Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 43
Cannonball


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente *---*
Demoro, mas chegou 0/
Desculpem o atraso, não vou falar nada hoje rs
Vou deixar vocês lerem em paz :D
Vejo vocês lá em baixo ❤️



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Capítulo XLIII

" O que nos impulsiona

são estes milagres invisíveis,

detalhes imperceptiveis,

que a gente não vê,

mas no fundo da alma, a gente sabe que tem"

(Marcelo Vico)

Sasuke levantou da cama sorridente, fez sua higiene matinal, vestiu seu terno preto e desceu as escadas indo em direção à cozinha. Nunca em toda sua vida acordou tão bem disposto, assoviando uma música qualquer preparou seu café deixando a cafeteira ligada, caso alguém quisesse usá-la.

Com a xícara em mãos saiu pela porta da cozinha, indo em direção aos fundos da casa, sentou-se em uma das cadeiras da varanda ficando de frente para o jardim, acomodado confortavelmente, bebericou seu café enquanto os primeiros raios de sol surgiam no horizonte. A linda paisagem alegrava seu coração, entretanto não tanto quanto os acontecimentos da noite anterior.

Algumas horas antes

Sasuke almejava não ter de deixá-la, a saudade dos lábios doces e pele macia pareciam insaciáveis, quanto mais a tocava maior era a necessidade de mantê-la em seus braços. Naquele momento com os pulmões em chamas, odiava a si mesmo por ter de respirar, afastando-se míseros centímetros sentia a respiração ofegante misturar-se a sua.

─ Sa...suke - falou com a voz fraca.

Sasuke sorriu de canto ao ver o rubor no rosto angelical.

─ Você não estava indo embora? - ergueu a sobrancelha provocando-o.

─ Eu? Hm... - apoiou a mão no queixo fingindo pensar - Não me lembro disso - segurou os fios róseos a puxando para mais perto.

Carinhosamente, distribuiu beijos pelo rosto da moça formando uma trilha até os lábios.

─ Sasuke - riu, os beijos lhe faziam cócegas - É melhor você ir, meu pai pode aparecer a qualquer momento e perfurar seu corpo com algumas balas.

─ Morrerei feliz se for em seus braços - sorriu de canto.

─ Bem, mas eu não quero que você morra - desceu da escrivaninha - Vamos, eu preciso dormir e você também - empurrou o moreno em direção à varanda.

─ Hm, você é uma garota horrível - bufou.

─ Você também não é dos mais adoráveis - cruzou os braços fingindo estar com raiva.

Sasuke sorriu minimamente, acompanhado da garota caminhou em direção a beirada da varanda, onde se apoiou, a observou por alguns segundos, queria guardar cada detalhe daquela noite. Antes de pular, fez um sinal com a mão pedindo que ela se aproximasse, ao tê-la por perto encostou os lábios gentilmente entre os cabelos coloridos depositando um beijo ali.

─ Meu morango - olhou profundamente nos olhos esmeraldinos, sorrindo ao pronunciar o que tanto desejava.

Sem esperar por qualquer reação da jovem, passou a perna por cima da varanda apoiando na calha para chegar até o chão.

─ Sasuke... SASUKE?! - gritou no ouvido do filho, o levando ao chão - Esta surdo menino?

─ Agora eu estou - acariciou o ouvido dolorido.

─ O que foi que aconteceu? - o olhou desconfiada..

─ Nada - bufou.

─ Aham, vamos fingir que eu não te conheço então... - ergueu sobrancelha - Seu irmão está esperando lá fora, ele disse que cansou de te chamar.

─ Hm - passou a mão no palito, retirando qualquer resquício de sujeita. Beijou o rosto da mãe, entregou a ela sua xícara vazia e seguiu em direção à garagem onde o mais velho o esperava.

Sentado no banco do motorista Itachi ria de algo que sua noiva havia dito, quando Sasuke entrou na parte de trás do carro.

─ Olha só, Alice voltou do país das maravilhas - observou o mais novo através do retrovisor, antes de dar a partida.

─ HÁ, HA! Tão engraçado - declarou irônico - Não sei como Washu consegue viver ao seu lado sem molhar as calças.

─ Talvez ela não consiga - sorriu provocando-a, deixando sua noiva envergonhada.

─ ITACHI! - bateu no braço do moreno.

─ O que foi? Eu não disse nada de mais - deu de ombros sem desviar os olhos da pista.

─ Calado!

─ Mas...

─ Ca-la-do! - o olhou por cima do óculos.

Contente Sasuke se aproximou do casal, encaixou o corpo no pequeno espaço entre os bancos à frente.

─ Washu, acho que vamos nos dar muito bem - ergueu a mão que logo foi acertada por um leve tapa em um saudoso cumprimento

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As horas passaram rapidamente, Sasuke terminava de assinar alguns documentos, quando notou que o horário de seu expediente havia terminado, essa era uma das vantagens de ser estagiário, 6 horas de trabalho e pronto.

