Daniel Alexander escrita por Hikaru Hamano Inca


Capítulo 19
Era uma vez no Upper Side East


Notas iniciais do capítulo

Ri aí!
Mais um capítulo! Com seus atrasos, óbvio, mas ainda sim, fresquinho! Aproveitem!



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Manhattan, Nova York.

Annabeth estava serena após o nascimento de Daniel Alexander, observando o bebê ao seu lado. Ao fundo, escutava que faltava uma hora até o ano mudar. O nascer de do pequeno a fez ter certeza de que grandes mudanças viriam para ela, Percy e todos os outros.

A jovem pensava em chamar alguma enfermeira para poder avisar a Percy que ela já podia receber o garoto no quarto. Ela queria a presença do namorado ali, com ela. Não sabia se além dele, mais alguém estava no hospital, esperando por ver Daniel Alexander. A certeza que tinha, era que havia um policial na porta, de prontidão para pegar Jason, caso ele resolvesse aparecer.

A face da loira ficou sorridente, quando a porta do quarto de abriu e Percy, acompanhado de seu irmão, Malcom, entrou no ambiente, e logo abraçou a garota. O irmão de Annabeth logo repetiu o gesto, enquanto Percy foi encarar Daniel Alexander.

O pequeno bebê tinha os olhos fechados e suas roupas eram de tons de laranja e cinza. Percy ficara encantado ao ver o pequeno. Os olhos jogavam as lágrimas que escorriam pelas bochechas do filho de Poseidon, e que amava sua namorada como nunca amou ninguém antes.

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A mesa de jantar estava com a superfície arranhada em decorrência das atividades de Maria, a gata. Quando ela desejava, podia entrar pelos cômodos da casa dos di Angelo como se fosse a dona, e se acomodar onde mais gostasse.

No fundo da cena, uma escura Nova York em noite de véspera esperava a decida do globo da Time’s Square, e no alto da mesa, o Anjo Negro que sobrevoava as refeições dos di Angelo parecia mais observador do que de costume. Encarando o retrato de família que ficava na parede, onde a cadeira oposta a qual Hades se sentava era sempre colocada, podia perceber que aquela não era uma noite comum.

Hades respirava fundo e emanava arrependimentos, sob o constantes olhares que o cercavam: o julgador de Bianca, o complacente de Hazel, e o estupefato de Nico.

— Não vamos prolongar inda mais esse assunto. — Hades estalou os dedos para começar a reunião improvisada. — Bianca, Nico. Eu amei a mãe de vocês, de um jeito como eu nunca amei outra mulher na minha vida.

— Com certeza, pai, ao ponto de ter filhos fora do casamento. — Na concepção de Bianca, era odioso o que seu pai fizera, de vários pontos de vistas possíveis. Não culpava Hazel, por saber que a garota tinha um pai ausente, que não imaginava ser seu próprio progenitor. Isso a fazia sentir mais raiva daquele que a criou, após a morte da mãe. — Nada contra você Hazel, mas meu pai, isso é um ultraje a memória de Maria di Angelo, mulher que você prometeu amar, respeitar, e viver, até o fim dos seus dias e dos dela, que infelizmente vieram cedo demais.

— Eu sei Bianca. Errei. — Hades passava a mão na barba negra, com fios brancos que apareciam em certos pontos. — Mas realmente, o que fiz pela sua mãe, não se compara ao que poderia ter feito por qualquer outra. Converti-me, aprendi uma fé que realmente amei, nunca deixei-la só em qualquer evento, me licenciei da Olimpo todas as vezes que ela me pediu. Os passeios e as conversas, as noites de conversas e sorrisos, tudo era questão para que eu amasse ainda mais a mãe de vocês. A prova maior, inclusive, são vocês dois.

— E a prova maior do seu amor pela mãe da Hazel, é a existência dela. — Bianca retrucou na hora, e viu Hades ficar vermelho de raiva e Hazel corar de vergonha.

