All That Matters escrita por Mikaah


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Querida MegSwink, que bom que você está bem! :)



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Pov Jesse

1941, batalha de Pearl Harbor. 11 de Setembro, ataque às torres gêmeas. Naufrágio do Titanic, 1912… ou seria 1914? 

Puta que me pariu!

1912, 14 de abril de 1912, é a data que falam no filme.

P.U.T.A.Q.U.E.M.E.P.A.R.I.U!!!!

O filme lançou em que ano mesmo?

Cacete, isso é muito bom, eu vou…

“TERCEIRA GUERRA MUNDIAL!” - A frase escapa da minha garganta enquanto tento me concentrar em qualquer outra coisa.

Rachel para. Ergue o rosto, e me olha.

“Terceira guerra mundial?” - Ela pergunta, tirando o cabelo da cara.

“Coisa… de homem…” - eu sussurro, enquanto ela me olha confusa.

“Eu… eu fiz alguma coisa errada?”

Nossa, não mesmo!

“NÃO!” - Eu digo imediatamente.

Não para, por favor, só não para!

Ficamos em silêncio nos olhando por alguns segundos.

“Você pode continuar?” - eu tentei esperar que ela voltasse a fazer sozinha, de verdade. Mas eu não aguento mais!

Eu.quero.mais.disso! AGORA!

Rachel se inclina novamente, e me toma em seus lábios.

Puta que me pa…

“PARA, PARA!” - Tenho tempo de gritar, tentando empurrar delicadamente sua cabeça. Meu corpo explode no exato momento em que ela se afasta de mim.

Ual, o que foi isso????

Os hormônios de Rachel tem estado completamente fora de controle. Ela me proibiu de sequer encostar nela duas noites atrás, e hoje me puxou pro quarto assim que chegamos. 

Eu nunca tive coragem de pedir isso a ela, então quando estávamos fazendo a minha coisa favorita no mundo e ela sugeriu que deveria me retribuir… eu quase morri só de ouvir.

Minha cabeça está tão quente que parece que eu a enfiei numa panela de água fervendo. Ergo a cabeça e me olho no espelho da penteadeira de Rachel para confirmar o que já sei - estou vermelho como um pimentão, e o suor pinga da minha testa.

Meu sorriso é gigantesco, e meu corpo está absolutamente satisfeito.

“RAAAAAACHEEEEEL!!!!” - Digo, e giro seu corpo ficando por cima dela. A beijo, e… não é exatamente o beijo mais doce do mundo. Ela é bem mais doce do que eu.

“Posso te contar um segredo?” - Pergunto, e ela me olha imediatamente interessada.

“Foi a minha primeira vez.” - digo, e ela sorri.

“Sério? Isso também é só nosso? Porque não me disse antes?”

“Porque se eu dissesse, você ia querer fazer só porque a Quinn não tinha feito… Eu queria que viesse naturalmente.” - Rachel segue sendo ciumenta, e posso ver em seus olhos que está radiante por ter sido a minha primeira em mais um momento íntimo.

“Você gostou?” - Ela pergunta, me olhando envergonhada.

Eu começo a rir descontroladamente.

“Acho que mandei bem…” - ela sorri, mas continua envergonhada.

“Bom, e o que você achou?” - Pergunto, me deitando ao seu lado.

“Ah… é diferente do que eu pensava…”

“E como você se sentiria se eu te pedisse pra fazer de novo, hein?” - encaro seus olhos enquanto pergunto, deixando nossa intimidade fluir entre nós.

“Pode ser… algum dia…” - ela diz, mordendo os lábios.

“E que tal daqui a 15 minutos?” - pergunto, erguendo minhas sobrancelhas sem conseguir conter o meu sorriso mal-intencionado.

—-----

Estou sentado no meu local habitual na aula de inglês, quando vejo Quinn e Puck entrando de mãos dadas. Eles costumam se sentar lado a lado no fundo da sala, mas dessa vez Quinn se senta ao meu lado, com um sorrisinho provocador.

Ela coloca uma sacola grande de papel no meu colo, e se inclina na minha direção.

“Abra discretamente.” - Ela pisca pra mim. Abro somente o suficiente pra saber o que tem dentro.

Um pequeno pacote de fraldas me encara, me trazendo pra realidade. Eu rio.

“É, eu vou precisar bastante disso daqui.” - digo, e sinto um tapa na minha cabeça. Quando me viro, Puck está sentado atrás de mim.

“Parabéns, papai!” - ele sussurra, e me dá uma risada cúmplice.

—-----

“Rachel Berry, favor comparecer à sala de espanhol.” - Escuto meu nome sendo chamado no auto falante em plena aula de geometria. Já estamos no final, mas ainda faltam alguns minutos pra aula acabar. O professor me dá um passe de saída, e eu vou até a sala dos professores como requisitado. 

