Um certo tipo de Vampiro escrita por MarcosFLuder


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Postando o segundo capítulo da fanfic. Este é um capítulo em que o leitor mais perceptivo poderá perceber que a fanfic foi escrita a muito tempo mesmo. Tudo por conta de uma referência a um determinado eletrodoméstico há muito tempo em desuso.



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HOSPITAL MEMORIAL DE WASHINGTON

8:55 Pm

Não foi difícil entrar naquele hospital e nem mesmo conseguir aquela roupa de servente pra poder circular sem levantar suspeitas. Ele só não conseguia chegar até onde estava Nora Foster, pois havia pelo menos dois seguranças junto a porta. O jeito seria esperar, mesmo que isso acabasse por levantar suspeitas. O que ele não podia era permitir que aquela mulher continuasse viva. De alguma forma ela percebeu o que fizera ao marido dela, foi a chegada dos seguranças da festa que o impediu de matá-la naquela noite mesmo, mas ele não ia perder a chance dessa vez, nem que tivesse que esperar a noite toda.

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— Foi muito arriscado da sua parte ter vindo Mulder.

— Eu sei Scully, mas eu tinha que ver você e o William depois que soube do seqüestro dele.

— Como soube disso ag... Mulder?

— Eu posso estar longe agente Doggett, mas isso não significa que eu não esteja atento ao que acontece aqui.

— De qualquer forma foi um risco muito grande – disse Monica – lembra-se daquela vez em que tentou entrar em contato com Dana?

— Tantos anos lidando com o sindicato e suas tramóias me ensinaram muitas coisas, agente Reyes. Eu plantei uma pista falsa de que estaria em Los Angeles, vão perder alguns dias me procurando lá.

— De qualquer forma, estou muito feliz de ver você aqui Mulder – Scully sorria ao dizer isso.

— Eu também Scully – ele também sorria ao abraçá-la até ter a atenção desviada para a fita na mesinha – essa é uma daquelas fitas que não são minhas Scully?

— Não Mulder! É sobre um caso em que estamos trabalhando.

— Uma morte inexplicável que ocorreu numa festa – completou Doggett – a agente Scully fez a autopsia da vítima sem encontrar nada que justificasse sua morte.

— Um Arquivo-X? – ele disse entusiasmado, já colocando a fita no vídeo – onde está a vítima?

— Calma agen... Mulder – disse Doggett enquanto via a fita rodar até chegar onde queria – volte um pouco e pare a imagem.

— É esse com a mulher do lado – disse Monica que teve uma sensação estranha ao ver a imagem de Denny na fita, Mulder notou a reação dela.

— Algum problema agente Reyes? – ele perguntou.

— Olhem pra esse homem junto ao casal Foster.

— A mim parece que ele estava apenas servindo um convidado agente Reyes – disse Scully.

— Olhem só como o General Foster passa mal e é socorrido pela esposa enquanto o garçom ficava olhando fixamente pra ele.

— Mas depois ele ajuda Nora Foster a levar o marido.

— Eu sei John, mas as imagens provam que ele esteve junto com a vítima em seus últimos momentos.

— Qual é o nome desse garçom? – perguntou Mulder.

— Não sabemos ainda. As pessoas que trabalharam na festa foram contratadas por uma agência particular, deveremos ter uma resposta amanhã – Doggett respondeu.

— Você está levando realmente a sério os delírios da senhora Foster agente Reyes?

— De que delírios você está falando Scully?

— Antes de ser levada ao hospital a senhora Foster falou que o marido foi morto por um vampiro – disse Mônica.

— Não havia marcas no pescoço do General Foster – disse Scully – e ele não perdeu uma gota de sangue.

— Talvez seja um outro tipo de vampiro Dana.

— Um sujeito capaz de roubar a vida de alguém só de olhar? Mau-olhado? Isso não passa de uma dessas lendas urbanas Mônica.

— O que não quer dizer que não possa ser verdade agente Doggett – disse Mulder.

— Eu acredito que existam pessoas assim John – Monica diz – elas são capazes de roubar a energia de alguém olhando fixamente para essa pessoa.

