Epitáfio escrita por Sweet rose, Thaís Romes


Capítulo 14
Aquele em que precisamos conversar.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Olha, eu e Sweet sabemos dos rumores que estão por toda a internet sobre nosso OPT, mas não vamos entregar os pontos ainda, enquanto houver uma cordinha de esperança a gente se agarra e segue com o shipp!
Esperamos que curtam o capítulo.



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FELICITY SMOAK

–Você voltou cedo. – Oliver me olha enquanto eu coloco minha bolsa sobre o sofá, vou até a cozinha e volto bebendo um copo de água.

–Não estava com cabeça para o trabalho. – Não deixa de ser verdade.

–Então preferiu vir para casa? –Nem ele é capaz de acreditar em algo assim.

–Sim. Preferia ter ido para minha casa, mas essa não é uma opção. – E com isso Oliver parece retroceder um pouco em seu constate estado de fúria.

–Você não pode ir para lá, sabe que corre perigo. – Ele tenta argumentar, e vejo já ficando vermelho.

– Me diz onde eu não corro perigo Oliver? – Passo por ele e subo até o ‘meu’ quarto com Oliver atrás de mim. –Estou em perigo em casa, estou em perigo no escritório, estou em perigo na rua, na caverna, nesse apartamento, estou em perigo com ou sem você, estou em perigo constante, deveria mudar a apólice do meu seguro, uma garantia mais alta, pelo menos quando eu morrer minha mãe vai ter o seu futuro garantido. – Falo com sarcasmo.

–Isso não é piada Felicity? – Oliver pega meu braço.

–E quando disse que era. – Solto e o encaro sentindo vontade de arrancar aquelas bochechas rosadas e perfeitas com as minhas unhas. – Se vou morrer de qualquer jeito alguém tem que ser beneficiado. –Fecho a cara e olho cheia de fúria.

–Você não vai morrer, sabe que eu não vou deixar. –As palavras saem não como uma promessa, mas sim como uma ameaça me fazendo dar um passo para trás.

– O que você tem? E não me diga que não é nada. Oliver, eu nunca te vi como agora, e nunca te senti como ontem à noite. E por mais que eu queira falar sobre aquilo, quero descobri o que tem de errado para estar tentando me afastar. – Eu franzo a cara em interrogação para ele que parece surpreso por um momento. Bingo!

–Esse era o nosso combinado não era? – Mente descaradamente e sinto o muro em torno dele aumentar. –Sexo sem compromisso, e isso significa, nada de discutir a relação. Por que no final ela não existe. – Dá um meio sorriso sarcástico, e eu me encolho, como se suas palavras fossem um golpe.

– Ok, você tem razão. –Digo tentando achar a maneira de voltar a respirar. – Eu que inventei isso de sexo sem compromisso, mas como pode ver não deu certo para mim, então é melhor terminarmos com isso. – Digo segurando as lagrimas, em uma postura forte que eu estava longe de sentir. E em contra partida Oliver não cedeu em nada.

–Concordo com você. –Ele me olha com frieza fingida, queria tanto que Oliver parasse de menosprezar minha inteligência.

–Mas Oliver ainda sou sua amiga, e como tal, me preocupo com você. – Me aproximo devagar e estendo a mão tentando alcança-lo de alguma maneira, e Oliver deixa minha mão encostar na sua face, o sinto quente. Vejo seu rosto se suavizar por um momento. – Por favor. – Minha voz é pura suplica. – Me diz o que você tem? Eu já fiz o que você queria Oliver, e acredite em mim, não te quero em minha cama tão cedo. –Ele segura minha mão em seu rosto com um sorriso triste nos lábios.

–O que me entregou? –Pergunta se rendendo, o que me faz respirar aliviada.

–O Felicity que soltou no final, teria sido perfeito sem ele. –Oliver se afasta com as mãos na cabeça. –O que me levou a pensar em todas as outras vezes, que nós... Você sabe... –Me atrapalho e ele me olha com carinho agora. –Você sempre diz... Dizia. –Concerto com dificuldade. –Você se esforçou muito para me fazer acreditar que me ama Oliver, não vai ser uma noite que vai mudar tudo... –Sussurro com tristeza. –Mas ainda te quero a léguas do meu quarto. –Acrescento rapidamente. Ele dá risada, mas seu sorriso não possui vida.

–Você é esperta. –Murmura.

–Muito. –Confirmo sem modéstia o puxando para fora do meu quarto comigo. Desço as escadas com ele ao meu lado e nos sentamos no sofá da sala.