—Marie era e é diferente, Bianca! — Hazdes gritou, batendo a mão na mesa e assustando Nico, que não saíra do olhar estupefato. — Ela era uma amizade verdadeira. Amiga, e nada mais. Porém, ficamos mais próximos do que eu gostaria, principalmente porque Maria não queria que eu andasse com uma feiticeira, afinal, querer saber o futuro é não ter confiança em Deus, e era essa a especialidade de Marie: contar o que ia vir no futuro. Sua mãe se aterrorizava com isso. Marie naquela época, também era bem excêntrica, o que não ajudou nem um pouco no diálogo das duas.

— Ainda queria que a amante... — Bianca se exaltava, mas um corte veio do outro lado.

— Não ouse completar a frase, Bianca. Senão, eu saio de mim, e para isso, você sabe, está muito fácil. — Nico falou pela primeira vez desde que os três se sentaram a mesa, após receberam a informação de que eram irmãos. — Continua, por favor, pai.

Bianca se retraiu e Hades voltou a desenrolar os fios de sua complicada história.

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Jason abraçava Thalia, desacordada, como se não houvesse amanhã. Estavam num lugar que ele não conhecia, mas que foi o esconderijo perfeito, arranjado pelo seu cúmplice: um cano desativado de esgoto de Nova York.

Era no frio metal, que ele iria passar a virada, junto da queridinha da América. Sua irmã tinha cortado os cabelos bem curtos, com um sidecut. Isso, para Jason, estragava a beleza natural de Thalia, mas o descolado Percy, com certeza iria gostar, e isso fazia com que Jason tivesse um pouco mais de gosto pelo estilo da irmã.

O cheiro dela inundava as suas narinas, e disfarçava o mau odor do lugar onde estavam, e que até ficou bem conservado após anos de desuso. Jason estava pouco preocupado, naquele momento, com a caçada que teria se instalado em toda a ilha de Manhattan e arredores, como o Brooklyn, Staten Island e até Long Island, em torno da sua cabeça. O filho de Zeus estava mais preocupado em esperar seu ajudante, para conseguir dar o for dali, e logo, com o dinheiro que Thalia valia, e era muito, conseguir se salvaguardar até poder acabar de vez com a vida do primo. Percy que o aguardasse, e todos os outros também, especialmente seu pai, o primeiro a dizer as duras palavras, após o erro crasso que Jason cometera na infância, que o comparavam com Perseu.

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O toque da campainha forçou Hades a interromper sua fala. Marie entrou no apartamento com a cabeça erguida e os olhos focados na mesa, onde via os três filhos de Hades.

O homem contava de sua amizade e do momento em que achou que seria mais seguro para Marie e Hazel irem para Nova Orleans, afinal, sabia do que poderia ocorrer com Maria, mulher de frágil saúde, se ela descobrisse todo o caso.

— Eu aceitei, afinal, Hades prometera que nada faltaria para mim, e para Hazel. — Marie começou a falar. — Sabia que ela talvez nunca tivesse um dia dos pais com o pai presente. Mas eu fui, e naqueles tempos, eu era muito jovem, e realmente não tinha atração nenhuma com o pai de vocês. — A mulher apontou para Nico e Bianca com a mão. — De tempos em tempos, ele aprecia e ficava alguns dias, outras vezes semanas, e partia. Não tínhamos nada, nenhum contato, que não fosse um aperto de mãos, para cumprimentos. Nem abraços, nem beijos, nada além dos apertos de mãos.

Bianca mudou a cara para uma entediada, como se quisesse demonstrar que já tinha entendido o pensamento da mulher, mas a raiva por ela não passara para a garota, e nem passaria tão cedo. Nico estava observando a irmã e Hazel, e tentava achar algo de parecido entre elas, o que era difícil, já que ambas saíram a suas respectivas mães.

