Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, hoje eu to naqueles dias em que dá uma vontade insana de matar meio mundo, sabem? Mas não se preocupem, o drama só começa no próximo capítulo, esse ainda sobreviveu a tpm. :p



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Capítulo 41 — Cinema, sombra e água fresca.

 

Luiza

 

Ajudamos o Diogo, e depois falei com a Pati pelo chat, claro que eu contei para ela o que tinha acontecido, ela ficou um pouco chateada, mas expliquei que aquela era uma situação difícil, as coisas não ficam lindas e maravilhosas de uma hora para outra, por mais que se queira e ela acabou decidindo vir apesar do que o Diogo tinha feito. As vezes é preciso dar uma chance, mas tudo tem um limite e chances se acabam, felizmente, Pati sabia disso, o Diogo também, ou pelo menos, espero que ele saiba. As sete horas a campainha soou e fui atender.

— Oi amiga, entra. — falei e sorri para a Pati.

— Então... Ele já está aqui? — ela perguntou baixinho só para eu ouvir.

— Não...

— Será que...

— Não, amiga, ele vai vir, ele está gostando de você também. — afirmei.

— Espero. — ela sorriu, sentamos no sofá e o Gabi veio da cozinha com uma bacia de pipoca e um litro de coca.

— Ah, meu namorado não existe. — falei e ele me deu um selinho.

— Que fofo, fez pipoca pra gente. — Pati riu.

— Nem fala, Pati, ela que me obrigou, disse assim: ''ou você faz pipoca, ou fica sem beijo'' ai eu tive que fazer né... — ele falou fazendo um drama. — Estou parecendo elfo doméstico.

— Mentiroso! Não foi só isso que eu disse que você ficaria sem. — Provoquei ele de volta brincando, então a campainha soou novamente.

— Deve ser o Diogo, atende lá, amor? — Pedi.

— Aham. — ele levantou e foi.

— E aí... — Ouvimos a voz do Diogo, ele e Gabriel se cumprimentaram com um toque de mão.

— Fala cara, entra.

— Ela já veio? — escutamos ali da sala a animação dele.

— Já, está ali na sala. — Eles vieram até nós e sentaram, ficamos nessa ordem: Gabriel, eu, Pati e Diogo, depois de enrolarmos um pouco decidimos escolher um filme.

— Que filme? — Perguntei.

— O de de terror que a gente alugou, não vou ver aquelas coisas melosas de menininha. — Gabi disse e apertou minha bochecha.

— Vou te mostrar a menininha. — Falei dando um tapa de leve no braço dele, depois peguei o filme e coloquei. Eu definitivamente não era fã de terror, mas acho que fazer o Gabriel assistir Dirty Dance comigo pela quarta vez não ia ser a melhor das ideias.

— Ai caramba, eu estou com medo. — Pati disse quando uma cena sangrenta apareceu logo no início.

— Segura minha mão. — Diogo disse baixinho pegando na mão dela, ela deitou no ombro dele.

Os dois logo começaram a ficar no maior love lá, Gabi e eu também é claro.

— Que bom esse filme né? — falei rindo.

— Que filme? — Pati me olhou totalmente desligada, tinha esquecido do filme e seu medo tinha passado.

Nós rimos.

— Gente, tem quarto lá em cima viu... — O Gabi falou rindo enquanto os dois se beijavam intensamente.

— Ei, por que vocês não dormem aqui? — Ofereci.

— Eu fico numa boa. — Diogo falou.

— Não sei não, Lu... não vai ficar ruim com seus pais? — Pati perguntou.

— Que nada, eles estão na casa da vó, só voltam amanhã de noite.

— Então eu fico. Só vou ter que avisar lá em casa. — Ela disse.

— Liga daqui... — estendi o telefone para ela.

Ela ligou e disse que dormiria na minha casa, claro que os pais dela deixaram.

Depois eu e ela fomos para a cozinha pegar alguma coisa para nós e os meninos comermos.