Pousou a caneta sobre a mesa, massageou o pescoço, alongou o corpo dolorido, recolheu tudo o que lhe pertencia e abandonou a sala, hora extra nunca o interessou, preferia ser um funcionário fiel que saía e entrava no horário exato, ao menos na maioria das vezes.

Seguiu pelos corredores a procura da saída, trazia o palito apoiado no ombro e a mão escondida no bolso da calça, atravessava distraído a ala exclusiva dos designes, quando uma bola de papel atingiu sua cabeça em cheio. Enfurecido caminhou em direção a única sala do corredor, a artilharia só poderia ter vindo dali, abrindo a porta bruscamente foi surpreendido.

─ Mas que por... - seus olhos percorreram cada canto daquele lugar não acreditando no que via, o chão estava completamente coberto por papéis, alguns escritos outros amassados, as paredes foram riscadas e do teto pendiam fios, parecidos com nylon, com desenhos de inúmeros personagens nunca vistos antes - Meu Deus - murmurou perplexo.

─ Ah, olá Sasuke - sorriu.

─ Mas o que... - encarava a garota sentada em cima da mesa.

─ Hm, cara de bobo... Deixe me ver se eu adivinho - ergueu as mãos para o ar balançando como se esfregasse uma bola de cristal invisível - OH! Washu o que é isso? Como você consegue trabalhar assim? O que você está fazendo? Por que está em cima da mesa? Isso na sua cabeça é um pato e blá-blá-blá - desceu da mesa.

Com a graça de uma bailarina, desviou de cada papel, até mesmo o que para muitos seriam imperceptíveis, chegando ao lado do moreno em poucos segundos.

─ Então, eu acertei? - o encarou de perto.

─ Sim, menos a parte do pato - sorriu em resposta a singela gargalhada da loira.

─ Eu te explico, vem cá - o segurou pelo braço.

Assim como veio, Washu voltou agora levando Sasuke consigo. Sentou em cima da mesa com a pernas cruzadas como índio, assim como as professoras do primário diziam, com leves batidas na madeira o convidou para ocupar o lugar ao seu lado.

─ Seu pai me pediu para criar um novo jogo, eu estou tentando, mas até agora nada - bufou - Imaginei que talvez a mudança de ambiente estivesse bloqueando minha criatividade, por isso transformei esse lugar no meu escritório - coçou o queixo - Na verdade está mais para minha sala de estar, mas enfim...

─ E por que tantos papéis?

─ Tenho memória visual, preciso deixar cada um de meus pensamentos a vista, assim posso entrelaça-los como se fossem peças de quebra cabeça. Vem mais pra cá - descruzou as pernas dando mais espaço ao rapaz - Olhe e me diga o que vê.

Seus olhos percorreram cada canto da sala, porém nada lhe pareceu compreensível.

─ Eu vejo muitos papéis riscados - disse o obvio.

─ Isso é porque você está pensando em cada papel, você tem de olhar para todos como se fossem um conjunto.

Atendendo ao que foi pedido, Sasuke forçou a própria mente a distanciar-se dos pequenos detalhes. A imagem a sua frente pareceu se fundir, cada papel complementava o outro, as paredes eram cobertas por imagens campestres, o chão alternava terra, animais e casas, enquanto as páginas flutuantes eram as pessoas, pessoas diversas, era como estar dentro de um vilarejo semelhante aos que haviam no jogo Zelda.

─ Viu - sorriu orgulhosa de seu trabalho - Algumas coisas só fazem sentido quando estão juntas.

Quando estão juntas... Ao ouvir tal declaração não pode evitar, sua mente foi ao encontro da jovem de cabelo cor de rosa, aquela frase parecia defini-lo, sozinho ele existia, mas só ao lado dela sua vida poderia ter realmente algum sentido. Era assim desde o dia que a conheceu, ela virou seu mundo de ponta cabeça e foi aí que ele percebeu que de cabeça para baixo era o lado certo.

Como se uma lâmpada fosse acesa dentro de sua cabeça, teve uma grande ideia, algo que poderia ajudar muita gente.

─ Washu, acho que sei um jeito de criar seu novo jogo - sorriu vitorioso enquanto explicava seu plano.

oOo

Sasuke se sentia esgotado, durante horas ele e Washu planejaram cada detalhe do que viria ser o novo jogo, trabalhar com a cunhada não era a coisa mais fácil do mundo. Garota de personalidade forte, assim como ele, defendia suas ideias fielmente, o que atrasou algumas decisões. Contudo a base do jogo fora montada e isso era suficiente para o primeiro dia de trabalho.

Sentiam-se empolgados a cada vez que algo era decidido, cada pensamento pertinente foi anotado no computador, apesar de ter uma sala coberta por folhas, Washu era contra o desperdício de papel, defensora da natureza, usava apenas o que era indispensável, sempre enviando a reciclagem ao acabar. Absortos em pensamentos, nem mesmo viram o tempo passar, notando apenas ao ouvir a porta ser aberta.

─ Amor, minha mãe ligou nos chamando para ver nossa nova casa...- assustou-se com o visitante inesperado - Sasuke? Achei que você tinha ido embora.