— Mas, como eu disse, eu era jovem. Eu não media as consequências, e queria trabalhar, para ganhar dinheiro, e um dia pensei em usar Hazel ao meu favor. — Ela olhou para a jovem, como se o que viesse a sair de sua boca pudesse chocar a filha. — A saliva dela. Hazel era um bebê que babava muito, e por isso, passei a armazenar a baba dela em pequenos vidros, e falei para as pessoas que a saliva da minha pequena era milagrosa. Minha cria era milagrosa, tinha herdado meus poderes, e eu ia fazê-las acreditar nisso, eu precisava de dinheiro para comprar as coisas, não queria depender de Hades. — Olhou novamente para Hazel, agora com os olhos marejados, como se a garota não gostasse de saber essa parte da sua infância.

Bianca só tinha seus conceitos sobre Marie piorados a cada fala. Sentia por Hazel. A garota, por sua vez, aparentava estar cada vez mais desconfortável com a situação. Do alto da escada ninguém via Deméter e Perséfone, que achavam melhor não atrapalhar a importante discussão.

— Seu pai brigou comigo Hazel, e eu lhe disse quem em pouco tempo estaríamos na televisão, mostrando para o mundo seus poderes, mas isso não foi pra frente, e ele nunca deixou de escrever para nós, para saber de você. — Marie riu de canto de boca. Fungando, controlou as lágrimas, até que deixou só uma cair pelo canto do olho direito, e depois outra pelo esquerdo. — E aí, eu tive a grande ideia, aquela que iria me fazer ter o dinheiro, e deixar Hazel para sempre com você, Hades. Eu vim para Nova York, e aqui me instalei, cerca de uma semana antes do acontecido com a Senhora di Angelo.

Nico levantou sua cabeça, até então arriada entre seus braços, apoiados na mesa de jantar, enquanto Bianca olhou chocada para a mulher, e num rompante silencioso deixou a mesa com passos pesados e rápidos, subindo as escadas e esbarrando na madrasta, que quase caiu.

— Bianca! Bianca volte aqui! — Hades gritava com a filha, e quase a seguiu, se não fosse a mão de Marie, que o conduzia de volta para a mesa. — Marie, ela vai pensar coisas horríveis de você. Ela vai achar que você de alguma forma influenciou naquilo tudo, eu conheço a minha filha.

Nico, estático, tinha ficado de pé.

— Deixe ela continuar, agora, eu quero saber o resto dessa história. — O jovem foi categórico.

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— Injusto. — Leo reclamou com Reyna. — Ele tem uma excelente pista, RA-RA.

— RA-RA? — Frank indagou curioso.

— Ignore esse civil metido a detetive, Zhang. — Reyna falou com a voz calma.

— Seu apelido é fofo, minha cara delegada. — Leo soltou uma risada e pegou mais um copo de café. — Mas foque-se na pista, não desdenhe do Frank. Ele sabe o que fez, e como fez.

— Mas ir ao Empire State agora? Isso é loucura! Os policiais tem que patrulhar a festa de ano novo! — Reyna argumentava com a dupla. — Assim que for ano novo no Havaí, podemos ver isso com calma!

— Porém pode ser tarde demais, ele já pode ter fugido. — Leo falou com a delegada com um ar sério. — E ao que tudo indica, ele é a nossa única pista, o único caminho para encontrarmos Jason agora. Thalia corre perigo, Reyna.

— Detetive Reyna, Valdez. Estamos no meu ambiente de trabalho. — Reyna esbravejou de leve. — Ademais, não temos forças policiais. Precisamos estar prevenidos.

— Temos dois amigos de Frank que podem nos ajudar. — Leo jogou uma carta que não estava nos pensamentos de Frank.

— Leo! Eu disse para não falar deles! — Frank levantou da cadeira onde estava sentado. — Eles, eles não podem nos ajudar, delegada.

— Mesmo que eles pudessem, eu não colocaria civis, se não fosse extremamente necessário. — Reyna sentenciou para ambos. — Como no caso da revelação de Jason.

— Mas, eles podem nos ajudar, Frank, nesse caso. E poderíamos ver com a delegada sobre a situação deles, afinal, e um caso de necessidade maior! — Leo pegou nos ombros de Frank para chacoalhar o sino-canadense. — Delegada, temos que conversar sobre Phobos e Deimos, e como eles podem nos ajudar!

