"É só pa... é só pa sentir o seu corpo pertinho do meu!"-Ele sussurra depois de beijar o seu pescoço.

Catarina morde o lábio levemente. Vira-se de frente pra ele novamente e olha-o de forma diferente. Ele observa-a tentando descodificar esse olhar.

Assim que ela se prepara para pedir que ele parasse, Petruchio retira as mãos de seu corpo, puxa-a pra cima de seu peito, abraça-a e beija o cimo da sua cabeça, acariciando seus cabelos escuros. Ela, aliviada por ver que ele entendeu o que ela havia transmitido, também se abraça nele e fecha os olhos.

"Boa noite meu favo de mel, não se preocupe se eles chora eu vou lá."-Ela sorri se aninhando nele.

Dali em diante os meninos não mais choraram, os quarto dormiram o resto da noite.

(...)

Catarina e Petruchio acordam ao mesmo tempo, se vestem a vão tomar o pequeno-almoço juntos, aproveitando que os gêmios ainda dormiam.

Seguidamente, ele segue para o galpão pra trabalhar e ela para o quarto cuidar das crianças.
Com a ajuda de Neca e Mimosa dá banho neles.

(...)

Semanas depois...

A meio da tarde Catarina recebe a visita de sua irmã Bianca.

“Bianca!”-Exclama Catarina, recebendo Bianca na sala.

Beijam o rosto uma da outra.

“Catarina!”

“Então o que lhe trouxe cá minha irmã?”

“Eu estava morrendo de saudades de você e dos meninos, então decidi fazer uma visita.”

“Ótimo, também estava morrendo de saudades.”-Catarina diz conduzindo sua irmã até ao quarto.

“Olhe aqui estão eles.”-Afirma apontando para os berços onde estavam as crianças.

Bianca sorri, estavam cada dia mais crescidos. Cada uma pega num nenê e se sentam na cama.

“Catarina eu vim aqui também para te dizer que o Edmundo está muito feliz com a escola que você está construindo para nós, as obras estão indo lindamente.”

“Sempre que eu puder te ajudar eu vou, já não te falei Bianca?”

“Eu sei Catarina, só que é muita felicidade e tinha que vir cá te agradecer mais uma vez.”

Catarina sorri.

“Mas, Catarina e você?”

“E eu o quê?”-Ela pergunta confusa, brincado com Laurinha.

“E você, como vai a sua vida desde que teve as crianças?“

Catarina encolhe os ombros, estranhando a pergunta.

“Vai bem, só ando dormindo menos, porque eles choram muito de noite, mas tirando isso está tudo ótimo.”

“E você e Petruchio? “

Bianca fala "Petruchio" e o pensamento de Catarina voa para a noite. Naquele preciso dia o seu tão doloroso período de resguardo terminava e para além do mais já se sentia totalmente recuperada.
Deixa escapar um sorriso, distraída, pensando no que provavelmente ou certamente iria acontecer dali a poucas horas.

"Catarina?"-Chama Bianca.

Catarina volta a si.

"Porque você está rindo?"

“Por nada Bianca..."- Ela diz, pestanejando, meio sem jeito.

"Eu e Petruchio, estamos como sempre, ele está adorando ser pai, e cuida muito bem das crianças.”

“Vocês não têm brigado?”

“Não… quer dizer só de vez em quando… Mas essas perguntinhas são porquê dona Bianca? Eu já lhe conheço muito bem, me dia logo o que quer realmente perguntar.”

“Catarina me diga de uma vez por todas…”

“Ham ? Dize o que Bianca, pare com essas meias palavras, dizer o quê? Vamos o que quer saber.”

“Catarina como é a lua de mel me diz !”-Ela pede.

Catarina sente um choque, por momentos seu coração deixo de bobear sangue, sentiu seu corpo momentaneamente morto. Sempre se surpreendia com essas perguntas desapropriadas de Bianca.

“Ha não Bianca, esse assunto de novo? Isso não é pergunta que se faça eu já te falei!”