–Não me quer no seu quarto mesmo não é. –Fala com tristeza coçando a nuca.

–Zona proibida. –Brinco, mas deixando claro que é verdade. –Agora sua história.

–Eu sinto raiva. –Diz simplesmente como se essa fosse a resposta para a pergunta de um milhão. Ergo uma sobrancelha para mostrar que não adiantou nada a explicação. –Uma raiva doentia e assassina de tudo, de quem eu conheço, de quem eu não conheço, das pessoas na televisão, do trânsito, do cachorro insuportável da vizinha de cima. –Ele se vira em minha direção. –Só tem duas pessoas vivas que eu não quero matar constantemente, e acho que nunca vou querer. Você. –Ele afasta meus cabelos do rosto. –E Thea. E não quero que isso mude, e não sei se vai mudar. Então não posso ficar assim... Tão perto.

–Uau. –Murmuro por não saber o que dizer. –Acha que isso é conseqüência da sua volta dos mortos? –Ele balança a cabeça concordando. –Mas e Roy?

–Queria arrancar a cabeça dele no momento em que o vi saindo do quarto da Thea essa manhã. –Confessa cerrando os punhos.

–Nossa! –Exclamo surpresa e Oliver pega minha mão com cuidado, respirando mais calmo. –Diggle?

–Não fez nada para me irritar ainda, mas ele adora bater de frente, é só questão de tempo até que eu esteja errado e ele venha abrir meus olhos. –Sorrio.

–Espero que isso não custe os olhos dele. –Falo sem pensar fazendo Oliver me olhar assustado. –Desculpa. Isso foi completamente inapropriado.

–Foi. –Balança a cabeça em negativa.

–Quer me bater agora? Ou algo assim? –Pergunto apreensiva e Oliver dá risada.

–Não! Que pensamento absurdo. –Permaneço confusa o olhando. –Não existe nada Felicity. –Ele me olha intensamente. –Nada nesse mundo que me faça sentir raiva de você. –Então o tempo para. Nós nos olhamos com intensidade e seus olhos passam para meus lábios. Sinto sua mão em meu ombro, mas não consigo desviar o olhar. Oliver é como uma naja, me hipnotizando com seus lindos olhos, pronto para dar o bote...

–Okay. –Me levanto do sofá sentindo todo meu corpo ferver. –Não deve falar assim comigo. –Balanço a cabeça o olhando. –Definitivamente! – Vou para a cozinha e ele me segue confuso. Abro a geladeira apenas para colocar minha cabeça no lugar e fico parada fingindo procurar algo que não existia ali. –Regras Oliver!

–O que? –Ele me olha como se eu fosse uma extra terrestre.

–Isso. –Aponto para nos dois e Oliver ergue uma sobrancelha. –A amizade, precisa de regras.

–Acho que as regras tradicionais de qualquer amizade bastam. –Fala com sua voz linda, cruzando aqueles braços enormes e com aquela carinha de falsa estupidez que me faz querer arrancar suas cal...

–Chega! –Grito para ele que estava em silencio já a alguns segundos e olha para os lados tentando encontrar o alvo da minha gritaria. E saio correndo em direção ao meu quarto.

–Você está bem? –Grita quando eu alcanço as escadas.

–Fantástica!

–Nossa amizade?

–Forte como chumbo! –Grito já na porta do meu quarto e entro me trancando do lado de dentro. –Só preciso de um banho gelado! –Sussurro na privacidade que a solidão me oferece.

BRUCE WAYNE

‘Patrão? Alguma novidade?’ –A voz calma de Alfred é a mesma seja ele falando de uma invasão Tanagariana ou pedindo para nós usarmos porta copos à mesa. Pensando bem, ele ficaria muito mais irritado se colocássemos os copos em contato direto com o móvel.

–Eu o vi hoje, Selina fez contato com ele. – Me sento em uma das poltronas espalhadas pelo quarto.

‘E então senhor?’

–São os mesmos sintomas. – Fecho os meus olhos e minha mente vaga.

“Não, isso não poderia estar acontecendo, eu preciso de tempo. Era muito tarde, ou incrivelmente cedo, e por tanto a cidade estava escura, não precisei chegar perto para ver a explosão. Corro colina acima e ainda em meio a troncos em chamas e metal retorcido, eu vejo o que eu nunca gostaria de ver. Pego Jason nos meus braços e tento me levantar, mas minhas forças estão extintas, me fazendo sucumbir, caindo de joelhos, e o corpo sem vida do meu segundo filho em meus braços.”

