Especial de Natal Solangelo - parte 1

Nico di Angelo sentiu que finalmente acordara. Mas sua preguiça era tamanha que de início, ele não conseguiu abrir os olhos. Estava muito frio para deixar seus edredons quentinhos, ou sua cama confortável. Então um ronco sonoro ecoou em seu ouvido. Will Solace tinha seu braço jogado por cima dele. Como sempre, dormia como uma pedra. Nico estava decidido a tirar mais vinte minutos de sono quando alguma coisa começou a puxar seu cobertor.

- Pai, pai! - a voz melodiosa e alegre o chamou - Acorde!

- Hmmm - respondeu Nico ainda com demasiada preguiça para responder.

Então sentiu que alguém muito pequeno tentava subir na cama, caindo por cima dele.

- Sunny, que horas são? - perguntou o filho de Hades com a voz abafada pelo travesseiro.

- Eu não sei ver as horas ainda, você não me ensinou - falou a garotinha com uma voz de censura.

- É cedo?

- Eu não sei pai! - a garotinha falou exasperada - Quem se importa? É NATAL! - ela berrou ensandecida.

Will roncou mais alto com o barulho.

- Anda pai, eu quero ver o que eu ganhei de Natal, o papai Noel já deve ter passado por aqui! - reclamou a garotinha puxando seu braço.

Nico esfregou os olhos e a mirou. Seus olhos azul céu estavam brilhantes de empolgação, o cabelo loiro, curto e bagunçado ia em todas as direções. Era a criança mais bonita que Nico já tinha visto. Ele sorriu e colocou os pés para fora da cama.

- Tudo bem, acorde o papai.

- EBA! - a garotinha quase caiu da cama com a empolgação, e começou a chacoalhar Will com violência - PAPAI ACORDE!

Will a abraçou, quase esmagando a garota.

- Ai, assim você vai me matar sem ar, papai, me solta! - a garotinha falou sem ar.

- Bom dia princesinha - Will lhe sorriu sonolento, dando-lhe um beijo estalado no rosto.

Sunny limpou o rosto com a mãozinha.

- Papai, assim você me baba.

Will riu.

- Papai, é NATAL! - a garota exclamou pondo as mãos gordinhas no rosto de Will.

- Eu sei, feliz natal! - Will falou levantando-se.

Nico tirou seu robe preto do armário e o vestiu, enquanto a garota descia da cama e corria até ele de braços abertos. Nico a pegou e a colocou no colo. Will deu a volta na cama e sorriu para ele, lhe abraçando.

- Feliz Natal pra você também - sorriu ele lhe dando um beijo no canto da boca.

- Nãoooo! - Sunny os afastou com as mãos - Primeiro meus presentes, depois beijo!

- Tudo bem - Nico beijou sua bochecha rosada - Então vamos aos presentes!

Sunny coçou a bochecha.

- Ai pai, barba faz cócega, já falamos sobre isso!

Nico revirou os olhos, abrindo a porta que a filha deixara encostada e descendo as escadas até a sala.

- Acho que o papai Noel deixou uma pedra na sua meia, Sunny - falou Will rindo, enquanto descia as escadas atrás deles.

A garota lhe colocou a língua por cima do ombro de Nico.

- Amor, você lembra onde eu coloquei a máquina de fotos? - perguntou Will indo até a estante da sala.

- Não faço ideia - respondeu Nico colocando a garota no chão.

- PAPAI NOEL VEIO! - gritou ela ensandecida.

Sunny correu até a grande árvore de Natal da sala. Era a maior árvore de natal que Will conseguira encontrar nas lojas. Sunny gostava de coisas brilhosas, então toda a árvore estava enfeitada com pisca-piscas coloridos, bolas com glitter e bonequinhos natalinos que Will comprara com a garota. Nico não tinha uma parte muito ativa nisso, pois seu senso de decoração não havia sido aceito pela filha e o marido. Sua contribuição estava numa estrela negra de ferro estígio no topo da árvore.

Nico rodou a aliança na mão distraído, enquanto observava Will pegar a câmera e filmar a menina abrindo os presentes. Foi a melhor coisa que acontecera em suas vidas. Agora, faltando pouco para seu aniversário de trinta anos, Nico não poderia ser mais feliz do era. A ideia de Will de ter a garota por inseminação artificial a princípio não lhe soara bem. Pai? Ele? Nico di Angelo, o rei fantasma, pai?

