Rise of the Brave Tangled Frozen Dragons escrita por Black


Capítulo 11
Capítulo 10: A Real Smile


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu voltei!
Realmente, eu agradeço imensamente pelos comentários recebidos no capítulo anterior. Eu já disse que tenho os melhores leitores do mundo? Pois é, eu tenho.
Enfim, espero que gostem e boa leitura!



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Rapunzel dormia confortavelmente na cama do quarto de hóspedes que lhe fora concedido durante sua estadia em Arendelle. Porém, fora despertada no meio da noite por um de seus habituais pesadelos com Gothel, onde a mulher voltava para busca-la e trancá-la novamente na torre, matando também sua mãe, seu pai e seu marido. A morena não podia negar que ainda temia a mulher que a criara por dezoito anos, embora escondesse isso de sua família. Não queria preocupar ninguém com seus próprios problemas, isso era algo que ela deveria resolver por si mesma no devido tempo.

A princesa de Corona estava prestes a fazer uma tentativa de dormir novamente quando um grito provindo de alguma parte do gigantesco castelo lhe chamou a atenção. Imediatamente ela se levantou e deixou seu quarto, olhando em volta pelo corredor vazio.

– Pessoal? – Chamou em voz baixa seus companheiros que dormiam nos quartos próximos, mas eles ainda deveriam estar envolvidos pelo sono, de modo que não haviam escutado o motivo do alarde da morena.

O grito soara mais uma vez, estrangulado e agoniado, e Rapunzel logo correra na direção de onde viera o som, parando de frente para a porta branca decorada com flocos de neve azuis. Ela estava de frente para o quarto de sua prima mais velha, a rainha de Arendelle e Rainha da Neve, Elsa. De onde estava, a princesa de Corona conseguia escutar soluços originados de dentro do quarto. Sua prima estava chorando. Elsa estava chorando. Antes que pudesse processar suas próprias ações, a morena abriu a porta que jamais fora trancada depois dos treze anos de isolamento da loira e correu até a cama da rainha de Arendelle, que ainda se encontrava adormecida.

– Elsa?! – Rapunzel a chamou, alarmada, observando as lágrimas correrem pelo rosto pálido da prima e ouvindo seus soluços. Elsa tremia e suas respirações pareciam rápidas e difíceis. – Elsa?! – Segurou a loira pelos braços e sacudiu-a bruscamente, finalmente obtendo êxito em sua tentativa de acordá-la.

A Rainha da Neve abriu os olhos azuis e se sentou abruptamente em sua cama. Ela ainda tremia quase violentamente e algumas lágrimas insistiam em cair. Sua respiração era entrecortada por soluços audíveis. Por um momento, ela não pareceu perceber a presença de Rapunzel ali. Olhando para sua prima, a princesa de Corona percebeu que Elsa parecia um pouco ausente. Seus olhos azuis estavam ligeiramente cinzentos e vazios. Por fim, a rainha de Arendelle piscou algumas vezes e pareceu despertar de seu estado de torpor, notando que havia mais alguém ali em seu quarto.

– Ah, eu lamento por acordá-la. – Elsa se desculpou, levando uma de suas mãos à testa e massageando-a como se para se livrar de alguma sensação de dor. Respirou fundo algumas vezes na tentativa de se acalmar e, após alguns minutos, os soluços diminuíram quase ao ponto de que já não existiam e as lágrimas pararam de cair. Ela ainda tremia, no entanto.

– Não, você não me acordou. – Rapunzel respondeu assim que percebeu uma melhora no estado da prima e ofereceu-lhe um sorriso sem graça. – Eu já estava acordada, na verdade. – Falou e forma tímida, passando uma das mãos nervosamente pelo cabelo castanho curto e repicado. Porém, logo seu rosto assumiu uma expressão de preocupação. – Elsa, o que foi isso? – Questionou aflita pelo estado em que a loira se encontrava há apenas poucos minutos.

– Nada, apenas um sonho ruim. – Elsa disse rapidamente, fechando seus olhos por alguns momentos. Tudo o que mais queria era ficar sozinha com seus próprios pensamentos antes de, com alguma sorte, conseguir voltar a dormir.

