A verdade sobre Johanna Mason escrita por Carol Paris


Capítulo 24
Capitulo 24 - Nem todas as historias tem finais felizes.


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU TO CHORANDO COM ESSE ULTIMO CAPITULO E ESPERO QUE VCS CHOREM COMIGO. BOA LEITURA



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Durante toda a viajem eu fiquei no meu quarto. Pedi para que servissem minha comida lá e comi tanto que depois eu senti que ia explodir. Tomei um banho gelado e fiquei um bom tempo embaixo do chuveiro. Chady me avisou que chegaríamos no distrito sete, amanhã pela manhã, então depois do meu banho eu me sequei eu fui para baixo das cobertas e dormi da maneira que eu estava, completamente nua.

Não consegui dormi de imediato, apenas fiquei deitada encarando o teto e pensando em um milhão de coisas. O que minha familia deve estar fazendo agora? E Gabriela a minha melhor amiga, eu mal consigo lembrar como é o abraço dela. E a minha pequena irmã Julia, me pergunto se ela viu os jogos ou se meus pais não deixaram, será que ela tinha ficado com medo de mim?

Depois de mais algumas horas pensando em coisas aleatórias eu durmo, mas dormir não é mais algo agradável. Desde os jogos, desde a colheita. Meus sonos são perturbados por monstros, e o pior de tudo é que eu sei que esses monstros são bem reais.

Acordo gritando porque o garoto do distrito um esta torturando a pequena Julia e eu não consigo chegar a tempo para salva-la.

Chady entra correndo e assustado no quarto atrás dele Blight está com uma faca.

– Desculpa – eu digo ainda assustada – eu tive um pesadelo.

– Todos nós temos – Chady diz – vá se arrumar para tomarmos um café, daqui a pouco estaremos em casa.

Casa, eu nem sei mais o que isso significa. Não sei mais como é me sentir segura, sem medo, ser eu mesma. Não sei mais o que significa nada disso.

Levanto da cama e vou para o guarda-roupa a procura de algo simples e confortável. Coloco uma calça escura simples e uma camiseta de mangas compridas azul claro, coloco um par de botas marrom e saio do quarto em que eu fiquei a viagem inteira, não quero andar por esse trem porque ele me lembra Erick, mas de qualquer maneira a maioria das coisas me lembram ele.

Assim que chego no vagão restaurante o café já está na mesa, Chady e Blight já estão em seus lugares de sempre, um ao lado do outro. Olho para a ponta da mesa a cadeira está vazia, Neithan devia estar ocupando ela. Sento no meu lugar na frente de Chady e olho para o meu lado, a cadeira de Erick, também está vazia.

Sinto vontade de chorar, Todo o meu corpo implora para que eu me derrame em lagrimas, mas eu não consigo. Nem uma gota se quer sai dos meus olhos, a dor que eu sinto é tão grande que nem mesmo chorar eu consigo.

– Coma alguma coisa – Chady ordena.

Eu obedeço de imediato, pego um pedaço de pão com chocolate, mas não consigo comer tudo.

Ficamos os três sentados na mesa sem falar nada, sem comer, sem olhar um ao outro nos olhos. Eu sentia meu corpo entorpecido, como se não fosse mais eu que abitasse ele. Alguém havia me roubado de mim e eu não sabia mais como me encontrar.

A alguns dias atrás eu era apenas uma garota normal da baixada, eu sabia exatamente quem eu era. Mas e agora?

Depois de quase meia hora Chady interrompe os meus pensamentos.

– Chegamos – ele fala com um sorriso nos lábios.

Blight se levanta do assento dele e vai em direção da saída. O trem para e eu ainda estou sentada.

– Você está bem? – Chady pergunta.

– Sim – é tudo que eu digo.

Me levanto de onde estou e vou em direção da porta. Blight e Chady dessem primeiro e então é a minha vez. Eu desço do trem e finalmente. Estou em casa.

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Sou levada para dentro do edifício da justiça, as pessoas todas estão felizes gritando meu nome. Tudo o que eu devo fazer é uma pequena aparição para o meu distrito, sorrir acenar e depois me levarão para a minha nova casa na aldeia dos vitoriosos.

Subo em uma espécie de sacada, Chady traz a coroa que o presidente Snow botou em mim ontem e pedi que eu a use. Vou até a beira da sacada e lá vejo todos acenando sorrindo e gritando meu nome.

Com um sorriso falso nos lábios eu dou aceno para as pessoas, vez ou outra até jogo alguns beijos. É quando eu visualizo minha família. Minha mãe, a pequena Julia nos braços dela jogando beijinhos para mim, Max meu irmão, até mesmo Gabriela está com eles. Mas não consigo encontrar meu pai, nem João. Imagino que ambos devem estar levando nossas coisas para a nossa nova casa.

A aparição acaba e Maicon o prefeito do distrito sete vem me dar os parabéns, não vejo Jered junto com ele o que não me surpreende, depois de tudo que aconteceu na arena, com Erick, duvido que ele queira me ver algum dia.