Mas agora ele via que o papel lhe caía naturalmente. Não havia nada mais certo.Família. E ele nunca mais precisou ficar sozinho outra vez. A ideia era que eles não soubessem quem de fato era o pai biológico dela. Mas agora não havia como negar quem era, embora eles não falassem nisso. Afinal, Nico era seu pai de qualquer forma. E ela se parecer com Will só a fazia mais especial.

Sunny começou a desembrulhar o primeiro presente com gosto.

- De quem é esse? - perguntou Nico sorrindo de canto.

- É azul, e tem fita azul - especulou Sunny - deve ser do tio Percy, da tia Annabeth e da Zoe. Mas eu quero achar o do PAPAI NOEL!

- Que feio Sunny, abra antes o deles! - Will a censurou - Eu estou dizendo, papai Noel te trouxe uma pedra.

A garota bufou, fazendo uma mecha loira voar para cima. Então passou a abrir o presente. De dentro da caixa tirou uma barbie de sereia de cabelos azuis.

- Eles sempre me dão algo azul! - berrou Sunny erguendo a boneca para a câmera - Eu gostei, tio Percy, mas seu senso de humor tá começando a me...

- Próximo - disse Nico se sentando ao seu lado e lhe entregando um presente enrolado em papel dourado.

Sunny o pegou e tirou o papel de presente rapidamente, deixando a Barbie de lado.

- QUE LEGAL! - a garota parecia estar tendo um ataque - UMA GUITARRA ROSA!

- Esse é meu - Will lhe sorriu - Eu vi na loja e sabia que você ia gostar. É a sua cara.

- Obrigada papai! - disse ela se levantando e se pendurando no pescoço de Will para dar-lhe um beijo.

- De nada, princesa! - Will lhe sorriu, arrumando a câmera nas mãos.

- E temos mais esse! - Nico lhe estendeu um embrulho comprido enrolado em papel preto com estampas de caveira.

Sunny bateu palminhas.

- Perfeito, esse é o seu pai!

- Como você sabia? - brincou Nico.

- Você tem um péssimo gosto para cores. Mas pelo menos tem bom gosto pra presentes! - disse a filha rasgando o papel de presente - WOW!

A garota tirou do embrulho uma espada curta de ferro estígio e a agitou pela sala.

- NICO DI ANGELO! - Will berrou correndo para tirar a espada da mão da garota.

- Ah, vamos lá Will, ela já tem seis! - Nico lhe olhou com sua melhor cara de coitado.

- E se ela SE CORTAR? - berrou Will segurando a espada como se fosse venenosa - GANGRENA! SANGUE! INFECÇÃO!

Nico revirou os olhos, mas Sunny fez uma careta furiosa para Will.

- Papai, esse é o meu presente de Natal!

- Vá abrir o resto, depois conversamos sobre isso - Will lhe deu um empurrãozinho de volta árvore.

Eles desembrulharam muitos presentes na hora seguinte. Sunny sempre ganhava muitos presentes. De seus padrinhos, Jason e Piper, ela ganhara um conjunto de maquiagens para bonecas e um jogo de construção para montar cidadezinhas. De Reyna uma armadura dourada e bonita. De Leo e Calipso um robozinho que Nico podia jurar que o próprio Leo havia construído. Nenhum outro robô que ele tinha visto nas lojas de brinquedos voava e falava frases de efeito em trinta idiomas diferentes, como: "Tio Leo é o melhor e mais lindo". Hazel e Frank haviam dado à garota um enorme urso de pelúcia marrom, e o Treinador Hedge e sua mulher haviam mandado uma mesa de futebol de botões com um cartão muito lindo de seu filhinho, que sendo um sátiro e crescendo devagar, tinha praticamente a mesma idade de Sunny.

Will e Nico ainda não tinham muitos presentes para desembrulhar, uma vez que o amigo secreto com seus amigos aconteceria de noite. Mas Nico puxou um presente escondido debaixo da árvore e entregou a Will.

- Esse é meu - disse ele lhe sorrindo.

Will tirou o presente de suas mãos sorrindo, e o abriu com um sorriso bobo no rosto.