– Elsa. – Rapunzel chamou a atenção da mais velha, que abriu os olhos e a fitou, aguardando o que a princesa de Corona tinha a dizer. – Eu sei que não nos conhecemos bem, mas somos primas. Somos uma família, você pode confiar em mim. – A morena assegurou e colocou uma das mãos por cima da mão da rainha de Arendelle que estava por cima da cama.

A Rainha da Neve pareceu pensar um pouco. Algo em Rapunzel a fazia se lembrar de Anna, por qualquer que fosse o motivo. O rosto de feições infantis ou mesmo os olhos inocentes e sonhadores, ela não saberia dizer. E, no final das contas, a princesa de Corona tinha razão. Elas eram primas, eram uma família. Deveria, ao menos, conceder-lhe o benefício da dúvida, afinal fora a morena quem a despertara de seu terrível pesadelo, o pior que se lembrava de ter em anos. Por fim, a loira suspirou com cansaço, tendo tomado sua decisão.

– Foi um pesadelo, apenas isso. – Falou como se menosprezasse a ideia, o que, claramente, não era o que acontecia na realidade. Rapunzel assentiu silenciosamente com a cabeça, esperando que a prima dissesse mais alguma coisa, mas a loira permaneceu em silêncio, claramente sem qualquer intenção de continuar a falar.

– Você os tem com frequência? – A morena questionou, internamente perguntando-se se sua prima sofria o mesmo que ela enquanto dormia, os pesadelos que a atormentavam e tiravam-lhe o sono.

– Todos os dias. – Elsa respondeu em meio a um suspiro cansado. Não sabia bem o porquê de estar se abrindo tanto com Rapunzel, principalmente pelo fato de que a viagem da princesa de Corona até ali em companhia dos novos amigos fora a primeira vez que realmente conversara com ela. Mas, de alguma forma, sua confiança na morena parecia tão natural quanto sua confiança em Anna. Isso ainda a confundia, mas preferia esperar para pensar sobre isso com calma e em outra ocasião.

– Há quanto tempo? – Rapunzel quis saber, mas Elsa apenas desviou o olhar, fitando um ponto qualquer do quarto com um interesse falso. – Há quanto tempo você tem esses pesadelos, Elsa? – Repetiu. Novamente, não obteve qualquer resposta. Por fim, a princesa de Corona suspirou e sentou ao lado de sua prima na cama, ainda segurando sua mão. – Eu também tenho pesadelos, sabe? – Confessou, recebendo um olhar surpreso da loira em resposta. – Eu os tenho desde que voltei para casa, quando fugi de Gothel. – Prosseguiu. Era duro para ela dizer algo assim para qualquer pessoa, mesmo que não fosse Elsa, mas se ela queria que a rainha de Arendelle confiasse nela, ela também deveria confiar na loira. – É sempre o mesmo. Ela volta, mata todos que eu amo na minha frente e me leva de volta para a torre e, desta vez, eu sei que nunca mais vou sair porque não restou mais ninguém que se preocupasse comigo e tudo o que eu posso fazer é passar o resto dos meus dias pensando nas pessoas que eu amo e que jamais verei novamente. – Sentiu uma lágrima solitária escorrer por seu rosto com a mera lembrança das imagens que atormentavam seu sono e rapidamente a limpou. O silêncio perdurou no quarto antes que Elsa, por fim, decidisse quebra-lo.

– Eu tenho pesadelos desde que eu atingi Anna com meus poderes quando eu tinha oito anos. – Rapunzel ficou chocada com a declaração da loira. Treze anos, ela era atormentada por pesadelos horríveis há treze anos. Então, havia mais por trás das olheiras da rainha de Arendelle do que sua dedicação integral ao trabalho. – Até antes da minha coroação, era sempre o mesmo. Eu a atingia e, quando a levávamos até os trolls para que ela fosse curada, vovô Pabbie dizia que ela já estava morta. – Sua voz falhou na última palavra. Mesmo a possibilidade de imaginar Anna, sua irmã caçula inocente e hiperativa, estando fria e sem vida, sem jamais sorrir novamente ou construir os bonecos de neve que tanto gostava, a destruía internamente. A Rainha da Neve fungou e respirou fundo uma vez, evitando mais lágrimas. – Mas, depois que nós voltamos para casa assim que eu desfiz o inverno que eu causei, era diferente. – Continuou. – Eu via Anna na minha frente, lentamente consumida pelo gelo, meu gelo, até que virasse uma estátua, e eu não podia fazer nada quanto a isso, apenas assistir. – Elsa, definitivamente, não queria falar sobre isso. Mas Rapunzel fora realmente honesta com ela, e, se havia alguém com quem poderia conversar sobre seus pesadelos, alguém que a entendesse, era sua prima. – E eu não precisava imaginar isso, simplesmente porque eu vi. – Percebeu a confusão se instalar nos olhos verdes da morena, de modo que continuou a falar, na tentativa de explicar. – Eu a vi como uma estátua, em frente a mim, imóvel, dura e fria. – Fechou os olhos quando algumas lágrimas escaparam sem sua permissão. – Eu a abracei e ela era puro gelo, por minha culpa. – Novamente, sua voz falhou. – E ela pode ter descongelado, pode ainda estar aqui comigo, mais nada, jamais, vai apagar essa imagem da minha mente. E isso é uma maldição ainda pior do que os meus poderes. – Finalizou, desinclinada a pronunciar qualquer outra palavra.

