Sorvete de Limão escrita por Sannin


Capítulo 1
Capítulo 01 – Garotos e garotas e amor


Notas iniciais do capítulo

Capítulo de início o/ Importante ressaltar que slice-of-life não segue qualquer linha temporal. Embora o capítulo 01 tenha mantido alguma para introdução da história, os outros talvez não sejam da mesma forma. Boa leitura~~



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No intervalo da escola:

— Eu estava pensando, qual o melhor jeito de abordar uma garota? — Noah falou mais para si mesmo, do que para seus dois amigos Alfie e Jake.

— Peladão. — Alfie afirmou. — Não precisa falar nada, só manda um olhar simples e direto: “E aí, gata. Estou peladão, estou lhe encarando, estou ficando quente, estou... Opa! Te agarrei.”

— Definitivamente não é desse jeito. — Noah pensou.

— Alfie só entende de comida. — Jake afirmou. — Não é esse tipo de olhar que você usa quando vai abordar alguém estando peladão.

— Não fique pelado! — Noah gritou novamente só em sua cabeça.


Na saída da escola:

— Então Noah, porque o interesse repentino em peladões? — Alfie indagou.

— Não foi esse meu interesse. Eu só... — Fez uma pausa. — Não importa.

— Está apaixonado. — Jake afirmou. — Entendo tudo sobre o amor Noah. Não precisa tirar a roupa...

— Não estou nem querendo! — Se irritou.

— Olhe só, eu acho que você precisa ser sincero com a garota. Diretamente. — Jake complementou. — Chegue nela e se confesse.

— Mas... Eu não sei o que dizer... E se ela não aceitar... Eu...

— Não tem magia nisso — Alfie cortou. —, você confessa-se tudo de uma vez: Roubei calcinhas da irmã do meu amigo, as cheirei, meus pornôs ficam em uma gaveta de fundo falso, sou guloso, odeio a posição da humanidade em relação à anatomia das minhocas, odeio dividir comida... Ah! É... Eu amo você.

— Que tipo de declaração é essa? — Noah imaginou desanimado. Embora Alfie tenha dito coisas realmente verdadeiras sobre si.

— VOCÊ PEGOU O QUE DA MINHA IRMÃ? — Jake parecia bem furioso ao ligar os pontos.


Na praça:

— Estamos no colegial, mas somos amigos desde o ginásio, antes talvez... E essa é a primeira vez que vejo Noah se interessar por mulher. — Alfie refletiu. — Realmente as pessoas mudam.

— Oe! — Noah exclamou descontente. — Eu sempre me interessei, mas quem quer falar sobre isso com dois idiotas? — Se defendeu.

— “O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia.” — Falou Jake fitando o céu.

— Que inferno é esse? — Noah.

— De onde veio essa desgraça? — Alfie.

— Sei lá... — Jake ficou perdido. — Retornando, quando ficamos pelados, encontramos motivação.

— Sério? — Alfie indagou seriamente interessado.

— Parem com esses assuntos de merda e me ajudem com a Ruby!

— HAH! — Jake gritou triunfante apontando o dedo para Noah. — Sabia que falar sobre peladões faria você dizer quem era sua amada!

Alfie pareceu ficar decepcionado. Talvez quisesse mesmo ficar nu.

— Vão à merda! — Noah envergonhado saiu em direção ao carrinho de sorvete sozinho. Talvez um sorvete de limão o ajudasse com seus devaneios exagerados de amor.


Na casa de Ruby:

— Dois homens pelados é arte! — Lola como sempre entusiasmada afirmou.

— Não queremos saber dos seus vícios pervertidos, miserável. — Maya sempre agressiva respondeu.

— Ok. Terminei! — Ruby inocentemente anunciou. — Vamos ver... Ah! — Ela estava com linha e agulha de costura tentando remendar uma camisa. Quando levantou a camisa, viu que costurou ela na cama. — Não t-tem problema, u-uso só para dormir. — Ela desistiu em choramingos.

— Meu deus, não consegue costurar uma camiseta. Que garota inútil. — Maya atacou de novo.

— Imagina dois homens pelados e costurados em cima da cama... Eu preciso escrever isso! — Lola inspirada puxou um bloco de notas da bolsinha.

— Não sei como a Ruby conseguiria um namorado. Teria que ser estúpido demais para alguém querer essa coisa. — Maya falou e por qualquer motivo Noah espirrou em algum outro lugar.


Na rua:

— Por que a Maya está sempre tão irritada? — Ruby indagou.

— Fogo no rabo. — Lola afirmou. — Amo fogo no rabo. — Riu maliciosamente.