— Eu já disse que não! — Reyna gritou, enquanto pegava mais um copo de café para tomar, buscando se acalmar e se manter acordada.

— É o melhor para eles, Leo! — Frank lamuriou. — Pelos problemas que eles têm, especialmente com a polícia.

O olhar de Reyna foi pesado, e Frank sentiu isso, assim como Leo.

— Gente, vamos focar! É mais importante salvar Thalia e prender Jason, do que qualquer outra coisa nesse momento! — Leo falou movendo as mãos, alucinado, quase batendo nos retratos da sala de Reyna. — Mais importante do que problemas com a polícia, e tão importante que não precisamos de mil policiais para pegar um cara que pelo visto não sabe lutar.

Leo encarou Reyna e Frank.

— Vamos lá? — O latino falou indo na direção da porta e abrindo-a.

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Após toda a conversa, Nico se recolheu no quarto, deitando na cama, e pedia a Deus por chuva, não neve, par poder ter um barulho natural que distraísse sua mente.

A surpresa e a dor de saber que Hazel era sua irmã eram muito grandes. Eram sentimentos contraditórios que batiam em seu coração. E ainda tinha o conto de Marie, dizendo que iria os procurar no dia em que Maria morreu.

Nico guardou aquilo em seu coração, e num momento insano, pensou em culpar a mãe de Hazel pela morte da sua mãe. Mas, em primeiro de tudo, não teria provas, e em segundo, as coincidências da vida são assustadoramente grandes em certos momentos, para nos deixarmos levar por necessidades como achar culpados de algo que não sabemos ser real ou não.

O menino se ajoelhou aos pés da cama, e se benzeu com o sinal da cruz, fechando os olhos em oração começou a balbuciar as palavras do Pai-Nosso, para logo em seguida, fazer sua oração pessoal.

— Deus, desculpa mais uma vez a mim, porque eu errei, muitas e muitas vezes. Mais uma vez eu erro em me lembrar do que já deveria ter sido esquecido, mas não consigo, e peço de novo: soluciona a morte da minha mãe. Não é possível que sejam todas as coisas frutos da minha imaginação. — Nico suspirou e as lágrimas começaram a cair. — Já errei hoje, pois no meu coração passou uma vontade de acusar a mãe da Hazel. É uma angústia tão grande, tanto quanto os erros do Jason. Me dá a graça de perdoar o meu primo, Senhor, por favor! O meu erro é esse, e só esse: não saber perdoar, guardar o rancor no meu coração, e leva-lo comigo, alimentando-o. Me desculpe, Pai, mais uma vez, pelos meus erros.

Nico fez uma pausa, e chorou um pouco mais, caindo no chão, mas logo que se recompôs, voltou a posição original, e suspirou mais uma vez, e buscou fôlego para terminar de orar. Com a fé que ainda tinha orou uma Ave Maria, lembrando-se de sua mãe, e logo foi para a janela, onde em breve, poderia assistir os fogos, e ali, com um travesseiro, e um cobertor, deitou no chão, podendo encarar Manhattan, e as luzes que esperavam pelo novo ano que havia de começar em breve, e, ao primeiro pensamento que passou pela sua cabeça, teve a mais brilhante ideia que poderia ter passado em sua mente naquele momento.

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Marie estava com Hazel em seu lar. Chegaram faltando duas horas para a descida do globo da Times Square. Hazel logo entrou no quarto. Marie entendeu, afinal, a filha não abrira a boca para falar com ela durante o trajeto da volta. O Táxi que pegaram também havia colaborado para isso, com sua motorista falastrona e cega de um olho, que parecia conversar com mais duas pessoas, enquanto guiavam a mãe e a filha para casa.

Cansada, se sentou na cadeira, apoiando-se na mesa pequena em que sempre comia com a filha, e ali, abraçando o plástico branco, ficou a pensar no que não revelara a ninguém, como a paixão que sentia por Hades ainda na época em que chegara a Nova York acompanhada da pequena criança saída de si.