Sou levada junto com Chady e Blight a um carro que vai nos levar para a aldeia dos vitoriosos, pergunto sobre minha família e Blight fala que eles vão depois a pé. Eu não me preocupo por que a aldeia não é muito longe do centro do distrito, em poucos minutos eles chegarão.

Sou vizinha de Chady e Blight mora a duas casas de nós, as outras casas da aldeia estão desocupadas. Com tanta gente morando na rua, passando frio durante as noites, essas casas todas sem nem mesmo um morador. Mais uma das coisas maravilhosas de Panem.

– Você quer companhia até sua família chegar? – Chady pergunta

– Não obrigada – eu digo – estou bem, quero ficar um pouco sozinha.

Ambos vão para suas casas e eu entro na minha. Ela é enorme, nada comparada com o que eu vi na capital é claro, mas perto de qualquer outra casa do distrito sete, ela é uma mansão.

Os moveis todos de primeira mão, e lustres de cristal, tapetes de veludo em todos os cômodos, um banheiro em cada quarto, e o meu quarto era enorme. E no momento que eu entro nele eu notei. Notei na hora um vazo de flor bem na penteadeira ao lado da minha cama. Rosas brancas. Me aproximo delas e tenho certeza que são iguais aquelas que vi no jardim do presidente Snow. Há um bilhete do lado do vaso de flores. E no momento que eu abro sei que tem algo errado.

“Gostaria de lhe mandar meus sinceros pêsames minha querida Johanna, sinto muito pelas suas perdas.” – Snow

O que aquilo queria dizer? Ele estava falando de que perda? Erick? Neithan? Ou...

Ouço a porta da frente se abrindo, pego o vazo de flores que irei usar como uma arma e quanto estou prestes a atirar eu vejo meu irmão. Max na minha frente, com um sorriso nos lábios e lagrimas nos olhos.

– Calma – ele disse com as mãos levantadas – sou só eu.

Eu solto as flores no chão e o vazo de parte em pedacinhos e corro para abraça-lo. Não posso acreditar, era mesmo ele. Ambos chorávamos, eu não conseguia me conter de tanta felicidade e então atrás dele aparece Gabriela.

– Gabi – eu grito.

Eu me jogo nos braços dela e ela já está chorando.

– Eu senti tanto a sua falta – ela fala, depois me olha nos olhos e segura o meu rosto com suas mãos – eu nem acredito que eu isso está acontecendo – ela fala sorrindo para mim e eu não consigo evitar de devolver para ela o meu sorriso mais sincero, mas outra coisa tira a minha atenção da minha melhor amiga que está chorando na minha frente.

As duas pessoas em pé na frente da porta.

Minha mãe, e minha irmãzinha.

Eu mal sei explicar o que senti naquele momento. A saudade que eu estava da mulher que cuidara de mim desde que eu era um bebezinho e minha irmã. Meu pequeno anjinho, mal deu tempo de me ver e ela já pulou em meus braços tagarelando o quanto eu estava linda nos vestidos que ela viu na tv e que ela estava morrendo de saudade, com mais saudade do que os outros porque nossos pais não tinham deixado ela ver os jogos.

Estávamos todos ali abraçados, rindo e chorando. Mas minha felicidade não estava completa, ainda não.

– Onde está papai e João? – eu pergunto, e todos aqueles rostos que sorriam para mim, mudaram para uma expressão triste.

Julia escondeu o rosto em meu peito e minha mãe abaixou o rosto com os olhos já cheios de lagrimas.

– Mãe? – eu pergunto já com medo de saber a resposta – mãe, cadê meu pai e cadê meu irmão?

Ela começa a chorar e a soluçar, Gabriela que está ao lado dela a abraça para consolar ela.

Olho para meu irmão Max esperando por alguma explicação e sinto que Julia começa a chorar em meus braços.

– Max? – eu pergunto com um nó em minha garganta.

– Johanna – ele começa a falar com a voz falhando – o nosso pai e o João, eles estão...

– Não – eu digo impedindo que ele termine – não – eu repito deixando Julia com minha mãe e Gabriela – Não isso é mentira – eu já estou gritando enquanto ando de um lado para o outro – Max por favor não diga isso.

Mas ele diz e então tudo faz sentido, as flores e o bilhete do presidente.

– Johanna, nosso pai e nosso irmão estão mortos.


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Notas finais do capítulo

AMORES DA MINHA VIDINHA NÃO ME ODEIAM PARA SEMPRE PF AHUAIHSUAHSU COMENTEM INDIQUEM DEEM LIKE NA FANFIC SL GENTE COM ESSE FINAL TO MEIO DESNORTEADA E NEM SEI OQUE FALAR. Enfim terá continuação sim e aqui está o link genteee sim já tem o primeiro capitulo corre lá para ler http://fanfiction.com.br/historia/591565/Nao_sobrou_ninguem_que_eu_ame/



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