Bad Romance escrita por Ninah Alves


Capítulo 2
Capítulo 2 - Hush, Hush


Notas iniciais do capítulo

N/a: Agradeço a todos os comentários do capítulo anterior!!!Meninas vocês FORAM o máximo.AMEI cada comentário!!!Espero que apreciem o capítulo.AGRADEÇO MINHA QUERIDA BETA DANII MILANII POR BETAR O CAPÍTULO (SE TIVER ERRO CULPEM-NA, SHSUHSU) E AGRADEÇO TAMBÉM A PEQUENADHIMPIR AMIGA DE MSN, MAS QUE PARECE IRMÃ DE PORTA, POR ME DAR UMAS DICAS E SEMPRE ESTAR A DISPOSIÇÃO PARA LER AS MINHAS LOUCURAS ANTES QUE EU POSTE!Nesse capítulo o MEU, O SEU O NOSSO querido ED CULLEN APARECE!!Não morram...



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Capítulo Dois - Hush, Hush*

*Fique calado, fique calado

 

 

“Está um pouco tarde pra explicações, não há nada que você possa fazer. E meus olhos doem, mãos tremem. Então escute quando eu digo...” (The Pussycat Dolls)

 

 

Ao contrário do que vocês pensam, eu não passei o domingo na casa de Jacob. Assim como eu tinha falado aquela noite eu não dormi e nem ele. Se eu dormi foi umas três ou quatro horas – coisa pouca -, mas logo me pus a acordar e a tentar sair de mancinho. Fato este que não consegui, porque quando acordei Jacob já estava lá, me fitando com uma bandeja de café da manhã e uma linda rosa vermelha na mão.

 

Eu tenho certeza que se não estivesse tão complexada e traumatizada para o amor, Jacob seria a minha primeira opção de homem. Eu ri recebendo suas carícias e sussurros no meu pescoço e ouvido e sabia que se não saísse dali naquele instante eu só iria para casa na segunda de manhã.

 

Afastei-me pegando algo para comer e ele me acompanhou, o café da manhã foi tranqüilo e calmo. Pedi para ir embora, ele negou-se no primeiro momento, mas depois acabou cedendo diante dos meus argumentos de que tinha infinitas provas para corrigir.

 

Nossa amizade era estritamente colorida e sincera acima de tudo. Jacob sabia das minhas intenções para com ele, e por mais que eu tentasse me afastar argumentando não o querer iludir mais do que já iludi, ele sempre me procurava e eu não aguentava.

 

Ele me deixou em casa prometendo me seqüestrar qualquer dia desses para repor a falta que eu faria a ele no dia de hoje. Eu apenas ri e consenti, se ele estava falando que ia fazer é porque ia mesmo. Levou-me até a porta como um cavalheiro e depositou um beijo na minha testa e depois partiu.

 

Exausta eu me arrastei escada acima para tomar um bom banho e dormir até o dia seguinte. Jacob não estava brincando quando disse que tinha muitas surpresas para mim e eu também não hesitei em participar de todas elas.

 

Eu já tinha tomado o meu banho e já estava pronta para dormir quando por um surto de consciência me lembrei que hoje era domingo, que a Anita não apareceria e eu que teria que preparar minha própria comida.

 

Isso seria normal para qualquer dona de casa, mas não para mim, eu era péssima na cozinha e o único prato que eu sabia fazer era macarrão, mesmo assim não saia tão bom. Resumindo: eu morreria de fome se dependesse de mim para comer!

 

Vesti um jeans, uma blusa de manga três quartos e uma bota qualquer. Peguei minha bolsa, chaves do carro e de casa e parti para o supermercado que ficava aberto até meio dia e eu só tinha uma hora para comprar tudo o que precisava para o meu almoço e janta (leia-se comida congelada).

 

Estacionei o mais perto possível da entrada para facilitar a minha volta pra casa e adentrei ao supermercado. Como era previsto por ser domingo ele não estava cheio, só alguns adolescentes zanzavam por ali para comprar bebida para alguma festa proibida e algumas mães dos meus alunos que sorriam ou acenavam ao me ver. Às vezes eu me sentia uma celebridade, mas depois voltava a terra porque sabia que o fato de conhecer tanta gente era justamente por ser professora da escola primária e pela cidade ser tão pequena que se um espirrasse, os outros o desejariam saúde da onde estivessem.