— Fogo coisa nenhuma! — Maya se defendeu. — Só não aguento a capacidade das pessoas serem estúpidas.

Ruby jogou um copo d’água em cima de Maya.

— Apagou?

— Queime no inferno, imbecil! — Maya furiosamente gritou se limpando.

— Não funcionou, Lola.

— Estranho... Ei! — Lola chamou um garoto passando ao seu lado. — Essa garota se chama Maya e está com fogo, pode apagá-lo?

— Opa, meu nome é Jake e sou o bombeiro das garotas. — Ele cantou Maya.

— Vá apagar o fogo da tua mãe, nojento.

—... Tá mais para um incêndio. — Jake afirmou e Lola concordou analisando Maya.

— Bebês não ficam irritados quando não arrotam? — Ruby indagou. — Talvez funcione com Maya.

— Vale a pena tentar. — Jake agiu como se já fosse amigo delas. – Venham. Ajudem-me a por ela no ombro. — Falou indo em direção a garota.

Maya já fez balé, foi fácil o chute alcançar o queixo de Jake.


Na praça:

— Quando é que vocês duas vão arrumar um namorado? — Lola perguntou realmente interessada e eufórica.

— Eu... Eu... Eu... Eu... — Ruby travou corada.

— Não fique envergonhada só de pensar, cruzes. — Maya afirmou.

— Quando eu for apresentada, irei convidá-los para tomar um chá em casa. Só seus namorados. Os dois. Os dois juntos. Bem juntinhos... Cadê meu bloco? — Lola se inspirou do nada.

— Pare com essas perversões, demente. Você é quem precisa de um homem.

— Dois. — Lola corrigiu. — Se eu conseguir dois namorados, mais os namorados de vocês que já estão no banheiro da minha casa uma hora dessas, é igual a quatro... Quatro deles juntinhos... E eu ainda não achei meu bloco. Bolsa maldita.

— Eu... Eu... Eu... Eu...

— DESEMBUCHA! — Maya deu tapa na nuca de Ruby para destravá-la.

— Eu quero abraçar um garoto! — Ruby de repente anunciou bem alto. Suas amigas ficaram encarando ela, que explodiu como um tomate inchado em vergonha. — Digo, sorvete. Quero abraçar um sorvete. — Levantou-se indo em direção a barraquinha toda desengonçada.


Na barraca de sorvete:

— Idiotas. — Noah guinchou pensando em seus amigos. O homem finalmente lhe atendeu. — Quero um sorvete de limão. — Pediu. O homem pegou um sorvete de casquinha de creme, meio limão e entregou-os nas mãos de Noah.

— Era de limão, não com limão... — Noah choramingou em sua cabeça.

— Haaah... — Alguém expirou ao seu lado. Era Ruby. Eles estavam na mesma sala na escola naquele ano, embora nunca tenham conversado. O homem atendeu Ruby. — Eu quero um sorvete de limã... AH! Esqueci que não tenho dinheiro... — Afirmou desorientada.

Como alguém vai comprar algo e se esquece que não tem dinheiro?

Tem que ser muita cabeça de vento.

— E-eu... Pago o dela. — Noah, fofamente, tremendo, falou para o homem. E assim, uma casquinha de creme com meio limão para espremer em cima foi entregue a Ruby deixando ela estupidamente mais desnorteada com tudo.

Noah também não conseguiu falar mais nada. Foi se sentar na beira da calçada que cercava a praça, pois não queria ir até seus amigos ainda.

Porém, Ruby se sentou quase ao seu lado – Queria tão menos retornar as suas amigas.

— O-o-o-o-o-o-o... Brigada... — Ela conseguiu dizer.

— Uhm... — Noah não muito.

E foi só isso. Ficaram os dois, espremendo o limão no sorvete (?) e tomando.

Juntos quase lado a lado.

Foi assim que se conheceram.

— VAI NOAH, É AGORA, FICA PELADÃO! — Gritou Jake.

— VAI RUBY, PEGUE FOGO, PULE E AGARRE O GAROTO! — Gritou Lola.

Ruby espirou limão nos olhos e Noah quase comeu sorvete pelo nariz.

Morreriam com tamanho constrangimento.

—||—

Nome: Noah

Aparência: Cabelo e olhos pretos. Usa óculos.

Gosta de: Paz.

Não gosta de: Agito e gatos.

Resposta para a pergunta “Você está andando no deserto e vê uma tartaruga virada de barriga para cima, o que faz?”: Fico parado encarando-a.

Devaneio: Apaixonado por Ruby.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!Críticas, opiniões no geral e puxões de orelha são sempre bem-vindos! Até mais o/