All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 37
Um Capture A Bandeira Cheio De Surpresas.


Notas iniciais do capítulo

Hey. Boa leitura, pessoa :3
OBS: não fiquem com preguiça de ler até o final, por favor.



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(P.O.V de ninguém)

Alguns dias já haviam se passado. O último dia de "folga" que os seis semideuses tinham chegou. Assim que amanhecesse eles iriam embarcar em uma missão. O que eles achavam disso? Estava desesperados por algumas resposta. Percy e Jason, que eram mais experientes, estavam ainda mais histéricos, pois eles não tinham nenhuma pista de onde os objetos roubados poderiam estar. Paula, Inara, Beatriz e Nico também estavam histéricos, pois, assim como Percy e Jason, estavam com medo de fazer algo errado já que não tinham nenhuma pista da onde começar.

O treino dos seis durante a semana fora pesado. E, mesmo que tivesse rolado um beijo, os garotos ainda pegavam pesado com as garotas no treinamento de esgrima. Beatriz ajudou-os no arco e flecha. Inara ajudou-os na parede de escalada. E Paula ajudou-os no treinamento com Pégasos – até Percy, que já estava acostumado com Blackjack, treinou com a garota. No fim, as garotas e os garotos já estavam preparados para o que estaria por vir, mas ainda faltava algo.

Sexta de tarde, o último dia da semana que Apolo havia dado para os seis, Quíron reuniu todos os semideuses perto do refeitório, pois tinha algo à dizer. Os semideuses foram para lá e cada um reuniu-se em grupos de acordo com seus pais/mães Olimpianos.

–Hérios – disse Quíron, chamando a atenção de todos. – Hoje é sexta feira, e como todos sabem, todas as sextas feiras têm capture a bandeira. Bem, vocês todos já sabem as regras. O riacho é a fronteira. A floresta toda vale como campo de batalha. Itens mágicos são permitidos. Prisioneiros poderão ser desarmados, amarrados e amordaçados, e, embora seja permitido, tentem não matar.

Quíron saiu de lá e os semideuses foram se trocar. Todos tiveram que colocar tênis, calça jeans, blusa do acampamento, armadura, elmo e os acessórios de batalha, como por exemplo: espadas, escudos, lanças, arcos e aljavas, adagas e etc.

Os semideuses foram para a floresta. Reuniram-se e esperaram Quíron aparecer para dividir os grupos. Quando o centauro apareceu, os semideuses calaram-se.

–Os grupos vão ficar assim: o time vermelho será: Chalé de Atena, Chalé de Ares, Chalé de Apolo, Chalé de Íris, Chalé de Afrodite, Chalé de Hefesto e Chalé de Deméter. O time azul será: Chalé de Zeus, Chalé de Poseidon, Chalé de Hades, Chalé de Nêmesis, Chalé de Hermes, Chalé de Hipnos e Chalé de Dionísio.

Quando o centauro terminou de falar, o time azul juntou-se para fazer as estratégias de última hora.

–Bom, vai ficar assim: – Percy começou, por ser o capitão do time. – O chalé de Zeus, Poseidon, Hades e Hipnos vão ficar no ataque...

–E o chalé de Nêmesis, Dionísio e Hermes irão proteger a bandeira – Jason completou.

Percy e Jason encararam-se. No momento, não existia mais rivalidade entre os acampamentos. Agora, lutavam juntos. Os dois chegaram à um acordo silencioso e concordaram com a estratégia. Percy virou-se para os outros.

–Todos de acordo? – perguntou o filho de Poseidon.

Os semideuses do time azul concordaram. Percy e Jason sorriram um para o outro, satisfeitos.

Antes que Paula pudesse avançar para o lado inimigo uma mão tocou no seu ombro. Ivan. Paula virou-se para o filho de Nêmesis e sentiu seu coração afundar no peito. Ela lembrou do seu beijo com Nico e sentiu-se culpada por não ter falado nada para Ivan ainda. O garoto desejou boa sorte à ela e, mesmo sentindo-se culpada, Paula sorriu e agradeceu. Ela preocuparia-se com Ivan depois, agora tinha que concentrar-se no jogo.

Os semideuses ficaram em suas posições. Uma corneta soou à distância indicando o início do jogo. Os semideuses do time azul olharam para Percy e Jason – que agora dividiam o posto de capitães – esperando as ordens.

