Tinha acabado de chegar do serviço, a casa estava silenciosa, ele ainda não chegara, ficaria sozinha por um bom tempo. Deitei em nossa cama, e quando achei que já estava dormindo, escutei o som do carro, seus sapatos contra o piso. Continuei ali deitada, estava deitada como sempre de costas para o seu lado na cama, nossas noites estavam em uma rotina sincronizada, acordávamos tomávamos nossos café-da-manhã, ele me deixava no serviço, e seguia para o seu. Quando saia do serviço vinha para casa, fazia seu café, tomava meu banho... E era isso, essa monotonia a cerca de três meses.

Senti o colchão ao meu lado afundar com seu peso, senti seu perfume, ele sempre o usa, dei em nosso aniversário de casamento.

- Já irei fazer seu café - Murmurei. Ele nada disse, apenas me abraçou por trás, e assim ficamos por um bom tempo. Até que sinto sua respiração contra meu pescoço, deixou suaves beijos ali, suas mãos apertaram minha cintura me fazendo arrepiar com seu toque... Pode, e vai passar muito tempo, e mesmo assim eu vou sempre sentir essas sensações, seus toques, beijos, as caricias, me atrai faz com que eu perca o folego.

Coloquei minha mão sobre a sua, e ele apertou-me mais, arfamos juntos. Amávamos um o toque do outro. Subitamente ele parou com suas caricias, não entendi ao certo o porque, o olhei confusa.

- Eu ainda não terminei, mas tenho algo para você - Sorriu malicioso. Saiu do quarto, e quando voltou trazia uma sacola. Franzi o cenho, o que seria?

- Não é nada demais - Disse me entregando o pacote. - Espero que goste - Sua voz continha um pouco de apreensão.

Quando abri o embrulho que continha, me deparei com um porta retratos com uma foto nossa quando namorávamos, uma caixa de bombom, um perfume - meu preferido -. Não entendi ao certo o porque de tudo aquilo, mas quando olhei mais uma vez reparei que tinha um catão na caixa de bombons. O peguei, comecei a ler...

Minha querida, não sei ao certo como explicar o porque de tudo isso, bem nem eu ao certo sei direito. Mas bem, hoje quando trabalhava, um de meus colegas comentou sobre seu casamento, não me interessei muito pelo assunto, você mais do que ninguém sabe que não ligo para essas coisas, mas algo que ele disse chamou minha atenção. Ele dizia assim :

- Ethan, olha valorize sua mulher cara. - Disse pensativo

- Porque isso agora, Richard? - Perguntei

- Porque você ainda a tem. - Pausou, quando eu ia perguntar novamente ele continuou. - Quando eu era casado, transformei meu casamento em uma rotina, fazia uns 2 meses que eu minha mulher não fazíamos amor, era sempre de casa pro serviço, e vice-versa. Não tínhamos filhos para amenizar a solidão que criamos, então um certo dia brigamos, eu sai de casa para beber e quando voltei, ela não estava lá. Não liguei para ela, não me importei, tomei um banho e me deitei, as 4 da manhã me ligaram do hospital disseram que minha mulher tinha sofrido um grave acidente e estava em estado de coma. Corri para o hospital, durante o trajeto lembrava-me de nossa briga, me lembrei também de nossas noites quentes, noites de puro amor, beijos, abraços... Eu era apaixonado por minha mulher nunca negaria isso, só que nossa rotina estava nos afastando. Quando cheguei ao hospital, fui direito para o quarto, ela estava entubada, e mesmo machucada pelo acidente ela continuava linda.

Passamos um mês nessa situação, eu pedia desculpas todos os dias, não queria perde-la, eu a amava demais para deixa-la partir. Quando um certo dia ela acordou conversamos um pouco, a pedi perdão.

- Querida, me perdoa, eu te amo, não quero te perder. Como será minha vida sem você? Nossos filhos? - Quando disse essas palavras, ela chorou.

- Amor, eu te perdoo, mas só se você me prometer que seguirá em frente, se casará e terá muitos filhos, os amará... E dirá para aquela que dormir onde eu um dia dormir, que a ama todos os dias. - Sorriu

- Não me peça isso, você será a única, não existe outra que ocupe seu lugar na NOSSA cama. - Enfatizei o nossa.

- Por favor - Pediu, ela sabia como me dobrar, e prometi.

- Amor, mas antes... Diga que me ama - Pediu

- Amor, eu sempre vou te amar, te amei ontem, te amo hoje, e te amarei amanha. - Não contive minhas lagrimas.

