Mais que amigos escrita por Erika k
Tudo era novidade para mim.
Nunca pensei que poderia acontecer isso, só por estar viva.
–Oe, oe, Karisawa-san-Chamou-me Simon, em suas mãos os folhetos estavam balançando ao fraco vento.
–Simon, não estas com frio?
–Um pouco, mas sem trabalho, sem dinheiro, por que não entra e come com seus amigos?
–E-Eles estão aqui?
–Sim, Yumachi-kun e Aiko-san estão lá dentro.
Dei um pulo.
–Nã-Não, Simon, deixa para a próxima.
Sai correndo, corri como se não houvesse amanhã.
Esbarrei em pessoas até que uma me fez parar.
–Celty!-Peguei um susto, ela me envolveu na sua sombra, foi a tempo em que um carro passou.
Cuidado- Ela digitou –Por que a pressa?
–Estou indo para casa.
Quer carona? Já terminei o que tinha que fazer.
–Não precisa, obrigada. Continuei andando.
Observei as pessoas andando no frio, agasalhadas e se divertino, o pior de tudo que eu era a única sozinha,sentia falata do Yumachi.
Passávamos o tempo todo juntos e do nada estou tão só.
O sol já ia se por quando cheguei no meu apartamento, a van ainda estava estacionada na frente, então provavelmente não teriam trocado a minha porta, mas estava errada, assim que subi a porta estava lá, mas a chave não girava.
–Droga-reclamei baixinho.-Liguei para o Dota-chin.
Chamou mas ninguém atendeu.Liguei novamente e o som do celular vinha do meu apartamento.
–Oe?! Dota-chin! Saburo!-Batia na porta.-Oxi-Reclamei olhando de uma lado para o outro.-O que estão fazendo? Está frio aqui.
–Karisawa-san! Eu te procurei o dia todo.-A voz era familiar, era o Yumachi, não me virei, não queria encara-lo.
–E-Eu precisei resolver umas coisas, sorri.
–O que está fazendo aqui fora?-Ele me virou em um abraço, pude ver Aiko impaciente lá atrás.-Fiquei com saudades, você prometeu que iriamos assistir Akuma no Riddle hoje.
–Ah...
–Walker, vamos.-Chamou Aiko.
–Vamos assistir a um filme, vem também.-Ele olhou minha porta.-Por que sua porta está vermelha?
–Depois te conto.
–Vamos Walker!
Segurei a mão dele, antes dele sair.
– o que foi?
Puxei ele para trás, ela me olhou, abriu a porta do apartamento e disse.
–Entre conosco, Eri-chan.
–Não, nós vamos atrás do Dota-chin.
–Ma-Ele ia falar, mas o interrompi.
–Calado, Yumachi!
O encarei por segundos, ele percebeu a seriedade e apenas confirmou confuso.
Nos viramos para caminhar até a van mas ela nos parou.
–Não me faça atirar. –Ela apontou a arma.
–Puta merda!-Yumachi sorriu nervoso e se colocou na minha frente.-O que é isso?
–Uma arma.-Ela respondeu sínica.
Juro que, se não fosse a situação atual até eu daria uma resposta dessa para ele.
–Okay, reformulando, para que isso?
–Matar.-Soltei um sorrisinho.
–Coopera-Ele pediu inclinando a cabeça para o meu lado.
–Para dentro-Exigiu ela.
Entramos e sentamos na cama.
Ela pegou umas algemas na gaveta perto da cama.
–Nosso brinquedinho.-Ela piscou para o Yumachi.
O encarei cruzando os braços, ele me olhou.
–O que? Não pense besteira.
Virei o rosto fazendo biquinho.
Ela o prendeu na cama.
Quando chegou perto de mim, chutei-a no estomago e pulei em suas costas, tentei pegar a arma que caíra longe, mas ela inverteu os papeis, me deixando para baixo, de costas para o chão.
–Sua vaca.-Ela sorriu me chamando.
–Mas qual o objetivo disso tudo?-Perguntou Yumachi.
Nos viramos para ele e gritamos.
–Calado.
–Uau-Reclamou ele.
Ela segurou meus cabelos e bateu minha cabeça contra o chão duas vezes. Sorri.
–Estas louca, princesa?-Perguntou.
–Não, sabe do que eu e Yumachi brincávamos quando crianças?
–Hã?
–Vai descobrir. - Disse sorrindo.
Chutei-a com o joelho novamente no estomago, ela cambaleou para os lados e antes de cair peguei em seus cabelos loiros, ela cuspiu sangue.
Segurei seu rosto perto do meu e dei-lhe um tapa.
–A princesa aqui, adora brincar se se machucar. –Sorri, jogando-a no chão.
–Você sempre teve tudo o que quis -Ela disse deitada no chão.
–Não, não tive.
–Teve sim, qual é, Eri-chan. Seus pais morreram me deixando na merda, você não sabe o quanto desejei sua morte.
–Eu sei. Sei de tudo, me contaram e eu realmente sinto muito.
–Você devia ter morrido.
–Eu sei disso também.-Ela tento se levantar, mas parecia sentir dor.
–Seus pais morreram e pessoas maravilhosas tomaram conta de você. Depois da morte dos seus pais, os meus não aguentaram e se mataram. Eu tive que ir para um lar adotivo, minha irmã para uma clinica.
–Eu sinto muito.
–Não sente, se sentisse devia morrer.
Ela se levantou e tentou me da um soco, mas desviei e ela caiu.
–Não se corrompa por isso.
Caminhei até o Yumachi e me ajoelhei.
–Depois te conto. -Sorri para ele que sorriu de volta, mas depois fez uma cara de pânico e um estrondo deixou-me meio surda, minhas costas ardiam e cuspi sangue.
Escutei depois de uns segundos algumas zoadas estranhas, Yumachi gritava meu nome, mas tudo o que queria era dormir.
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Amanhã sai o ultimo cap.