–Equipe azul, avante! – Jason disse, erguendo sua espada de ouro imperial.

Percy enviou alguns campistas para o lado inimigo. O garoto posicionou todos, certificando-se de que estavam devidamente escondidos, em seguida Nico o seguiu para uma posição mais à frente, mas ainda assim o filho de Hades estavam bem escondido.

–Nossos sentinelas já estão em seus postos – Percy disse, voltando para o lado de Jason.

Jason olhou para Beatriz, Paula e Inara e fez um movimento com a cabeça, indicando que elas deviam ir para o ataque. As garotas concordaram e caminharam sorrateiramente para o lado inimigo.

Elas não conseguiram caminhar nem dez quilômetros antes de serem paradas por três filhos de Ares. Paula sentiu vontade de jogar na cara deles o fato de que já tinha treinado com o próprio Ares, mas deixou para vangloriar-se mais tarde. Inara e Paula atacaram.

Beatriz separou-se das amigas, aproveitando a distração de um dos filhos de Ares, ela esgueirou-se para o outro lado e acabou encontrando Annabeth. Mas a filha de Atena pareceu não reparar em Beatriz, ela estava de costas para a filha de Zeus, assim Beatriz pôde ver que Annabeth estava recebendo uma mensagem de Íris de Will Solace.

–Não tem como voltarmos. Fomos cercados. Dá para ver a bandeira deles daqui. Está muito longe, não tem como pegarmos. Mas gente... – Will atacou um saldado esqueleto e o matou. – Tem um montão de esqueletos saindo do chão.

E então a conexão se quebrou. Beatriz sabia que Nico estava fazendo isso e sorriu diabolicamente.

Annabeth bufou e correu até a linha de fronteira, Beatriz a seguiu, porém assim que chegaram perto do riacho, a água começou a subir, e subir, até que se formou um muro enorme de água, que impedia qualquer um de passar. Em alguns segundos, Isabel e Drew juntaram-se à Annabeth.

–Acho que vamos ter que dar a volta pelo outro lado – Annabeth disse, franzindo o cenho.

De repente um punhado de esqueletos surgiu da terra e começou a atacar e agarrar os campistas. Enquanto atacavam, Annabeth, Drew e Isabel conversavam.

–Nico deve estar muito fraco por ter convocado tantos esqueletos – disse Isabel.

–Nico não convocou todos esses esqueletos para depois vir enfrentar o time vermelho. Percy também não fez surgir um muro de água para depois vir nos enfrentar e Jason não está fazendo brotar raios até do chão para depois vir nos enfrentar também – Annabeth fez uma pausa e completou. – Eles estão fazendo isso porque Beatriz, Paula e Inara vão vir nos enfrentar. Droga.

Beatriz assustou-se ao ver Paula e Inara aproximando-se delas. Elas saíram de onde estavam escondidas e aproximaram-se de Annabeth, Drew e Isabel.

–E aí – Inara disse, fazendo as outras três sobressaltarem-se.

As três atacaram, mas Beatriz, Paula e Inara apenas desviavam dos golpes e riam. Elas haviam treinado bastante e já estavam no nível de um veterano – mesmo que Drew não lutasse muito bem.

Em algum momento, Inara, cansada da luta, invocou alguns soldados esqueletos que atacaram Drew, distraindo-a, enquanto Inara aproveitava para golpear Drew com o punho de sua espada, fazendo-a cair no chão.

Paula já estava cansando de Isabel, em certo momento Paula empurrou Isabel para o riacho, a filha de Poseidon prendeu Isabel em uma bolha de água, sufocando-a, até Isabel cair desmaiada no chão. Paula aprumou o peito e sorriu, satisfeita.

Beatriz estava com um pouco mais de dificuldade com Annabeth, pois a filha de Atena era tão experiente quanto Percy. Beatriz tentou algo que Annabeth poderia ou não ter conhecimento, mas a garota tinha que tentar. Beatriz fingiu que iria atacar de um lado, mas atacou de outro. Annabeth tentou entender o golpe, mas quando deu por si, estava desarmada. Beatriz deu uma rasteira em Annabeth, fazendo-a cair, a filha de Zeus encostou a ponta de sua espada no pescoço de Annabeth e esperou até Paula dizer:

–Ela vai ficar presa junto com as outras duas.