─ Eu ia, mas mudei de ideia - levantou com cuidado para não pisar em nada.

─ Posso saber o que está fazendo na sala da minha mulher - observou os dois desconfiado.

─ Pode - andou em direção ao mais velho - Mas não vai - sorridente tocou o ombro do irmão para logo em seguida deixar o recinto.

─ Washu? - ergueu a sobrancelha curioso.

─ Sim? - pegou sua bolsa indo de encontro ao amado.

─ Não vai me dizer o que vocês estavam aprontando? - enlaçou a mão a da jovem.

─ Hm... - fingiu pensar - Não - sorriu.

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Escondida em baixo dos lençóis, Sakura tocava os próprios lábios relembrando a sensação de beijar o moreno, nunca em toda sua vida se sentiu tão envolvida por alguém, era como se o mundo parasse, e cada toque a fizesse se sentir especial, amada, enfeitiçada. Teria se entregado a ele de corpo e alma sem pensar duas vezes se sua mente não despertasse, isso seria algum tipo de sinal? Achava que sim, porém almejava pela certeza, assim poderia ser dele, apenas dele por toda a eternidade.

O encanto misturado com a preguiça a prendiam no colchão, poderia passar o dia todo ali se não fosse sua prova. Sakura sabia que suas lembranças haviam retornado à pouquíssimo tempo, porém não suportava ficar mais um dia se quer sem estudar, a medicina era sua paixão de infância, passar no vestibular fora sua maior alegria, não podia perder essa chances. Espreguiçando o corpo tomou coragem para encarar o que estava por vir, não importando qual fosse o resultado.

Se arrumou rapidamente, tomou seu café da manhã e beijou seus pais como de costume, parou em frente à porta para conferir se tudo o que precisava estava ali, tendo a certeza que sim, saiu de casa acreditando na vitória. Ao fechar a porta atrás de si ouviu a buzina de um carro soar loucamente, riu ao ver o porque.

─ TESTUDA! - Ino com boa parte do corpo saindo pelo teto solar de seu carro, acenava animada.

Feliz e um pouco envergonhada, Sakura caminhou até a amiga escandalosa.

─ O que faz aqui Ino?

─ Bom dia, também estou feliz em te ver. Inclusive, eu estou ótima, obrigada - fingiu estar ofendida fazendo a amiga rir - Eu vim te buscar

─ Me buscar?

─ Você acha que eu, Ino-diva-maravilhosa, iria deixar minha melhor amiga louca e ansiosa ir sozinha ao que poderia ser o fim de sua vida? Não, eu não deixaria - deslizou o corpo para dentro do carro.

─ Seu discurso foi tão animador, obrigada por lembrar que minha vida pode acabar - abriu a porta do carro, tomando o lugar do passageiro.

─ Não tem porque me agradecer - riu - Eu só queria ter certeza que você não ia esquecer que sua vida, futuro e o amor dos seus pais estão em jogo.

─ Ino, eu te odeio - deslizou pelo banco sendo impedida pelo cinto de segurança.

─ Eu sei - mostrou a língua, colocou seus óculos de sol e aumentou o volume do rádio, como ela e Sakura sempre faziam.

oOo

Sentada de frente para a mesa do professor, Sakura roía a ponta do lápis ansiosa, cada vez que sua prova era riscada pela caneta vermelha sentia seu coração bater mais forte. Acreditava ter ido bem, a prova não parecia difícil, perguntava apenas alguns conceitos básicos, entretanto de nada diminuía seu nervosismo.

Ao ver a mão do professor pousar sobre a mesa teve a certeza que ele sabia o seu resultado, os minutos pareceram horas, tentava decifrar as expressões do homem a sua frente, desejava se agarrar a algum sinal positivo.

─ Senhorita Haruno Sakura - a convidou a se aproximar.

Em câmera lenta assistiu seu corpo se movimentar sozinho, parando em frente ao senhor de meia idade.

─ Meus parabéns - devolveu a ela a prova.

Com um sorriso largo, mal podia acreditar que havia conseguido, não era a melhor das suas notas, mas era o suficiente para retomar as aulas. Teria de começar desde o início, contudo ter recebido a chance de realizar uma prova da universidade sem ter de prestar o vestibular novamente era algo indescritível.

Agradecendo ao professor se retirou da sala, tentou controlar a emoção, porém de nada adiantou a empolgação era tamanha que saiu correndo como louca, abrindo bruscamente a porta que dava para o estacionamento.

Caminhou por todos os cantos procurando por sua amiga, mas ela não estava mais lá, Ino a abandonou na faculdade e agora teria de voltar de ônibus, achou estranho a atitude da loira não que ela tivesse juízo, mas não era de seu feitio abandonar os amigos na rua. Algo lhe pareceu errado, porém a alegria que sentia logo a fez esquecer.