- Meu amor, isso é tão lindo!

Nico sabia que Will gostaria do presente. Afinal, ele era o diretor do hospital de Nova Roma. O conjunto de utensílios médicos de prata reluzia de uma forma que daria orgulho a qualquer médico.

- E não é só isso - Nico riu, dando uma corridinha até a cozinha e tirando de dentro do armário o buquê de flores que tinha escondido noite passada.

Então voltou e lhe entregou com seu habitual sorriso de canto. Will pegou as flores maravilhado.

- São maravilhosas! - ele lhe sorriu exultante.

- Feliz Natal - Nico lhe deu um beijo fraterno na bochecha, passando um braço por sua cintura - Mas eu estava querendo saber o quê você vai me dar de natal.

- Mais tarde eu te conto - Will sussurrou em seu ouvido.

- EU ACHEI O PRESENTE DO PAPAI NOEL! - Sunny berrou enlouquecida.

- Abra, querida - Nico a incentivou.

Sunny abriu o embrulho com vontade, e então tirou dele uma caixa grande.

- ELE ME DEU O QUE EU QUERIA!!! - a garota ergueu a caixa em cima da cabeça - É O PARQUE DO TUBARÃO! EU NÃO GANHEI UMA PEDRA PAPAI!

Will riu com vontade, enquanto a garota corria escada acima.

- O quê estamos esperando? - Sunny falou por cima do ombro - Vamos, temos que ir pra casa do tio Jason!

- Vá devagar na escada ou vai ficar de castigo! - Will falou preocupado enquanto a garota desatava a correr.

Então o loiro se virou para ele sorrindo.

- Temos tempo para um beijo agora?

Nico revirou os olhos.

- Você também vai reclamar da barba?

- Não - Will riu em seus lábios - A não ser que você deixe crescer.

☼☠☼☠☼☠☼☠☼☠☼☠☼☠☼

Will subira para ajudar a filha a vestir as roupas de sair, enquanto Nico foi até seu quarto para que pudesse se vestir também. Abriu o armário e pegou um suéter preto e uma calça jeans da mesma cor. Após se vestir foi até o banheiro, para que pudesse escovar os dentes e pentear os compridos cabelos negros.

Então ouviu que Will entrara no quarto e começara a se vestir.

- Amor, você acha que eu devo fazer a barba? - perguntou Nico virando o rosto para os dois lados para ter um ângulo melhor da barba rala no espelho.

- Não, eu adoro assim - falou a voz dele vinda do quarto.

- Tudo bem - disse Nico voltando ao quarto - De qualquer forma eu...

Então viu o jeito como Will estava vestido e parou no ato de passar pela porta do banheiro.

- Você não vai pagar esse mico - Nico tentou afirmar para si mesmo.

- Sunny vai amar - Will colocou a língua para ele.

Will estava com um chapéu de Papai Noel vermelho, um suéter verde e vermelho feito de tricô e uma jeans azul. Nico podia afirmar que ele ficaria absolutamente maravilhoso em tudo que vestisse, mas mesmo assim ele tinha que admitir que sua mania de fazer todas as vontades de Sunny estavam começando a fazê-lo passar alguma vergonha.

- Você está parecendo uma dessas mães malucas por eventos festivos - afirmou Nico rindo.

- Ha, ha - Will sorriu ironicamente - Muito engraçado. Não fui eu que pirei no nosso casamento e decidiu ter uma crise existencial minutos antes de entrar na...

- Você não precisa me lembrar disso. Eu estava nervoso.

- Você sempre é muito nervoso - comentou Will calçando os sapatos.

Nico revirou os olhos enquanto tirava sua jaqueta de couro preta do cabide.

- Você já deu pra Sunny a roupa que ela tem que vestir? Está nevando lá fora - Nico falou olhando pela janela.

Will sorriu carinhosamente para ele.

- Adoro quando você fica assim, todo preocupado. Sim, eu já separei a roupa dela. Ela está se vestindo.

Nico esfregou as olheiras sonolento enquanto saía porta afora com o marido.

- Desde que ela implicou que quer se vestir sozinha eu me preocupo se ela não enfiou a roupa do lado do avesso. Tem certeza que ela não precisa de ajuda?