— Eu ainda acho isso um absurdo Mônica.

— Eu também não acredito muito nessas coisas agente Doggett. Até prova em contrário não vejo razão pra acreditar que a morte do General não tenha sido causada por algum vírus ou um tipo raro de veneno, algo assim – Mulder sorria ao ouvir Scully e Doggett.

— Como consegue agüentar esses dois, agente Reyes?

— Não é tão ruim assim, afinal você agüentou a Dana durante anos não foi?

Eles riram todos juntos, o que se seguiu foram brincadeiras e pequenas provocações indicando amizades que se formavam. Doggett e Monica foram embora pouco depois. Sozinhos depois de tanto tempo, Mulder e Scully foram ver o filho que dormia. Ficaram admirando-o, enternecidos que estavam com o milagre diante deles, olharam-se por alguns instantes até aproximarem os lábios para um beijo, ao mesmo tempo terno e intenso, cheio de saudades, antes de irem abraçados para o quarto.

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A lembrança mais vívida que ele tem de sua longínqua juventude era da primeira vez que seu poder matou alguém. Não lembrava mais o nome dele, ou de suas feições. O que nunca esqueceu mesmo foram as provocações que eram-lhe dirigidas, o falar pelas costas, as risadas. Ninguém naquela cidade fazia tanta questão de lembrar que ele era diferente de todos, anormal, como aquele garoto. Ninguém despertava tanta inveja nele, popular na escola e com as garotas. Denny sempre quis a vida daquele garoto enquanto o observava de longe. Fez isso durante muito tempo, e mesmo quando soube que ele estava doente, passou a ficar bem próximo a sua casa.

Denny só se deu conta realmente de que causara a morte dele ao ser acusado por uma mãe desesperada, ao vê-lo no enterro. Ele acabou saindo da cidade depois disso, iniciando uma vida errante, e que estava durando muito mais do que esperava. Todas essas coisas passavam por sua cabeça enquanto matava o guarda que vigiava a porta do quarto onde estava a senhora Foster. Ele não podia perder muito tempo, pois o outro policial voltaria logo. Denny já não se espantava mais com a facilidade com que fazia isso. Em pouco mais de um minuto, toda a essência daquele homem agora passara à ele, ajudando a matar sua fome.

Denny entrou no quarto onde Nora Foster estava. Havia um sorriso cruel nos lábios dele, que só fez aumentar quando a viu acordar. Fez questão de chegar bem perto dela, ele podia sentir a essência daquela mulher passando pra si enquanto tapava-lhe a boca para que não gritasse. Ela mordeu-lhe a mão enluvada ao mesmo tempo que agarrava o braço dele com força, tentou feri-lo com as unhas. Denny mal sentiu a débil tentativa de resistência de Nora enquanto a vida ia fugindo dela.

DIA SEGUINTE

O corredor do hospital estava interditado, três corpos foram retirados do local sob o olhar assustado de pacientes e funcionários. Monica Reyes tinha acabado de falar com um segurança do hospital e voltou-se para Doggett e Scully.

— Ele disse que haviam câmaras de segurança no corredor, talvez possamos identificar o responsável.

— O sujeito matou Nora Foster e os dois seguranças da mesma maneira que fez com o General.

— Eu sei John, e o meu medo é que Dana não encontre algo que esclareça como eles morreram assim como aconteceu com o General.

— Talvez agente Reyes – disse Scully – pra não perder tempo eu vou usar as instalações do próprio hospital para fazer os exames.

— Ótimo Scully, enquanto isso eu e Monica vamos ver o que tem nas fitas de vigilância.

Eles foram até a sala de segurança do hospital, as imagens da fita eram de má qualidade e mal se podia ver o rosto do homem, mesmo assim Monica Reyes não tinha dúvida de quem se tratava.

— É o garçom – ela disse – é o mesmo sujeito que aparece na fita da festa.

— A imagem está péssima, mas existem algumas semelhanças – ele olhou para Monica – já temos a identificação dele, vou avisar a Scully e depois vamos falar com o sujeito.