Durante todo o trajeto seu sorriso não diminuiu um milímetro se quer, começava a se sentir uma versão feminina do coringa quando enfim chegou a seu destino. Desceu do ônibus e saltitou até em casa, abriu a porta em rompante e sentiu seu coração falhar ao ver as luzes apagadas, seus pais haviam saído sem ela? A procura do interruptor, iluminou o ambiente tendo o rosto atingido por algo.

─ Parabéns! - confetes eram lançados em sua direção.

Ino e seus pais, antes escondidos atrás do balcão da cozinha, sorriam animados com um enorme bolo de chocolate com morangos em mãos

─ Ma-mas como vocês sabiam? - ainda boba por conta da surpresa.

─ Seria impossível você não passar, conhecemos você, querida - Mebuki e Kizashi envolveram a filha em um abraço aconchegante, entregando a loira o bolo.

Já tendo separado tudo, Ino pôs o bolo sobre a mesa e começou a parti-lo.

─ E também - enfiou o dedo no bolo roubando um morango - Se você não passasse diríamos que estávamos comemorando sua perseverança - pronunciou pausadamente por estar de boca cheia.

Sakura riu, Ino parecia melhor do que nunca.

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A uma hora aguardava ansiosa pela chegada do filho e da nora, havia começado a roer algumas unhas, mas logo foi repreendida por Ori e seu discurso sobre o cuidado com seu bem mais precioso. Ignorou grande parte do que o amigo dizia, seus olhos vidrados na rua, quase saltaram da orbita ao avistar o carro de Itachi, rapidamente se aproximou da calçada com um grande sorriso estampado na boca.

Assim que Itachi e Washu desceram do carro, foi inevitável não olharem para uma Mikoto radiante do outro lado, que acenava feito uma criança inquieta. Juntos caminharam até a Uchiha sendo recebidos por um abraço extremamente apertado e cheio de empolgação.

─ Demoraram pra chegar, Ori e eu poderíamos morrer aqui - reclamou fingindo estar brava.

─ Tivemos um imprevisto, dona Mikoto - explicou Washu.

─ Um imprevisto chamado; Sasuke e Washu trancados na mesma sala fazendo sabe se lá o que - implicou com ciúmes. ─ Itachi - o repreendeu constrangida.

─ Sasuke com Washu? - arqueou a sobrancelha - Bem, depois iriei querer um relatório sobre isso. Agora, vamos ao mais novo lar de vocês - abriu o sorriso.

─ Certo, me passa o endereço - perguntou entediado, já que imaginava não ser muito longe dali.

─ Tokyo-to Setagaya-ku Kami-Soshigaya 4-18-6 - respondeu, grudou seus braços no do filho e o encarou como quem encara uma vitrine de doces.

─ Mas este endereço é... - olhou para sua casa e viu a única diferença no ultimo numero, a mansão continha o numero 5. Então voltou a vasculhar ao redor e estacou na bela casa a frente - Mãe... você não fez isso, fez?

─ Claro que fiz, meu amor. Ori esta de prova - puxou o amigo para ficar a frente do casal.

─ Acreditem, não foi fácil construir este monumento em menos de dois dias - ressaltou apontando para a casa.

─ Dois dias? - Washu arregalou os olhos - Dona Mikoto, eu... bem... nós...

─ Não diga nada agora, querida. Guarde tudo para o final - esboçou um sorriso travesso - Vamos, andem pelo caminho de pedras, nada de pisarem na grama - alertou.

Antes de entrarem, Mikoto fez questão que o casal deslumbrasse a entrada, em uma misturar impecável de rustico chique contemporâneo, a fachada lembrava o tipo de casa de campo, porém com a estrutura de um sobrado. A pintura clássica de cor branca e nude adornava com as bordas das janelas em tons escuros, A porta foi aberta por Ori, que deu passagem a todos para a sala, a decoração mais uma vez exalava aconchego por toda parte, o sofá branco em formato de L complementava com almofadas azul royal, a grande estante extensa do lado esquerdo recheada por livros, enfeites e porta-retratos estratégicos realçava o ambiente. A mesa de centro sustentava dois bomboniere de cristal, que rapidamente foi assaltado por Itachi e Washu.

─ Crianças, não comam os doces - reclamou Mikoto.

─ Só no seu mundo que chocolates são enfeites, mãe - disse pegando mais alguns, Washu roubou os que estavam na sua mão e antes mesmo que pudesse protestar, ela já havia comido.

─ Perdeu - provocou.

─ Vamos continuar - chamou a atenção do casal para si - Olhem essa lareira que perfeição, ela vem com um controle onde vocês podem manusear o fogo - buscou pelo controle pequeno e apertou um botão ligando as chamas.

─ Não vejo necessidade disso, mãe - resmungou entediado.

─ Imagine só quando os dias de inverno chegarem - uniu as mãos direcionando seus olhos um ponto qualquer - Você e Washu juntinhos tomando chocolate quente, abraçadinhos, apenas desfrutando da companhia um do outro - disse sonhadora.

─ Do-dona Mi-Mikoto, vamos para o próximo cômodo. Sim? - sugeriu a Nakamura, corada da cabeça aos pés.

