Tremor escrita por Jessyhmary


Capítulo 2
Sarah Garza


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores!! Mais um capítulo da nossa mais nova fic!! *_*

E só falta mais um diazinho para o começo de Agent Carter!!! o/
Estou muito animada! Vai ser ótimo ter Agent Carter pra assistir nas terças até a volta de AoS *_*

Bom, nesse capítulo, conheceremos um pouco mais de Sarah Garza, personagem que eu gosto bastante, por sinal. Não poderia deixar de citá-la aqui.

Já estou preparando alguns novos personagens da Marvel para entrar nessa fic... Estou mesmo muito animada! Teremos mais alguns nomezinhos conhecidos muito em breve!

Aguardem!

The Krees are Coming!

#BoaLeitura! :)



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– Como se sente?

A mulher aproximou-se lentamente do leito, assistindo-o abrir os olhos com a incidência da luz incomodando suas pupilas. O quarto esverdeado não continha nada mais do que um criado mudo, uma cadeira e um espelho, além da própria cama de solteiro em que ele estava deitado. Ward apenas olhou para os lados com os olhos semiabertos, sem saber exatamente onde estava. A semana inteira ele havia acordado desorientado, esporadicamente com picos de febre. Não podia ser levado para um hospital tradicional, devido o seu pequeno probleminha com a lei.

– Um pouco enjoado, pra falar a verdade. – ele respondeu, encostando-se a cabeceira da cama.

– Deve ser os remédios. – ela sentou-se na cadeira e tocou a testa dele. – Mas está sem febre. É um bom sinal.

– Deve ter ficado algum fragmento da munição dentro de mim. Sinto meu estômago queimando e pelo que me parece, o corte infeccionou um pouco.

– Você tem sorte de estar vivo – ela retrucou, como se estivesse se sentindo ofendida. – Se não fosse por mim, você teria morrido à míngua.

– Eu já a agradeci por isso.

– E eu não estou cobrando nada.

A ex-agente da S.H.I.E.L.D. levantou-se subitamente e se olhou no espelho. Aquele rosto... Simplesmente não era ela. Sentia-se estranha. Perdida. Não sabia o que era antes e nem o que era agora sem a presença de Whitehall. E ver a imagem da agente May todos os dias, tomando o lugar de sua própria aparência era algo que já estava começando a comprometer sua sanidade.

– Você ainda não me contou como acabou ficando com o rosto da May.

Ela respirou fundo. Não gostava de se lembrar do dia em que perdeu seu rosto para a sua rival, que como recompensa a faria lembrar-se dela pelo resto da vida sempre que se olhasse no espelho.

– Eu estava disfarçada. Assumi a aparência dela para tentar enganar Coulson...

– Isso foi um movimento muito errado.

– E você é muito íntegro. – ela devolveu.

– Não nesse sentido. – ele se corrigiu. – Tentar se passar pela May para enganar o Coulson? Isso nunca daria certo. Ele é um agente muito bem treinado e conhece a May mais do que qualquer outra pessoa no mundo.

– Não sabíamos disso naquela época.

– Continue.

– Então, durante o confronto com ela, a agente May eletrocutou o meu rosto. Provavelmente fritou o sistema e alguma coisa fundiu com alguma coisa... Mas a questão é que isso nunca mais saiu. Esta é a minha nova cara agora. Goste ou não.

Ward a observava com uma expressão curiosa.

– Bem, seria mentira dizer que me sinto completamente confortável em acordar e ver um clone da May me olhando. É muito... Bizarro.

– Não sou um clone dela! – ela pronunciou séria. – Foi um acidente de trabalho!

– Tudo bem, foi mal – ele jogou as duas mãos para o alto, se desculpando. – Me expressei mal.

– Não importa – ele voltou a encará-lo, agora desmanchando o semblante preocupado de minutos atrás. – E aí, qual é o seu plano? Você tem um?

– Eu sempre tenho um plano.

– Então o que é? – ela perguntou sem paciência.

– Tudo há seu tempo – ele respondeu, num gemido de dor ao contorcer seu tórax ferido numa tentativa de deitar-se novamente. – Primeiro, preciso ficar completamente bom disso – ele apontou para os curativos – E quanto a você... Bom, é melhor usar uma máscara ou algo do tipo. A agente May é um rosto muito conhecido. Você não vai querer ser reconhecida em cada esquina em que andarmos.

– Uma máscara?! – ela arregalou os olhos, sua voz oscilava entre a de May e a dela própria. – Você só pode estar brincando! Quem acha que eu sou? A mulher-aranha?

– Só estou dizendo... Se vamos sair por aí tramando alguma coisa, você precisa cobrir a parte que entrega quem você realmente é. E já que esse troço está praticamente fundido a você, a única solução ao nosso alcance é uma máscara.

– Certo, gênio – ela cruzou os braços, falando num tom irônico. – E o que você pretende fazer com essa voz robótica?

– Eu até tenho uma ideia, mas pode doer um pouco...

– Por favor, diga! – ela quase implorou. – Se não posso ter meu rosto de volta, dê-me ao menos uma chance de ouvir minha própria voz, novamente! Me sinto presa dentro do corpo daquela mulher... Isso é torturante!

– Okay – ele falou com um meio sorriso. – Você mesma poderia fazer, mas acho que é melhor eu fazer isso – ele deu uma pausa para encará-la. – Quando eu estiver recuperado.

– Tudo bem – ela concordou, um pouco desconfiada. – E depois? Vamos atrás de quem, primeiro?

– De quem você acha? – ele a olhou com um olhar conspirador. – Da pessoa que fez isso comigo.