RODOVIÁRIA DE WASHINGTON

O movimento dos passageiros era intenso, num entra e sai sem fim de pessoas. No balcão estavam Denny, Garry, e uma garota chamada Linda Osborne, atendendo os clientes. Doggett e Monica chegaram até eles e se identificaram.

— Denny Chapman e Garry Logan? – perguntou Doggett, os dois homens confirmaram – precisamos falar com os dois.

A sala era pequena, mas servia para fazer o interrogatório. Doggett estava ocupado tentando arrancar algo deles e não parecia perceber o quanto Monica estava se sentindo mal. Ela teve aquelas sensações habituais assim que pôs os olhos em Denny, ao mesmo tempo que podia ver os olhos dele sobre si. Todos os seus temores pareciam ser confirmar, pois sentia-se mais fraca a cada segundo. Ela não tinha dúvidas de que ele estava causando isso e reuniu todas as suas forças para chamar a atenção de Doggett.

— O que foi Monica? – Monica apoiava-se nele para manter-se de pé enquanto falava num sussurro.

— Tem que me tirar daqui John.

Doggett despediu-se rapidamente dos dois e saiu com Monica, ele praticamente tinha que carrega-la. Denny levantou-se e foi em direção a porta.

— Você vai segui-los Denny? – Garry perguntou.

— Vou voltar pro nosso posto, você devia fazer o mesmo.

Doggett e Monica já estavam no carro, ela parecia um pouco melhor.

— Foi ele John – ela olhou para seu parceiro – ele estava sugando a minha vida.

— É tão difícil para mim acreditar nessas coisas Mônica.

— Eu sei John, mas você precisa acreditar para que possamos pegar esse sujeito

— E como vamos fazer isso? – o celular de Doggett tocou e ele ouviu Scully dizer que havia encontrado algo na autopsia de Nora Foster – estamos indo Scully.

Denny viu o carro dos agentes afastando-se enquanto sentia-se num estado de euforia. Era sempre assim quando encontrava alguém que chamava a sua atenção como aquela agente do FBI. Dessa vez, no entanto, havia algo mais, pois Denny sentia-se atraído por aquela mulher. Após tanto tempo ele achava que esse tipo de sentimento já era passado em sua vida, e, mesmo sabendo o quanto era arriscado, Denny queria muito encontra-la de novo. A sensação de ter tido um pouco da essência daquela mulher foi inebriante.

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Doggett andava impaciente pelos corredores daquele hospital, o seu nervosismo pela demora das parceiras era evidente. Já tinha se passado mais de uma hora que estavam fazendo exames para saber a causa do mal-estar que Monica teve. Ele relutava em acreditar na idéia de que alguém pudesse tomar a vida de uma pessoa só de olhar pra ela , apesar de todas as coisas estranhas que já havia visto desde que entrara no Arquivo-X. John Doggett ainda tinha muita dificuldade em manter sua mente aberta pra tudo isso, a chegada de Scully e Monica interrompeu-lhe os pensamentos.

— Como você está Monica? – ele perguntou.

— Já estou melhor John , obrigada – disse ela.

— O que ela teve Scully?

— Nada que possa ser explicado agente Doggett.

— Como assim?

— Foi ele John, ele matou o General e sua esposa, além dos dois seguranças.

— Nós não temos como provar isso Mônica.

— Temos que encontrar um meio ou ele vai continuar matando.

— Talvez aja um meio – disse Scully.

— Do que está falando Scully?

— Ao examinar Nora Foster eu encontrei vestígios de pele e sangue nas unhas dela, além de alguns fios de tecido entre os dentes que acredito serem de uma luva. Era o que eu quis dizer ao telefone quando falei que tinha descoberto algo. O meu palpite é que ela tentou lutar com o seu assassino.

— Dá pra fazer um exame de DNA?

— Tem material suficiente agente Doggett. O problema vai ser conseguir o material de Denny Chapman para fazer uma comparação. A nossa melhor chance seria encontrar a luva de onde saíram os fios – nem bem Scully terminou de falar e o toque do celular de Monica chamou a atenção dos três.