Ela adormeceu como um anjo, e assim ficou até o dia de hoje. Eu a perdi, mas cumpri minhas promessas, me casei, tive filhos... E amo minha mulher. Mas acima de tudo nunca a esqueci.

Então amor, eu escrevi esse cartão para te dizer, que não deixarei que nada, nem uma briga, nem o destino, nem homem algum atrapalhar nosso casamento. Você é a razão de todos os dias eu acordar e ter prazer de ir trabalhar, quero ser digno de você. Você é o motivo dos meus sorrisos, é razão pela qual meu coração palpita, você Suze é meu tudo, o meu anjo.

Eu quero ter filhos com você, ter o gosto de ver você gestante, com aquele enorme barrigão e o sorriso mais lindo no rosto. Quero envelhecer ao seu lado, deixar você nervosa quando sujar a casa de barro com nossos netos, comer da sua comida, rir quando as crianças disserem que seu arroz queimou... Ou quando elas brigarem por mais. Quero tudo isso com você meu amor.

Terminei de ler o cartão e não contive minhas lagrimas, eu amava Ethan mais que tudo, mas como dizia o cartão, eu também nunca esqueceria Caleb, e Ethan sabia disso. Coloquei o embrulho em cima da minha penteadeira e me voltei para meu marido, ele sorria como um bobo alegre, não contive meu próprio sorriso.

- Como posso te retribuir por tantos presentes? - Andei em sua direção, tinha em mente o que ambos queríamos. Sentei em seu colo, coloquei meu cabelo para o lado e logo senti seus lábios em meu pescoço, subitamente me arrepiei, ele tinha total controle sobre mim. Passei minha mãos por seu cabelo, senti as suas em minha cintura me puxando para mais perto de si.

Desabotoei sua camisa, amava aquela camisa social, mas ele sem... Era melhor.

- Suze - Chamou-me

- Sim? - O olhei sem entender.

- Bom, amor... Eu ....

- Você? - Estimulei a terminar

- Quero ser pai, pronto. - Confessou, sorri, e o beijei.

Sai de seu colo parei em sua frente, e sem pedir permissão ou esperar por ele arranquei meu vestido, ele se perdeu em meio aos meus atos. Terminei de desabotoar sua camisa, passei minhas mãos por seus braços para tira-la. Peguei em sua mão e o puxei até a cama comigo, deitei e esperei por ele.

Ele veio engatinhando até mim beijou meu pescoço, e desceu, beijou meus seios por cima do sutiã vermelho, minha barriga, passou suas mãos por minhas pernas. Eu sentia falta dele, do contato de nossos corpos. Tinha pressa em vê-lo sem aquela calça, levei minhas mãos a barra da calça e comecei a desabotoa-la, o livrei daquela peça e tive a bela visão de seu belo corpo.

Eu sentia falta de seus beijos, eram ferozes e ao mesmo tempo suaves, ele sabia me domar em seus beijos, e então ele me beijou da mesma forma que me beijava quando ainda adolescentes. Era doce, apaixonante, me perdi em sua boca. Suas mãos percorriam meu corpo, ele logo desfez o fecho de meu sutiã, senti seus dedos estimulando o bico do meu seio esquerdo, e o direito logo vou tomado por sua boca, estremeci. Já estava molhada de excitação, e Ethan adorava me deixar mais excitada, sempre fora assim... Ele brincava, brincava, e quando seu membro estava para estourar de tanta excitação por me ouvir gemer, e implorar por seu contato, fazíamos amor.

Três meses sem um contato físico entre nós, nos deixou sedentos por prazer. Seu membro já rígido puxava contra minha entrada, mas se conhecia meu marido ele nem começará. Ele levou a mão livre para minha entrada, passou o dedão por meu clitóris e me estimulou, não aguentava mais precisava dele.

- Amor, eu não aguento mais - Supliquei

Não precisei pedir duas vezes, logo senti ele me adentrar, gemi seu nome, vi seus olhos ficarem negros de luxuria e suas estocadas ficarem mais fortes e selvagens, a cada nova investida gemia mais alto. Segurei os lençóis para tentar amenizar o ritmo que estava se tomando, mas Ethan não queria nem saber investia mais rápido, e feroz. A cama colidia contra a parede.

- OOOOOOOOOOOOOHHH.... Suzee - Gemeu

- Ethaaan... Eu vou - Tentei lhe dizer que meu orgasmo estava próximo, mas Ethan não quis nem saber, ele aumentou o ritmo e eu gozei, ele veio logo atrás gritando meu nome.