– A garota – a mulher acenou positivamente com a cabeça.

– Sim. – ele sorriu, quase de um modo assustador. – Vamos atrás de Skye.



(...)



– Garota esperta!

A voz de Garza se destacava entre as demais. Ela havia chegado a base há meia hora e já havia respondido no mínimo umas vinte perguntas dos agentes que a olhavam com uma curiosidade incomum. Bem, não tão incomum. A garota tinha a pele pálida como se não houvesse uma só gota de sangue percorrendo suas veias e uma mancha avermelhada que lhe formava uma perfeita máscara, abrigando seus olhos azuis que agora ganharam um preenchimento vermelho no que devia ser a parte clara. Cabelos curtos, ruivos, feição agradável. Uma Inumana em carne e osso bem diante dos olhos deles.

– Deveria ter sido esperta e fugido no instante em que aquilo aconteceu. – ela continuou. – Mas... Eu produzi uma explosão, então... Vamos apenas dizer que isso não é lá muito sutil.

Coulson e os outros se entreolharam. Aquela garota lembrava muito a personalidade livre e rebelde de Skye. Será que todos os Inumanos tinham um senso de humor peculiar assim?

– Mas você não fugiu. Poderia ter explodido o que quisesse no caminho até a S.H.I.E.L.D., mas não o fez – Jemma pontuava, tentando conhecê-la melhor. – Por quê?

– Primeiro: eles dariam um jeito de me encontrar. E segundo... Cara, eu sou uma agente da S.H.I.E.L.D.! Eles eram os únicos que poderiam me ajudar a entender o que havia acontecido comigo. Não faria sentido eu simplesmente partir sem respostas, sem saber o que estava causando aquilo... O que eu era.

– Você chegou ao ponto que queríamos, agente Garza – Coulson tomou a palavra, entregando um fichário para ela. – Skye não agiria assim normalmente. Mais do que um emprego... Isso era a vida dela.

– Ela pode estar com medo, diretor Coulson. – Sarah folheava as páginas com cuidado, estudando a garota nos arquivos. – Acredite, aquele casulo foi a coisa mais nojenta e assustadora que já me aconteceu. Isso, sem contar a sensação de que eu realmente ia explodir quando eu causei o primeiro “Boom” – ela gesticulou, imitando uma bomba explodindo. – E quando me disseram que a comandante Hill queria falar comigo... Bem, eu tremi na base.

– Foi a primeira coisa que pensamos, agente Garza – Bobbi Morse aparecia, girando dois bastões nas mãos. – Medo. Provavelmente ela temia nos machucar... Ou algo nessa linha... Você não teve medo de explodir a S.H.I.E.L.D. quando chegou na sala da Hill?

– Fiquei – ela falou um pouco constrangida. – Mas eu estava mais preocupada em ser mandada para o Cubo e ter que pagar pelos danos à propriedade do que explodir a S.H.I.E.L.D.

– Como assim? – Simmons não havia encontrado a lógica naquilo. – Explodir coisas não seria um problema maior?

– É, mas se eu fosse mandada para o Cubo, eu muito provavelmente seria despedida e como raios eu pagaria a droga dos danos ao prédio? Oh, e não me lembre do meu lindo apartamento alugado...

– Sinto muito. – Jemma falou um pouco desconfortável. – Deve ser complicado descobrir coisas dessa grandeza, numa circunstância como essa.

– Nem me fale! Num dia, eu estava atrás de um computador, escrevendo códigos como uma boa técnica de informática e no outro... Bom, teve o casulo e a coisa gosmenta... Minha incrível habilidade de entrar em combustão espontânea... A Comandante Hill me colocando pra lutar no meu primeiro dia... Mas voltando para o casulo... Vou te contar, aquilo sim é uma coisa nojenta!

Os agentes a observavam, cada um com uma dose de nojo em sua expressão.

– Imagino que não tenha sido muito agradável.

– Não foi mesmo, diretor.

– Mas, agente Garza, a Skye só se tornou – May deu uma pausa, ainda era estranho se referir à Skye daquela maneira. – Inumana quando o Obelisco encontrou o templo. Deve ter acontecido algum evento lá embaixo. E ela se referiu à uma espécie de “casulo” na carta em que a Simmons leu ontem.

– Segundo a Hill, o que “ativou” – ela fez as aspas com os dedos – Os meus poderes, foi gerado em Attilan, a cidade dos Inumanos. E ela também me explicou algo sobre a Névoa Terrígena... Aparentemente, nós já tínhamos um DNA diferente do normal. Só precisou de que algo nos ativasse.

– Isso é muito surreal – Fitz comentou, mexendo num cabo que estava conectado ao tablet. – Nas pesquisas que eu e Jemma fizemos com as amostras de sangue de Skye, não aparecia nada estranho... Era quase como se a natureza inumana dela estivesse...

Camuflada. – ele e Jemma falaram ao mesmo tempo.

– Pessoal, precisamos pensar num meio de localizar Skye. Encerraremos a sessão de perguntas para a agente Garza. Como sabem, ela é uma ótima técnica de informática e nos auxiliará, tentando refazer os passos de Skye. Nada melhor para ler a mente de uma hacker Inumana do que outra hacker Inumana.

– Entendido, senhor. – Fitz-Simmons responderam, enquanto os outros acenaram com a cabeça.

– Então, Agente Garza... O que tem para nos ajudar a encontrá-la?


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Notas finais do capítulo

Nossa... Todo mundo atrás da Skye...

O que acharam??

#Itsallconnected #StandWithSHIELD! :)



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