— Eu estou tão feliz — Ela disse como boba.

— Sei como é. — falei e ri.

— Lu, posso dormir com ele num quarto? — ela perguntou com vergonha.

— Como assim “posso”? Você vai dormir com ele num quarto. — falei rindo.

— Ah, sei lá, não quero abusar.

— Que nada, ele que vai te abusar. — rimos.

— Para sua safada, o Gabriel está te afetando hem, Luiza! Meu Deus! — ela disse e riu, eu concordei.

— Mas me faz muito bem.

— O Diogo também, é tão diferente, sabe? A gente mal se conhece, mas, ao mesmo tempo, eu me sinto tão bem ao lado dele, apesar de... você sabe... — Ela suspirou.

— Eu te entendo, mas esquece isso agora. — Sorri. — Vamos levar os sanduíches?

— Vamos. Só mais uma coisa, será que ele tem camisinha aí? — ela disse rindo e eu ri mais alto.

— Não sei, mas se não tiver, manda ele pedir para o Gabi. — Falei na maior cara de pau.

— OMG! — Ela riu. — Sua safada!

— Nem é. — mostrei a língua pra ela.

Voltamos para a sala e os meninos estavam rindo.

— Estão rindo do que? — Perguntei curiosa.

— Nós, rindo? — Gabriel fez cara de sério — nem estamos rindo...

— É, do que a gente ia rir? — Diogo disse inocente.

— Sei... são uns safados mesmo. — Pati balançou na cabeça.

— Nós ou vocês? — Gabriel perguntou, Pati e eu coramos.

— Está falando isso por quê? — ergui a sobrancelha.

— Por nada amor... mas avisa a Pati que o Diogo tem camisinha e que qualquer coisa é só falar comigo como você disse. — eles começaram a rir.

— Depois as mulheres que levam a fama de linguarudas, pelo amor de Deus, parecem duas velhas caquéticas, ficam ouvindo atraá da porta. — Reclamei.

— Ué, a gente ia lá oferecer ajuda, aí sem querer querendo... ouvimos. — Diogo disse naturalmente.

— Ah, quer saber, não falei nada de mais tá. — Pati disse vermelha, Diogo foi até ela e a abraçou, eu fui para o colo do Gabi.

— Pois é minha gente, eu acho que nossa sessão de cinema acabou... E eu estou com um sono... — fingi bocejar.

— Nossa, me deu um sono de repente também. — Gabi disse e nós dois rimos.

— Sono... Nem fala, estou morrendo de sono... — Diogo disse, todos rimos.

A Pati deitou no sofá e falou já de olhos fechados:

— Nossa, estou acabada!

— Vão logo para o quarto seus pervertidos. — Falei.

— A suja falando da mal lavada. — Pati piscou.

Rimos e subimos todos para os quartos.

— Amor, eu não estou com sono. — Falei assim que ele fechou a porta do quarto.

— Sabe que eu também não?

Gabi pegou na minha cintura e colou nossos corpos, começamos a nos beijar lentamente, sua mão foi subindo pelo meu corpo e tirando minha blusa devagar, tirei a blusa dele e ele ficou me olhando e sorrindo, depois começou a beijar meu pescoço e me pegou no colo me levando até a cama e deitando por cima de mim, sua boca nunca deixava a minha e logo éramos apenas um.

 

***

Bônus especial: Narração da Pati

# Quarto de hóspedes.

 

Diogo segurou meu corpo assim que entramos no quarto de hóspedes na casa da Luiza, olhou em meus olhos e sorriu de um jeito completamente novo para mim. Ele tinha vários sorrisos, disso eu sabia. Mas esse era completamente diferente de qualquer um. Era misterioso e ao mesmo tempo completamente revelador, por um momento eu poderia acreditar que ele estava entregue, não só de corpo, mas também de alma, ao nosso momento.

— Eu não acredito que você aceitou ficar aqui e dormir comigo. — Ele disse malicioso no meu ouvido.