 

Peguei uma cesta e segui para o setor de congelados. Anita abominava os congelados e por isso quase todo domingo eu tinha que ir ao supermercado. Optei por uma lasanha de quarto queijos, bem prática e rápida de fazer no microondas ou forno, aproveitei para passar também na parte de higiene pessoal e não me contive ao passar no setor de doces. Um chocolatinho não faz mal a ninguém!

 

- Bella!

 

- Oi Ange! O que faz aqui?

 

- Vim comprar algumas coisas para fazer o meu almoço de hoje – respondeu.

 

- Que coincidência – aleguei.

 

- Hoje é domingo e minha empregada não trabalha – ela comentou.

 

- Eu sei muito bem o que é isso! – apontei os produtos na minha cesta e ela riu. – E ai...me conta como foi com o Ben?

 

- Ah Bella você não imagina! – ela girava os olhos mostrando entusiasmo. – Ele é demais!

 

- Ângela eu quero saber de tudo – exigi curiosa.

 

- Eu vou te contar mais antes vamos sair daqui – pediu. – Por que você não almoça lá em casa, só assim podemos ficar mais a vontade – comunicou ela me convidando.

 

 - Ótima idéia! – disse empolgada. – Quem sabe a gente não aluga um filme ou vai ao cinema – opinei.

 

- Ah Meu Deus! Ah Meu Deus! Ah Meu Deus! – não pude deixar de rir com o ataque histérico de alguma mulher no supermercado. Na certa deveria ter deixado um pote de azeitona cair no chão e sujar sua roupa. - Ah Meu Deus! – ela voltou a gritar dessa vez mais alto e eu e Ângela assim como as outras pessoas presentes corremos para ver do que se tratava.

 

- Que histeria! – rechaçou Ângela.

 

- Deve ter acontecido alguma coisa muito grave – disparei arqueando uma das sobrancelhas.

 

- Que seja grave porque não tem cabimento ficar berrando dentro do supermercado! – afirmou Ângela firmemente.

 

O tumulto foi se formando, as vozes dos presentes se misturavam impedindo-me de discernir quem gritava ou falava. O quê quer que tenha acontecido no setor de enlatados estava transformado o domingo de paz no supermercado de uma cidade pequena num tremendo caos.

 

- Gente nos dê licença, por favor! – pedia uma voz masculina e autoritária.

 

Da onde eu estava pude reconhecer o dono da voz como Emmett Cullen, meu amigo e pai de uma das minhas alunas. Eu larguei minha cesta de compras em algum lugar e me embrenhei no meio da multidão. Talvez ele precisasse de ajuda com a pequena Melanie que era asmática.

 

- Emmett tudo bem? – perguntei em alto e bom som para que ele me notasse.

 

- Bella! – ele me lançou um olhar duvidoso.

 

- A Melanie está bem? Não aconteceu nada com ela não é?

 

Mas ele não precisou responder a minha pergunta para eu saber que a Melanie estava bem. E que aquela gritaria toda não era pra ela que certamente estava em casa com a mãe Rosalie.

 

Aqueles gritos exaltados e histéricos eram pra ele. Só pra ele!

 

Para o astro do futebol. Para o talentoso e promissor dono da camisa 10! Para aquele que tem como hobby fazer caridades para instituições filantrópicas ou ONGS. Aquele que gosta de aparecer, que a cada dia do ano estréia uma modelo da Vougue, Victória Secret ou Dolce & Gabbana e que mesmo assim consegue manter intacta a sua imagem de bom homem para casar e ter filhos!

 

Mas engraçado que a minha imagem ele não se preocupou em manter intacta quando fez o que fez!

 

Eu gelei ao encontrar seus lindos olhos cor de esmeralda que tanto já me fizeram suspirar. A gritaria tinha cessado, ou ao menos assim eu pensava nada mais tinha valor. Nada para o qual eu lutei esconder de mim mesma surtia efeito. Meu coração sangrava novamente como uma torneira quebrada que fora esquecida aberta. As piores sensações vieram à tona como uma grande onda que me carregava para o fundo do mar.