─ Claro, querida - a Uchiha saiu na frente juntamente de Ori.

─ Talvez essa lareira tenha alguma utilidade mais tarde - sussurrou no ouvido da namorada, sorriu e passou o braço pelos ombros da mesma, para enfim seguir a matriarca. Alegre Mikoto mostrava cada detalhe do escritório feito exclusivamente para o filho e ao lado um outro para a nora. A direita do corredor se encontrava o banheiro, igualmente rustico. Ao lado dois quartos simples para hospedes.

─ Mãe, nós nem temos hospedes.

─ Mas logo terão, e estes quartos serão pitados por cores únicas e recheados por brinquedos de todo tipo - pronunciou direcionando o olhar malicioso a nora - Oras, depois de tudo a única recompensa que podem me oferecer são belos netinhos.

Itachi e Washu, cada um desviou o olhar para um ponto qualquer, constrangidos e mortos de vergonha, apenas deixaram com que Mikoto continuasse com o tour pela mais nova moradia.

A esquerda do mesmo corredor se encontrava o quarto do casal, adornado em tons claros, uma cama grande coberta por um enxoval de cor marrom e dourado, um criado mudo em cada lado da cama e uma parede de vidro com vista para o jardim, as cortinas escuras complementavam a decoração deixando o ambiente mais ameno. Voltando ao corredor central seguiram enfrente para enfim encontrar a cozinha estilo americana, em uma divisão sutil com a sala de jantar.

─ Pronto, chegamos ao fim - todos se encontravam no jardim, lindas orquídeas começavam a desabrochar ao redor das arvores - Agora podem dizer, o que acharam?

─ Mãe eu... Eu não tenho palavras... - começou Itachi, com as mãos escondidas no bolso da calça e olhos vidrados na casa.

─ Muito menos eu, dona Mikoto - Washu se aproximou da Uchiha, que naquele momento já entrava em desespero - Nós amamos, muito obrigada -murmurou ao abraça-la.

─ Apenas sejam felizes pertinho de mim - sorriu, depositou um beijo terno sobre o topo dos fios loiros, repetindo o gesto com o filho.

─ Aproveitem e inaugurem a casa, pombinhos, do jeito que sabem - Ori cutucou Itachi, com um sorriso malicioso - Vamos, Miko-chan. Se não, não haverá mini Itashu e WaIta correndo pela casa.

─ Oh, é verdade. Tomem cuidado para não tirar nada lugar, em - se despediu, em seguida enlaçou o braço de Ori, para que juntos fossem embora.

Washu incrivelmente havia conseguido ficar mais vermelha que um tomate, ja se imaginava cavando um buraco naquele jardim e enfiado sua cabeça no lugar. Itachi ria sem o mínimo de puder, quando os risos cessaram ele passou os braços ao redor da cintura da Nakamura e depositou um beijo na clavícula.

─ Lar doce inferno - murmurou sorrindo - Eu tinha certeza que seria um apartamento no inicio do bairro ou algo assim, mas jamais que ela construiria isso aqui.

─ Sua mãe é simplesmente incrível - suspirou - Itashu e Waita, são ótimos nomes, não acha? - comentou, virou-se para observar as expressões do homem que sempre iria amar.

─ Ah claro, se você pretende se casar com o Orochimaru, por mim tudo bem - ele contemplou o rosto emburrado e a beijou.

─ Seu bocó, eu nunca me casaria com outro que não seja você - sussurrou, apaixonada e completamente entregue.

─ Como se eu fosse deixar algo assim acontecer, mané - a beijou ao mesmo tempo que envolvia os braços sob os joelhos e cintura da moça, a pegando no colo. Ela soltou um gritinho assustado, mas nada que o impedisse de prosseguir com suas pretensões - Vamos para nossa cama, meu amor.

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Durante o trajeto Naruto tentava raciocinar e relacionar os acontecimentos com o pedido indireto de Kurenai para voltar ao dojo. Sua única conclusão era a certeza de que o corpo de Mesaren foi encontrado ali poucos minutos após sua saída, e se não encontrasse provas para sua inocência, quando aquela afirmação chegasse aos ouvidos do concelho sua vida estaria em risco. Provavelmente Hinata não deixaria que exercessem suas regras, mas com toda certeza seria expulso, tornando difícil mais uma vez seu relacionamento com a Hyuuga.

Não havia sido fácil tomar qualquer decisão para chegar ali, nem mesmo priorizar acima de tudo seu amor por aquela moça. No inicio jurava que ela somente o via como mais um amigo, que nunca o olharia como deveria, como ele desejava. Sempre sendo o brincalhão, sorridente e hiperativo da turma, ninguém poderia imaginar o quão grande era sua solidão. Expressões frias nunca fizeram parte da sua personalidade, do seu eu. Mas ele é humano, com todas as tolices, erros e atitudes impensadas. Naruto descobriu o significado do amor muito cedo, com seus pais tudo era mais simples, sincero e não havia meias palavras, eles se amavam dês do fundamental, moravam na mesma rua, brincaram e cresceram juntos, no momento que encontraram um ao outro, não foram capazes de deixar escapar qualquer oportunidade. Minato e Kushina era o tipo de casal que mesmo quando estavam distantes, ainda sim eram perfeitos um para o outro, completamente opostos e apaixonados. E ele os admirava irrevogavelmente. Por esta razão soube imediatamente quando sua vontade era ama-la, estar ao lado e ser unicamente suficiente, mesmo com toda sua inocência e inexperiência, ele a queria.