Um semideus do time azul pegou Annabeth e, com a ajuda de outros dois garotos, levou Drew e Isabel também. Beatriz, Paula e Inara sorriram, satisfeitas com o trabalho.

As garotas correram entre os campistas de ambos os grupos. Nico, Jason e Percy tinham se juntado à elas e corriam atrás, dando cobertura. Mas logo tiveram que deixá-las sozinhas, pois os filhos de Ares os cercaram.

Depois de alguns minutos correndo, atacando e defendendo-se, as meninas acharam a bandeira do time adversário, elas tentaram se aproximar, evitando as armadilhas. Mas, de repente, viram-se cercadas por campistas do time vermelho.

Havia tantos que elas duvidavam que fossem capazes de vencê-los. Dezenas talvez, todos armados com espadas, facas, arcos e aljavas e uma tonelada de outras coisas que elas não podiam ver direito. Tudo o que elas tinham eram espadas e escudos.

Um semideus fez sinal para um filho de Apolo que estava em cima de uma árvore e esse maldito garoto atirou uma flecha que errou o pescoço de Beatriz por centímetros.

Três campistas correram até elas com uma espada em punho. Beatriz deslizou sua espada pela perna de um deles e Paula e Inara deslizaram pela perna dos outros dois, e eles caíram no chão. Enquanto isso, os filhos de Apolo atiravam flechas nas garotas. Um deles, acertou a coxa e o braço delas. Elas retiraram a flecha imediatamente. Um filho de Ares, aproveitou e desferiu um golpe em Paula. As esperanças de capturar a bandeira estavam começando a se tonar impossíveis para as meninas.

Os campistas começaram a aproximarem-se de Paula e Inara e começaram a golpeá-las. Beatriz não entendia o porquê de ser a única que não estava sendo atacada, até que uma flecha atingiu seu braço, fazendo a menina gritar de dor.

Ela arrancou a flecha dali e olhou para o lado na tentativa de encontrar quem tinha feito aquilo, então ela viu com um sorriso nos lábios Annabeth se aproximando com um arco na mão. "Eu devia ter feito você desmaiar, sua vaca.", Beatriz pensou.

–Você vai perder – Annabeth disse para Beatriz.

Enquanto isso facas voavam até Paula e Inara, mas nenhuma as atingia. As duas meninas pegaram algumas das muitas facas que cobriam o chão da floresta e começaram a jogar com todas as suas forças nos campistas que as atacavam.

Beatriz estava com sérios problemas, Annabeth não era tão forte, mas era inteligente e conseguiu sem muito esforço machucar Beatriz por completo. Beatriz queria poder matar a filha de Atena.

–O que deu em você? – Beatriz perguntou, protegendo-se de mais um golpe que Annabeth desferiu nela. – Sério, eu não estou a fim de machucar você, Annabeth!

–Isso aqui é um jogo; ou você ganha, ou você perde – Annabeth falou e cortou a perna de Beatriz o que a fez cair no chão. – Ops! Desculpe – Annabeth disse sarcasticamente, enquanto levantava sua espada para desferir um último golpe em Beatriz.

–Deixa ela, Annabeth! – a voz de Percy distraiu Annabeth por tempo suficiente para Beatriz conseguir empurrar a filha de Atena para o lado enquanto tentava se levantar. Beatriz lutou para ficar e pé.

–Pega a bandeira – Percy disse para Beatriz.

A garota assentiu.

–Tome cuidado – Beatriz disse para Percy antes de correr até Paula e Inara. – Tenho um plano – ela disse para as amigas que estavam no mesmo estado que a filha de Zeus, todas machucadas. – Temos correr com a espada apontada para frente, a bandeira está bem aqui perto. Vamos.

Paula e Inara assentiram. Elas correram com a espada apontada para frente e esfaquearam os pontos não protegidos pela armadura de uns oito campistas, cada uma. Suas espadas estavam praticamente tingidas de sangue, mas elas não pararam. Quase todos os campistas estavam caídos. Elas podiam sentir a confiança deles de vencer desaparecendo.

Elas definitivamente amaram aquilo.

