Ultron escrita por Tatá


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Estava com isso na cabeça desde que vi o trailer de Os Vingadores 2 pela primeira vez. Espero que gostem.



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– E então? O que acharam?

– Muito bom, Stark! – Banner disse. Os vingadores estavam na oficina da antiga Torre Stark, agora conhecida como Torre dos Vingadores. Tony mostrava aos outros seu mais novo exército de robôs, que ajudariam seus parceiros e a si nas missões.

– Então essas coisas vão andar com a gente? – Steve perguntou.

– Algum problema? Se você preferir, pode salvar o mundo sozinho! – Tony retrucou.

– Não quis dizer isso. Só acho estranho trabalharmos com máquinas.

– E nós já não trabalhamos com várias máquinas? Esses dois, por exemplo! – Tony disse apontando para Natasha e Clint. – Duas máquinas da S.H.I.E.L.D., ou seja lá o que for agora.

– Eu quis dizer máquinas como você e seu amigo. – Steve corrigiu.

– Ei! Não me meta nessa! Eu estou quieto! – Rhodes reclamou.

– E como essas coisas funcionam? Cada uma delas vai ser comandada por você? – Clint perguntou.

– Não! Já gastei toda a minha criatividade nomeando 42 armaduras e...

– Para no final, todas serem destruídas... – Steve disse e Tony olhou-o em fúria, antes de continuar.

– E daria muito trabalho nomear todos eles. Então criei mais um I.A...

– I.A.? – Thor estranhou.

– Significa “Inteligência Artificial”. – Steve disse.

– Olha, ele sabe! – Tony brincou e Rhodes riu. – Meus parabéns, você não é um iceberg burro!

– Escute aqui seu...

– Já chega crianças! – Natasha interrompeu. – Continue Stark.

– Ok. E onde eu estava... Ah é. E esse I.A. será responsável por comandar-los.

– Por que você não deu esse cargo ao J.A.R.V.I.S.? – Rhodes perguntou.

– Por que eu não queria sobrecarregá-lo.

– Senhor, permita-me dizer que...

– Relaxe, J.A.R.V.I.S. – Tony o interrompeu. – Você já cuida de todo o resto, para que acrescentar isso? E nem adianta reclamar. Já está feito.

– Essas coisas... Tem um líder físico? – Thor perguntou.

– Sim. E é esse carinha... Aqui. - Tony disse apontando para uma armadura que estava no meio das outras. Quando Tony apontou, a armadura fora acionada e se aproximara dos vingadores. Ela era vermelha e um pouco mais alta do que as outras, que eram azuis.

– E como esses mecanismos irão se chamar? – Thor perguntou.

– Legião de Ferro. E o grandão aqui se chama Ultron. – Tony respondeu dando um tapinha no ombro do robô líder.

– Legião de Ferro é normal, mas... Ultron? Pode nos dizer de onde tirou esse nome? – Clint perguntou.

– Tirei de um dos meus carros. – Tony respondeu com a boca cheia de blueberry recém roubado do pacote de Rhodes. - Audi E-Tron. Ultron. Sacou?

– E esse é de cor diferente para todos saberem que é o líder? – Steve perguntou.

– Ah... Não. Na verdade esse é vermelho porque é o protótipo. E por que o meu carro é vermelho. Mas eu não gostei da cor e mandei pintar os outros de azul.

– E você vai pôr um protótipo para comandar um exército? – Natasha perguntou.

– Vou. Relaxe, nada meu dá errado! – Tony disse e todos olharam para ele sérios.

– Sr, a Srta Potts e a Srta Hill acabam de chegar à propriedade. – J.A.R.V.I.S. informou. Agora que Maria trabalhava na Stark, ela e Pepper viviam grudadas.

– Ok. Eu já vou subir. – Tony disse e olhou para os parceiros. – Que tal um Shawarma? Eu pago.

– Se você vai pagar... – Clint disse se levantando.

– Também não recusarei. – Thor disse.

– Desde quando eu recuso comida? – Rhodes disse sorrindo e largou o saco de blueberry em uma mesa.

– Eu vou ficar aqui e estudar um pouco sobre esses robôs... – Bruce disse pegando a mão de Ultron para examinar.

