Batista numa alegria só.

“Nasceram! Nasceram!”- Bianca abraça-o radiante.

“Mas como assim nasceram?”-Pergunta Batista.

“Como assim nasceram?"-Binaca também diz intrigada.

“Mas também não interessa, o que importa é que o filho de Catarina nasceu! Devem ter se enganado!”-Ela diz sem dar importância, guardando o bilhete.

“Joana, Fátima!! Jorginho!”-Chama Bianca.

Numa barulheira, Joana e as crianças descem as escadas.

“O filho de Catarina já nasceu!”-Bianca informa, sem tirar o sorriso do rosto e o entusiasmo dos gestos.

“Nasceu?! E é menino ou menina?”-Pergunta Fátima curiosa.

“Bem não sei Fátima, só vamos saber quando chegarmos lá.”

“Então vamos, vamos logo! Eu quero saber! Eu quero!!”-Ela diz puxando Batista pelo braço.

“Sim é o único jeito! Vamos lá então!”-Diz Batista.

Batista telefona para seu banco mandando desmarcar todos os seus compromissos.

Cosme prepara o carro e chama outro carro de aluguer, pois um carro não chagava pra todos.

Minutos mais tarde...

Batista e toda a sua comitiva chegam na fazenda, são recebidos calorosamente por Petruchio.

Joana manda as crianças irem brincar um pouco, mas prometeu que iria chama-los depois, eles resmungam, mas vão. Era melhor assim, porque Catarina poderia estar muito debilitada e cansada e quanto menos pessoas perto dela melhor.

Vão até ao quarto assim que entram encontram Catarina com os meninos no colo, tentando adormecê-los.

Ela sente a presença deles e olha em direção a porta. Estavam todos ali. Surpreendidos com os dois bebes que Catarina carregava nos braços, mas o encanto invade o rosto de cada um deles rapidamente.

Catarina esboça um sorriso enorme.

“Catarina!”-Exclama Batista, derretido, ao seu lado Bianca e Joana, sorriam com os olhos brilhantes.

“Papai, Bianca, Joana!”-Ela diz, sem esconder a felicidade.

Eles se aproximam, sem fazer muito barulho para que as crianças não se agitassem.

Catarina ainda com a mesma feição, não deixa de olhar para eles. Depois olha para as crianças, como um expressão de entusiasmo, como se dando um sinal de que finalmente o vovô deles tinha chegado.

Batista com seu chapéu na mão, não conseguia disfarçar a emoção que sentia, ao ver seus dois primeiros netos.

O espanto ainda pairava no ar, nunca haviam imaginado que Catarina estava grávida de gêmios.

“Eles eram dois!! São os seus netos papai.”-Diz Catarina sorridente com os olhos húmidos.

Batista retribui o sorriso, sem conseguir dizer uma palavra.

Bianca perto de Joana, também não conseguia esconder a emoção e a alegria. Se aproxima, se senta perto de Catarina.

“Catarina, eles são lindos.”-Ela diz sorrindo, acariciando a cabecinha deles, fascinada.

Catarina apenas sorri. Bianca pega no menino. Se levanta e mostra-o a Joana que estava imediatamente ao seu lado. Depois Joana também pega na menina e as duas ficam olhando e brincando com eles.

Enquanto isso, Catarina olha para seu pai, no canto do quarto, observando-a emocionado.

“Papai!”-Ela diz com um sorriso, inclinando o rosto para o lado, com uma voz doce.

Ele se aproxima e beija sua testa. Ela abre os braços, pronta para abraçar seu pai, que a abraça carinhosamente.

“Catarina minha filha, eu estou muito orgulhos de você!”-Ele diz emocionado.

Ela deixa uma lágrima cair.

“Eu estou muito feliz papai!”-Ela diz radiante.

Eles se separam, Batista pega nas mãos de sua filha.

“Apesar das nossas diferenças, o senhor será o único, e o melhor avô para os meus filhos! Tenho a certeza.”