Coragem, ele tinha tudo menos coragem para encara-la. Se perdia no perolado dos olhos dela, dizia qualquer coisa para ouvi-la em retorno, ainda sendo seu pior erro, pois suas palavras impulsivas sempre acabavam a constrangendo. Quando Sakura lhe disse tudo que precisava ouvir, não pensou ao menos uma vez, simplesmente agiu de acordo com os seus instintos. Lutou sem hesitar não temendo a morte, mesmo contra as expectativas do próprio Hyuuga. Ele sabia, ele via a descrença, o desdém, o ódio, a raiva e superioridade nos olhos de cada um ao seu redor, escutou chamarem-no de louco, apesar de tudo, e os ignorou.

Que futuro teria? O que seria? O que faria da sua vida? Essas e outras perguntas perturbaram a mente do Uzumaki, infernizaram seus neurônios durante dias, até ele mesmo perceber que tudo que estava fazendo era correr atrás do seu futuro. Ele se tornou o que nunca imaginou que seria, fez tudo que não faria e não hesitou quando teve certeza que hesitaria.

Interrompeu seus devaneios ao se aproximar da entrada do dojo, seus pensamentos sobre um todo dissiparam aos poucos, em seu rosno não jazia mais o sorriso e sua expressão adquiria a seriedade. Tudo se encontrava em perfeita ordem e paz, não havia resquício de qualquer coisa suspeita. Caminhou até o tatame e sentou ao centro, cruzou as pernas em lótus e se pôs a pensar; Que razão teria Kurenai para manda-lo ali?

─ O que esta fazendo? - a voz de Neji o assustou.

─ Precisa aparecer do nada como uma assombração? - resmungou com as mãos sobre o peito e olhos arregalados. Suspirou pesadamente voltando a sua posição inicial - Hinata recebeu os exames do tal conselheiro, parece que ele não morreu assassinado e sim de uma doença. Então eu fui contar pra Kurenai. Mas aquela velha rabugenta só me ignorou e mandou vir ao dojo.

Neji suspirou ao se sentar ao lado do Naruto e imita-lo, o loiro arqueou a sobrancelha não compreendendo a atitude tranquila do Hyuuga. ─ Não vai falar nada?

─ Não - foi curto e seco.

─ Não esta com raiva? As investigações não serviram pra nada e agora não temos nem ideia de onde começar - insistiu, seus punhos rígidos permaneciam firmes sobre o tatame.

─ Estou com muita raiva - disse, contrariando o tom suave de sua voz - O dojo foi onde tudo começou e teve seu fim, se quisermos descobrir algo vamos precisar encaixar as peças desse quebra-cabeça.

─ Que quebra-cabeça? Nós precisamos encontrar o assassino e não ficar jogando.

─ Você nasceu assim ou é só idiota nas horas vagas? - a pergunta retorica soou mais como uma afirmação, o que não agradou nem um pouco o Uzumaki - Qual era a causa da morte?

─ Algo como; Insuficiência de alguma coisa - cruzou os braços apoiando o queixo sobre a mão.

─ Insuficiência cardíaca? Respiratória? Tente se lembrar - exigiu.

─ Acho que era respiratória - disse pensativo - Respiratória cônica ou será que era cômica...

─ Insuficiência respiratória - ofereceu a palavra - Então Mesaren sofria de uma doença crônica - concluiu, seus olhos fitavam a estatua de Buda, porém sua mente trabalhava a todo vapor em busca de respostas, pistas por menor que sejam.

─ Doença crônica? - franziu o cenho confuso.

─ Doenças crônicas são aquelas geralmente de desenvolvimento lento, de longa duração e, por isso, levam um tempo mais longo para serem curadas ou, em alguns casos, não têm cura - explicou indiferente - Isso é apenas para nos distrair, com o documento afirmando uma causa natural, não teríamos porquê continuar procurando por um assassino, já que o mesmo não existe.

─ Ta falando de que? Logico que existe um assassino. Se não por que raios a espada, a tal de Kusanagi estaria com sangue? - exaltou indignado.

─ Para incriminar alguém... - balbuciou Neji, o obvio - Ninguém além da Kurenai sabia sobre a Kusanagi estar com você. O fato de Mesaren tê-lo chamado para uma conversa, que obviamente o provocaria, nos faz chegar a conclusão que talvez ele estivesse envolvido em algum tipo de plano, plano este que acabou o matando.