Elas podiam matar, mas tinham certeza de que não tinham matado ninguém. Elas tinham apenas nocauteado e esfaqueado os campistas. Nada grave, apenas o suficiente para colocá-los na enfermaria por algumas semanas. Ou meses.

Mas elas tinham que se preocupar menos.

Os poucos campistas que não estavam caídos saíram correndo. Então, elas começaram a andar procurando a bandeira do time vermelho.

Depois de procurarem desesperadamente a bandeira do time adversário, elas a avistaram. Estava em cima do Punho de Zeus. Elas começaram a se sentir esperançosas.

Mas então elas viram as defesas. Era como se elas fossem um pequenino coelhinho macio e bonitinho, num lugar cheio de armadilhas mortais e cruéis. Ok, não é a melhor comparação, mas elas estavam entrando em pânico.

Inara estava cansada demais e não poderia convocar mais nem um único osso para ajuda-las.

Porém não era tão ruim quanto parecia... Elas tinham que tentar. O time azul dependia delas.

A linha defensiva do inimigo era incrível. Os filhos de Hefesto, tinham criado todos os tipos de armadilhas conhecidas pela raça humana no perímetro.

Felizmente, Inara usou o resto de forças que lhe restava e convocou alguns esqueletos, então as meninas os mandaram na frente. Elas viram onze armadilhas serem ativadas e destroçarem os pobres esqueletos.

Elas não eram capazes de andar por entre as armadilhas. E mesmo se conseguissem se aproximar da bandeira, tinham os filhos de Apolo em cima das árvores com aqueles arcos e flechas.

As meninas tinham descoberto a presença deles, da pior forma, quando alguns deles as viram e atiraram uma flecha em cada uma que quase decepou a cabeça delas. E depois é claro, tinham as armadilhas.

Era quase impossível chegar até a bandeira. Quase.

Mas elas sabiam que poderiam chegar até o fim e pegar a bandeira. Elas tinham um plano.

Pularam do arbusto no qual estavam escondidas, para dar aos arqueiros uma visão clara delas. De repente, uma flecha voou até elas e elas se esquivaram.

Elas correram de volta para o seu esconderijo para evitar flechadas. E foram lentamente por trás de uma árvore onde um arqueiro estava, sem que ele as visse, ajudaram Inara subir na árvore e a menina começou a escalar.

Não é por nada, mas Inara era filha da morte, e poderia fazer um silêncio mortal se precisasse. Ela fez um corte na perna do campista, e ele caiu da árvore. Paula pegou o arco e as flechas dele.

Depois, cuidadosamente, Beatriz subiu na árvore enquanto Inara descia, pegou o arco e uma flecha e atirou o mais longe possível, na direção oposta da bandeira, por ser boa no arco e flecha ela tinha uma pontaria perfeita, uns dois segundos depois, milhares de flechas voaram exatamente no mesmo lugar em que Beatriz tinha atirado.

Beatriz deixou a atenção deles na direção oposta à bandeira, até que os arqueiros, desceram das árvores e saíram correndo, pensando que elas estavam fugindo. Pelo menos elas se livraram dos filhos de Apolo.

Agora eram só elas versus um milhão de armadilhas. Ótimo.

Chegar até a bandeira e desativar as armadilhas havia sido fácil para as garotas. Foi só jogar pedaços de pau em todos os lugares e pronto, tudo desativado. Mas pegar a bandeira... Nem tanto. Elas não estavam nem um pouco animadas para ver o que ia acontecer quando pegassem a bandeira.

Aparentemente, não havia muito com que elas se preocupassem, já que ninguém estava protegendo a bandeira. Elas colocaram os pensamentos de lado e estenderam a mão para pegar a bandeira e as três conseguirem puxar juntas. Então, foi aí que souberam imediatamente que era a pior coisa que elas poderiam ter feito.

Videiras, flores e mato começaram a crescer e envolverem seus pulsos, deixando-as imobilizadas. No inicio, eram muito fáceis de cortar com a espada, mas depois, as plantas foram engrossando, e estava muito difícil de cortá-las. Se elas não escapassem, as plantas provavelmente iam crescer em torno delas até as sufocarem.

–Que maneira estúpida de morrer... Sermos atacadas por um bando de plantas idiotas – Paula disse, com raiva.