Batista fica um pouco encabulado, sem resposta.

“Eu farei sempre o que estiver ao meu alcance por eles Catarina, assim como fiz por você e pelos seus irmãos.”

Catarina sorri grata.

Bianca e Joana já só tinham atenção para as crianças.

“Papai agora o senhor também tem que pegar neles!”-Diz Bianca.

“Eu?!”-Ele exclama admirado, olhando pra elas.

“Sim o senhor!”-Batista se levanta e elas colocam os bebes nos braços dele.

Ele olhava pra eles com medo de deixa-los cair, enternecido com o rostinho deles, sorria, via traços seus neles.

Catarina, divertida, aprecia o momento.

Enquanto isso era a vez de Bianca felicitar sua irmã mais velha.

Abraçam-se com força, Catarina afaga as costas de Bianca com muito carinho, pousando sua cabeça no ombro dela.

“Catarina eu estou tão feliz por você! Parabéns!”-Diz Bianca num sorriso contagiante.

“Eu também estou muito feliz Bianca. Eles são a melhor coisa que podia ter acontecido na minha vida!”-Diz Catarina, sensibilizada com a atenção dela.

“Eu quero que você seja como uma segunda mãe para os meus filhos.”-Afirma Catarina.

“Pode deixar Catarina, eu vou cuidar deles como se fossem meus filhos também!”-Elas sorriem uma para a outra.

“E você? Você está bem!?”

“Dentro do possível, ainda tenho algumas dores, mas com o tempo passa...”-Responde Catarina.

Bianca sorri subtilmente, Catarina sorri também.

De repente, Julinho começa a chorar bastante, eles imediatamente fazem-no chegar aos braços de Catarina, que o acalma, aliás ela fazia-o como ninguém.

“Shhh… não chora a mamãe está aqui pertinho de você… “-Ela dizia num tom baixo e afável, embalando ele e deslizando uma de suas mãos pelo corpo dele, tentando tranquiliza-lo.

Julinho assim que sente as mão de Catarina, se acalma e fecha os olhos serenamente.

Todos a observavam atentamente, toda aquela situação, por mais estranho que pudesse parecer, combinava com ela, uma pessoa forte como ela certamente protegeria seus filhos de tudo.

Depois de todas as coisas que havia dito acerca do casamento, de nunca pretender ter filhos… depois disso tudo, agora estava ali, totalmente entregue ao amor que sentia por seus filhos e pelo seu marido.
Orgulhosa da família que havia construído ao lado de Petruchio.

São interrompidos.

“Já posso entrar?”-Pergunta Fátima ansiosa pra ver as crianças.

“Fátima! Pode claro que sim venha!”-Fátima faz um sinal a Buscapé e Jorginho para entrarem também.

Eles correm e abraçam Catarina, com cuidado, dando, cada um deles, um beijo na bochecha dela.

“Meninos não façam barulho!!!”-Ordena Joana.

“Os filhos da Catarina, eles são tão pequenos…”- Eles diziam admirados e entretidos olhando as crianças.

"Vocês também eram assim, desse tamanhinho."-Diz Joana.

Eles sorriem.

(...)

O dia foi bem passado, a família de Catarina ficou por lá algumas horas, a meio do dia foram embora prometendo que iriam voltar para uma nova visita o mais rápido possível.

...

Entre fraldas trocadas e horas a fio de amamentação, Catarina apercebia-se de que não era tão fácil assim ser mãe de gêmios, ás vezes tinha que amamentar os dois ao mesmo tempo, outras um de cada vez. Sujavam as fraldas de pano várias vezes por dia, de noite choravam porque tinham cólicas... mas apesar de tudo isso ela adorava cuidar de seus filhos, e quem corre por gosto não cansa.

Os dias passavam as crianças já tinham cerca de duas semanas, Catarina encontrava-se cada vez melhor, já conseguia fazer todas as suas atividades normais.