 

A bomba de efeito moral tinha sido lançada e eu não conseguia me proteger dela que vinha na minha direção sorrindo largamente, aquele sorriso encantador, enigmático, sínico e falso. Falso e traidor era isso que ele era! Destruidor de corações e sonhos.

 

Ele parou a minha frente, eu podia sentir o seu hálito quente e inebriante sendo lançado no meu rosto vigoroso e sem cor.

 

- Bella! – meu nome saia cantado da sua boca. Eu já estava possuída pelo ódio e por uma vontade imensa de fazê-lo pagar por todos esses anos dolorosos.

 

- Edward! – disse com toda a minha rispidez.

 

- Eu queria...

 

- Não queria! – o interrompi ligeiramente. – Você não quer nada! – forcei mais a voz para tentar vencer a vozearia que ainda prosseguia calorosa. – Sempre gostou de aparecer não é? – ele me fitou atônito. – Da próxima vez coloca uma melancia na cabeça – disparei. – Passar bem Emmett – me despedi de Emmett que acompanhava a tudo de camarote.

 

- Bella aonde você vai? – Ângela largou o seu carrinho correndo atrás de mim.

 

- Para o inferno se for possível Angie, mas em Forks eu não fico mais se ele estiver – aleguei escancarando a porta do supermercado e seguindo para o meu carro.

 

- Eu vou com você! – me informou preocupada.

 

- Não vai! – disse seca. – Eu não serei uma boa companhia – entrei no carro e Ângela respeitou minha decisão de ficar sozinha, o liguei e sai contado pneu para qualquer lugar que me deixasse no mínimo a um quilômetro de distância de Edward Cullen.

 

O dia já tinha começado ruim e o resto dele eu sabia que não seria nada bom. Meu telefone tocava insistentemente na bolsa eu a puxei para mim a fim de atendê-lo antes que o jogasse pela janela.

 

- Alô!

 

- Bella! – era Ângela desesperada.

 

- Sim Ângela.

 

- Bella venha pra minha casa, por favor? – pedia ela com a voz chorosa. – Não fique por ai sozinha. Ele vai embora logo, logo você vai ver! – ela tentava me confortar de todas as formas. Mas eu ficaria confortável se ele nunca tivesse existido na minha vida.

 

- Eu já disse que não sou uma boa companhia – voltei ao meu argumento.

 

- Eu não me importo! – ela gritava e sua voz já saia tremula. – Venha a minha casa. Estou te esperando aqui!

 

Ela desligou na minha cara sem dar-me oportunidade de contestar. Eu não queria ir para casa porque se bem eu conhecia Edward ele não veio só para visitar Emmett como das outras vezes. Ele veio para tentar o que não conseguiu nesses últimos oito anos na qual me mantive forte na decisão de não cair mais nas garras dele.

 

Ele não desistia. Aquilo era como um jogo sádico no qual só ele saia ganhando. No final ele voltava para a sua vidinha de glamour e eu ficava a deriva. Esperando por algo que nunca seria meu!

 

Depois de aproximadamente meia hora gastando combustível na pequena Forks a fim de decidir o que faria da minha vida eu parei na porta da casa de Ângela buzinando freneticamente. Ela já parecia me esperar, porque logo abriu a porta de casa e correu até o meu carro.

 

- Venha – me pediu vindo até a porta do motorista me tirando de lá. – Você sabe que ele sempre volta! – constatou. – É só você ignorar como das outras vezes!

 

Puxava-me pela mão me levando para dentro.

 

- Eu vou pegar uma água com açúcar pra você! – ela saiu em direção a cozinha me deixando sozinha na sala de estar. Eu desabei no sofá ao sentir o quão o meu corpo estava pesado de raiva. As emoções batalhavam dentro de mim decidindo quem me possuiria no momento.

 

A raiva por enquanto estava ganhando, mas a mágoa já começava a dar sinais de que não deixaria a raiva me dominar por completo. E eu sabia que com ela vinha a culpa e a solidão, essas duas últimas pareciam andar sempre juntas.