– Eu vou ficar com Banner. – Natasha disse sentando-se à mesa e pegando o pacote de blueberry.

– E ninguém sabia, né? – Tony brincou. – Ok. Fiquem aí. Mas não façam nada que eu não faria. Ou melhor, não façam nada mesmo. Todos sabem que eu faria, e eu fiz, tudo o que se pode imaginar por aqui. – Ele disse e Steve, que estava deitado no sofá, se levantou rapidamente.

– Que nojo!

– Você entendeu o recado. – Tony disse sorrindo torto. – E aí? Você vem?

– Não! Preciso de uns 3 banhos até me sentir limpo! Isso se você também não... Ah! – Steve fez careta.

– Se ponha no meu lugar! Um lugar enorme desse e só você e sua namorada nele! O que você faria? – Tony disse. – Você entende do que estou falando, não é? Por que... Você sabe. Gelos não costumam...

– Eu não vou ficar aqui ouvindo isso, Stark.

– A saída é logo ali. – Tony disse apontando e Rogers saiu em fúria.

– E cuidado por onde derrete! Minha mulher usa salto e não seria nada legal se ela escorregasse! – Tony disse de costas para Steve. – Bom, o recado fora dado para os dois. Querem alguma coisa?

– Que você vá embora! – Natasha disse grosseiramente.

– Não pode me expulsar da minha própria casa! – Tony reclamou.

– Não queremos nada, Tony. Muito obrigado. – Bruce disse calmamente, ainda concentrado em Ultron, e Tony fora embora, seguido pelos outros.

– O que você disse ao Steve? – Pepper perguntou séria, assim que a porta do elevador fora aberta. Ela estava em pé, próxima ao sofá onde Maria estava sentada. – Ele passou aqui vermelho como um pimentão e mal nos disse oi.

– Hey... Oi para você também! Como foi o seu dia? O meu foi ótimo, obrigado por perguntar! – Tony disse saindo do elevador. – E eu não disse nada.

– Ah, não disse nada? Então por que ele estava naquele estado?

– Porque ele leva as minhas brincadeiras a sério... Já disse que você está linda? – Tony desviou o assunto, envolvendo a cintura de Pepper delicadamente. Ela usava saia social e terno cinza claro. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo e os saltos que outrora estavam em seus pés, agora estavam largados perto do elevador, como ela tinha mania de fazer.

– Ok... Obrigada pelo elogio e eu vou aceitar essa resposta. Por enquanto. – Pepper disse e se afastou dele.

– Em outras palavras, “mais tarde a gente conversa”. – Tony disse e suspirou.

– Boa sorte. – Rhodes cochichou em seu ouvido.

– Sentem-se rapazes... Fiquem a vontade, a casa é de vocês. – Pepper disse docemente, se sentando ao lado de Maria. Rhodes, Thor e Clint se sentaram e Tony permaneceu de pé. – E então, o que estavam fazendo lá em baixo?

– Nada. Gente, e o Shawarma? Vamos logo? – Tony disse pegando as chaves do carro na mesa de centro, evitando olhar para a namorada.

– Seu parceiro ferroso estava nos mostrando seu exército de robôs. – Thor disse.

– Como é? – Pepper surtou.

– Desculpe. Pensei que soubesse.

– Não, eu não sabia! – Pepper disse furiosa e olhou para Tony. – Então eu, mais uma vez, fui a última a saber?

– Cara, você não contou para ela? Agora você está ferrado de vez! – Rhodes disse e se levantou. – Vamos pessoal, o Shawarma fica por minha conta. – Ele disse e tirou as chaves da mão de Tony. – Maria, você vem?

– Não, eu tenho um compromisso. Mas vou dar uma olhada nesse tal exército, antes de ir. – Ela disse se levantando.

– Ok. Banner e Romanoff estão lá. – Rhodes disse.

– Falo com você depois, Pepper. – Maria disse e seguiu os rapazes até o elevador.

– Vai. Solta a bomba. – Tony disse quando ficaram a sós.

– Um exército de robôs, Tony? Pensei que tínhamos combinado que não iríamos esconder nada do outro!

– Eu sei! Mas Pepper, eu só queria te proteger!

– Escondendo as coisas de mim? Primeiro me esconde que está morrendo, depois constrói 40...

– 42.

