Where I Belong escrita por Raabe


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi Baby's, cheguei com mais um capítulo!

Mil beijos e não esqueçam de comentar!



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CAPÍTULO 13



*PENSILVÂNIA – TRINTA E CINCO ANOS ANTES*


Uma tempestade torrencial caia do lado de fora de uma enorme casa de estrutura chinesa. Era madrugada e todos os moradores dormiam, ou quase todos. Em um dos quartos, uma garotinha de no máximo cinco anos estava encolhida na cama, o som assustador dos trovões e o brilho constante na janela, causados pelos relâmpagos, lhe deixava com um medo enorme.

Após mais um alto trovejar, a garotinha deu um pulo assustado e saiu como um jato de seu quarto, indo para o quarto ao lado. A porta que apenas estava fechada foi facilmente aberta.

Não demorou em a menina caminhar em direção a uma cama, onde uma adolescente chinesa dormia tranqüilamente. Ela logo se deitou na cama, se aconchegando melhor na garota adormecida.

Tudo teria ficado bem, se o choro e soluços causados pelo medo não tivesse interferido no sono da mais velha.

–Maria? O que está fazendo aqui?-Ela murmurou grogue

A garotinha soluçou.

–Mel... Eu estou com tanto medo... Esse barulhão não me deixa dormir... Sinto falta da mamãe... Em noite de tempestade ela me deixava dormir na cama dela... -A garotinha choramingou

Compreensiva, Melinda passou os braços ao redor do corpinho da prima e a juntou a seu peito.

–Está tudo bem, pequena... Eu deixo você dormir aqui comigo... -Ela disse docemente

A menina soluçou.

–Na última tempestade mamãe ainda estava comigo... -Choramingou. -Ela me abraçou e começou a contar uma história... Eu dormi nos braços dela e quando acordei mamãe não acordou mais... Porque Deus tinha que levar a mamãe?-Chorou

A mais velha suspirou.

–Eu não sei pequena... Eu realmente não sei... Agora durma... Vai ficar tudo bem... -Ela disse

–Prometa que quando eu acordar, você também vai acordar!-Pediu com medo

–Eu prometo minha pequena! Quando você acordar, eu também vou acordar! Você ainda vai ter que me aturar por muitos anos! Eu vou cuidar de você para sempre, Maria! Eu lhe prometo!-Melinda disse

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*PENSILVÂNIA - VINTE ANOS ANTES*


Era madrugada e uma tempestade forte caia naquela região. Dentro da enorme casa de estrutura chinesa, onde a maioria dormia tranqüilamente, uma jovem de no máximo vinte anos, encolhida na cama, ela lutava contra o sono e se arrepiava a cada trovejar.

Ela não sentia medo da tempestade em si, ela já era bem grandinha para ter medo de relâmpagos e trovões. Seu medo na realidade estava ligado ao grande trauma de infância. Quando mais nova, ela tinha a irmã mais velha para acolhê-la durante aquelas noites, mais agora Melinda era uma mulher e casada, não fazia qualquer sentido ela correr com medo para o quarto da irmã e do cunhado, o jeito era fazer como ela vinha fazendo desde que a irmã se casou passar a noite em claro, encolhida na cama.

Minutos mais tarde ela viu quando a porta do seu quarto foi aberta, e com a claridade causada por um relâmpago, ela viu suas adoráveis afilhadas se encolherem com medo. Logo as duas garotinhas correram até a cama e se jogaram na mesma, para logo em seguida se infiltrarem por debaixo do cobertor.

–Dinda... -Uma voz infantil choramingou

–O que foi? Porque minhas pequenas estão aqui?-Ela perguntou

–Estamos com medo... Podemos dormir com você essa noite? O quarto de mamãe e papai está trancado... -Outra voz respondeu com um leve choramingo

Maria acabou por sorrir, seria bom ter Luna e Lucya consigo naquela noite assustadora, ao menos não ficaria sozinha.

–Claro que podem dormir aqui comigo! A Dinda também não gosta de ficar sozinha em noite de tempestade... -Ela disse abraçando as sobrinhas

As garotinhas se aconchegaram nos braços da mais velha e em pouco tempo as três dormiam sossegadas.

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Era madrugada e uma forte tempestade caia do lado de fora da casa dos Qiaolians. No quarto de Maria, a mesma estava acordada e encolhida nos braços de Nick, enquanto o mesmo dormia totalmente alheio ao medo da esposa.

