Ela te ama, idiota! - Perina escrita por Bel


Capítulo 33
E Tudo Volta ao Normal...


Notas iniciais do capítulo

Sentiram minha falta? quase um mês sem postar né? me desculpem! eu estava muito ocupada, mas vou voltar a postar toda semana! ebaa! nesse cap eu quero muito, muito, comentarios, ok?! pq se pararam de acompanhar irei parar de postar, e a fic já se aproxima do final, então quero vc comentando ok?! beijo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/571911/chapter/33

A música terminou e ele ficou me encarando, eu sustentei o olhar, ainda chorando. Pedro colocou o violão ao seu lado na cama e pegou em minha mão.

– That’s the truth. – Ele suspirou, de forma cansada.

Como se estivesse cansado das brigas.

– Eu... eu não sei o que dizer. – Murmurei – Não quero que as coisas continuem assim.

– E você acha que eu quero? Olha pra mim, não aguento mais – Ele acariciava minha mão de forma delicada.

– Me desculpe, desculpe por não ter confiado em você, eu fui uma idiota! Eu sei que você me ama e isso basta, não devia ter desconfiado nem nada disso. Me desculpe também por não ter contado sobre Victor, é que foi uma coisa totalmente sem importância, tanto que eu nem li a mensagem que ele deixou. Mas eu deveria ter te contado, me desculpe por isso, Pedro.

Que se danem os conselhos de Miranda e Jennette.

– Devo desculpas também pela forma como falei com você nos últimos dias.

– Tudo bem, eu realmente mereci. – Funguei.

– Nada disso, eu exagerei, estava nervoso. – Ele deu um beijo em minha mão.

– Eu realmente me sinto muito idiota, não deveria ter escutado minhas novas amigas.

– Eu preciso te contar uma coisa. – Ele fez uma daquelas caretas lindas.

– Você vai terminar comigo? É isso? – Arregalei os olhos, e ele riu fracamente.

– Não é isso, pequena. É que, lembra aquele dia que você veio aqui com a Miranda? – Eu assenti – Então, ela deu em cima de mim. É claro que eu não dei ideia pra ela, no dia preferi ficar quieto, achei que você não iria acreditar em mim. Mas agora resolvi falar.

– Isso é sério? Como ela pôde? Que vadia!

– Eu não mentiria sobre isso, não mentiria pra você. E eu não vou nem um pouco com a cara dela, ela é muito suspeita.

– Ela e Jennette queriam me ajudar...

– Ajudar como? Querendo ficar comigo? Acho que elas queriam nos afastar um do outro, inveja, pura inveja. Não entendo por que ficou amiga delas.

– Eu precisava de conselhos, já que Bi não fala mais comigo.

– E arrumou logo essas duas como amigas?

– Talvez eu estivesse desesperada demais. – Ri fracamente.

– Não ande mais com elas, são duas invejosas.

– Talvez eu devesse ter suspeitado logo quando Jennette disse que era melhor eu voltar pro meu apartamento.

– Ela te disse pra fazer isso?

– Sim, mas achei que não fosse necessário ainda. Mas estava começando a aceitar a ideia.

– Nem pense nisso outra vez! Quero você aqui comigo, sua casa agora é aqui.

Um sorriso brotou em meus lábios após ele dizer isso.

– Ainda bem que não escutou essa maluca. Volte a falar com Bi, ela sim é sua amiga.

– Não sei se ela vai querer falar comigo ainda, pisei na bola com ela, andei pisando na bola com todo mundo. – Abaixei a cabeça.

– Mas pode consertar as coisas, basta tentar.

Pedro pegou em meu queixo e levantou meu rosto, me encarou e sorriu para mim. Seus olhos haviam mudado de um tom escuro e vazio para um claro e esperançoso, como costumavam ser.

– Desculpe, mais uma vez. Não devia ter escutado aquelas duas vacas. E eu vou dar um jeito nelas, não acredito que Miranda deu em cima de você! Como ela foi tão falsa comigo? E como eu fui tão idiota de não perceber?! Argh.

– They wish they had what we had and it`s jealousy in the way. – Ele cantarolou.

– É, isso é verdade. That’s the truth. A propósito, é uma bela música.

– Escrevi hoje quando cheguei. Queria falar com você, mas não sabia como e nem exatamente o que, e a música me ajudou, como sempre.

– Você é incrível. – Aproximei nossos rostos e ele colou nossas testas – Não mereço tanto, é muito Ramos pra pouca Duarte.

– Isso não é verdade, pare.

– Me desculpe, mais uma vez.

– Já está desculpada, K.