— Monica Reyes – ela diz – pode falar agente Mulder – ela nem mesmo se preocupa em corrigir o ato falho ante o olhar espantado de Scully e Doggett – estamos indo.

— O que Mulder queria? – Scully não escondia o espanto.

— Eu falei com ele logo depois de ver a fita de vigilância do hospital e pedi que levantasse a ficha de Denny pra nós – ela faz uma pausa antes de terminar – como um favor é claro.

— E o que ele descobriu? – perguntou Doggett.

— Ele disse que é melhor falar pessoalmente.

— Então vamos lá – disse Scully.

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Aquela sala era um caldeirão de opiniões divergentes, Mulder e Monica tinham opiniões que Scully e Doggett relutavam em aceitar.

— Deve haver algum engano Mulder – Doggett insistia em suas dúvidas – eu vi Denny Chapman há poucas horas atrás e ele deve ter pouco mais que 30 anos.

— Pois ele nasceu na cidade de Greenfield, estado do Arkansas, em 1917, agente Doggett.

— Você conferiu todos os dados com absoluta precisão Mulder?

— É claro que sim Scully. Aquele período que passamos bisbilhotando a vida dos outros para o Kersh acabou servindo para alguma coisa no final das contas.

— Pelo que vejo aqui ele não se preocupou em mudar de identidade e nem o local de nascimento ao longo dos anos.

— É verdade agente Reyes. Isso inclusive facilitou o trabalho de rastrear a vida dele já que tudo o que esse sujeito fazia era mudar a data de nascimento na hora de tirar novos documentos.

— E sempre sob a alegação de que os tinha perdido, ou sido roubado – ela completou.

— Mas porque manter o nome original e o local de nascimento?

— Talvez ele não visse necessidade de mudar muita coisa na sua identidade Scully. O modo como mata torna quase impossível pegá-lo, o que significa que ninguém teria motivo para investigar a fundo suas origens.

— Talvez aja outra razão Mulder – disse Monica – tantos anos vagando pelo mundo, tendo que mudar-se constantemente de cidade, vivendo uma existência isolada e certamente solitária, talvez seja a maneira dele de sentir-se ligado a algum lugar.

— Então é isso? – disse Doggett – esse cara tem mais de 80 anos, embora pareça ter 50 anos a menos. Como se não bastasse ele anda por aí roubando a vida dos outros apenas com o olhar.

— Existem pessoas com essa habilidade John, capazes de roubar a sua energia só olhando pra você.

— Obviamente que esse tal de Denny é um caso extremo – disse Mulder

— Nós não podemos chegar até o Kersh com essa teoria Mulder.

— Mas os dados levantados por ele não podem ser contestados Dana. A impressão digital em todos os documentos é a mesma.

— Não estou contestando isso agente Reyes, mas precisamos de muito mais provas pra pegar esse sujeito.

— Ainda falta levantar alguns dados – disse Mulder – eu quero verificar os casos de mortes inexplicáveis que ocorreram nas cidades por onde ele passou.

— Nós temos que deter esse homem – disse Monica – ou ele vai matar de novo.

RODOVIÁRIA DE WASHINGTON

9:15 Pm

O expediente estava terminando para os três. Tudo o que Denny queria era chegar em casa e mergulhar na própria solidão. Ele mal conseguiu concentrar-se no trabalho durante o dia, pois a imagem daquela mulher não saía de sua cabeça. O grande número de pessoas que passou por ali durante o dia normalmente proporcionaria a ele matar a sua fome, mas a lembrança daquela agente do FBI teimava em permanecer na sua mente, impedindo-o de sentir-se saciado.

Já não lembrava direito quando fora a última vez que havia sentido uma verdadeira atração física por uma mulher. Denny não alimentava qualquer ilusão romântica sobre isso, mas não conseguia evitar uma sensação inebriante toda vez que ela surgia em seus pensamentos. Ele nem mesmo notava o olhar vigilante de Garry, ou as tentativas de aproximação de sua colega Linda Osborne. Tudo o que queria era chegar em casa e foi assim que se arrumou para ir embora. Linda deu uma última olhada pra ele até ter sua atenção chamada por Garry.