Quando o som de um forte trovão ecoou, Maria, completamente assustada, se encolheu mais ainda nos braços dele, que acabou por acordar, com a movimentação da esposa.

–Amor... Porque ainda está acordada?-Ele murmurou grogue

–Não consigo dormir com essa tempestade toda... -Ela sussurrou

Ele suspirou ao lembrar-se do trauma de infância, da sua esposa. Carinhoso, Nick passou os braços ao redor do corpo dela e a apertou mais contra si.

–Está tudo bem, meu amor... Vai ficar tudo bem... Basta apenas relaxar e se entregar ao sono... -Ele disse carinhoso

–Me prometa que quando eu acordar, você também vai acordar!-Ela disse

Ele sorriu.

–Eu prometo, meu amor! Você vai ter que me amar e suportar apenas por toda eternidade!-Ele disse divertido

Ela acabou abrindo um pequeno sorriso.

–Bom mesmo... -Ela murmurou antes de cair na inconsciência

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Três da manhã, Skye dormia totalmente relaxada, Lucya ao seu lado, dormia de barriga pra cima, roncando alto. A forte tempestade que caia do lado de fora não interferia em nada no sono pesado das gêmeas, o que realmente veio a acordar a morena de olhos castanhos, foram pequenos cutucões e mexidas em seu corpo.

–Miles... Me deixa dormir ou você fica sem seu amigão!-Ela murmurou

–Tia Skye... –Uma voz infantil chorosa chamou

Aquela voz chorosa foi o suficiente para acordar a morena.

–Emma? Susan? O que vocês estão fazendo aqui?-Ela perguntou grogue

–Não conseguimos dormir com toda essa tempestade... –Susan choramingou

–O trovão e os relâmpagos são tão assustadores... Eu queria a mamãe e o papai, mais a porta do quarto deles estava trancada... –Emma choramingou

Skye acabou por se encher de compaixão, pois lembrava muito bem o quanto tinha medo de relâmpagos e trovões quando tinha aquela idade.

–Venham minhas pequenas! Vocês podem dormir comigo e com Lucya!-Ela disse

Os olhos das duas garotinhas brilharam. Não demorou em elas se aconchegarem entre a garota acordada e a adormecida. Mais logo a cama ficou apertada demais para caberem as quatro, pois a morena de olhos azuis dormia completamente espalhada na cama.

–Lucya! Acorda Lucya!-Skye começou a cutucar a irmã

Mais a mesma apenas se esticou mais ainda na cama.

–Você foi Wonado por Lucya Qiaolian! Eu sou foda, baby... –Ela murmurou com um sorriso

As outras três prenderam as gargalhadas.

–Vamos lá Free Willy! Levanta o rabo da cama e se organize Carai! Você está folgada demais pro meu gosto!-Skye reclamou chacoalhando a irmã

A chinesa apenas soltou alguns murmúrios inconscientes.

–Vamos sua baleia assassina! Acorda sua gorda baleia, saco de areia!-Skye tentou novamente

Mais não houve qualquer resposta. A irmã gêmea revirou os olhos e com força, a empurrou com tudo para fora da cama, a mais nova caiu com tudo no chão.

–Que porra foi essa?-Lucya reclamou assim que se levantou do chão.

Skye e as duas primas gargalhavam.

–Você estava tendo um sono bem agitado e simplesmente caiu no chão como uma jaca podre!-Skye mentiu na cara de pau

Lucya soltou um bufo inconformado e se sentou na cama.

–O que as duas mocinhas estão fazendo fora de suas camas à uma hora dessas?-Ela murmurou com as mãos no cabelo

–Elas estão com medo da tempestade... Eu deixei que elas dormissem aqui conosco!-Skye disse

Lucya suspirou compreensiva.

–Claro que vocês podem dormir aqui conosco!-Ela disse carinhosa

Logo as quatro estavam bem acomodadas na cama, as garotinhas totalmente aconchegadas nos braços das mais velhas, assim, não demorando em as quatro caírem em um sono pesado.

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A manhã do dia 29 de dezembro chegou à casa dos Qiaolians, e com ela, mais uma penca de brigas e discussões. As Seis da manhã, ao descer para a cozinha, para ajudar com o café, Maria logo deu de cara com a pessoa que ela mais odiava na face da terra.

–O que esse homem faz aqui?-Ela perguntou tentado controlar a ira

Dona Juno respirou fundo, Kuhn, seu irmão caçula, estava ao seu lado e também suspirou fundo.

–Bom dia, filha... –Ele disse

Ela o ignorou de imediato.