– Não importa a quantidade! Você construiu um monte de armadura embaixo do meu nariz e não me disse um ai! E agora ainda repete a dose! Droga Tony, você tem que confiar em mim!

– Eu confio!

– Não é o que está parecendo!

– Desculpe! – Tony disse e tentou envolver a cintura de Pepper.

– Não me toque! – Ele disse se afastando. Em seguida sentou em uma poltrona e pôs as mãos na têmpora.

– Pep... – Tony disse se ajoelhando à sua frente. – Amor, olha para mim... – Pediu e notou que os olhos de Pepper lagrimejavam ao fazer o que ele pedira. – Não é que eu não confie em você. Eu confio a minha vida em você. Sempre confiei. Eu só... Sou superprotetor, você sabe disso. E tentando te proteger, eu acabo te machucando ainda mais. Desculpe por não te contar. Eu fui um idiota.

– Concordo. – Pepper disse e eles sorriram fraco. – Eu te desculpo Tony. Mas quero que prometa que vai me contar na próxima vez.

– Prometo me esforçar...

– Prometa que vai fazer.

– Ok. Prometo te contar tudo o que eu estiver armando... Menos se for surpresa.

– Tony! – Pepper reclamou, empurrando-o levemente.

– Surpresa boa! Tipo... Uma viagem ou uma festa de aniversário!

– Ok então... – Ela cedeu, e fez cafuné na nuca dele.

– Posso te beijar agora?

– Não sei por que ainda não o fez... – Pepper disse e Tony a beijou, tirando-a da poltrona para sentá-la em seu colo.

– Te amo. – Ele disse quando tiveram que parar para recuperar o fôlego.

– Vai ter que se esforçar mais se quiser me levar para a cama, Sr Stark. Não sou uma dessas que derretem com uma frase... – Ela disse em seu ouvido e Tony sorriu. – Amor...

– Hum... – Tony disse traçando beijos em seu pescoço, descendo até os ombros e voltando.

– Já que tocamos nesse assunto... Tenho que te contar uma coisa.

– Estou ouvindo. – Tony disse.

– Vou precisar voltar para casa amanhã.

– Para casa? Los Angeles, não é?

– Sim. Eu preciso comparecer na Stark. Volto para cá em 3 dias, caso você não tenha ido embora.

– 3 dias... – Tony disse enterrando a cabeça no pescoço dela. – Ok...

– E eu estava pensando em uma noite de despedida... – Ela disse em tom sensual,

– Nem precisa dizer de novo... – Tony disse se levantando para levá-la até o quarto.

...

O dia estava quase amanhecendo quando Pepper acordara com sede. Saiu com dificuldade do aperto de Tony e vestiu a camisa do AC/DC que retirara dele na noite anterior. Caminhou descalça pelo chão frio da Torre, observando as luzes da cidade que nunca dorme e ficara na cozinha por um tempo, ainda apreciando a paisagem. Ao sair, notou que Banner estava sentado encolhido em uma poltrona na sala.

– Dr Banner! Desculpe, eu havia me esquecido que não estávamos sozinhos... – Disse envergonhada com seu estado. – Dr Banner? Está tudo bem? Quer que eu chame um médico? – Ela perguntou se aproximando dele, logo notando que havia algo errado.

– Algum problema? – Pepper se assustou ao ouvir a voz, mas relaxou ao ver que era Natasha se aproximando. Ela verificou seu pulso e pôs a mão em sua testa.

– Ele estava assim quando eu o vi. Estou falando com ele há um tempo, mas ele não me responde... Sabe se ele é sonâmbulo?

– Não, ele não é... – Natasha disse e o sacudiu levemente. – Bruce? Bruce? Está me ouvindo?

Foi quando as duas ouviram um ruído vindo do elevador e se viraram a tempo de ver as portas se abrirem e Ultron sair caminhando lentamente.

– Ai meu Deus... - Pepper disse assustada. – Isso é...

– Um dos robôs que seu namorado fez? Sim.

– Não estou gostando...

– É? Nem eu. Puxe o Bruce e fiquem atrás do sofá. – Natasha disse se levantou. Imediatamente, o robô ergueu a mão e caminhou em sua direção, produzindo ruídos estranhos. - Paradinho aí! – Disse retirando uma arma da liga na perna e apontando para Ultron.