— Seria horrível, e me tratariam pior do que me trataram. — Refletia a mulher em uma voz baixa. — A tal Bianca não me suportaria antes, agora, bem menos, e se soubesse, nunca. Por que você, Hades? Por que não outro?

Hazel escutava a mãe atrás da porta, e pensava no que ela dizia. Para Hazel era óbvio que ela sempre amara ele, mas até onde esse amor fazia bem a ela, já que ela também sabia que nunca poderia tê-lo.

— Se a modelo não aparecesse, eu poderia ter ficado com você, Hades. — Marie começava a chorar, quando um barulho percorreu a casa, e sua origem era o quarto de Hazel. A mulher correu para aquele cômodo e só encontrou a filha caída no chão, com um abajur quebrado ao lado dela.

Desesperada, Marie pegou a menina no colo e saiu correndo para chamar algum vizinho, o que poderia ser difícil, considerando que o ano estava para virar.

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Percy abraçou seu pai ao reencontrá-lo no hospital. Fazia tempo que eles não tinham aquele momento, e que ele desejava ser um momento que pudesse ocorrer mais vezes, uma conversa entre pai e filho, como as que tinham antes da crise entre seus pais.

— Ele é muito forte pai, eu tenho certeza, e nasceu a cara da Annie, os olhos, o cabelo, tudo! — Percy falava entusiasmado. — É um biscoito de gente! Meu filho, pai, meu filho!

— Assumir Daniel é maravilhoso Percy, é um ato que demonstra que você está crescendo! É o sinal do seu amadurecimento. — Poseidon tentava ser elegante. — Especialmente por toda a situação, tudo que ocorreu, especialmente porque envolve Jason.

— E que Daniel Alexander nunca saberá que tem genes em comum com ele. — Percy foi firme. — Só saberá que foi o pior criminoso que Nova York já teve, e que está na nossa árvore genealógica. Ele destruiu a vida das duas pessoas mais importantes pra mim, e tantas outras. Leo, Bianca, Piper...

— Eu soube o que houve com a filha do ator. — Poseidon lamentou-se. — Tento entender o porquê de Jason ter se tornado isso, meu filho. Nunca apresentou nenhum traço de distúrbio.

— Isso, quem pode apontar bem é um psicólogo, um psiquiatra, eu sei lá. — Percy falou, tomando um copo de água. — Mas quero deixar isso para o ano que vem, afinal, pode ser que aquele maldito tente algo contra o meu filho, e se ele aparecer aqui, eu vou querer tirar satisfações com ele.

— Percy, perdoar é muitas vezes o ato que devemos fazer com o próximo. — Poseidon retomou o poder da fala. — É de uma simplicidade absurda e muitas vezes dolorida, mas vale a pena. Eu e sua mãe nos encontramos no mesmo processo. O perdão, muitas vezes tem de ser bem trabalhado em nós, para podermos dar ele aos outros. Busque, assim como tenho certeza de que Nico, Annabeth e os outros, estão ao seu modo buscando perdoá-lo.

— Mas e a justiça? Você quer que ela, aquela que nada vê para ser isenta, perdoe o meu primo também? — Percy indagou, frio como Poseidon não se lembrava de tê-lo visto.

— Uma coisa e uma coisa, outra coisa é outra coisa. — Poseidon amarrou-se num ditado. — O Perdão primordial, se me permite o trocadilho infame, é aquele que você, enquanto ser humano deve dar ao outro, mas não isenta o mesmo de pegar pelas suas culpas, seus erros, compreende?

— Mais ou menos, meu pai, mais ou menos. — Percy tomou outro gole de água, enquanto ouvia a contagem regressiva para um novo ano.


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Notas finais do capítulo

Preview do próximo:
"Frank, Reyna e Leo entravam aloprados no Empire State junto de Phobos e Deimos. Buscavam pelo informante do Primordial."
Hasta!