–Mamãe, eu fiz uma pergunta! O que esse homem faz aqui?-Ela perguntou já batendo o pé

–Filha... Faz muito tempo que não vejo meu irmãozinho... Eu o chamei para passar o fim de ano conosco... Seu irmão, a esposa dele e seu sobrinho também vieram... É nossa família e sempre serão bem vindos!-A mais velha respondeu

–Maravilha!-Maria soltou ironicamente

–Oi filha... Faz tanto tempo que não te vejo... Tem o quê, 10 anos?-Kuhn perguntou. –Você está linda... Tão linda quanto sua mãe era... Eu olho para você e vejo Emma... –Continuou

–Mamãe... Eu já disse que não quero esse homem perto de mim, da minha família e principalmente dos meus filhos!-Ela destilou com frieza

–Filha... –Ele murmurou

–Não me chame de filha! Você não é nada pra mim! Não significa nada pra mim! Você não é meu pai! Seu nome não consta na minha certidão de nascimento! É o nome de Liam May que consta no lugar de pai!-Ela jogou na cara dele. –Ai agora você vem todo santinho para meu lado? Você me ignorou, fez de conta que eu não existia durante 20 anos, ai agora quer estabelecer um lugar paterno em minha vida? Se manca! Em minha vida não há lugar para você!-Continuou

Dona Juno suspirou tristonha e se sentou, ela sabia que a magoa e a raiva dentro do coração de sua filha caçula era enorme. Kuhn suspirou, enquanto seus olhos estavam marejados, ele sabia que merecia todas aquelas palavras que sua filha lhe jogava na cara.

–Eu quero conhecê-los... –Ele disse

–Fique longe dos meus filhos!-Ela vociferou. –Você nunca se importou comigo e agora vem querendo ser o avô do ano?-Ela ironizou

–Filha... -Ele murmurou

–Já disse para não me chamar de filha! Eu não sou sua filha! Esqueça minha existência e fique longe de mim e dos meus filhos!-Maria retrucou e marchou para fora da cozinha

Como um jato, ela correu para o seu quarto, onde encontrou seu marido saindo do banheiro. Sem explicação alguma, ela se jogou nos braços dele, chorando alto. Mesmo sem saber o motivo do choro de sua esposa, Nick passou os braços ao redor do corpo dela, a acolhendo.

–Amor... O que houve? Porque está chorando?-Ele perguntou carinhoso

Ela não conseguiu responder, chorou por longos minutos até por fim cair em sono profundo. Com cuidado, ele a pegou em seus braços e a levou até a cama, onde a deitou e com carinho colocou o lençol sobre o corpo dela, logo em seguida depositou um rápido beijo nos lábios dela.

–Eu vou descobrir quem te fez chorar, meu amor! Prometo que essa pessoa vai pagar muito caro por cada lagrima que fez você derramar!-Ele disse

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Na cozinha, Dona Juno voltou a preparar o café da manhã, enquanto Kuhn estava sentado, desolado, remoendo o quanto a filha o odiava.

–Vamos lá Kuhn! Não adianta ficar se lamuriando! Você não honrou seus países baixos e a abandonou! Não seria assim fácil conquistar o amor e a confiança de sua filha! Por mais que Maria tenha crescido conosco, as lembranças dos meses em que a mãe dela foi corroída pelo câncer estão bem vivas na memória dela! Ela viu Emma passar da mulher forte e corajosa, para uma mulher doente e frágil... Isso é culpa sua! Você abandonou sua parceira de alma e sua filha recém nascida! Maria viu a mãe morrer, ela tinha cinco anos, mais se lembra perfeitamente de dormir abraçada a mãe, ouvindo a mesma contar-lhe uma história, e quando acordou, a mãe não respirava mais... Isso é culpa sua! Você ao invés de agir como um homem, agiu como um moleque mimado! Você permitiu que papai te separasse da sua companheira de alma e de sua filha recém-nascida! Se você tivesse sido homem o suficiente e tivesse assumido sua família, hoje Emma estaria viva e sua filha te amaria, e você teria visto seus netos nascerem e crescerem!-Dona Juno deu um choque de realidade nele

Enquanto chorava, ele tinha as mãos no rosto.