De qualquer forma, elas estavam tão concentradas na tentativa de se libertarem, que mal perceberam três pessoas na frente delas, até que uma delas falou:

–Não adianta, sua idiotas.

Drew. Inara reconheceu a voz da filha de Afrodite, pois cerrou os dentes e seus olhos faiscaram de raiva. Inara gostaria de saber como ela conseguiu escapar.

–Vocês iram ser mortas por plantas.

A voz de Annabeth fez Beatriz se agitar e resmungar um “vai pro inferno.”

–Pensei que vocês eram mais espertas, mas... Ops! Me enganei.

A voz de Isabel deixou Paula nervosa demais. A garota gostaria de poder matar Isabel naquele momento.

E assim como apareceram, as três desapareceram.

–Que diabo vamos fazer? – Beatriz perguntou, olhando para as amigas.

[...]

Assim que Percy conseguiu “derrotar” Annabeth – entre aspas porque ele não a machucou muito. Annabeth rendeu-se por conta própria, alegando que Percy não seria páreo para ela – foi juntar-se à Nico e Jason para lutar contra o chalé de Ares.

Assim que derrubaram três filhos de Ares, olharam em volta. Os campistas inimigos, até tentavam chegar à bandeira do time azul, mas a Sra. O’Leary e os saldados esqueletos impediam. Jason até convocou espíritos de tempestade para ajudá-los. Eles estavam tão distraídos pensando na vitória que...

–JASON!

–NICO!

–PERCY!

Eram as vozes de Paula, Inara e Beatriz. Uma mensagem de Íris. Eles não sabiam como é que elas tinham encontrado um arco-íris, mas antes que pudessem perguntar, elas começaram a explicar:

–Pelo amor de todos os Deuses, venham aqui agora! – Inara disse.

–Estamos no punho de Zeus sendo jantar de um bando de plantas – disse Paula.

–Ou vocês três tiram o traseiro daí e vêm nos ajudar, ou a gente vai virar comidinha de planta! – Beatriz completou e a conexão acabou.

Os três saíram correndo para ajudar, mas no caminho encontraram os filhos de Hefesto.

–Tenho uma ideia – Percy disse, e correu na direção dos filhos de Hefesto.

Jason e Nico correram atrás dele. A luta duraria bastante tempo e se eles não se apresassem Beatriz, Paula e Inara virariam jantar de plantas.

Percy sumiu por alguns minutos e voltou com três arcos e aljavas. Deu um arco para Nico e Jason e sorriu diabolicamente.

–ATAQUEM! – Percy gritou para Nico e Jason.

Os três começaram a atirar as flechas e logo os filhos de Hefestos foram caindo no chão, completamente desacordados. Até Leo Valdez, mesmo com seu cinto mágico, não conseguiu acertar os três e caiu desacordado no chão.

–Indolor – Percy disse assim que o ultimo filho de Hefesto caiu no chão, ele olhou para Jason e Nico e sorriu. – E aí?

Nico e Jason olharam para ele assustados.

–Vocês devem estar se perguntando se eles estão mortos. Não, eles estão vivos. Essas flechas são dos filhos de Hipnos, elas dão sono assim que se cravam na pela de alguém. Sono instantâneo. Mais alguma coisa? Não? Legal. Agora vamos salvar as meninas.

–Espera. A gente não pode passar pelo muro de água que você fez, Percy. Só você pode passar – Jason disse.

–Eu não posso matar as plantas usando água, mas você pode usar eletricidade, Jason e você, Nico, pode convocar os esqueletos. Posso derrubar o muro, mas logo os inimigos vão perceber e eu não tenho energia suficiente para reerguer a barreira depois – Percy disse e então fez um movimento com a mão. – Acabei de derrubar o muro. Se eu fosse vocês eu me apressava. Encontro vocês e as meninas assim que puder.

De repente, alguns campistas começaram a invadir o território do time azul, tentando encontrar a bandeira. A Sra. O’Leary não estava mais lá. Percy ia ter que cuidar de tudo sozinho. Mas ele dava conta. Ele sempre dava.

Então, Nico e Jason correram e atravessaram a fronteira.

[...]