 

- Tome – ajoelhou na minha frente entregando-me o copo, estendi minha mão para pegar e notei que eu já tremia de nervoso. Eu não podia ficar assim toda vez que ele voltava! Não mesmo! Oito anos já se passaram e hoje eu era uma mulher mais forte e sensata do que antes. Não deixaria me levar por impulsões emotivas. Hoje eu sabia me precaver das dores de uma relação.

 

Tomei do líquido de um gole só e relaxei ao sentir o açúcar penetrando no meu organismo lentamente passando-me a sensação de alívio e de que tudo se resolveria. Ângela sentou ao meu lado sem dar mais uma palavra se quer, respeitando inteiramente o meu silêncio ela me abraçou fortemente. E seu gesto de carinho falou por si, eu sabia que não estava sozinha nessa longa e continua guerra.

 

Eu deixei o sono me dominar porque nele eu sabia que estava segura. O paraíso era ali no meu subconsciente na qual por vezes eu podia comandar os acontecimentos.

 

 

(...)

 

 

- Amiga hoje é o grande dia! – Alice pulava eufórica no pátio do colégio.

 

- Eu sei o quanto você esperou por isso – aleguei. – Tudo vai dar certo você vai ver, todos vão gostar da sua ornamentação! Ainda está para nascer quem critique um trabalho seu Alice – segurei as suas mãos e começamos a nos balançar juntas.

 

- Posso saber o que as meninas estão armando? - à quilômetros eu reconheceria aquela voz doce e viciante de Edward Cullen.

 

- Nada de mais – respondeu Alice piscando pra mim. – Nos vemos mais tarde Bells – ela depositou um beijo na minha bochecha e correu para Jasper que acabara de chegar com a sua irmã gêmea Rosalie.

 

- Eu não te vi ontem porque tinha treino e você não sabe o quanto fez falta na minha cama! – disse Edward maliciosamente.

 

- Então é só nisso que você pensa Cullen? – perguntei me fazendo de inocente.

 

- Você sabe que não! – ele me puxou para si depositando um beijo estalado no meu pescoço. – Hoje eu vou te recompensar por ficar tão solitária na minha ausência – Edward podia ser menos convencido não é? Mas se fosse não seria o meu namorado, o mais gato de toda escola e capitão do time de futebol.

 

- Espero senhor Cullen senão... – soltei um sorriso. -... eu faço greve – sussurrei no seu ouvido.

 

Ele gargalhou e me fitou bem dentro dos olhos e depois afirmou:

 

- Duvido que você consiga fazer greve Bells. Eu sou irresistível!

 

- Não duvide nunca da minha palavra Edward. Nunca! – eu ameacei, mas ele não pareceu escutar me tomando num beijo avassalador que me deixou fora de órbita.

 

Eu o abracei com mais força colando mais os nossos lábios. O desejo de tê-lo por completo já era latente dentro de mim.

 

- Vamos sair daqui? – perguntou ele entre beijos como se pudesse ler meus pensamentos.

 

- Edward nós temos aula – rejeitei o seu pedido evitando olhar nos seus olhos cor de esmeralda porque se não eu perderia a razão e acabaria aceitando sua proposta. – Bella – ele segurou meu queixo me fitando – isso era golpe baixo e ele sabia disso! – Vamos?

 

- Ed?! – tentei argumentar novamente, mas ele não se deu por vencido murmurando no meu ouvido coisas que até Deus duvida que a gente possa fazer. Eu gargalhei segurando firmemente a sua mão e daí ele já sabia que tinha ganhado a discussão.

 

E quando vi já estava correndo com ele pelo estacionamento até o seu carro. Algumas pessoas paravam para nos olhar e comentar nossa loucura. Outras como Lauren, Tânia e Clair apenas ignoravam, ou fingiam que faziam.

 

Tânia era a ex-namorada de Edward e chefe das líderes de torcida do time de futebol da escola. Nunca aceitou perder ele pra mim e sempre que podia tentava nos separar. Mas eu já estava vacinada contra suas maldades e por mais que ficasse chateada com algumas coisas que ela fazia, só com o intuito de me irritar e me separar de Edward, eu passava por cima porque acima de tudo eu o amava intensamente e confiava nele de olhos vendados.