- Tenho sim, ela é grandinha, não se preocupe - Will afagou suas costas.

Então a garota veio zunindo de seu quarto, vestindo uma jaqueta azul com um capuz, calças jeans e botas de cowboy que a garota insistira em ganhar de aniversário.

- Eu estou pronta! Podemos colocar o parque do tubarão no carro?

- Nós não vamos de carro, a casa do Jason fica a cinco minutos daqui - Nico revirou os olhos pegando a garota no colo novamente.

Sunny fez um beicinho.

- Então o papai pode levar pra mim?

- Posso sim, princesa - Will lhe sorriu.

O casal saíra de casa em meio à neve branca. Will levava a sacola de presentes e o novo brinquedo de Sunny, enquanto Nico carregava a garota no colo. Os pisca-piscas enfeitavam as ruas do Acampamento Júpiter por todo o lado que se olhasse. Por toda a parte tinha decorações, bonecos de neve e um cheiro bom de comida assando.

Nico arrumou o capuz da jaqueta da filha sobre seus cabelos loirinhos, preocupado que ela pudesse pegar algum resfriado.

- Eu estou bem pai! - disse ela segurando o capuz com as mãos gordinhas - Posso ir nas costas?

- Mas está nevando filha - objetou Nico.

- Por favor? É natal pai! Deixe o espírito natalino entrar no seu coração - a garota fez um beicinho, os grandes olhos azuis pidões.

- Isso, deixe o espírito natalino adentrar sua alma, amor - Will riu enquanto chapinhava na neve.

Nico revirou os olhos e colocou a filha nas costas, segurando-a pelas perninhas.

A garota comentou maravilhada sobre as luzinhas na frente da casa de Jason quando os três chegaram a frente do sobrado de dois andares. A decoração de Jason estava realmente impressionante. Ele tinha até mesmo feito umas renas de neve na frente da casa.

- Papai, a gente não tem renas de neve! - Sunny falou como se o fato fosse um absurdo.

- Pra quê renas quando podemos decorar a casa com esqueletos de verdade? - perguntou Nico se metendo, enquanto tocava a campainha.

- Pai, ninguém te perguntou - falou a garota lhe dando tapinhas afetuosos na cabeça - Você não tem senso de decoração.

Então Jason enfiou a cara pra fora da porta.

- Will! Nico! E a minha princesinha! - Jason estendeu os braços para pegá-la.

- Tio Jason, sua decoração está linda! - Sunny sorriu em seu colo.

- Ah, as renas? - Jason revirou os olhos - Não fui eu, o Percy e a Zoe fizeram isso uns vinte minutos atrás.

- Eles já estão aí? - perguntou a garota maravilhada.

- Sim - Jason riu.

Então uma garotinha de cabelos negros e olhos verdes enfiou a cabeça pelo vão da porta. Um de seus dentes da frente estava faltando.

- Sunny! - a garota sorriu de orelha a orelha - Olha, meu dente caiu!

- Zoe! - Sunny pulou do colo do padrinho e pegou a mão da amiga, saindo em disparada com ela para dentro da casa - que legal, a fada do dente já veio?

Jason revirou os olhos e passou a dar um abraço em Will.

- Como vocês estão? Conseguiu tirar o Nico da cripta? - perguntou ele para Will sorrindo.

- Mais fácil eu tê-lo arrastado de casa - Nico bufou dando um pequeno abraço no amigo - Will não vai nem na padaria quando está nevando.

- Eu tenho baixa tolerância ao frio - comentou Will, fazendo sair fumaça de sua boca devido à temperatura - Podemos entrar?

- Mas é claro! - Jason abriu mais a porta para que ambos pudessem passar.

Uma grande árvore de Natal estava arranjada no canto da sala, entre os sofás. Na cozinha estavam Percy, Piper, Annabeth, Hazel, Frank e Reyna.

- Pode largar a sacola ali na árvore - falou Jason fechando a porta.

- Nico, Will! - Percy saltou do balcão onde estava sentado e indo até eles - Nossa, achamos que vocês só iam aparecer depois do Leo e da Calipso!

- Pois é, nós dormimos demais - comentou Will apertando sua mão.

- Nico - Reyna apareceu por trás de Percy e lhe deu um abraço apertado - Feliz Natal!