– Você dorme com uma arma? – Pepper sussurrou nervosa, tentando fazer o que Natasha pedira, sem ser vista.

– Me agradeça por issoEU MANDEI VOCÊ PARAR! – Disse e atirou no robô, fazendo Pepper gritar. A bala fizera o robô parar por alguns segundos, antes de falar com a voz cheia de ruídos:

– É só isso?

Ah, que legal, você fala... – Natasha foi irônica e atirou várias vezes nele, atrasando-o mais um pouco. – Barton, Rogers, Rhodes, alguém na escuta? Estamos com um probleminha na sala!

– Ele deve estar tendo um pesadelo. Não acredito que isso está acontecendo de novo... J.A.R.V.I.S., acorde o Tony! – Pepper pediu.

– Isso já havia acontecido antes? Que legal! Deveríamos marcar um chá para conversar a respeito! – Natasha disse e suas balas acabaram. – Merda! – Disse e tacou a arma na cabeça de Ultron, antes de correr em sua direção, por pouco não sendo atingida pelo escudo de Rogers, que acertara o robô em cheio, fazendo-o mover-se um pouco para trás. Natasha e Steve golpeavam o robô, não obtendo resultado e Pepper olhava assustada de longe, com o corpo encolhido de Bruce em seu colo.

E Pepper se assustou mais ainda ao ver Steve ser lançado em direção ao bar, batendo com tudo no balcão, e Natasha ser lançada em um dos sofás. Ultron caminhava lentamente em sua direção, produzindo ruídos, quando...

– EI! POR QUE NÂO PROCURA ALGUÉM DA SUA ESPÉCIE? – Tony gritara, chamando sua atenção, e correra em sua direção. Ultron iria golpeá-lo, mas Tony escorregara por baixo de suas pernas, no instante que partes de uma nova armadura saíram de algum lugar que Pepper não vira, e se acoplaram ao corpo dele. Tony desviara de golpes e golpeava Ultron sempre que o robô cometesse um deslize. Mas Ultron fora mais rápido e, quando Tony iria dirigir-lhe um golpe, ele o pegou pelo pescoço e o tirara do chão.

– Ai meu Deus... Tony! – Pepper disse se levantando.

– Fique aí! – Tony gritara e Natasha correra para impedi-la de sair de onde estava. Steve tentava chamar a atenção do robô, não obtendo sucesso.

Últimas palavras?

Não lembrava de ter posto essa voz estranha em você... Ai... Vai amassar minha armadura nova, cara... – Tony gemeu quando Ultron apertou seu pescoço ainda mais forte. - Na verdade, tenho só três palavras... – Disse, vendo que Clint estava preparado para atirar. – Vai pro inferno! – Ele disse e Barton atirou uma flecha de choque, causando curto-circuito no robô. Tony, também afetado pela flecha, canalizou toda a energia no reator peitoral e atirara em Ultron. Os dois caíram no chão, o robô em cima de Tony, que o empurrara para o lado e o olhara brevemente, conferindo se ele fora mesmo destruído.

– Ah! Belo jeito de se começar o dia, não? – Tony disse abrindo o capacete e olhando ao seu redor. A sala já estava sendo iluminada pelos primeiros raios de sol.

– Tudo seu dá certo, não é? – Clint perguntou.

– É um protótipo! Essas coisas podem acontecer!

– Mas é com “essas coisas” que vidas são perdidas.

– Não vão ficar me dando sermão, não é? Já está tudo resolvido! – Tony reclamou e fechou os olhos. – E não se preocupem, os outros não farão nada parecido.

– Melhor assim. Cara, você está horrível. – Steve disse erguendo a mão para ajudá-lo a se levantar. – Não sei como a Srta Potts consegue te olhar todos os dias quando acorda.

– Hahaha... Hilário. – Tony disse e se livrou da armadura. As peças saíram voando de seu corpo, revelando a única peça de roupa que ele usava, que era uma calça moletom cinza. – Pelo menos eu não estou com esse calção de vovô horrível. Onde você comprou isso? Em um brechó do asilo? – Disse olhando para o calção e a camiseta que Steve usava.

– Eu não sei por que ainda perco tempo falando com você. – Steve disse e foi atrás de seu escudo.