 

Mas ainda não tinha me esquecido a última que ela armou pra mim. O tal calendário escolar com ela só de biquíni sendo carregada por Edward vestido com a roupa do time não tinha descido goela abaixo.

 

Antes de entrar no carro eu parei a encarando furiosamente acenando. A loira de farmácia bufou e virou a cara rumando para dentro da escola que acabara de tocar o sinal.

 

Edward arrancou com o carro um tanto ansioso para por em prática tudo o que havia murmurado no meu ouvido. Tão rápido quanto a gente saiu da escola cantando pneu, ele já estava na sua casa estacionando seu volvo prata.

 

Sorrateiramente entramos pela porta da cozinha para que Esme não visse a gente. Eu já tinha perdido as contas de quantas vezes tinha feito isso com Edward. Mas dessa vez a casa estava tão calma que parecia não haver ninguém.

 

- Acho que temos a casa só pra nós! – sibilou ele me imprensando na parede da cozinha.

 

- Edward – o empurrei entre sussurros. - Se sua mãe nos ver ...

 

- Amor você pensa que ela não sabe que esporadicamente a gente dá umas fugidinhas da escola para namorar no meu quarto?

 

Tudo bem... por essa eu não esperava. Eu já sabia que estava vermelha igual a um pimentão. Dei as costas a Edward me preparando para sair, mas ele me impediu colando nossos corpos e roçando seu membro já duro na minha bunda. O garoto é rápido, vou te contar!

 

- Ah não fica vermelha – pediu acariciando um dos meus seios. Se Esme chegasse ali e presenciasse aquela perversão na sua cozinha eu juro que nunca mais entraria na casa dos Cullen de tanta vergonha! – Você já topou vir, não vai me deixar na mão vai? – ele roçava mais me fazendo morder os lábios com força.

 

- Só se você prometer que de agora em diante vai arrumar outro lugar para namorarmos?

 

- Vai ser difícil ter um lugar melhor do que meu quarto – comentou convencido. – Mas eu providencio sim – me virou de frente segurando com força minha nuca para depois colar seus lábios ao meu me envolvendo num delicioso e sedutor beijo. – Vem! – pediu arfante me puxando pela mão para subirmos as escadas.

 

 

(...)

 

 

- Bella acorde! Bella!

 

Despertei assustada com Ângela me chamando, sentei no sofá e passei a mão pelos cabelos preocupada. Os sonhos haviam voltado assim como ele. Eu não sabia como ele ainda conseguia fazer isso comigo depois de tanto tempo! Invadir assim os meus sonhos e minha vida sem pedir meu consentimento devia ser proibido por lei!

 

- O almoço está pronto – comentou Ângela temerosa ao ver minha cara de preocupação. E eu nem precisava falar nada a ela que já sabia que eu havia sonhando com ele.

 

- Vamos sair mais tarde? - ela me lançou um sorriso esperançoso e concordou com a cabeça.

 

- Agora vamos comer! – ordenou Ângela.

 

O domingo passou bem rápido com Ângela ao meu lado. Fomos ao Shopping – programa que aprendi a gostar com minha amiga Alice -, assistimos a uns filmes em cartazes, jantamos e depois voltamos para a casa. Peguei meu carro na casa de Ângela e segui para a minha. À hora da verdade seria agora quando estivesse sozinha, momento em que meus piores pesadelos aconteciam.

 

Ao entrar na minha rua eu avistei um carro parado na frente da minha casa. Eu não conhecia e não sabia quem era então eu evitei estacionar na garagem para me poupar tempo de correr caso fosse um ladrão.

 

Aproximei-me lentamente do carro escuro batendo ao vidro, mas este parecia estar abandonado ou mesmo estacionado de maneira despretensiosa na minha porta.

 

- Pensei que você nunca fosse chegar! – um frio percorreu a minha espinha, traguei violentamente o ar para não perder a paciência e encarei o dono da voz.

 

- O que você faz aqui? – minha voz saiu fria e seca.