– Mas, eu pensei que você havia nascido com seus poderes, não que houvesse sido amaldiçoada com eles. – Rapunzel disse confusa, apesar de ainda processar o que havia acabado de ouvir. Ela julgara seus pesadelos como terríveis desde a primeira noite em que os teve. Jamais imaginara que alguém encararia algo pior do que ela. Ver sua família ser morta por mulher bem na sua frente é algo completamente diferente de ver sua única irmã, a única parte restante de sua família já destruída, morrer por sua culpa.

– Não são os meus poderes, mas o que eles podem fazer. – Elsa corrigiu, gerando ainda mais confusão em sua prima, que a olhava sem entender, à espera de uma resposta. – Eles são mortais, perigosos. E esta é a minha maldição. – Suspirou com cansaço. Os dias passados sem dormir já estavam começando a cobrar seu preço sobre ela. A rainha de Arendelle estava simplesmente exausta.

– Elsa... – Rapunzel começou a falar, mas foi interrompida pela loira sentada ao seu lado. A Rainha da Neve a silenciou ao escutar o som de passos pelo corredor. Claramente alguém que não se importava em manter o silêncio da noite.

– Céus, como eu pude esquecer? – Elsa murmurou para si mesma e rapidamente limpou os resquícios de lágrimas de seu rosto enquanto fitava a porta. Ela sabia bem quem estava vindo para seu quarto tão tarde da noite.

No momento seguinte, Anna apareceu abrindo a porta que Rapunzel deixara entreaberta. A princesa de Arendelle pareceu genuinamente surpresa ao notar sua prima ali, mas logo se alegrou com a possibilidade de sua irmã e a princesa de Corona estarem finalmente se entendendo, como uma família. Na escuridão do quarto, porém, ela não viu o rosto ainda manchado de lágrimas de Elsa, que abriu um sorriso radiante assim que a viu. Rapunzel se perguntou internamente como ela podia mudar de humor tão rapidamente, mas não disse nada a respeito.

– Elsa, você quer brincar na neve? – Anna fez sua pergunta de sempre, a que, em sua infância, sua irmã jamais recusara, e que, depois do descongelamento do reino, voltara a atender depois de todos os anos passados em isolamento e recusando todos os pedidos que a caçula fazia com aquela mesma simples pergunta.

– Claro, vamos. – Elsa imediatamente se levantou, aparentemente animada. Parecia que a presença de Anna a havia feito esquecer completamente de suas preocupações anteriores, da conversa sobre seus pesadelos que tivera com Rapunzel. Na porta, a rainha de Arendelle parou e se virou para sua cama, notando que sua prima ainda se encontrava sentada lá. – Você gostaria de se juntar a nós? – Convidou com um sorriso mínimo, sem exibir os perfeitos dentes brancos.

– Sério? – Rapunzel se levantou da cama, empolgada com a possibilidade de passar mais algum tempo com suas primas, principalmente fazendo uma atividade que as duas pareciam valorizar tanto entre si.

– Absolutamente, afinal somos uma família, não somos? – Elsa estendeu a mão para ela, chamando-a a se juntar à brincadeira que sempre tinha lugar no salão de festas do castelo. Rapunzel sorriu radiante e concordou, quase correndo em direção às suas primas e as acompanhando para fora do quarto, em direção ao local onde “brincariam na neve”.