Nico afagou suas costas.

- Ei Reyna! Mag não veio?

- Não, ele ficou com a família - Reyna passou a cumprimentar Will.

- Feliz Natal - Nico abraçou Annabeth.

- Feliz Natal Nico! - a garota lhe sorriu - Zoe e Sunny já sumiram!

- É, ela até se esqueceu do parque do tubarão - comentou Will meio decepcionado.

Hazel se adiantou e lhe agarrou em uma abraço.

- Nico! - a garota lhe chapou um beijo na bochecha - Irmão, você sabe sumir as vezes! Faz tanto tempo!

- Ai Hazel. Faz o quê, uma semana? - Nico tentou afastar a irmã que o apertava.

- Cunhada - Will lhe ofereceu um abraço.

Frank apertou sua mão.

- Feliz Natal cara.

E então Piper se meteu no meio dos amigos.

- Tudo bem, chega. Vocês vão para a cozinha outra vez, estão esmagando os presentes. Oi Nico, oi Will - a garota lhes abraçou de leve.

- Belo chapéu Will - elogiou Percy.

- Obrigado - Will sorriu para ele.

Todos foram para a cozinha, de onde um delicioso cheiro vinha de dentro do forno. Zoe e Sunny desceram as escadas correndo, na direção de Nico e Will.

- Pai, posso abrir o parque do tubarão?

- Poder, pode. Mas talvez o Juan queira estar para brincar também - disse Nico passando um braço pela cintura do marido.

- A gente monta, assim quando ele chegar vai estar pronta - prometeu Sunny correndo para a sala.

- Valeu tio Nico! - Zoe sorriu para ele com seu dente faltante.

Percy observou com carinho as crianças correndo para a sala.

- Elas crescem tão rápido - disse ele sorrindo para Nico - Eu lembro quando você tinha quase a idade da Zoe.

- Eu tinha uns dois a mais - comentou Nico observando a filha.

- É, acho que sim - Percy se içou para sentar no balcão ao lado da esposa - Desculpe, eu ando nostálgico, acho que é a idade. Chegar nos trinta e três não é tão fácil quanto parece.

Will riu.

- É, os trinta são difíceis. Graças a Apolo eu ainda não encontrei nenhum fio branco - Nico é que é sortudo. Ainda com vinte e nove.

Nico sorriu de canto.

- Vai ter SORVETE! - berrou Jason na sala para as meninas, que fizeram um estardalhaço.

- E cerveja para os adultos - Reyna falou ajudando Piper a cortar alguma coisa na pia.

- É, mais a Hazel não pode - Frank falou com a voz preocupada.

- Vocês já sabem o que é? - perguntou Will exultante.

- Não, ainda é muito cedo Will, você devia saber, já que é médico - Hazel riu para ele.

- Sim, mas as mães sempre tem um bom palpite - Will insistiu.

- Eu não sei... de verdade Will - Hazel lhe sorriu outra vez.

- É, Will ficava o tempo inteiro dizendo que ia ser menina, por exemplo - Nico comentou se encostando na parede.

Will lhe encarou como se não acreditasse.

- O que você está insinuando?

- Nada querido - respondeu Nico sorrindo de canto.

- Acho bom. Tenho bons argumentos para me defender, qualquer coisa.

- Nunca vai superar o argumento de que eu sou o "pai" e você o "papai" - Nico comentou rindo.

Percy bateu palmas:

- Se eu fosse você não deixava assim!

- PAI, EU NÃO ENCONTRO O TUBARÃO! - Sunny berrou da sala.

- JASON, ABRE A PORTA, SEU SACO DE VACILO, ESTAMOS CONGELANDO! - berrou Leo do lado de fora da porta.

- Eu não sei onde eu meti as chaves - Jason falou atrapalhado para a porta.

- EU QUERO FAZER XIXI - berrou Juan lá de fora - Pai, posso fazer xixi na rena?

- Não Juan, isso seria anti-natalino meu filho.

- NICO DI ANGELO, O QUE EU FALEI SOBRE FUMAR NA COZINHA? - Piper deu um tapa no cigarro ainda apagado em sua boca, fazendo-o voar pelos ares.

De uma coisa Nico tinha certeza, aquela seria uma longa noite de natal.