 

- Eu quero falar com você Bella... se você me deixasse explicar? – os anos não tinham envelhecido Edward Cullen, na verdade ele parecia mais lindo do que jamais fora.

 

- Você sabe que não tem mais nada para explicar! – disse rumando para a porta da minha casa.

 

- Eu tenho e você sabe disso! – ele me fitou magoado com o que eu tinha acabado de falar.

 

- Edward entenda de uma vez por todas... – olhei pro céu em buscas de respostas, mas só que conseguia formar eram frases batidas aos longos dos anos. -... nós não temos nada para conversar. Tudo ficou lá no passado e foi você que decidiu assim quando me magoou – fechei os olhos respirando fundo para não chorar na frente dele. – Deixe-me em paz! É só o que eu te peço. Viva a sua vida que eu viverei a minha.

 

- Não me darei por vencido enquanto eu não te provar que eu não tenho culpa! – ele me lançou um olhar mortal e virou as costas indo para o seu carro. Melhor assim! Ele tinha que entender de uma vez por todas que nada mais existiria entre nós.

 

Procurei minha chave na bolsa, ainda trêmula pela aparição de Edward quando senti alguém me puxar e me imprensar na parede da varanda tomando-me a boca vorazmente.

 

Eu nunca consegui esquecer o gosto daquele beijo e por mais que procurasse eu sabia que só uma pessoa tinha aquele néctar dos deuses que me inebriava. Naquela altura do campeonato eu já tinha perdido a coordenação motora, minha bolsa tinha caído no chão e eu deixe-me levar. As mãos de Edward já me tocavam com luxúria me fazendo arquear o corpo a cada nova investida. Agarrei com força aqueles cabelos irritantes dele e forcei mais o nosso beijo vasculhando com a minha língua cada espaço da sua boca perfeita.

 

Quando o ar foi ficando escasso ele passou a investir no meu pescoço, passando a mão por debaixo da minha blusa, eu aproveitei para apalpar seus músculos por cima da camisa de linho branca, memorizando cada novo gominho que ele havia ganhado nesses últimos anos.

 

Eu não podia me dar por vencida, eu tinha que ser forte. Mas quando ele me tocava daquele jeito era como seu eu perdesse todas as minhas forças e pudesse até esquecer o passado.

 

E não havia nada e nem ninguém para me salvar por que só eu podia fazer isso!

 

Uma música ao longe fez o último fio de sanidade mental que eu tinha me dar forças para repelir Edward.

 

- Nunca mais faça isso! – me afastei dele dando-lhe uma estalada tapa no seu rosto. Ele me olhou de maneira indecifrável levando a mão na bochecha já vermelha pela tapa massageando-a.

 

- Eu não vou desistir de você! – disse ele determinado.

 

- Não sei por que você ainda perde o seu tempo – encontrei a bendita chave abrindo a porta e batendo esta na cara dele.

 

A música que tinha me salvado ainda tocava e ao olhar minha bolsa eu percebi como sendo o meu celular. O peguei para ver quem era o meu salvador, mas no caso era uma salvadora – Ângela Weber -, na certa preocupada comigo ao não me encontrar no telefone de casa, resolveu me chamar no celular.

 

- Oie Angie!

 

- Bella você não atendia ao telefone de casa... e o celular chamou diversas vezes. Ah Meu Deus, eu fiquei preocupada.

 

- Ângela eu estou bem. Cheguei em casa agora – informei.

 

- Tudo bem amiga. Vou deixar você descansar. Falamo-nos amanhã – ela se despediu de mim e eu fechei o celular tacando-o na bolsa.

 

Eu ainda me sentia tensa e quente com o beijo de Edward. Embarguei as lágrimas que estavam prestes a sair devido ao sentimento de fúria e culpa e subi as escadas ainda com os cômodos da casa todos escuros rumando para o meu quarto.

 

Deixando-me dominar pelo cansaço do dia exaustivo desabei na cama só acordando no dia seguinte por Anita me chamando. Atrasada eu tomei um banho rápido colocando qualquer roupa e seguindo para escola.

 

Eu me sentia perseguida. Com olhos nas costas, como dizia o meu pai. Como se a qualquer momento ele fosse aparecer e estragar o meu dia!