— Tá doidinha por ele não é Linda?

— O que você tem com isso Garry – Linda nunca gostou dele e não fazia muita questão de esconder isso.

— É que eu não consigo evitar de achar graça. Você gosta dele e ele gosta de você, mas nenhum dos dois toma a iniciativa – Garry notou como os olhos de Linda pareciam brilhar ao ouvir aquilo, teve que fazer um esforço para não rir.

— Como pode saber que ele gosta de mim? Ele sempre me parece tão distante.

— Timidez minha cara – ele disse dando a volta por trás dela e falando em seu ouvido – ele já me fez várias perguntas a seu respeito, só não tem coragem de chegar perto.

— Você está querendo me dizer que eu é que vou ter de tomar a iniciativa?

— Porque não? Eu aposto que se você for pra cima dele e lhe der um beijo tudo acaba se resolvendo.

Linda refletiu por alguns instantes. Ela nunca havia sido do tipo atirada, mas estava realmente interessada em Denny. Nunca entendera direito o porque dele ter chamado a sua atenção desde a primeira vez que o viu. Talvez fosse o seu comportamento arredio que a intrigasse. Praticamente era o único homem naquela empresa que não havia dado em cima dela; gay ela tinha certeza de que ele não era. Talvez fosse só uma questão de orgulho da sua parte. Acostumada que estava em ser cortejada pelos homens, o fato é que já estava sentindo-se obcecada por aquele sujeito arredio e misterioso que insistia em ignorá-la. Ela acabou tomando uma decisão.

— Pois vamos ver se ele gosta de mim ou não – ela disse decidida. Garry a viu ir embora, e enquanto admirava o seu belo corpo, abriu um grande sorriso; agora sim iria poder comprovar as suas suspeitas.

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A área destinada ao estacionamento dos funcionários ficava num ponto meio afastado e estava deserta quando Denny abriu a porta de seu carro. Uma voz atrás dele chamou-lhe a atenção.

— Olá Denny – ele virou-se para ver Linda diante de si.

— Algum problema Linda? – ele perguntou enquanto notava a sua aproximação.

— Só achei que era a hora de esclarecer-mos algumas coisas – ela dava o seu melhor sorriso enquanto dizia isso.

Uma vida inteira observando as pessoas permitiu a Denny entendê-las muito bem, tanto que esse joguinho de sedução de Linda estava mais que evidente pra ele. Já havia notado os olhares dela e sempre procurou manter-se longe. Desde a morte daquele garoto na sua cidade natal que Denny procurava ter muito cuidado com o uso de suas habilidades. Uma de suas regras de ouro era evitar o máximo de contato com pessoas com quem eventualmente trabalhava, pois só assim poderia matar sua fome sem levantar maiores suspeitas.

O problema é que nos últimos anos ele tem perdido o controle sobre suas habilidades. Por alguma razão desconhecida, algumas pessoas despertavam nele uma necessidade incrível de tomar-lhes a vida. Foi o caso daquele figurão da festa, e por causa disso tinha agora o FBI na sua cola. Como se não bastasse, ainda havia aquela agente do FBI que despertou a mesma necessidade nele. Sabia o quanto era arriscado, mas pensar nela fez com que Denny reparasse em Linda e como ela era ligeiramente parecida com a agente Reyes. “Talvez desse certo”, ele pensou, enquanto via a mulher aproximando-se cada vez mais até estarem bem juntos um do outro.

Os lábios deles foram aproximando-se até se tocarem. Tudo começou bem timidamente, até o beijo tornar-se intenso, quando fora a última vez que beijara alguém? Denny se perguntava, embora a sensação do beijo pouco importasse a ele. Dali a poucos segundos começava a reação de Linda. Ela urrava e gemia enquanto tentava desvencilhar-se dele. Ela tentou bater em Denny até que suas forças acabaram. Com pouco mais de um minuto, Linda já estava morta no chão.


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Notas finais do capítulo

O último capítulo será postado no final da semana.