— Por quê? Você por acaso vai fazer algo que eu não queira? — Provoquei passando os dedos nos cabelos dele.

— Eu nunca faria isso com você. — Ele sorriu de um jeito meigo enquanto inclinava a cabeça voltando a me olhar.

— Eu sei. É por isso que estou aqui.

— Você era tudo que eu precisava encontrar. — Diogo acariciou meu rosto de um jeito doce.

— Eu sei que é pouco tempo, mas para mim, essa noite, hoje, agora, é muito mais que especial. — Encarei ele, eu sabia que ele podia não sentir o mesmo e até sabia que podia ser só mais uma maneira dele conquistar as garotas e depois jogá-las fora. Mas não me importava. Eu queria ele. — Eu só queria que soubesse.

— Quando eu te beijei pela primeira vez, — ele disse — senti uma coisa que nunca tinha sentido antes. Eu não sei como explicar, não sou o tipo de cara que sabe falar coisas bonitas e doces, mas, eu sei que você não saiu da minha cabeça, nem por um minuto. Eu sei que é pouco tempo e que você pode achar que eu estou falando por falar, mas eu adoro você. Eu estou apaixonado por você. — Diogo disse baixo o final, meu coração disparou.

— Eu também adoro você. — falei.

Ele passou os braços pela minha cintura e segurou meu rosto em suas mãos me beijando com calma. Em poucos segundos fui parar contra a parede enquanto o beijo esquentava e ele tentava sofregamente tirar minha blusa, o que conseguiu em pouco tempo, outro beijo e puxei a camiseta dele jogando-a no chão. As coisas tinham evoluído rápido, foi como acender um palito de fósforo, só que a chama não estava nem perto de se apagar.

— Tem certeza que quer isso? — ele perguntou no meu ouvido enquanto beijava meu pescoço.

— Toda. — respondi já ofegando.

Diogo me puxou contra seu corpo mais forte e logo eu caía na cama com ele por cima de mim. Meu shorts se perdeu em algum canto do quarto assim como o resto de nossas roupas e então, pela primeira vez eu me senti completa de verdade.

Fizemos amor de uma maneira sem definição. Me lembro das mãos dele deslizando lentamente pelo meu corpo enquanto nos uníamos em um só, o suor caindo por nossos corpos quentes e nus, minhas mãos puxando seus cabelos e sua boca pela minha pele me deixando arrepiada, e no final... eu senti como se pudesse flutuar.

Foi como se só existisse um momento. Aquele momento.

 

# fim da narração da Pati.

 

***

 

Domingo. Acordei, olhei para o lado e ele estava ali, dormindo como anjo. Dei um beijo em seu rosto e falei baixinho:

— Eu te amo.

Ele sorriu.

— Está acordado, amor?

— Estou sim.

— E por que não abriu os olhos?

— Porque eu queria ouvir você dizer que me ama.

— Mas eu sempre faço isso, seu bobo.

Ele riu e me abraçou, depois descemos e fizemos o café, logo Pati e Diogo vieram.

— Bom dia, coisa linda. — Pati disse toda sorridente parando ao meu lado na pia.

— Eita, a noite foi boa? — falei baixinho só para ela ouvir.

— Humm... Eu acho que ainda não tenho as palavras certas para descrever. — Ela falou completamente apaixonada.

Eu comecei a rir e os meninos ficaram me olhando.

— Que? Conversa de comadre. — Dei de ombros.

— Sei... eu e o Diogo vamos ter uma conversa de compadres agora então... — Gabi riu e os dois foram para a sala.

Pati me contou tudo em detalhes básicos como foi, se ele foi carinhoso e tal...

— Estou apaixonada. — Ela sorriu.

— Percebi. — eu ri .

— E o Gabi, Lu? Como é? — ela perguntou rindo.

— Ele me deixa muito louca.

— Mais ainda? — Ela riu.

— Nem é, sou super normal.