‘Senhor?’ Alfred chama me tirando das minhas lembranças, ao mesmo tempo em que a porta do quarto é Selina entra pensativa.

–Tenho que desligar. – O informo já desligando o celular. – Algum problema? – Pergunto para mulher que se joga na cama a minha frente.

–Sim. Não achei nada. –Ela parece muito frustrada, o que me faz soltar um leve sorriso no canto da minha boca. – Esse cara é invisível, como você conseguiu se livrar dele?

–Não é ele que me preocupa no momento, Onomatopeia não é a prioridade. Oliver, ele sim é o que me preocupa. –Selina se senta, com seus movimentos suaves. -Ele está descontrolado. E para pessoas como nós, isso nunca é boa coisa.

“Uma dúzia de traficantes mortos nos últimos quatro dias. Seja quem for que esteja fazendo essa ‘limpeza’ na cidade está deixando os outros traficantes em estado de alerta, mudando o nível de atuação.

–Senhor, será que não é um quartel rival? – Alfred pergunta enquanto olhamos as fotos dos corpos.

–Não. Calibres do exército, nenhum traficante da região tem algo tão refinado. –Descarto a possibilidade.

–Então os de sempre? Pinguim, Coringa, Charada? A lista é grande.

–Nenhum se interessa por distribuição de drogas, e todos eles têm uma arma que é sua marca registrada. Esse outro não importa com uma identidade, facas, armas, enforcamento, o outro morreu engasgado com o próprio sangue. – Digo e Alfred arqueia uma das sobrancelhas em descredito. - Ele está tirando tudo da sua frente.

–Está ganhando mercado?

–Não, por que o nível ocorrências por porte e consumo de drogas reduziu em quinze por cento nesses últimos dias. – Alfred parece não entender. – Ele está tirando as drogas das ruas.

–E limpando as ruas, usando o sangue dos traficantes como água e a pele como pano de chão. – Dick entra trazendo outra foto, elevando o número para treze traficantes nas covas rasas do cemitério de Gotham.”

–E o que vai fazer bonitão? – Diz Selina puxando de leve minha gravata. – Vai chegar para ele e falar ‘Precisa se acalmar, caras como nós não podem se dar ao luxo de ficarem irados’? – Imita minha voz, me lançando um olhar de descredito.

–Esse não é o caminho. Nunca é. –Me desvencilho de seus braços e vou para a janela do quarto. – Eu não posso fazer agora o que é preciso.

–Podemos fazer outra coisa. – Diz sugestivamente tirando do corpo a blusa azul que usava. Quase sorrio ao ver um suporte para facas em seu abdômen.

–Não vai tirar isso? –Pergunto apontando para o suporte e ela tira o sutiã rosa que usava em resposta. –Sabe que não era disso que estava falando.

–Ou, isso? –Ela encosta no suporte e lança uma faca que passa muito perto do meu rosto e se crava na parede atrás de mim. –Nunca se importou em me desarmar antes. –É, ela estava certa.

SELINA KYLE

Quando acabamos o que eu ainda não sei se foi sexo ou uma espécie de briga de bar, me levanto vestindo novamente minhas roupas. Bruce segue meus movimentos com seu semblante sempre sério. Passo a mão em meus cabelos curtos que ficam espetados para todos os lados, e demoro mais que o necessário para me vestir. Claro que ele sabe que estou fazendo uma cena pós crédito para ele, que se senta com as mãos atrás da cabeça aproveitando o show.

–Estamos em missão juntos, não tem como você pular a sacada e sair do quarto o mais rápido que pode Selina. –Ele fala se levantando e vestindo suas roupas.

–Cuidado morcego, quem te ver falando assim vai pensar que você tem sentimentos. –Ele dá de ombros, e seria mentira se dissesse que sua indiferença não me afeta. –Tenho um trabalho extra na cidade.

–Precisa dar um tempo do Bone. –Ele diz com cuidado, e vejo que sua preocupação é genuína.

–Ah Bruce. –Me aproximo o abraçando, seus braços me envolvem na mesma intensidade. –Ele matou Lola, não sou mais uma assassina, pode ficar tranqüilo, não vou matar ninguém, mas isso não significa que ele não vai ter o que merece. Só não posso garantir que eu não o castre.

–Não estou preocupado com o que vai fazer com ele. –Diz com a voz fria se afastando para me olhar nos olhos.