Quando Nico e Jason finalmente passaram por uma tonelada de armadilhas, eles viram Paula, Beatriz e Inara. Seus braços estavam todo envolvido por plantas. Elas pareciam estar próximo de irem se encontrar com Hades e não era de um jeito bom.

Jason e Nico foram para perto delas e Jason olhou para o céu pedindo um raio. Ele se concentrou para não dar um choque nas meninas e sim nas plantas, o que sem duvidas iria matá-las. O raio veio, e as plantas começaram a pegar fogo e murchar. Nico invocou alguns esqueletos que cortaram as plantas. Depois de alguns segundos as plantas secaram totalmente e as meninas pareceram aliviadas. E um pouco verdes também. Então Paula finalmente disse:

–Vocês não podiam ter vindo um pouquinho mais cedo? Nós estávamos prestes a virar comida de PLANTAS!

É claro que as meninas, principalmente Beatriz, não iam apreciar o fato dos garotos terem abandonado a bandeira com Percy, que estava sendo atacado por um monte de campistas, só para eles irem salva-las.

Bem, eles tinham que admitir: os campistas estavam jogando sujo. Muito sujo. Eles estavam dispostos a matar alguém usando plantas para evitar que a “bandeirinha” deles fosse capturada.

–Fiquem felizes porque ninguém nos seguiu. Agora venham, vamos levar a bandeira até o nosso lado da floresta antes que o outro time perceba que ela sumiu. – Nico disse.

–Cadê o Percy? – Beatriz perguntou, enquanto olhava para seu braço que estava roxo.

–Ele ficou cuidando da bandeira. – Jason disse, trocando um olhar com Nico.

–Como assim “cuidando da bandeira”? – Beatriz olhou para Jason semicerrando os olhos. – E o que aconteceu com o muro que ele fez?

–Ele teve que desfazer porque não conseguiríamos passar por ele pra salvar vocês – Nico explicou.

–Alguém tem que ajuda-lo – Beatriz pegou sua espada e correu na direção onde Percy devia estar lutando contra os campistas do outro time.

–Ei, garota! – Nico puxou o braço de Beatriz antes que ela se afastasse mais deles. – Percy não está sozinho, os chalés do nosso time estão, provavelmente, ajudando-o

Beatriz olhou nos olhos de Nico e, sem alternativas, voltou para o lado dos amigos.

Jason pegou a bandeira e eles começaram a fazer seu caminho de volta. Porém, bem antes de chegarem até a metade do caminho, eles encontraram dezenas de campistas esperando por eles.

Eles praguejaram silenciosamente.

Os campistas vermelhos não tinham percebido o grupo chegando. Quando os semideuses perceberam que eles estavam com a bandeira do grupo vermelho, não pareceram nada entusiasmado.

Estávamos tão perto!", o pensamento foi unânime. Parecia que os campistas do time vermelho, não iriam desistir sem lutar. Infelizmente – para eles –, o grupo também não. Nico e Jason olharam para as meninas e elas simplesmente sacaram suas espadas.

Essa devia ter sido a batalha entre campistas mais sangrenta em um jogo de capture a bandeira dentro do Acampamento Meio-Sangue.

Apesar da exaustão, Beatriz e Jason conseguiram invocar três raios que caíram na multidão de campistas. Beatriz fez um raio cair no lado deles da floresta, perto de onde Percy devia estar, como se fosse um pedido de ajuda. Paula usou a água que ela havia armazenado em seu corpo, jogando alguns semideuses longe com jatos de água. E Inara e Nico ajudavam como podiam, com soldados esqueletos e tudo mais.

[...]

Você pode pensar que depois de as meninas derrotarem mais de cem campistas, um por um, serem atacadas por mais de dez flechas, estarem prestes a serem dissecadas, afogadas, eletrocutadas, perderem um pé ou uma mão nas armadilhas dos filhos de Hefesto, depois de quase terem desmaiado de emoção, e depois de quase serem engolidas por plantas, o dia delas não podia ficar pior.

Se você pensa isso, estaria errado(a).

Tinha sangue por toda a parte, e as meninas e os meninos estavam muito cansados e machucados.

As meninas apunhalavam e faziam cortes nos campistas como maníacas e elas também usavam o cabo da bandeira para derrubar os inimigos. Nico usava sua espada e convocava seus saldados e Jason usava adagas, espada e fazia aparecer raios, mas, mesmo assim, estavam em desvantagem.