– Preciso me redimir, o que posso fazer?

– Não precisa fazer na... Ou melhor, pode sim. – Pedro me olhou cheio de malícia, e eu entendi o que ele queria dizer.

– Olha, já quer abusar de mim. – Eu ri.

– Um mês, K, sinto falta, sinto sua falta. – Ele começou a beijar o meu ombro devagar, enquanto eu apenas fechava os olhos – Você não sentiu minha falta? Gostou de ficar longe de mim?

– Senti muito sua falta, não imagina o quanto. Foi o pior mês de todos.

– Então... – Ele abaixava a alça da minha blusa muito devagar, beijou meu pescoço e depois meu ombro de novo, sem pressa nenhuma.

– Eu gosto tanto de você, Pedro.

– Eu sei, eu gosto de você também. Eu te amo, de verdade. – Pedro me olhou fixamente e começou a dedilhar em minha nuca, de modo que acabou com toda minha sanidade.

– Ramos, por que tão irresistível? – perguntei, e ele riu um pouco.

– Duarte, por que tão linda?

Logo depois selou nossos lábios, com toda a calma do mundo, eu gostava disso. Nosso beijo foi se intensificando e eu já passeava minhas mãos pelo corpo de Pedro, corpo que eu já conhecia muito bem. Eu estava por cima dele, que apertava minha cintura de um jeito que só ele sabe fazer. Toda uma energia estranhamente boa percorria meu corpo - talvez fossem as mãos de Pedro, mas eu prefiro dizer que foi a energia.

Poderíamos nos beijar mil vezes, sempre ia ser como se fosse a primeira vez. Eu lembro exatamente do nosso primeiro beijo: foi em um sábado, no jardim, e estava chovendo.

Um beijo daqueles não pode ser esquecido.

– Não. – Ele resmungou baixinho quando separei nossos lábios.

– Eu. – lhei dei um selinho – Te. – mais um selinho – Amo. – outro selinho.

Depois ele fez o mesmo comigo.

– Que bom que estamos bem. – Ele sorriu de um jeito mais perfeito que o normal, não sei como era possível.

– Detesto brigas, me deixam péssima.

– Também não gosto, minha princesa, odeio te ver chorar.

Ficamos alguns minutos em silêncio, um sentindo a presença do outro.

– K, você precisa se resolver com a Bi. Ela sente sua falta e você a dela, eu sei.

– E se ela me ignorar?

– Não vai saber se não tentar. – Pedro beijou a pontinha do meu nariz – Eu vou chamar ela e o Duca para jantarem conosco amanhã! O que acha?

– Pode ser, aí eu falo com ela.

As coisas finalmente se resolveram, e tudo voltou ao normal. Eu e Pedro jantamos juntos na perfeita paz, e Judith até fez um bolo pra comemorar que eu e Pedro voltamos às boas! Muito legal da parte dela.

No dia seguinte, como previsto, Bi e Duca foram jantar comigo e com Pedro - eu achei que Bi recusaria o convite.

– Então Duca, eu preciso te mostrar a música que eu escrevi, vem comigo até a sala de música.

Sabia que Pedro queria que eu e Bi ficássemos sozinhas para conversar.

– É, estou curioso para ver!

Duca saiu andando com Pedro para a sala de música, deixando eu e Bi na sala de estar. Pedro me deu uma discreta piscadinha, entendi o recado.

Bi olhava para o outro lado, e não falou nem um “a” comigo. Decidi quebrar o silêncio então, afinal, eu lhe devia desculpas.

– Ok, eu não aguento mais isso. Olhe pra mim, Bi.

Ela nem se moveu.

– Eu sei que está chateada, eu não devia ter falado com você daquele jeito. Me desculpe, eu fui uma idiota, estúpida e babaca.

– É, nisso concordamos.

Suspirei pesadamente.

– Me desculpe, eu sei que você só quer meu bem. Você é a minha melhor amiga e eu sinto sua falta.

– Vai lá conversar com a Miranda e Jennette!

– Elas não são mais minhas amigas. São duas vacas.

Esqueci de mencionar que mandei Jennette e Miranda pastarem assim que cheguei ao trabalho de manhã. Coloquei as duas em seus devidos lugares!

– Eu sei muito bem, mas você as preferiu.

– Eu estava errada, Bi, foi um ato de desespero, não sabia o que fazer. Já pedi desculpas, o que mais posso fazer?

– Beijar o meu pé e confessar que o Pedro é uma bicha louca. – Ela deu uma gargalhada e virou o rosto pra me olhar – Está desculpada, eu estava tirando uma com a sua cara. – Ela ainda ria – Mas não apronte uma dessas de novo!