─ Ainda não entendi. Em que momento o "assassino" entra e a espada magicamente surgi no meu quarto? - encarou o Hyuuga, que assim como ele tentava encaixar as diversas peças postas a mesa.

─ Esta é a questão. A invasão durou em torno de uma hora, poucos minutos antes você e Mesaren discutiram por volta de vinte minutos. Ainda mais que, Darin disse ter passado por ali durante este mesmo tempo. Após esses fatos ninguém mais foi visto ali por perto.

─ Aquele conselheiro, Haiato, acho que esse o nome dele... Onde ele estava? - perguntou desconfiado.

─ Eu o vi assim que fomos invadidos. Ele era o melhor amigo do conselheiro Mesaren, esta nos ajudando nas investigações - suspirou, levantou-se esticando as pernas, seus pés já começavam a ficar dormentes.

─ Eu não gosto nem um pouco daquele cara, pra mim, ele mataria qualquer um - desabafou com um bico emburrado - E aquele Darin também, tem cara de bonzinho, mas é só ser contrariado que o esquentadinho sai do armário.

─ Eu não duvido - murmurou mais para si mesmo - Darin...

─ É, É aquele com cara de "onde mamãe passou talquinho em mim, ninguém rela" - gargalhou com as mãos na barriga - Você viu o chilique que ele deu.... - riu interrompendo seus próprios dizeres.

─ Naruto, se visse algum familiar seu discutindo com alguém o que faria? - perguntou, ignorando completamente a gargalhada sem sentindo.

─ Oe, Neji! - reclamou, cessou os risos e suspirou cruzando os braços - Bom, eu iria ate lá e bateria na pessoa, depois eu perguntaria para o meu familiar o que aconteceu - coçou a nuca com um grande sorriso.

─ Ah! Claro - revirou os olhos - Nem mesmo sei porque fiz esta pergunta a você.

─ Ei, mas no que isso vai ajudar?

─ Em todo caso, por que Darin não se preocupou com o próprio irmão? Seja lá qual fosse sua atitude, seria o mínimo que deveria ter feito - com os olhos fixos na janela, o Hyuuga se pôs a raciocinar - Naruto, vamos procurar por Darin. Tenho algumas perguntas a fazer.

O Uzumaki assentiu, se levantou esticando o corpo e logo apressou o passo para alcançar Neji.

oOo

O ranger da porta despertou os dois homens que aguardavam do lado de fora. Neji foi o primeiro a encara-lo e constatar a confusão no semblante do jovem Hyuuga.

─ Podemos conversar, Darin? - inquiriu sem rodeios.

─ Posso saber do que se trata? - questionou no mesmo tom.

─ Seu irmão, Mesaren - replicou Naruto, recebendo o olhar sucinto de Darin.

─ Entrem - afastou-se da porta oferecendo passagem - Podem se sentar -Hyuuga e Uzumaki atenderam o pedido.

Acomodados, aguardaram pela volta de Darin, que fizera questão de buscar chá para servi-los. Naruto observava a casa simples de poucos moveis, a maioria de madeira. Além do sofá de estofado gasto, continha uma estante que dividia livros e porta-retratos da familia, entre as fotos apenas uma se encontrava Mesaren e ao lado uma outra foto lhe chamou atenção, pois nela estava Kurenai com seu semblante indiferente, juntamente de Darin, um pouco mais novo e mais sorridente. Iria se aproximar para ver melhor a imagem, porém o dono da casa voltou da cozinha com uma bandeja e três canecas.

─ Sobre o que querem saber? - perguntou ao distribuir as canecas.

─ Não, valeu - Naruto rejeitou o chá, recebendo mais uma vez o olhar clinico do jovem Hyuuga.

─ Sei que não faz muito tempo que prestamos nossas condolências, mas estamos aqui devido as investigações. Acredito que lhe interesse estar a par dos acontecimentos - Indagou Neji, aspirou o aroma do chá para em seguida colocar a caneca sobre a mesa de centro.

─ O assassino já foi encontrado, não há mais o que investigar. Kurenai - pronunciou o nome com desdém - Aquela mulher repugnante é a culpada de tudo!

─ Kurenai esteve em batalha durante a invasão, devo ressaltar que ela praticamente liderou e protegeu a todos nós - argumentou - Por uma questão obvia, ainda estamos a procura do assassino - olhou diretamente nos olhos do jovem, que desviou no mesmo instante fitando um ponto qualquer no chão - Perguntei uma vez onde esteve quando a invasão ocorreu, e você respondeu que assim que tudo iniciou saiu em busca de reforço. No entanto encontrou Mesaren e Naruto discutindo no dojo.

─ Sim - afirmou - Também lhe disse que não quis atrapalhar, afinal, estávamos em batalha.

─ Sabe me dizer em torno de quanto tempo procurou por reforços e retornou ao local da invasão? Preciso desta informação para passar ao conselho, sabe como são rígidos, querem saber sobre cada passo - sorriu para descontrair.

─ Sim, eu sei como são. Acho que por volta de trinta minutos, logo voltei para ajudar, já que havia muitos mortos e feridos - complementou, recolheu as canecas e as colocou sobre a bandeja - Mais alguma pergunta?