 

Mais não... isso não aconteceu! E com isso a minha tensão começou a se dissipar. Ele enfim tinha me escutado. Enfim ele ia me deixar em paz.

 

Já tarde da noite cheguei em casa e estranhei a luz da sala acessa. Será que Anita a tinha se esquecido de apagar?

 

Ao abrir a porta eu quase surtei ao ver a quantidade de flores espalhadas pela minha sala, escada e até cozinha!

 

- Que merda é essa? – inquiri exasperada.

 

- Bella você chegou! – disse Anita feliz em me ver.

 

- Anita o que é isso tudo? – apontei as rosas.

 

- Começaram a chegar depois que você saiu para trabalhar. No começo eu achei até interessante você receber rosas de um admirador – eu girei os olhos. – Mas depois comecei a ficar apreensiva porque elas não paravam de chegar – comentou nervosamente. – Eu até perguntei ao entregador quem que as tinha enviado, mas ele não me respondia, só trazia mais e mais...

 

- Nenhum cartão ou algo parecido? O cara não te disse quem era? – interpelei impaciente.

 

- Espera aí – ela me pediu correndo até a cozinha.

 

Na minha cabeça eu só tinha duas opções. Jacob ou Edward! Mas a primeira era muito mais sensata do que a segunda.

 

- Tome! – ela me entregou um pequeno envelope vermelho, eu abri e li o bilhete.

 

________

 

“Dizem que o tempo cura tudo. Mas desde que te vi pela primeira vez não pude impedir o amor de me alcançar. E sabe por quê? Porque você o trouxe a mim. Esse sentimento único e incompreensível e muitas das vezes injusto me obrigou a congelar o tempo e a inventar uma máscara para o meu verdadeiro eu. Mas nada é completo longe de você e por mais que eu tente, que eu morra ou até que eu viva mil anos, eu nunca vou te esquecer!

 

E o tempo pode até me trair, ou até mesmo me burlar. Pode ser lento para os que esperam, rápido para os que tem medo, longo para os que lamentam e curto para os que festejam mais eu nunca vou deixar de ter tempo para você, porque para os que amam, o tempo é eterno.”

 

Para sempre seu Edward Cullen.

______________

 

Me contive ao máximo e só Deus sabe o quanto para não chorar. Cada palavra tinha tanto amor, tanto desejo, carinho, esperança e dor que eu pude sentir esses sentimentos de uma vez só como uma labareda flamejante que surgia aos meus pés e me engolia.

 

- Bella tudo bem? – perguntou Anita quando me viu tão calada fitando o bilhete.

 

- Ah...sim...claro Anita – eu estava trêmula e muito desorientada.

 

- Então você sabe de quem são as rosas?

 

- Sei...

 

- Então eu já vou. Só fiquei aqui para vê se você sabia de quem eram. Sabe-se lá se são de um psicopata – forcei um sorriso.

 

- Muito obrigada Anita eu não sei o que seria de mim sem você! – agradeci ainda trêmula.

 

- De nada minha querida! – disse ela abrindo a porta e na mesma hora eu me converti em gelo.

 

- Posso ajudá-lo? – perguntou Anita a Edward.

 

- Tudo bem Anita eu o conheço – aleguei.

 

- Então tá...beijos minha querida e até a amanhã!

 

- Anita se não quiser não precisa vir amanhã eu não vou te descontar nem nada...

 

- Eu venho sim. Não se preocupe! – disparou ela.

 

- Mais você ficou até tão tarde aqui por causa das rosas... eu não queria que se cansasse muito – disse olhando feio para Edward.

 

- Obrigada querida – ela sorria. – Eu te ligo quando chegar em casa e digo se venho ou não, tudo bem?

 

- Ok! Tchau!

 

O encarei enfurecida e já estava pronta para fechar a porta na sua linda face novamente quando ele me impediu com a mão.

 

- Eu preciso falar com você! – disse ele forçando a voz.

 

- Mas qual foi à parte do “me deixa em paz” que você não entendeu?

 

- A parte que você não me deixa em paz... Bella você não sai da minha cabeça!