Eles tinham que lembrar que a maioria do time vermelho eram legais e eram amigos, então, não poderiam matar ninguém, apenas derrubar e deixa-los inconsciente. Essa tática levava mais tempo e enquanto isso, os outros campistas iam se aproximando. O grupo não iria aguentar por mais tempo. Eles estavam perdendo a batalha.

–Bem... Acho que é isso – Beatriz disse, enquanto dava um empurrão em um campista. – Foi bom lutar com vocês.

–O mesmo digo para você, garota dos raios – Nico disse. – Mas sem chance de eu me render.

–Eu também não, mas o que vamos fazer? – Beatriz perguntou.

A pergunta dela nunca foi respondida, por que naquele momento, o chão tremeu violentamente, derrubando todos, inclusive o grupo.

Todos estavam pensando na mesma coisa: Terremoto.

Mas aquilo era impossível. Nunca teve terremotos no acampamento, mas aquele terremoto tinha sido causado por alguém. Os olhos de todos se arregalaram. Não poderia ser...? Aparentemente, todos tinham chegado à mesma conclusão: parece que Percy Jackson havia chegado.

Talvez haja esperança afinal...

[...]

O pequeno truque de Percy até que ajudou. Mas no momento em que o chão começou a parar de tremer, parecia que Percy ia desmaiar. Infelizmente, ninguém teve tempo de ajuda-lo.

Porém, felizmente, aquilo fez os campistas que estavam caídos, ficarem perplexos. No momento em que se recuperaram, se reagruparam.

O grupo, tinha feito um bom trabalho em relação a segurar os campistas. Eles podiam ver o rio de onde estavam. O território do time azul estava a poucos metros dali... Só mais uns vinte metros e o jogo estaria terminado!

–Vou ajudar Percy e vocês vão até o nosso território, encontro vocês lá – Beatriz disse.

O grupo assentiu e correram juntos até seu território, Beatriz levantou Percy, pois o mesmo estava desmaiado. Ela colocou um braço dele ao redor de seu pescoço e colocou uma mão ao redor da cintura do garoto. Ela correu com ele até o grupo e lutou com alguns campistas que estavam pelo caminho.

Por incrível que pareça o grupo ainda estava esperando por eles. Os quatro que estavam com a bandeira sorriram ao ver que Beatriz tinha conseguido trazer Percy, mesmo que ele estivesse desmaiado.

Ela se juntou ao grupo e eles correram juntos até seu território. Assim que chegaram lá os campistas do time azul estavam esperando por eles entusiasmados.

Os seis, sim, os seis. Percy havia acordado, mesmo não estando forte o suficiente conseguiu fazer a mesma coisa que todos fizeram. Os seis pegaram no cabo da bandeira vermelha e a ergueram.

Era isso. O time azul havia ganhado, por causa deles. Por causa dos filhos dos três grandes.

–Parabéns aos seis – Quíron disse.

Todos assentiram, satisfeitos. Ninguém reparou que Nico saiu de perto deles.

–Vou levar Percy para a enfermaria – Beatriz disse.

–Tudo bem, Beatriz – Quíron sorriu. – Pode levar seu namorado para a enfermaria.

–Ele não é meu namorado, Quíron – Beatriz revirou os olhos.

Jason, Inara, e Paula começaram a rir e Beatriz olhou feio para eles.

–Ok, pode levá-lo – Quíron disse para Beatriz, prendendo um sorriso.

Beatriz não conseguiu dar nem dois passos antes de tudo acontecer. Os semideuses estavam completamente horrorizados com o que viam. Três cães infernais estavam avançando na direção deles. Quer dizer, na direção de Paula. Suas bocas salivavam e o olhar deles pareciam perfurar a alma de Paula. Todos empunharam suas espadas – até Beatriz, que ainda apoiava Percy.

Paula empunhou a espada e o escudo e os cães infernais atacaram. Em um movimento rápido, Paula pulou para o lado, desviando de um deles. Paula sabia que os cães infernais estavam atrás dela. Então, tomou uma decisão: os levaria para a praia. Lá ela estaria perto da sua fonte de poder e não haveria nenhum semideus que poderia se machucar.