─ Não. Obrigado por sua colaboração, Darin - levantou-se - Já devemos ir, vamos Naruto.

─ Eu os acompanho - Darin abriu a porta, fez um rápido cumprimento e logo a fechou.

Naruto saiu na frente com a mesma expressão de seriedade que aderiu ao entrar na casa de Darin, quando Neji o alcançou, tocou em seu ombro obrigando-o a parar.

─ Já pode se acalmar agora, Uzumaki - a sugestão soou mais como uma ordem.

─ Você disse que ia fazer algumas perguntas, e pelo o que vi não serviram de nada, continuamos na mesma - seus dedos apertaram no meio da palma contendo sua fúria - A ÚNICA DIFERENÇA É QUE EU NÃO TINHA MOTIVOS PARA ODIAR AQUELE CARA, MAS AGORA QUE ELE FEZ QUESTÃO DE ME OFERECER CHÁ DE GENGIBRE, EU VOU ODIA-LO PARA SEMPRE! - ofegante, grunhiu irritadiço até que sua raiva dissipasse.

─ Acabou? - perguntou ao revirar os olhos entediado.

─ Não e...

Neji não esperou que ele terminasse, simplesmente fechou os punhos e socou o rosto do loiro, o levando ao chão consequentemente.

─ Caralho, Neji - gemeu de dor.

─ Perdão, perdi a paciência - suspirou - Agora temos indícios fortes para suspeitar de Darin, precisamos falar com Hinata. Anda, levanta.

─ Porra, você quebro meu nariz - choramingou com as mãos sobre o rosto.

─ Deixa de ser mole, temos questões mais importantes para resolver - um único olhar fez com que Naruto se encolhesse e o seguisse sem objeções.

─ Meu nariz é importante - murmurou baixinho - Não ouvi nada que vá ajudar.

─ Se prestasse mais atenção saberia que não era gengibre, o chá continha veneno, além de que Darin mencionou mortos na invasão, no entanto se ele realmente estivesse lá saberia que houve apenas feridos, e não muitos, pouquíssimos - virou-se para Naruto, retirou a mão dele e analisou rapidamente onde havia socado - Não esta quebrado, nem mesmo deslocou. Continue segurando até chegarmos, Hinata cuidara disso - retorno a caminhar, deixando o loiro completamente confuso para trás.

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Sentada na frente de um café no estilo francês, Karin olhava para as pessoas que por ali passavam, bebendo um saboroso suco de uva, esperava a chegada de seu convidado. Viu o rapaz se aproximar, ele encontrava-se parado do outro lado da rua esperando o sinal fechar. Vestindo uma calça preta e jaqueta de couro beje, caminhava em direção a ruiva, seu rosto era angelical e másculo, o cabelo loiro levemente bagunçado desenhava seu rosto arrancando suspiros de qualquer garota.

Em frente à mesa, puxou a cadeira vazia onde sentou-se sem qualquer cerimônia.

─ Karin - cumprimentou curvando sutilmente a cabeça.

─ Petter - correspondeu ao gesto - Conseguiu o que eu pedi? - olhou por cima dos óculos.

─ Consegui, mas o que você vai fazer com isso, Karin? - a olhava preocupado - Você prometeu que eu não seria demitido.

─ E você não será - sorriu transmitindo confiança.

─ Espero que esteja certa - soltou todo ar do pulmão de uma vez - Aqui está.

Mesmo inseguro, Petter estendeu a mão entregando a ela o que lhe foi pedido, uma pequena chave prateada.

─ Essa é a chave da sala principal, de lá você pode controlar tudo o que estiver a sua volta, das luzes aos brinquedos. Não posso deixar o portão aberto. então você terá de pulá-lo, também dispensei o outro Guarda assim como me pediu. Ninguém ira interromper.

─ Ótimo - sorriu - Muito obrigada, garanto que você não vai se arrepender.

─ Estou confiando em você - com um olhar repreendedor, levantou retornando o mesmo caminho pelo que veio.

─ Ora, ora - segurou a chave em frente aos olhos - Parece que chegou o momento que tanto esperei, Sasuke e Sakura não imaginam o que os aguarda - guardou o objeto dentro da bolsa, retirou da carteira um pouco mais do que o valor do suco, acenou para a garçonete e deixou o dinheiro dentro de um dos pratos.

Caminhava pelas ruas repassando tudo o que estava prestes a fazer, não tinha como voltar atrás, agora era tudo ou nada.


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Notas finais do capítulo

E aí? Como foi?
Deixem a opinião d'ocês aí embaixo, estamos ansiosas pra saber o que vocês estão achando
Inclusive, lemos todos os comentários, porém infelizmente não deu tempo de responder, final de semestre é complicado T.T
Prometo que vamos responder todos
Então... Por hoje é só!

Ps: música de hoje - Cannonball, essa música é da Kiesza, porém eu achei a voz dele irritante então recomento que usam uma versão cover.



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