– Valeu Legolas. – Tony disse apertando a mão de Barton.

– Só fiz o meu trabalho. – Ele disse e se agachou para conferir Ultron. Tony se aproximou de Pepper e Natasha a liberou para levantar-se e abraçá-lo.

– Você está bem? O pescoço está doendo? – Ela perguntou chorosa, com a cabeça encostada em seu peito.

– Estou bem. A armadura que sofreu toda a pressão. – Tony respondeu e beijou-a no topo da cabeça. - Mas e você, está ok? Ele não te tocou, não é?

– Não teve chance, graças a você...

– Ótimo!

– Mas teve a chance de ter a chance de fazê-lo, graças a você. – Ela completou.

– Hum... Depois a gente conversa sobre isso, ok?

– Ai... – Bruce gemeu, pondo a mão da parte de trás da cabeça, atraindo a atenção de todos. Ele ainda estava deitado no chão, ao lado da Viúva-Negra.

– Bom dia, Bela Adormecida! – Tony disse.

– Bom dia... O que estou fazendo aqui? E por que minha cabeça dói?

– A cabeça... Foi minha culpa. Desculpe. – Pepper disse.

– Tudo bem... Mas eu ainda não entendi o motivo de estar aqui, ao invés de estar na minha cama.

– Pepper te arrastou até aqui, para te manter em segurança.

– Obrigado Pepper. Mas me manter em segurança do que?

– Cara, você dormiu durante uma guerra! – Tony disse.

– Nem sei se aquilo pode ser considerado dormir. Você estava com os olhos abertos e um olhar... Sombrio. – Natasha disse. – Você se lembra de alguma coisa?

– A última coisa que lembro é de ter ido dormir, na minha cama. Mas dá para alguém me explicar que história é essa de guerra?

– Um dos robôs do Stark se revoltou e atacou a gente. Mas já foi resolvido. – Natasha o informou.

– E eu dormi enquanto isso?

– Cara, acontece! Quem nunca teve um sono pesado na vida? – Tony disse. – Em falar em dormir, alguém viu a Cachinhos Dourados e o Rhodey? – Ele perguntou no exato momento em que as portas do elevador se abriram e Thor (Vestindo roupas humanas) e Rhodes apareceram rindo alto.

– Cara, você é hilário! – Rhodes disse batendo nas costas de Thor.

– Onde vocês estavam? – Natasha perguntou. – Isso são horas de aparecerem?

– Ei! Eu não vim para cá para ouvir sermão! E você não é a minha mãe! – Rhodes disse grogue.

– Presumo que seu amigo tenha bebido um pouco mais do que deveria. – Thor disse.

– Você acha? – Tony perguntou e olhou para Rhodes. – Ei! Vagabundo! Vai tomar uma ducha fria!

– Tá... To indo… Não precisa gritar! – Rhodes disse cambaleando em direção ao corredor. - Hey Pepper! Camisa maneira! A noite foi boa, não foi? Eu sabia que Tony é um safado, mas você... Ai! – Ele reclamou ao bater o pé em um aparador e seguiu cambaleando.

– Você deveria ir lá para dentro. – Tony disse. – Tomar um banho e rela...

– Como vou relaxar com essa coisa embaixo do meu teto? – Pepper disse olhando para Ultron, que era examinado por Barton e Rogers. – Tony, você tem que se livrar disso.

– Vou dar um jeito nisso.

– E você deveria conversar com James. Não é normal ele estar naquele estado. – Ela disse e saiu do abraço dele. - Era o que ele fazia quando os papéis eram invertidos, então trate de conversar com ele! – Ordenou quando Tony abrira a boca para reclamar.

– Já que está indo para lá, me ajude a carregar o Bruce. – Natasha disse ajudando-o a se levantar. Bruce pegara no sono, mas estava com aparência melhor do que antes.

– Deixe comigo, senhoritas. – Steve disse educadamente e correu para pegar Bruce no colo. Os quatro logo sumiram de vista.

– Alguém pode me explicar o que aconteceu? – Thor perguntou.

– Resumidamente: Descobrimos que Banner tem problemas com o sono e que Ultron estava com falhas. Nada de mais. – Tony deu de ombros. – Sua vez: Por que meu amigo está naquele estado?