Anna andava mais à frente das outras duas, animada demais para manter seus passos lentos ou sequer silenciosos. Durante todo o percurso, Rapunzel mantivera seu olhar em Elsa. Então, finalmente entendera o que a loira estava fazendo. Como sua irmã caçula andava à frente de si e não a olhava, a rainha de Arendelle mantinha o sorriso no rosto, mas não fazia qualquer esforço para esconder a dor presente em seus olhos azuis como gelo. Ela não mudava de humor rapidamente, apenas sabia ocultar bem o que estava sentindo por trás de um sorriso falso, mas que ninguém suspeitaria.

Finalmente, chegaram ao salão de festas, onde Rapunzel se lembrava de ter estado durante a festa da coroação de Elsa e antes do inverno eterno que a loira lançou sem ter a intenção. Seguiu as irmãs de Arendelle até o centro do cômodo, onde Anna se virou para Elsa com um sorriso radiante e animado. Novamente, a Rainha da Neve colocara em seu rosto a máscara de felicidade que havia usado no quarto, mas que havia deixado cair durante o caminho até ali. Mesmo sabendo que aquela alegria não era nada mais que fingimento, mesmo a princesa de Corona não conseguia suspeitar daquele sorriso aparentemente tão sincero e feliz.

– Faça a magia, faça a magia. – Anna pediu eufórica, pulando em seu lugar como uma criança pequena, como se aquela fosse a primeira vez em que via os poderes de sua irmã mais velha. Elsa soltou uma baixa risada em resposta e formou uma bola de neve rodeada por luzes azuis geladas, que refletiu nos olhos de sua irmã caçula, dando-a um ar de admiração infantil. Mesmo Rapunzel parecia impressionada, vendo os poderes de sua prima em primeira mão.

– Pronta? – Elsa perguntou ainda com a bola de neve mágica flutuando entre suas mãos, sorrindo aparentemente contente pela alegria de Anna. Rapunzel não saberia dizer se aquele sorriso era verdadeiro ou não. Depois do que vira no corredor, ela tinha suas dúvidas se a Rainha da Neve alguma vez havia sorriso verdadeiramente depois do acidente com sua irmã caçula naquele mesmo salão tantos anos antes.

Anna acenou com a cabeça em concordância e Elsa arremessou sua magia para cima, criando uma queda de flocos de neve pelo salão escuro e quase vazio. Rapunzel, inconscientemente, começou a realizar as mesmas ações que sua prima mais jovem, pulando com ela pelo salão enquanto a neve mágica caía. Elsa havia permanecido em seu lugar, abafando com a mão as risadas pela situação que estava vendo. Com um gesto da mão, a rainha de Arendelle chamou as duas mais novas, que imediatamente foram até ela.

– Vejam isto. – A loira disse com um sorriso e bateu seu pé no chão, de onde se originou gelo, que se espalhou pelo salão, formando uma pista de patinação como em geral ela tinha o costume de fazer para Anna e que agora fazia em algumas ocasiões para seu povo.

Elsa vinha passando algum tempo de suas noites ensinando sua irmã caçula a patinar, mas isso não impediu que a ruiva escorregasse e caísse no chão, embora rindo de seu próprio mau-jeito. Rapunzel, com alguma dificuldade, conseguia se manter de pé, escorregando para o lado, sem conseguir se manter parada. Ela nunca tivera qualquer experiência com inverno, visto que Corona era naturalmente um reino ensolarado, de modo que não sabia como deslizar pelo salão sem cair como sua prima mais jovem fizera. Antes que pudesse cair em sua tentativa de se mover, foi segurada pelos braços pela rainha de Arendelle, que a firmou no chão escorregadio, impedindo que ela desmoronasse no gelo. Elsa não parecia empregar qualquer esforço para patinar pelo salão. Mas ela era a Rainha da Neve, no final das contas. Anna já havia se levantado e desajeitadamente se dirigido para onde sua prima e sua irmã estavam.

– Não acredito que você não tenha aprendido a patinar depois de todas as nossas aulas. – Elsa disse distraidamente, olhando por cima do ombro para Anna enquanto ainda segurava Rapunzel, que certamente cairia se fosse deixada sozinha.