Sem hesitar, Paula se pôs a correr. Os cães infernais a seguiram. Assim que Paula chegou à praia atacou os cães infernais com jatos de água. Um dos cães infernais pulou em cima de Paula, jogando-a no chão fazendo-a soltar seu escudo e sua espada. Mas, antes que o cão infernal desfigura-se o rosto de Paula, alguma coisa pulou em cima dele, lançando-o para longe.

Paula levantou em um pulo, correu até sua espada e observou o que tinha salvado seu rosto de ser desfigurado. Um quarto cão infernal estava ali, assim como Inara. Paula deduziu que fosse Queen e suspirou aliviada.

Os outros dois cães infernais atacaram Paula. Paula golpeou o Cão Infernal 2 com seu escudo e bloqueou o Cão Infernal 3 com sua espada. Paula sentiu que seus ossos e músculos estavam se desfazendo por causa do cansaço, mas negou-se a desistir.

Em algum momento, Paula avistou Beatriz. A filha de Zeus chegara correndo na praia, Jason vinha logo atrás dela apoiando Percy, que estava consciente, mas ainda muito fraco. Beatriz levou dois dedos à boca e assobiou. Um assobio alto e estridente. Por um instante nada aconteceu, mas logo Paula escutou o estridente grito de uma águia. Ela olhou para cima e observou enquanto uma águia imensa sobrevoava o local. Até os cães infernais pareciam um pouco confusos. A águia pousou no ombro de Beatriz, Paula percebeu que as garras da águia eram imensas e ela se perguntou se não estavam machucando Beatriz, mas a filha de Zeus apenas sorriu e disse:

–Agora, Thunder!

A águia deu um rasante tão rápido na direção de Paula que ela só teve tempo de se abaixar. Thunder começou a bicar os cães infernais 2 e 3 enquanto Queen cuidava do cão infernal 1. Inara e Beatriz olharam para Paula como quem diz: "Pronto. Agora faz alguma coisa antes que Queen e Thunder se machuquem!"

Foi então que uma ideia surgiu na mente de Paula: Blue. Paula fechou os olhos e se concentrou, dizendo em sua mente: "Ei, Blue. Estou super encrencada aqui na praia. Será que dá pra você dar uma passadinha aqui, garota?" Paula rezou para que Blue pudesse escutá-la.

De algum modo, Paula sentiu a chegada de Blue. Antes que o Pégaso ficasse visível, Paula correu para dentro d'água e fez com que a mesma a impulsionasse para cima. Em um minuto a água obedeceu ao comando da garota e no outro Paula já estava montada em Blue.

"Obrigada, garota.", Paula disse.

"Quem eu tenho que esmagar, senhorita?"

Paula guiou Blue até o cão infernal 2 que estava com Thunder. Blue voou bem próxima dele e Paula conseguiu desferir um golpe no cão infernal, transformando-o em pó. O outro cão infernal foi mais fácil, pois Thunder já tinha cuidado da maior parte. Quando terminou, a águia olhou para Paula e deu mais um de seus gritos estridentes, em seguida voou até Beatriz.

Quando Paula foi matar o cão infernal que estava com Queen, ela fez com que Blue voasse bem baixo, pois não conseguia distinguir um cão infernal do outro. Paula não queria machucar Queen, então disse para Blue:

"Eu vou pular, Blue. Se prepara para mergulhar, garota!"

"Como quiser, senhorita"

Blue encolheu as asas e mergulhou em direção à areia, quando estavam a poucos metros do chão, Paula pulou de cima de Blue e caiu rolando no chão. O cão infernal de Inara correu para perto da dona e Paula agradeceu silenciosamente por isso. O cão infernal 1 investiu contra Paula, mas a garota foi mais rápida e cravou sua espada na garganta do monstro. Uma chuva de pó caiu em cima de Paula. A garota se levantou. Ela percebeu que Ivan estava correndo até ela.

–Você está bem? – Ivan perguntou.

Paula abriu um sorriso cansado.

–Eu? Ah, estou ótima. Não está vendo?

Paula deu dois passos na direção de Blue, que havia pousado perto da dona, antes de desmaiar e ser aparada pelo Pégaso.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ficou super grande, mas acho que valeu a pena.
O que acharam? Bom? Ruim? Comentem, por favor :)



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