–Eu sei Juny! Eu sei o quanto eu fui um moleque irresponsável! Eu sinto uma dor imensurável 24 horas por dia a 35 anos! Minha parceira de alma está morta! Eu perdi uma parte de meu ser! Eu desisti da minha imortalidade! Eu não poderia viver eternamente, sabendo que a única mulher que amei em minha vida está morta... A única coisa boa que fiz em minha vida foram meus filhos... Depois que Emma se foi, só tenho me mantido vivo por causa dos meus filhos, e agora dos meus netos... E pensar que minha filha me odeia... Sinto tanto medo que Maria nunca me perdoe por eu ter sido um frouxo... –Ele murmurou choroso

Ela suspirou e colocou uma mão no ombro do irmão.

–Vai dar tudo certo, irmãozinho... Vai demorar, mais Maria tem um coração bom, ela vai te perdoar!-Ela disse

–Os céus te ouçam, minha irmã... Que os céus te ouçam... –Ele murmurou

Assim que ele se calou, as gêmeas entraram na cozinha, a cara amassada, cada uma usava seus moletons surrados, os cabelos estavam mais controlados, mais o sono falava mais alto. Cada uma tinha uma garotinha semi adormecida em seus ombros.

–Bom dia... –Elas disseram grogues

–Bom dia, meus amores!-Dona Juno respondeu

–Bom dia!-Kuhn saldou

–Vovó... A Senhora tem algum remédio para dor de coluna?-Lucya perguntou fazendo uma careta

–Porquê, minha menina?-A mais velha perguntou

–Se uma cama para duas já é apertado, imagina para quatro pessoas dividirem... Era três da manhã, quando duas pestinhas invadiram nosso quarto, atrás de um refúgio para o medo de relâmpagos e trovões... -Skye respondeu coçando os olhos

–Tinha me esquecido que as pequenas tem medo de tempestade... Esqueci de avisar para Maria e Jacob... -Dona Juno disse

Ela foi até um armário e de dentro tirou uma caixa com medicamentos.

–Estou com uma puta dor de coluna... -A chinesa mais nova falou

–Olha quem fala... A baleia assassina sabichona se esticou toda na cama... Suzy, Emy e eu tivemos que nos encolher e nos contentar com menos da metade da cama... -Skye acusou

Lucya olhou atravessado para a irmã e mostrou o dedo do meio.

–Vovó... Luna está encrencando comigo... -Ela choramingou falsamente

–Você quem começou, sua Moby Dick!-A morena de olhos castanhos retrucou

–Crianças, crianças, vão começar uma briga logo tão cedo?-Melinda reclamou entrando na cozinha

As duas filhas reviraram os olhos e mostraram a língua para a mãe, que riu. A chinesa foi até a filha mais velha e tirou a pequena Emma dos ombros da mesma, para depois encher o rostinho alvo dela de beijos.

Logo após beijou a bochecha da filha, caminhou para a segunda filha e também beijou a bochecha dela, logo depois pegou Susan no colo e encheu o rostinho dela de beijos.

–Bom dia, minhas pequenas!-Ela disse

–Bom dia Dinda!-Emma disse docemente

–Bom dia Tia Mel!-Susan cumprimentou

A chinesa sorriu.

–Bom dia minhas meninas!-Ela saldou as filhas

–Bom dia mamãe!-Lucya e Skye disseram juntas

–Cadê papai?-A chinesa perguntou

–Dormindo!-Melinda respondeu na inocência

As gêmeas abriram o maior sorriso sacana que puderam.

–Olha só... A coroa está com todo o gás... -Skye disse

–Ela acabou com as energias de papai e ainda tem energia reserva para o dia... -Lucya continuou com a sacanagem

Os três adultos arregalaram os olhos, logo as bochechas de Melinda ficaram tingidas de um vermelho vivo.

–LUNA E LUCINDA! PELOS CÉUS, CONTROLEM O BOTÃO DA SACANAGEM!-Ela guinchou brava

As gêmeas gargalharam e bateram as mãos em cumplicidade. Kuhn deu uma risada.

–Duas cópias suas, Melinda... -Ele comentou

A chinesa revirou os olhos.

–Infelizmente... –Murmurou

–Tia Mel, como foi que a Senhora acabou com as energias do Tio Phil?-Susan perguntou inocentemente

Melinda não soube onde enterrar a cabeça, enquanto suas filhas gargalhavam e sua sobrinha esperava pela resposta.

–É brincadeira de suas primas, meu anjo! Eu não acabei com a energia de seu Tio... Ele apenas quis dormir mais um pouco... –Ela respondeu envergonhada

Dona Juno e Kuhn prenderam as risadas, enquanto Lucya e Skye passavam mal de tanto gargalhar.

