inverno não havia visto um alvo pintado ali, de modo que tampouco notara um atirador apontando naquela direção. Ou melhor, atiradora.

– Ei! – O albino imediatamente se virou para a pessoa que quase acertara sua cabeça com uma flecha, percebendo, pela primeira vez, se tratar de uma garota. Sim, uma garota estava no campo de treinamento dos Dunbroch portando um arco e uma aljava cheia de flechas.

Ela tinha os cabelos ruivos encaracolados e volumosos, indomáveis. Seus olhos eram azuis como o céu acima de sua cabeça. Seu rosto era redondo e o pescoço era fino. Tinha a pele clara, rosada pelo cansaço e estava um pouco suada, claramente treinando há algum tempo. Usava um vestido verde de mangas longas que não parecia apertado, mas confortável.

– Quase acertou a minha cabeça! – Jack se queixou à ruiva, fuzilando-a com os olhos. Em outra ocasião, a teria coberto com neve e rido dela até não poder mais, mas não podia chamar a atenção de ninguém quando estava acompanhado por uma pessoa visível. Lembrou-se vagamente de Hiccup, que devia estar olhando-o com reprovação naquele momento. Ele sabia que não era uma boa ideia arranjar briga com alguém quando tinham mais o que fazer e pouquíssimo tempo disponível.

– Mas não acertei! – A ruiva retrucou igualmente irritada, embora seu motivo fosse diferente. Aquele albino acabara de interromper seu treinamento e agora a estava acusando. Quem ele pensava que era?!

– Já chega, vocês dois! – Hiccup os interrompeu, tendo, pela primeira vez, notado que a garota era capaz de ver o espírito do inverno. Aquele deveria ser um sinal, correto? Afinal ninguém mais ali conseguia vê-lo. Ou talvez ela fosse apenas uma pessoa crente em magia, ele não saberia dizer, mas tinha que arriscar. – Qual é o seu nome? – Perguntou verdadeiramente curioso. Ela era ruiva e portava arco e flecha. Até agora, parecia se encaixar na descrição que lhe fora dada.

– Merida. – Ela se apresentou, semicerrando os olhos na direção dos dois rapazes. Jamais os vira ali, certamente eram estrangeiros, afinal ela conhecia praticamente todos no clã Dunbroch. – Princesa Merida de Highland. – Não era de seu feitio se apresentar usando seu título, mas a cara de espanto do albino que a interrompera e gritara com ela foi o suficiente para fazê-la satisfeita. – E vocês? Quem são? – Quis saber.

– Eu sou Hiccup e este é o Jack. – O castanho se apresentou com a maior calma que podia esboçar, tentando amenizar a situação entre o albino e a ruiva, que ainda se encaravam mortalmente.

– O que fazem aqui? – Ela continuou com suas perguntas. Não era comum estrangeiros em Highland, de modo que a súbita aparição de dois deles quando estavam bastante longe da próxima reunião entre reinos era, com certeza, suspeita.

– Procuramos o melhor atirador desse reino. – Hiccup respondeu da forma mais natural que conseguia, percebendo o olhar incrédulo de Jack sobre si. O albino não podia acreditar que ele estava apenas entregando as informações de sua missão a troco de nada. Os dois, porém, tiveram sua atenção desviada para Merida quando a mesma soltou um riso baixo.

– Então hoje é seu dia de sorte. – Ela declarou com um sorriso de escárnio diretamente dirigido a Jack, que a fuzilou com os olhos em resposta. Porém, a próxima frase da ruiva o fez ficar completamente paralisado, percebendo a situação em que se encontravam. – Estão falando com ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo revisado, mas às vezes as pessoas erram, então perdoem qualquer coisa, tudo bem?
E aí? O que acham que vai acontecer agora? Eu, particularmente, gostei desse primeiro encontro entre Merida e Jack, porque eles são parecidos de formas diferentes, então um conflito entre eles é certamente divertido de ler, ou, pelo menos, é o que eu acho. Isso fica a critério de vocês.
Eu tenho uma perguntinha para vocês: Estão gostando do modo como estou escrevendo os personagens? Estou me desviando demais da personalidade deles? Estou indo no caminho certo? Estou realmente em dúvida quanto a isso.
Como sabem, opiniões, críticas e elogios são sempre bem-vindos. Eu não gosto muito de leitores fantasmas. Que autor gosta, não é?
Até o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rise of the Brave Tangled Frozen Dragons" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.