Rose parou na frente da parede esperando o pior.

Não que ela não confiasse no namorado mas o recado que el tinha mandado no almoço era suspeito.

“Me encontre na Sala Precisa as seis horas.

S.M”

E poderia ser de qualquer um, devia ser uma pegadinha, ou uma armadilha. Mas por que teriam feito isso? Uma parte de Rose se arrependeu de ter assumido o namoro publicamente tão rápido.

A ruiva balançou a cabeça e seguiu o conselho de Lucy, não se preocuparia com aquilo. Fechou os olhos e pensou em Scorpius, quando os abriu encarou uma pequena porta de madeira na parede de pedra, respirou fundo e entrou.

Aquilo era inesperado, a sala tinha se transformado num campo verde com algumas flores coloridas espalhadas, o céu estava azul com algumas nuvens e o sol iluminava tudo que se podia ver.

– Scorp? – chamou a garota, o loiro levantou a cabeça da grama onde estava deitado e logo estava de frente para Rose.

– Ruiva.

– O que esta acontecendo?

– Eu disse que você precisava de uma folga.

– Você sempre diz isso.

– E já vimos o que acontece quando você não relaxa. – ela revirou os olhos mas sorriu de lado. Scorpius segurou suas mãos. – Eu sei que as coisas anda meio estranhas essa semana mas...

– Nós podemos fazer isso funcionar. – Ele sorriu.

– Pode apostar. Bem, espera que fica melhor ali pra frente tem comida.

Rose se sentou na toalha estendida na grama e olhou todo o piquenique ao sue redor.

– Pensei que não desse para pedir comida na Sala Precisa.

– E não dá.

– Você não roubou da cozinha, não é?

– Morango? – perguntou o loiro desviando do assunto, Rose sorriu pegando um.

– Como está tão ensolarado aqui?

– Pela primeira vez ruiva eu não tenho a sua resposta, acho que a Sala gostou de nós. – comentou ele mordendo o sanduiche, passaram um tempo em silencio apreciando a comida.

– Eu gosto de nós.

Scorpius encarou a Weasley que o encarou de volta.

– Eu também. – respondeu ele.

* * *

A Weasley estava encantada, bem, com tudo. A comida estava ótima (com certeza feita pelos elfos da escola) , o clima estava perfeito não muito quente e nem muito seco, a ruiva tirou seus sapatos sentindo a grama entre seus dedos. E tinha Scorpius.

As nuvens passavam pelo casal que ficava vendo as figuras que formavam.

– Aquela parece um sapo.

– Parece o Albus.

Rose riu, parecia mesmo com o seu primo.

– Tá mas aquela é um goles.

– Não é não.

– Claro que é Scorpius.

– Não vejo nenhuma semelhança.

Rose voltou sue olhar para o loiro ao seu lado.

– Está me contrariando de propósito?

– Claro que não, porque eu faria isso? – questionou ele sorrindo, o coração de Rose se atrapalhou numa batida.

– Teimoso.

– Mandona.

– Me desculpa por ter sido chata.

– Já falamos sobre isso.

– É eu sei mas eu ainda me sinto culpada.

Scorpius tocou seu rosto.

– Te beijar ajudaria você a parar de se sentir culpada?

– Ajudaria em varias coisas na verdade.

Rose esqueceu como beijar ele lhe dava vontade de beija-lo mais. Não passava os dedos por seus cabelos loiros há quase duas semanas, graças a ela mesma. Scorpius sorriu com seus lábios ainda encostados nos dela. Sentindo a mão dele sem sua cintura e a outra em seu cabelo Rose não queria mais se mexer, ficar ali para sempre onde ela deveria estar.

– Senti sua falta Weasley. – disse ele.

– Eu senti mais.

Rose então recordou do sonho que tivera uma vez, não pode evitar de sorrir.

– O que? – perguntou o loiro.

– Eu sonhei uma vez com você e era tipo isso aqui.

– Ah é?

– É, só que agora é melhor.

– E desde quando você sonha comigo Weasley?

– Está estragando o momento Malfoy.

– Querida Weasley eu nunca estrago nada.

Fale isso pra minha saúde mental, pensou ela.

– Mas desde quando você sonha comigo? – questionou ele novamente.

– Eu sei lá, tirando os que eu te jogava de algum lugar alto... Ano passado eu acho.

– Adorável.

– E desde de quando você gosta de mim?

– Eu sempre gostei de você Rose.

– Mentira.

– Não desse jeito mas eu olhava pra você nos corredores e não parava de pensar em você pelo resto do dia. E ao contrario que você pensa eu não competia com você de propósito, eu só era bom mesmo.

– Você estava tão perto de ganhar um beijo.

Eles tiveram que levantar uma hora.

* * *

– Então vocês estão juntos de novo. – disse Albus.

– Nós nunca nos separamos.

– Então vocês estão normais.

– Não é isso também.

– Como vocês são complicados gente.

– Diz o cara que namora a maluca de azul que te batia nos corredores.

– Eu fui obrigada.

– Pela ex-namorada dele. – completou Rose.

– Quando vocês tiverem filhos podem chamar um deles de Lucy? – perguntou Lucy.

– Depende, você vai chamar um seu de Scorpius?

– Não Scorpius é quase tão ruim quanto Albus Severus Potter.

– Obrigado querida. – disse Albus sarcasticamente.

– De nada lindo. – respondeu ela lhe beijando o rosto.

Rose sentiu Scorpius rindo, estava apoiada em seu peito no salão comunal da Grifinoria não sabia dizer a quanto tempo estava assim mas não queria mais sair. A ruiva brincava com os dedos do namorado observando o casal de amigos sentados no outro sofá.

– Pelo menos seu nome não te dá chance das pessoas fazerem trocadilhos, tipo uma rosa para uma rosa. – comentou Rose.

– E quem já falou isso pra você? – perguntou Scorpius.

– Você parece o meu pai assim.

– Minha família me chama de Lucy Blue. – comentou Lucy dando ombros.

– Tá mas o seu faz sentido você é quase um Smurf.

– Verdade.

– O que é um Smurf?- perguntou Scorpius.

– Sua vida é melhor sem um. – respondeu a morena.

– E o pior é que tipo nem gosto tanto de rosas.

– E do que você gosta? – perguntou Lucy ironicamente.

– Do sonserino ali e bolo. – respondeu Albus.

– Verdade. – disse ela.

– E quadribol.

– Livros de Quadribol. – acrescentou Lucy.

– Por isso você é a minha melhor amiga.