“Mas eu estou ansiosa, eu quero saber logo como é! Me diz, eu sei que esses nenês que você teve têm alguma coisa relacionada com isso… mas não entendo o quê.”

“Tem tudo a ver Bianca, tudo…”-Ela diz acidentalmente.

Catarina arregala os olhos, pensando no que tinha acabado de escapar da sua boca.

“Tem tudo?”-Bianca diz curiosa.

“Bianca, só posso te dizer que sim tem tudo, e que isso vai te fazer amar ainda mais, e vai fazer com que você sinta tudo com mais intensidade.”

“Como assim Catarina? Fiquei na mesma.”

Catarina revira os olhos.

“Você vai assim… sentir uma coisa, uma sensação que você vai querer sentir todos os dias. Você vai se sentir uma mulher diferente entende?”-Ela tenta explicar.

“Uma mulher diferente… Mas e o que eu faço quando chegar a hora.”

Catarina, já sem paciência para as perguntas da irmã.

“Você ouça o seu coração que ele vai te dizer tudo o que você vai ter que fazer.”

Bianca sorri.

“E é bom?”

“É.”-Responde baixo, desviando o olhar.

“Mas agora me conte como vão Joana, papai e os meninos?”-Diz Catarina mudando de assunto, sem deixar Bianca sequer pensar em perguntar mais alguma coisa.

A conversa continua. Ao mesmo tempo que partilhavam as novidades, brincavam e mimavam as crianças.

(...)

Ao cair da noite.

Petruchio chega em casa, as criança e os empregado já dormiam. Catarina sentada na cama esperava por ele.

Petruchio entra no quarto, ela imediatamente desvia o olhar para a porta, sorrindo.

“Petruchio.”-Ela diz tirando o lençol que cobria suas pernas e se levantando da cama.

Ela se dirige a ele com os braços esticados e abraça-o, apertando sua cintura. Ele sorri e retribui o carinho.

“Ainda bem que você chegou!” –Ela desabafa, encostando o rosto no peito dele confortada.

“Porquê?”

Ela sorri, subindo os braços até ao pescoço dele, sem desviar o seu olhar do dele.

“Porque hoje podemos fazer tudo o que quisermos.”

Ele faz uma expressão como se não tivesse entendendo.

Ela aproxima-se da boca dele, morde-lhe o lábio e beija-o.

Agora sim, ele entende a mensagem com muita clareza.E imediatamente coloca as suas mãos enormes na cintura dela, subindo-as, lentamente até as costas.

Ele a vira de costas contra si, abraçava a sua barriga e beijava o pescoço dela, dava mordidas no ombro.

Ela suspira, fecha os olhos.

“Mas Petruchio… agente não pode de fazer muito barulho.”-Ela diz.

“E se eles acorda?”-Ele pergunta sem parar de beijar o pescoço dela.

“Espero bem que não.”-Ela sussurra, se virando de frente pra ele.

Eles se jogam na cama, ele beija os lábios dela, deixando-os insalivados.

Em cima dela, aperta a sua roupa com força, serrando os punhos, depois sobe-a e retira-a do corpo de Catarina.

Ele observa-a, apenas com suas meias compridas presas num cinto de ligas que afinava a sua cintura.

Ela cruelmente, se apoia nos cotovelos, olhando pra ele, mordendo o lábio e cruzando as pernas sensualmente, com aquele jeito feroz dela que o dominava por completo.

"Essa mulher vai me enlouquecer!" pensa, inevitavelmente atraído.

Ela volta a deitar-se entregando-se ao momento e ele, entre a pernas dela beijava-a intensamente.

Secretamente Catarina sentia-se um pouco insegura com o seu corpo, pois ainda não tinha recuperado as suas formas naturais, mas acabava se esquecendo desses pormenores insignificantes ao ver o desejo e o amor que estrondavam nos olhos de Petruchio.

Ali, na escuridão do quarto, enquanto seus filhos dormiam, Catarina e Petruchio deram-se um ao outro.