 

- Então vá ao psiquiatra, ao neurologista! – fui ignorante. – Ou se quiser outra sugestão, que te garanto não ser das melhores... Arranca a cabeça! – disse estridente.

 

- Às vezes você não me parece normal - ele ria. Ele me chamava de doida e ria na minha cara? - Mas eu sempre me encantei por mulheres assim, diferentes, mas só uma me fez amar verdadeiramente!

 

- Então vá atrás dela!

 

- Eu já a encontrei – ele me olhava maliciosamente.

 

Foco Bella! Foco no cara que traiu sua confiança! Não caia na lábia dele!

 

- Fique calado Edward, não fale mais nada – ordenei.

 

Como um vento que sopra forte as árvores ele me empurrou para dentro de casa fechando a porta e me tascando um beijo.

 

Senti suas mãos percorrerem toda a extensão do meu corpo, o frenesi já me possuía e a cada toque seu eu ficava mais excitada. Ele forçava mais seu corpo em mim beijando-me cada vez com mais luxúria. Nossos corpos pareciam um só, eu já me sentia suar por debaixo da roupa, eu estava quente e naquele ritmo nem uma banheira com gelo me faria voltar ao normal.

 

- Como eu senti saudades disso – ele sussurrava em meu ouvido melosamente. – Eu te amo Bella!

 

- NÃO AMA! - eu o afastei com todas as forças que ainda me restavam.

 

- Sempre amei e você sabe disso!

 

- O que você pensa que está fazendo? – eu apontava o dedo na sua direção.

 

- Como assim? Eu te amo...

 

- Não é disso que eu to falando! Por que você me agarrou? O que te dá o direito de fazer isso comigo depois de toda a humilhação que você me fez passar? – meus olhos já estavam marejados, mas eu não choraria na frente dele.

 

- Você disse para eu ficar calado e não disse para eu não me mover!

 

E ainda era engraçado! Ou ele estava fazendo curso para entrar no circo ou me achava com cara de palhaça.

 

- Bella quando você vai entender que eu te amo? Que nunca faria nada para te magoar? – sua voz era uma súplica sussurrada.

 

- Cale-se Edward! Não quero que você diga mais uma palavra, fique calado, por favor... – eu passava as mãos pelas têmporas já exaltada.

 

- Bella tem que ter um jeito de ficarmos juntos novamente! Eu nem errei e estou pagando pelo crime que não cometi.

 

Não cometeu nenhum crime? Não seja ridículo! Então era o meu corpo que estava nu numa cama com três mulheres?

 

- Não tem outro jeito – me aproximei olhando bem dentro dos seus olhos, eu já bufava tamanha era a minha ira.

 

- Tem que ter! – ele passava as mãos pelos cabelos desordenadamente.

 

- Não tem... eu dou a última palavra! Agora saia da minha frente, sai da minha casa... Edward sai da minha vida... – eu já fungava.

 

- Por mais que você queira, eu nunca vou sair da sua vida! Eu fiz e faço ainda parte dela.

 

- Sai! – eu berrei a plenos pulmões já sentindo a dor no meu peito latejar.

 

Despenquei no chão ao sentir fraqueza nos meus joelhos, eu estava um caco, um lixo... E só ele me fazia sentir assim, tão humilhada, desgostosa, fraca e acima de tudo me fazia sentir culpada. Culpada por eu não acreditar na sua versão, culpada por não conseguir repeli-lo toda vez que me procurava implorando perdão e culpada por não acreditar no seu amor.

 

E o meu amor não contava? Para onde ele acha que foi o meu amor por ele depois de tudo o que passei?

 


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Notas finais do capítulo

N/a: Mereço continuar a Fic?Para quem não entendeu, cada capítulo vai receber o título o trecho da música que estará sempre em negrito, esta vai acabar coincindindo com o todo o enredo do capítulo ou em algum momento mais importante dele.Beijos de NINA ALVES e não DEIXEM DE COMENTAR!!!Genteeeeeeeeeeeeeee passem nessa fic aqui "ENCONTRO AO ACASO DE DANII MILANI" http://fanfiction.nyah.com.br/historia/57970/Encontro_Ao_Acaso ELA É MTOO BOA EU SOU A BETAAAAAAAAA.