Subi em cima dele, sorri maliciosa. Ele arqueou as sobrancelhas.

- Segundo Round? - Perguntou brincalhão.

- Amor foram três meses sem você. - Disse, seu membro ainda dentro de mim, comecei a cavalgar cada vez mais rápido.

Suas mãos foram para minha cintura para me ajudar, apertou-me. Joguei minha cabeça para trás já estávamos excitados novamente, o queria de todas as maneiras aquela noite. Rebolei, subi e desci indo cada vez mais rápido e mais fundo, desceu uma de suas mãos para minha bunda apertou-me e deu tapas ali, com a outra desceu em direção a minha vagina me estimulando, passou os dedos novamente em meu clitóris, e cacete gemi alto e gostoso. Ethan era feroz na cama, mas ele estava sedento.

Então resolvi deixa-lo satisfeito.

- Faz o que quiser - Sussurrei em meio a um gemido.

Ele fora rápido logo me deitou novamente, pegou minhas pernas e colocou em seu ombro. A cada investida eu via estrelas, Ethan era um deus Espanhol na cama que me levava a loucura, não era apenas sexo existia sempre algo a mais, e eu amava isso nele.

Outra estocada, e outra, outra

- Ethannn - Gemi - Filha da puta - Ri quando senti meu orgasmo próximo

- Vem amor, vem, goza pra mim - Esse era o meu Ethan

- Mais rápido, mais forte - Ordenei

- Seu desejo é uma ordem - E assim foi, mais rápido e forte.

Então chegamos ao ápice juntos.

Ethan me puxou, deitei minha cabeça em seu peito, ele abafava meus cabelos. Senti um beijo suave ser depositado em minha testa, e assim adormeci. Mas antes de me entregar ao sono murmurei

- Te amo, meu amor.

- Eu também minha vampirinha. - Ethan sempre brincou comigo de que eu era uma vampira, pois tinha a pele branca como a neve.

***** Seis meses depois ******

- Amor, vamos acorde - Escutei ao longe Ethan me chamar, mas estava com sono e cansada

- Só mais cinco minutinhos - Pedi

- Nem mais nem menos, vamos. Você irá se atrasar para o exame. - Falou

- Okay, okay. - Abri meus olhos e me deparei com um lindo sorriso, amava aquele sorriso.

- Você fica tão linda assim, você está linda assim - Afirmou, passou sua mão por minha barriga. Eu estava de cinco meses de gestação, e hoje era a ultrassom para sabermos se era menino ou menina, Ethan não continha a ansiedade e animação, quero só ver na hora do parto, se ele vai se animar assim pra ficar comigo.

- Você diz isso, porque não engordou uns sete quilos né - Emburrei

- Se você engordar mais sete, vai continua linda, a minha mulher. - Beijou meu bico, e sorriu. - Agora vamos.

Chegamos no consultório, e logo fui atendida, me troquei e fui para a maca. Senti aquele gel gelado em minha barriga, mas me esqueci ao ver a imagem do meu bebê no monitor.

- Lá esta mamãe, e olha ele está sentado, acho que hoje saberemos. - Falou o médico

Olhei para Ethan, que sorria feito criança, na hora não me contive e chorei.

- E olhem a filha de vocês - Constatou o médico.

- Menina? - Ethan e eu perguntamos

- Sim, uma menina linda - Afirmou o médico.

Ethan beijou minha testa, segurei sua mão, e juntos olhamos para o monitor. Chorei ao ver o fruto do nosso amor.

******** Quatro meses depois *********

- Ethan ande logo, Alexcia quer vir ao mundo - Gritei, as contrações estavam uma em cima da outra, e Ethan que não vinha logo.

- Estou indo - Gritou em resposta

Cheguei no hospital gritando, logo enfermeiras apareceram com uma cadeira de rodas e me levaram para a sala de parto, minha menina queria vir ao mundo, e eu não queria saber se iria doer ou não, apenas queria tê-la em meus braços.

Ethan veio logo atrás, com as coisas de Alexcia, e as minhas. Ele trocou de roupa, e ficou do meu lado na cama. Pegou minha mão e sorriu reconfortante.

- Olá Suze, eu sou seu médico e quero que você faça tudo que eu disser, essa menina não irá demorar então preciso que colabore. - Falou já examinando minha dilatação - Suze você já está pronta, agora é só empurrar.