Abro a porta delicadamente, e o Sr. Schuester está sentado em sua mesa. Ele me vê, e se levanta automaticamente.

“Rachel…” - ele diz, e eu permaneço parada próximo à sua mesa. Ele me olha, e parece estar procurando as palavras certas.

“Sente-se, por favor.” - Ele diz, finalmente. Eu obedeço, e também tenho dificuldade de encará-lo nos olhos.

“Rachel,” - ele respira fundo - “Eu quero que você saiba que apesar do que o Jesse fez…”

“Ele não fez nada, tio Will.” - eu digo, antes que ele comece - “Eu quis. Eu quis tudo o que a gente fez.”

Ele passa a mão no cabelo, exatamente como Jesse faz quando está nervoso. Sei que apesar de sua reação descontrolada, o Sr. Schuester ama Jesse mais do que qualquer coisa no mundo. Ele só está nervoso e assustado, assim como todos nós.

“Eu sei disso…” - ele diz, encarando sua mesa - “Só é difícil de aceitar que a minha garotinha cresceu.”

“Bom, se eu estiver correta o senhor vai ter uma nova garotinha pra ninar.” - eu coloco minhas mãos sobre minha barriga, e sorrio.

“Vocês já sabem o gênero?” - ele pergunta.

“Não, mas temos o som do coraçãozinho gravado. O senhor quer ouvir?” - pergunto, já tirando meu celular do bolso. Minha mãe gravou o som com o celular durante a ultra, e Jesse e eu colocamos como toque do celular. Inicio o áudio, e o Sr. Schuester começa a chorar no momento que eu aperto o play.

“Ual!” - ele diz, quando a gravação acaba. É o meu som favorito no mundo, o coração do meu bebê.

“Ela é incrível, Sr. Schuester. Eu já a amo demais.” - digo, e ele vem em minha direção. Fico de pé, e nos abraçamos.

“Ô, minha garotinha…” - ele diz, e acaricia meu cabelo enquanto também começo a chorar.

“Eu vou ser uma boa mãe, e o Jesse vai ser o melhor pai do mundo.”

“Ele tem cuidado de você?” - Ele me pergunta, olhando em meus olhos.

“Acorda todas as vezes que eu acordo pra ir no banheiro.” - asseguro à tio Will. Jesse tem dormido mais lá em casa do que no apartamento de Emma, e até minha mãe já se acostumou com nós dois dividindo o mesmo quarto. Eu queria que ele fosse morar conosco, mas ele diz que não quer incomodar minha mãe. Bom, ela já disse que não vai se separar de mim e do bebê, então ele vai acabar tendo que se mudar de qualquer jeito. Mas eu vou o convencendo aos poucos.

“Desculpe ter demorado tanto tempo pra te procurar.” - O Sr. Schuester diz. Faz uma semana que descobrimos a gravidez, e eu estava mesmo pensando como faria para encarar o tio Will em nossa reunião do Glee Club de hoje. Os únicos que sabem até o momento são Quinn e Puck, mesmo que Kurt me pergunte a cada 5 minutos se está tudo bem comigo. Eu ainda não me sinto preparada para compartilhar com meus amigos que toda a minha vida está prestes a mudar.

“Tá tudo bem, estamos todos processando ainda, né?” - digo, enquanto o vejo andando até sua mesa. Ele abre uma das gavetas, e pega um envelope.

“Tome, isso é pra vocês.” - ele me entrega o envelope, e quando eu o abro, há um cheque endereçado à minha mãe. Ela não está falando com ele por conta de toda a história de expulsar o Jesse de casa no meio da noite. O cheque deve ter uns dois salários de professor escritos ali.

“Não precisa, tio…” - tento lhe devolver o cheque, mas ele se recusa - “O plano cobre as despesas médicas e…”

“O Jesse vai pra faculdade. Mesmo com 80% de bolsa, ele ainda terá custos. Vocês vão precisar de assistência, você e o bebê. É claro, esse valor é só o início, você pode contar comigo pro que precisar.” - ele diz, e eu seguro o envelope um pouco envergonhada.

“Tá bem.”

“Vai ser uma jornada, criança.” - Ele diz.

“Eu sei. Mas eu confio no Jesse. Nós vamos conseguir.”

Abro a porta da sala de espanhol, o sinal tocou uns 2 minutos atrás. Quando saio, Jesse está me esperando, encostado na parede. O Sr. Schuester e ele se olham, mas não trocam nenhuma palavra.

Jesse segura minha mão, e caminhamos juntos em direção à cantina.


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