–Isso realmente foi estranho. –Disse Yumachi.

–Que tal pensarmos nisso enquanto comemos sorvete?-Perguntou Saburo. Sorrimos. Ligamos o aquecedor da van.

Estava frio, o clima por si já é frio, maldade tomar sorvete.

–Pessoal?-Chamou uma voz fresca, digo, doce.

Viramos e lá estava, cheia de sorrisos e olhos brilhantes, Aiko.

–Oi.-Yumachi sorriu.

–Fecha a porta, por favor, se não morreremos. -Disse Dotachim.

–Pensei que era um método de tortura, mas aqui está quentinho.-Disse ela se sentando e tirando o casaco.

–Sempre fazemos isso, mas se quiser experimentar tortura...-Coloquei a mão desocupada no bolso, Dota-chim segurou e balançou a cabeça negativamente.

Bufei, okay, não sujaria a van com um sangue nojento.

–Vocês querem bolo de chocolate? Minha irmã fez para os incríveis amigos que conheci.

–Parece delicioso.-Saburo pegou um pedaço. Que isso?! Não coa! Tem veneno de cobra, Saburo!

–Obrigado-Dota-chim pegou um também e logo em seguida Yumachi.

Peguei o que ela me ofereceu, só par anão estragar... claro...

–Walker-kun, vamos?-Ela o chamou.

–O-Onde vão?-Perguntei por impulso. Joguei o pacote de sorvete na lixeirinha da van e os encarei.

–Segredo.-Ela piscou e colocou o dedo indicador nos lábios. Tive vontade de pular no pescoço magrelo dela e estrangula-la.

–Aaah, conta, vai!-Sorri forçadamente.

–Na verd-Yumachi ia me contar? Me convidar? Não sei, ela tapou a boca dele e o arrastou para fora da van.

–Parece que alguém foi deixada.-Saburo comentou mordendo o pedaço do bolo, Dota-chim deu uma cotovelada nele, que se engasgou.

Durante o resto da tarde toda, Yumachi não apareceu, enviei uma mensagem:

Erika: Hey, estou na sua porta.

Nada... nem um sinal de vida, liguei repetidas vezes até que atendeu.

–Hey-Disse-Hoje é quinta íamos assistir anime e comer pizza.

–Eri-chan?-A voz cansada da Aiko fez minha garganta travar. –Eri-chan é você? O Yumachi está dormindo.- Ela sussurrava, a sua voz era de alguém que acabara de acordar, por que ela estava dormindo perto do celular do Yumachi?

–So-Sou eu.-Ela sorriu baixinho.

–Desculpe, Eri-chan, atendendo o celular dele assim... Você já está em casa?

–Sim, bom, é..na verdade-Não conseguia raciocinar, minha cabeça doía e aquele aperto no coração voltou.-Estouchegando agora.

–Ah, ótimo, vou abrir a porta.

A porta do ap do Yumachi abriu, a loira havia prendido o cabelo em um rabo de cavalo malfeito, mas seu corpo em curvas perfeitas estava aparecendo em uma blusa curta e um short minúsculo.

–Frio-Ela reclamou baixinho, votou para dentro e pegou o casaco. O casaco do Yumachi.

–É... O Yumachi...

–Está dormindo, Eri-chan.

–Não me chame assim, okay? –Falei sem pensar. Ela sorriu.

–Eri-chan, não me diga que está com ciúmes?

–O que? Não!

Ela sorriu.

–Ele é meu.Fizemos amor e foi perfeito, espero que isso não te deixe chateada.-Ela piscou e entrou.

–A-Amor?-Perguntei para o nada, minha boca entreaberta e o olhar tentando encontrar um ponto fixo de realidade, o que isso significava?