–Mais Tia Mel, é possível gastar totalmente a energia de alguém?-A loirinha insistiu

–É sim, meu amor! Quando eu bato no palerma do seu pai ou quando eu chuto os traseiros de suas primas, eu gasto bastante da minha energia!-Melinda disse jogando uma indireta para suas filhas

As duas pararam de rir instantaneamente, afinal, as duas tinham muito amor a seus traseiros.

–Dinda... Eu estou com fome... Cadê a mamãe? Mamãe sempre acorda cedo para preparar meu chocolate... -Emma disse

Melinda beijou a ponta do nariz das duas sobrinhas.

–Dos seus pais eu não faço idéia... Mas não se preocupe, eu preparo o chocolate de vocês... -Ela disse carinhosa

As duas garotinhas deram gritinhos animados. Os adultos sorriram, logo Melinda as colocou sentadas sobre o enorme balcão de mármore da cozinha e foi preparar a achocolatado das sobrinhas.

–Eu também quero!-Skye disse infantil

–Eu também! Faz pra gente também, mamãe!-Lucya pediu com um biquinho

Os três mais velhos deram risadas.

–Preparo sim, meus amores!-Ela disse

–Fico muito feliz que finalmente Luna está de volta para casa... Juny me contou agora pela madrugada... -Kuhn disse

As gêmeas sorriram.

–Lar doce lar... Estou de volta para onde nunca deveria ter saído!-Skye disse

Todos sorriram. Kuhn foi até o balcão e acariciou as bochechas das duas garotinhas.

–Vocês são lindas! Duas fofas!-Ele disse

As duas meninas coraram tímidas.

–Obrigada!-Agradeceram

–Como é o nome de vocês?Perguntou

–Susan Marie Qiaolian Ross May!-A loirinha respondeu

–Emma Nicole Qiaolian Hill Fury May!-A moreninha respondeu

O queixo do mais velho tremeu, enquanto seus olhos marejaram. Ele sabia que aquela garotinha era sua neta, pois era o mesmo que ver a mãe, quando tinha aquela idade, mais saber que sua netinha tinha recebido o nome em homenagem a única mulher que ele tinha amado, tinha aumentado sua emoção.

–São nomes lindos... -Ele gaguejou

–Marie é o nome da minha avó, mãe da mamãe... -Susan disse

–Mamãe disse que Emma era o nome da vovó... Ela foi morar no céu quando mamãe tinha minha idade... -Emma divagou

Kuhn engoliu os soluços. Assim como a mãe, aquela garotinha era praticamente uma cópia da avó, ele conseguia ver sua amada Emma na imensidão azul dos olhos das duas, na pele alva, no nariz pequeno e no lindo sorriso, que era capaz de conquistar meio mundo.

–Você é quase uma cópia da sua avó Emma... Você é tão linda quanto ela... -Ele disse emocionado

A garotinha sorriu.

–Bom dia... -Uma voz infantil saudou

Todos se viraram para ver. O pequeno Thomas entrava na cozinha enquanto coçava os olhinhos azuis. Seu cabelo negro estava bagunçado, assim como seu rostinho estava amassado, ele usava um pijama com vários carrinhos.

–Bom dia!-Todos responderam

A emoção de Kuhn foi a outro nível. Como era possível duas crianças se parecerem tanto com a mãe? Aquele garotinho sonolento era praticamente uma cópia de sua filha e uma lembrança viva de sua amada Emma. Logo ele já não conseguia segurar as lágrimas.

–Meu Deus... -Foi o que ele conseguiu murmurar

–Quem é você?-O menino perguntou desconfiado

–Eu me chamo Kuhn, irmão da sua avó... E você?-Respondeu emocionado

–Me chamo Nicolas Thomas e eu sei muito bem quem é você! Você é o pai da mamãe e não sei se confio em você! Você magoou muito a minha mãe! Papai disse que mamãe e Emma são as mulheres mais importantes das nossas vidas e que devemos protege-las... Não sei se quero você perto da minha mãe e da minha irmãzinha!-O menino respondeu

Os cinco adultos arregalaram os olhos em total surpresa. Aquela criança tinha um modo adulto anormal para sua idade. Uma dor emocional apertou o peito de Kuhn, se já não bastasse a filha o odiando, seu neto também o odiava. Ele sabia que o garotinho tinha total razão, ele havia magoado sua filha, seu neto queria apenas proteger a mãe e a irmã.

–Não confio em você e se você magoar a mamãe de novo, as coisas vão ficar muito feia para seu lado!-Thomas disse completamente sério


FIM DO CAPÍTULO!


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