– Nós competimos quem tomava mais cerveja, mas havia me esquecido de comentar que não fico bêbado com a mesma facilidade que vocês, humanos.

– Por que você não faz isso com alguém do seu porte? Soube que o Capicolé não fica bêbado.

– É verdade! – Clint disse do outro lado da sala.

– Aí, que legal! Ou não. Vocês acabariam com o estoque de bebida no mundo. – Tony disse. – Já que você está aqui, me ajude a levar a carcaça para a oficina.

...

– Então... Até daqui a três dias. – Tony disse abrindo a porta da limusine para Pepper.

– Até. – Ela disse sorrindo fraco. – Não se esqueça do que eu pedi, por favor. Livre-se daquele troço.

– Ok. – Tony disse puxando-a para um beijo. Pepper entrou na limusine em seguida e ele fechou a porta.

– Ah! Tony? – Pepper o chamou, abrindo a janela.

– Sim?

– Maria ficará na cidade. Eu a pedi para resolver algumas coisas, então ela poderá aparecer por aqui mais tarde.

– Ok. Vou tentar não explodir a Torre.

– Nem brinque com isso. – Ela disse irritada. – Tchau.

– Tchau. – Tony disse acenando e a limusine arrancou em seguida. Ele voltou para a Torre e foi direto para a oficina. E ficou trabalhando por lá, durante um bom tempo.

Quando não aguentou mais seu estômago reclamando de fome, Tony saiu da oficina e pegou o elevador. Quando saiu, foi direto à cozinha e preparou um sanduiche. Decidiu ver televisão e encontrou Steve ao chegar à sala de TV.

– Pinóquio? Sério? – Ele perguntou ao ver o que o colega via.

– Estou lembrando os velhos tempos. – Steve disse ao ouvi-lo.

– Põe velhos nisso... – Tony brincou, mas se juntou a ele.

– Você fez o que a sua namorada pediu?

– O que?

– Se livrou daquela coisa?

– Ah! Sim! – Tony disse com a boca cheia. O que Steve não sabia era que Tony guardara Ultron em um cômodo abaixo da oficina, junto dos outros robôs que compunham a legião de ferro. – Se não o fizesse, ela estaria gritando comigo até agora.

– Nossa... Ela me parecia ser uma pessoa...

– Pacífica? Ela é. A não ser que mexam com ela.

– Que é algo que você faz com freqüência. Não sei com ela, mas com os outros...

– Não costumo. Brincar sim. Exagerar, só às vezes, e sem a intenção. Não sou louco de fazer isso com frequência e propositalmente. Quanto mais ela ficar irritada, mais tempo eu fico sem... Deixa para lá. – Tony disse e Steve rolou os olhos.

Eles voltaram a dar atenção à TV. O filme estava na cena em que o personagem principal cantava no circo:


I've got no strings

To hold me down

To make me fret

Or make me frown

I had strings

But now I'm free

There are no strings on me”

– Que bonitinho. E ele dança como se fosse uma marionete!

– Acho que é porque ele é uma marionete. – Steve disse sério.

– Eu sei. Não sou um gelo sem cérebro como certas pessoas, ok? – Tony retrucou e os dois começaram a discutir.

Mais tarde, abaixo da oficina, acontecia algo aparentemente impossível.

Ultron, que fora desativado pelo próprio Tony, ligara sozinho, sabe-se lá como. Assim como não se sabe como J.A.R.V.I.S. não detectara o acontecimento.

Ultron examinou o local e viu que os outros robôs da legião de ferro estavam desativados e enfileirados próximos a si. Teve dificuldade para caminhar até eles, devido aos danos causadas pelos malditos humanos. Mas ele iria se vingar. Ou melhor, realizaria o que eles tanto queriam: Trazer a paz ao mundo. E só tem uma forma disso acontecer. Exterminando cada humano existente no planeta. E foi com esse pensamento que Ultron deu ordem para que os outros robôs acordassem e se juntassem a ele.

Enquanto isso os vingadores estavam reunidos com alguns parceiros da S.H.I.E.L.D., como Maria Hill. Eles bebiam e se divertiam. Os rapazes até tentaram levantar o martelo de Thor.

E com isso eles demoraram a notar o robô mancando em direção a eles.


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