–O que te preocupa então? –Provoco, Bruce Wayne é tudo menos uma pessoa que sabe lidar com seus sentimentos, então essa é sempre minha estratégia. Eu o pressiono e ele me deixa ir. Não que eu precise de sua permissão.

–Você pode se machucar no meio de toda essa vendeta pessoal. –Seus olhos percorrem meu rosto como se pudessem ler minha alma, ou o que restou dela. Passo a mão em seu lindo rosto, gravando cada pequena parte em minha mente. -Ou Alguém pode se machucar entrando em seu caminho. –Acrescenta para diminuir o peso do que ele disse anteriormente. Mordo o lábio me desvencilhando de seus braços, não sou o tipo de garota que procura segurança em um homem e ele sabe disso.

–Uau. –Sussurro com a voz provocante. –Juro que em algum lugar por ai você quis dizer “Por que eu gosto de você”. –Ele respira fundo e olha em minha direção.

–Só me fala o que vai fazer, e eu ajudo. –Sorrio e lanço meu telefone para ele que o pega no ar. –Nos meus termos é claro.

–Como se um dia fosse diferente Sr. Rabugento. –Bruce sorri de lado, o sorriso dele é surpreendentemente hipnótico, agradeço a qualquer entidade divina da qual a existência eu duvido, por ele não fazer isso com freqüência. –Prometo que acabamos antes do seu encontro à noite. –Então percebo que foi fácil demais. –Você sabia disso o tempo todo. –Acuso e ele sorri, agora mostrando todos os dentes e eu me perco completamente nele.

Lois Ferryman, mais conhecido como Bone, é um gângster mediano, muito filho da puta que matou minha melhor amiga Lola, para atrair minha atenção. O que posso dizer a respeito é que ele tem toda minha atenção agora. Ele tem planejado interceptar o carregamento de uma mina, onde dizem ter resquícios de uma estrela anã. E todo esse carregamento está sendo direcionado para a Palmer Technologies. Não precisava do apoio do Batman para isso. Eu precisava de Bruce Wayne e um suposto interesse nas ações da P.T

Olho no espelho a peruca ruiva em minha cabeça estava cuidadosamente arrumada em um coque de lado, óculos estilo nerd escondiam meus olhos verdes e grandes. Aliso a saia lápis que estava usando e Bruce me ajuda a vestir o terninho por cima de minha blusa social. Ele estava impecável em um terno cinza, me entrega o tablet que estava na mesinha de canto e saímos sem mais delongas.

–Boa tarde. –Vou até a recepção e sorrio para o carinha sentado do outro lado do balcão. –Reunião as 15hrs.

–Qual o diretor? –Pergunta digitando em seu computador.

–Sou secretaria do Sr. Wayne, ele tem uma reunião com o Sr. Palmer.

Ele não encontra a reunião marcada, claro que não, por que ela não existe. Mas o nome Wayne tem muito mais poder do que o Superman, e em poucos segundos estávamos entrando em um escritório enorme. Ando um paço atrás de Bruce que observa cada canto do local, sem conseguir conter seu fetiche de detetive super hot.

–Bruce Wayne! –Um homem alto com olhos escuros e um rosto que parece ter sido esculpido por Michelangelo se levanta de trás de uma mesa e vem em nossa direção. –A que devo a honra?

–Palmer! –Bruce devolve o cumprimento. Odeio trabalhar infiltrada com Bruce no lugar do Batman. Bruce sorri e flerta, Batman é constante em seu estado de seriedade, e acredite ou não, me assusta bem menos. –Essa é minha assistente Cayse Chambers.

–Prazer. –Ele sorri charmoso e eu retribuo com o maior recato possível.

–Estou interessado nas ações da sua empresa que estão no mercado. –Bruce começa a dizer rapidamente, envolvendo Palmer na conversa.

Discretamente, prendo o dispositivo que Wayne desenvolveu em baixo da mesa do CEO gostosão que parecia mais feliz a cada palavra do outro. Serviço rápido e limpo, então passo a fazer meu papel de secretária e apreciar a vista. Não é todo dia que estou rodeada assim de homens bonitos, e eles parecem dar as pencas em Starlling City.


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Notas finais do capítulo

Então Bruce Wayne and Selina (Super fodástica) Kyle vulgo Mulher Gato, é parece que alguém aqui gosta um pouquinho dela hahahaha.
Nos digam o que acharam, no próximo teremos os heróis se conhecendo e um pouco de explicação sobre o que é o poço e como ele afeta quem faz uso dele. Agradecemos os comentários lindos, as pessoas fofas que nos acompanham e até o próximo! Bjs