— Aham, você é normal e eu sou uma berinjela.

— Berinjela? — comecei a rir — Da onde saiu essa?

Fomos para a sala e percebemos que os meninos tinham trocado alguns detalhes sobre a noite passada, mas não demos bola, também trocamos, ué.

— Vamos para a praia de tarde? — Gabi sugeriu.

— Por mim. — Dei de ombros.

— Claro! Vai fazer calor hoje. — Pati disse inocente.

— Nossa... E que calor... — Diogo disse mordendo o lábio e olhando para a Pati.

— Começou a putaria. — Falei e ri.

— Nem é. — rimos.

De tarde fomos para a praia, chegamos lá e eu já fiquei com vontade de ir embora, vi a cobra da Cecilia e depois o idiota do Marcos. Mas quer saber, decidi não estragar meu dia por causa daqueles idiotas.

Começamos a jogar vôlei, Gabi e eu contra a Pati e o Diogo. Mais tarde, depois de irmos tomar banho de mar, fomos sentar embaixo dos coqueiros perto do calçadão. Sentamos lá e pedimos água de coco, ficamos conversando sobre tudo, até sobre a escola e a formatura que estava se aproximando.

— Então Lu, vai fazer a facul em Paris? — Pati perguntou para mim.

— Ah, eu não sei bem, acho que não vou mais para lá.

— Você tem até depois da formatura pra decidir né? — Ela perguntou.

— É, ele disse que eu tenho até a manhã seguinte a formatura para pensar...

Conversamos mais um pouco e depois eu fui pegar um sorvete. Marcos parou ao meu lado.

— Luiza, me escuta, aquele cara não presta, ele está te usando! — Ele disse me olhando.

— Sério isso? Meu Deus, Marcos, para de me encher o saco! — falei e saí de lá.

Ele veio atrás de mim.

— Eu ainda vou te provar e você vai se arrepender!

— Então prove! — falei e voltei para o coqueiro.

— O que ele queria? — Gabi peguntou sério.

— Dizer que você não presta. — Respondi sem dar bola, Marcos que fosse para o inferno.

— Estou com uma vontade de quebrar esse moleque. — Gabi disse.

— Esquece ele, amor. — falei e selei ele.

— Vou no banheiro, já volto aí. — Diogo disse se levantando.

— Vou contigo cara — Gabi disse me dando um selinho.

Enquanto Gabi esperava do lado de fora do banheiro, vi a Cecilia chegar nele. Ela falou alguma coisa e ele olhou para mim, depois fez ela sair de lá. Eles voltaram.

— E ela, o que queria? — Perguntei com um pouco de ciúmes.

— Dizer que me ama, que quer ficar comigo, e que vai me ter a todo custo. — ele disse e riu da cara dela. — sou irresistível né, amor?

— É, mas é meu. — Olhei feio para ele, ele me deu um selinho.

— Todo seu.

Passamos o resto da tarde ali, curtindo a sombra e água de coco. De noitinha voltamos para casa, Diogo deixou Pati na dela e depois foi para casa, eu fiquei na minha e o Gabriel na dele, meus pais voltariam a noite e é meio ruim ele ficar ali, sei lá, eu não me sinto tão bem, é que não estou acostumada, apesar de meus pais adorarem ele e não verem problemas quanto a isso.

Fiquei pensando nele, na proposta da facul em Paris e em mais um milhão de coisas, entre elas, as palavras do Marcos e da Cecilia, acebei pegando no sono com alguns sonhos não tão felizes quanto eu gostaria.


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Notas finais do capítulo

PS: É sério, vocês não podem perder o próximo!

O que vocês acham de eleger as terças-feiras a noite como dia fixo de postagem? Acho que consigo me organizar pra isso, mas claro que vou precisar daquele incentivo básico de comentários aeuhaeu, até porque eles aparecem na minha caixa de email e me fazem correr pra cá mais rápido u.u
Então, bora lá, terça que vem estou aqui! :D
Beijos!



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