- Okay doutor. - Respondi

- 1, 2, 3 Já, faça força, vamos empurre Suze - Falou o médico, na hora fiz força mais e mais...

As contrações aumentavam e as dores também, gritei quando senti a contração Ethan ficou apreensivo ao meu lado, mais um grito, estava doendo.

- Respire Suze, fique calma, e empurre. - Tentou o médico

- Apenas mais uma vez, ela já está quase lá. - As contrações estavam horríveis, estava suando, tremi ao sentir novas contrações. Gritei novamente.

- Se acalme meu amor - Pediu Ethan

Olhei de relance para Ethan que não cotinha a emoção mesmo apreensivo, a ansiedade de ver a filha, e fiz força queria dar esse prazer a ele. Mais uma vez força, e lá estava ela. o chorinho, as mãozinhas, os pezinhos, o rostinho igual ao do pai, tão linda, e loura como a mamãe.

- Uma linda, e saudável menina, parabéns - Entregou-me minha filha, e saiu.

- Amor - Chamei, ele chegou perto a olhou atento, e sorriu.

- Você me deu mais do que eu podia imaginar. - Beijou o topo da minha cabeça.

********

- Alex - Gritei

- Alex - Gritei novamente, e nada daquela menina. Ethan também sumirá, a esses dois.

- Ethan, amor - Chamei, nada.

Escutei risos vindo de meu quarto, adentrei o quarto tudo parecia normal então escutei de novo os risos... Procurei de onde poderiam estar saindo, e me deparei com a cama.

Puxei a colcha e lá estavam os dois, riam como dois bebês. Bom Alex ainda é um bebê, mas Ethan.

- Ethan o que o senhor pensa que esta fazendo? - Perguntei brava. Peguei Alex no colo indo em direção ao banheiro, ela passará o dia todo fugindo do banho.

- Estava brincando com Alex - Disse com ar de inocente.

- Você sabe muito bem que eu a estava procurando para dar-lhe banho - O olhei furiosa.

- Tudo bem mamãe - Ergueu as mãos em sinal de rendição.

- E você mocinha - Olhei para Alex mas contive a vontade de rir. Ela estava toda suja, havia mexido com o chocolate que fiz a poucas horas com o trigo do bolo, ela estava linda.

- Mamãe - Ergueu suas mãozinhas e as passou em meu rosto. Não me contive e sorri. Depois de tomada banho Alex caiu no sono aproveitei e tomei um banho, e fui para o cozinha preparar o jantar.

Estava na beira da pia com uma camisola fina, quando Ethan abraçou-me por trás e sussurrou:

- Você sabe muito bem que eu odeio essa camisola - Sua voz irradiava raiva. - Fica extremamente sexy nela. - Luxuria era palpável - Que tal você deixar isso ai um pouquinho, e vir comigo? - Perguntou safado, manhoso, e ligeiramente excitado. Odiava aquela camisola dizia que eu ficava sexy demais nela o que era perigoso pois, ele sempre arrumava um motivo para me levar para a cama.

- Estou fazendo sua janta. - Respondi, ele ficava muito chato quando não comia, mas se não jantasse ele iria querer me ter a noite inteira, ele não ligava se Alex iria acordar, ele me queria, e satisfazer aquele homem é quase que impossível.

- Não estou com fome, quero um prato diferente esta noite - Disse por fim.

- E o que seria? - Perguntei, ele me virou, beijou meu pescoço, e me colocou sentada na pia.

- Você me esqueceu desde que Alex nasceu, eu não reclamo de tê-la nunca farei isso, apenas quero a minha esposa na minha cama. - Estava dengoso, eu o amava assim.

- Ai que dó do meu amor - Beijei seus lábios, mas ele aprofundou o beijo. Pegou-me no colo e fomos em direção ao quarto aquela noite não saímos de lá, a cama rangeu, gememos um o nome do outro. E mais do que tudo nos amamos, ele disse querer um segundo filho, mas só depois de acabar com toda a porra de sua excitação. Minha camisola, a ele deu um jeito de rasga-la, fiquei muito brava mas serviu apenas para que ele me fodesse com mais força. Alexcia não acordou por um segundo aquela noite.

Ethan e eu nos amamos por horas, palavras foram sussurradas, promessas trocadas. Mas algo que eu nunca vou esquecer, Caleb pedira a Ethan que cuidasse de mim e Ethan esta fazendo isso, Caleb sabia que era Ethan o meu futuro. Ele sabia que eu seria feliz, pois Ethan me ama, ama nossa filha, e a cima de tudo me respeita.