– Ah, minha melhor amiga linda! – Eu a abracei – Senti sua falta, senti falta dos seus conselhos e tudo mais. São os melhores, me desculpe por tudo.

– Também senti sua falta, nem o Duca estava me aguentando mais. – Nós rimos.

– Prometo nunca mais fazer isso de novo, nunca mais arrumarei amigas vacas e invejosas.

Os meninos voltaram pra sala e nos encontraram rindo juntas.

– ALELUIA! Voltaram a se falar, já não aguentava mais isso. – Duca bateu palmas.

– Sabia que iam se resolver, uma sentia falta da outra.

– Obviamente a K sentia mais a minha falta, ninguém vive longe de mim. – Bi se fez de convencida.

– Ah tá, até parece, aposto que você chorou de saudade de mim. – Entrei na brincadeira.

– Você se acha, né Duarte. – Ela me deu um pedala.

– As duas ficavam choramingando. – Pedro falou.

– A Bi só sabia reclamar que a K estava andando com duas garotas. Ela falava bem assim: Ai, a K só anda com aquelas duas vacas, duas meninas irritantes. Eu detesto elas, por mim podiam ir pra bem longe, se merecem, todas elas.

Duca imitou a voz de Bi de modo muito engraçado.

– E a K?! A Bi vai me ignorar, não vivo sem ela, por que ela é tão boba? Mas é minha melhor amiga, oh.

Agora foi a vez de Pedro imitar a minha voz. Não foi nada engraçado ao meu ver, embora Duca caísse na gargalhada enquanto eu e Bi olhávamos pra eles com uma cara bem séria, e eles continuavam a nos imitar.

– A Bi dizia: Eu sinto falta da K, mas não vou falar com ela. Mas eu sinto falta, oh, não tenho outra melhor amiga, só ela. Sinto saudade, e não conte pra ninguém, Duca.

Os dois continuavam rindo feito babacas. Nós os deixamos falando sozinhos e fomos assistir tv juntas. Nossos namorados são muito estranhos.

Depois, todos jantarmos juntos e foi muito divertido. No final da noite, João e Cobra apareceram também, e nós ficamos jogando cartas até bem tarde. Todos acabaram dormindo aqui em casa, já que era sexta-feira e ninguém ia ter trabalho no sábado. Decidimos fazer um churrasco e foi muito legal, muito mesmo.

– Duca, você pode parar de agarrar a Bi e ir olhar a carne? – João gritou de dentro da piscina.

– Cara, o João quer mandar em tudo quanto é lugar, ninguém te merece, dude. – Duca reclamou e voltou a beijar Bi.

– Eu mando mesmo, sou o mais bonito. – João estufou o peito e Cobra começou a jogar água na cara dele.

– Mais bonito onde? Eu sou o mais gato, mais sensual, eu deveria mandar em tudo então! Se toca, João.

– Cobra, você é um invejoso. Sabe que as fãs me preferem, pode checar no facebook.

– Face o quê? – Cobra fez uma cara engraçada.

– Facebook, dude! Seu noob! – Eu ri dele.

– Todo mundo tem facebook, Cobra. Menos você. – Bi falou enquanto entrava na piscina. Finalmente desgrudou de Duca e ele foi cuidar da carne.

– Eu não tenho tempo pra essas besteiras.

– Não tem tempo ou não sabe mexer, hein dude? – Pedro riu.

– Vou fazer um facebook pra você, Cobra, e te ensino a mexer, tá bom? – Eu disse – Sou muito solidária.

– Eu não quero isso, a única face que eu conheço é a poker face da Lady Gaga, e só.

– Ok, vamos falar na linguagem dele agora. – Duca se juntou a nós na piscina – Cobra, no facebook tem várias gatinhas que postam lindas fotos, e você pode conhecer várias delas, sacou?

– Quando você vai fazer o meu facebook mesmo, K? – Cobra se animou – Pega o notebook agora, vamos lá.

Todos rimos.

– Como você sabe que tem várias gatinhas lá, hein Duca? Me conta. – Bi lançou um olhar mortal para Christopher.

– Eu não sei de nada não, amor, eu deduzi, foi isso. –Duca tentava se explicar.

– Qual é, Arthur, tem gatinhas ou não tem? – Cobra perguntou.

– Claro que tem, Cobra! – Duca disse – Quer dizer, não sei de nada não, não sei. – Ele falou, olhando para Bi, e nós rimos da situação.

As coisas agora definitivamente estavam bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? comenteeeeeeeeem muito!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ela te ama, idiota! - Perina" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.