– Me perdoe se eu não sou uma Rainha da Neve. – Com a resposta zombeteira de Anna, Elsa revirou os olhos. Ela tinha seus truques com gelo e neve, mas não queria dizer que por isso ela tivesse automaticamente qualquer habilidade para patinar. Ela aprendera, como qualquer pessoa, embora com uma facilidade notável que ninguém jamais iria exibir. Passando treze anos em seu quarto, ela tinha tempo para muitas coisas.

Por fim, com as horas se passando, Rapunzel e Anna se envolveram em uma guerra de bolas de neve. Em algum momento da noite, Elsa se distanciara para observar sua prima e sua irmã caçula brincando com o que sua magia criara. Estava encostada a uma das paredes do salão de festas, com as mãos juntas frente ao corpo, fitando a cena à sua frente com um sorriso que estava exatamente na linha entre a dor pelas memórias que aquela visão lhe trazia e a felicidade por ter sua família sorrindo por algo que ela podia fazer.

Durante sua brincadeira descontraída, Rapunzel pegara um vislumbre de Elsa observando a cena desenvolvida naquele cômodo do castelo. A Rainha da Neve sorria, mesmo se Anna não estava olhando para ela. Por um momento, a princesa de Corona se perguntou se aquele sorriso era sincero, verdadeiro. Ponderou também sobre o que Anna dissera mais cedo. “Quando ela incorpora a rainha de Arendelle...”, falando como se a monarca do reino e sua irmã fossem pessoas completamente diferentes e, naquele salão coberto de gelo e neve, Rapunzel finalmente percebia que ela tinha razão. Aquela loira encostada à parede aparentemente tão satisfeita ao ver um simples sorriso no rosto de seus familiares em nada se parecia com a rainha serena e régia que havia conhecido no escritório pela manhã ao chegar a Arendelle. Certamente, a morena ainda tinha muito que aprender sobre sua prima mais velha.

– Oi, Elsa, Anna! – Uma voz que não pertencia a nenhuma das mulheres ali presente se fez ouvir pelo salão de festas, chamando a atenção das duas princesas e da rainha em direção às portas do cômodo, onde estava um boneco de neve vivo.

– Olaf! – Elsa exclamou contente, deslizando pelo gelo em direção ao boneco de neve, que abriu os braços para receber um abraço, que a loira logo lhe deu. – Onde você estava, rapazinho? – Perguntou bem-humorada ao se afastar de sua criação, que lhe abriu um gigantesco sorriso. Do outro lado do salão, Rapunzel e Anna observavam.

– Quem é esse? – Rapunzel questionou boquiaberta, ainda sem acreditar que estava vendo um boneco de neve literalmente vivo em sua frente. Ela sabia que os poderes de Elsa eram fortes, mas não ao ponto do criar vida.

– Esse é o Olaf. – Anna deu de ombros, já acostumada com a ideia, sorrindo na direção do boneco de neve e de sua irmã. – Elsa o criou e meio que o trata como se ele fosse filho dela desde o desgelo. – Explicou assistindo Elsa e Olaf conversando animadamente sobre algo que elas não eram capazes de ouvir.

Novamente, o olhar de Rapunzel se voltou para onde Elsa estava com Olaf. A loira parecia tão contente, genuinamente feliz, enquanto trocava algumas palavras com o boneco de neve. Era curioso que aquela rainha imponente que conhecera simplesmente desaparecesse na presença da família, dando lugar a uma moça gentil e com suas próprias inseguranças. Porém, a princesa de Corona ainda tentava descobrir se o sorriso de Elsa era verdadeiro. Sua mãe uma vez lhe dissera que as pessoas que mais sorriam era as que mais sofriam quando não havia alguém por perto e agora ela entendia o que Primrose queria dizer, porque Elsa era um exemplo vivo disso.


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Notas finais do capítulo

Por favor, perdoem os erros presentes no capítulo, pois desta vez eu realmente não tive tempo para revisá-lo.
Eu quis escrever esse capítulo como um início para a amizade entre Elsa, Rapunzel e Anna. E, também, para mostrar a diferença entre a Elsa do capítulo passado e a que ela é quando ninguém está por perto. Afinal, ela é rainha, mas ainda é um ser humano. Mas, e então, o que vocês acharam? Ficou bom? Quanto ao Olaf, no final do filme, eu pensei que essa seria a relação dele com a Elsa, desde que ela o criou e tudo isso, então eu quis mostrar aqui, mesmo que levemente. Espero que vocês tenham aprovado.
Até o próximo capítulo!