All That Matters escrita por Mikaah


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Cheguei, pessoal.

Passando rapidinho pra deixar meus agradecimentos para "ILoveBooks", "Kemy S" e a sempre presente "MegSwink", pelos comentários deixados nos capítulos anteriores. Verdadeiramente, é isso que me faz continuar.

Um abração!



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Pov Jesse

Estou mais uma vez sentado no auditório de uma competição, dessa vez sediada no colégio Dalton. Rachel está ao meu lado, sua mão entrelaçada à minha, observando atentamente a concorrência enquanto desamassa o vestido da apresentação com a outra mão. 

É o dia das Regionais, o New Directions será o último grupo a se apresentar, e estamos todos acompanhando a apresentação dos outros grupos. Meu pai tenta manter um olhar firme e confiante no rosto, mas eu o conheço muito bem, e sei que está nervoso por dentro. O grupo no palco - Os Warblers, representantes da casa -  é realmente muito bom, e o líder do grupo transborda confiança e presença de palco.

Quando a última música acaba, meu pai avisa a todos que já está na hora de ir para os bastidores. Quando todos se levantam e eu fico sozinho no auditório ao lado da minha mãe, percebo o quanto isso é estranho. Mesmo não sendo do Glee Club, tenho estado em todas as atividades não oficiais do grupo. É engraçado pensar que eu não tinha muitos amigos até o início desse ano, e de repente sou o padrinho da filha do cara que mais me atazanava no colégio. Que eu passei os últimos 3 anos fugindo de tudo que pudesse me associar ao meu pai, só pra ser arrastado indiretamente pro Glee Club com a chegada de Rachel. Percebo o quanto isso é bom, o quanto me sinto bem com eles.

O próximo colégio também vai bem, mas um dos rapazes erra um passo da coreografia que estão fazendo. Não chega a ser perceptivo pro público em geral, mas eu tenho um bom olho pra dança por ter estudado isso. Era algo que eu realmente gostava na época, e me dedicava bastante. Quase no fim da apresentação, a vocalista desafina um pouco, e dessa vez fica bem claro. Imagino que eles vão perder alguns pontos por isso, o que tecnicamente é ótimo para nós, já que só 2 grupos se classificam pras Nacionais.

"Nós". Percebo que me incluí mentalmente no Glee Club, por tabela. Eu gosto de vê-los em ação, espero de verdade que vençam. 

O New Directions é finalmente anunciado, e repetindo o esquema bem sucedido das Seletivas, Quinn e Sam saem de trás do palco cantando um dueto do filme "Dirty Dancing". A voz de Quinn é doce e suave, e combina muito bem com a voz mais anasalada de Sam. Eles tem uma boa química juntos, e quando chegam ao palco, o restante do grupo se junta a eles para cantar o refrão. O público aplaude veemente quando a música acaba, e Santana assume o palco para seu solo, cantando "Valerie", que fica incrivelmente boa na voz dela. Eu estou dando aulas a ela já a algumas semanas, e já a tinha ouvido cantarolando com a mãe sempre que vai à cozinha. Ela surpreendente não tem dado em cima de mim, aliás. Não sei se Quinn tem algo a ver com isso…

A música em grupo começa, e eu caio numa gargalhada involuntária instantaneamente. Rachel, que passou as últimas semanas revoltada com o fato de não cantar nem o solo nem o dueto da apresentação, é a primeira a cantar o trecho que lhe corresponde da música, que foi escrita por Tina e fala sobre ser "um perdedor como eu”. É claro que ela não conseguiu se contentar apenas com esse trecho, e nem sequer o mencionou pra mim em momento nenhum. Rachel é talentosíssima, mas tem muito problema com dividir o palco. Finn se junta a ela cantando, e eu prometo a mim mesmo que não serei o namorado ciumento - ele é o parceiro dela no Glee Club, e eles de fato cantam muito bem juntos. Esse é o sonho de Rachel, e eu estarei lá pra apoiá-la sempre que eu puder.

Quando a música acaba, sou o primeiro a levantar  e bater palmas o mais forte que consigo. 

Pov Rachel

"E em segundo lugar…" - o apresentador anuncia, e fecho meus olhos enquanto aperto a mão de Kurt - "New Directions!" - todos começamos a pular quando ele anuncia nosso nome. Não é o primeiro lugar, mas estamos classificados pra final! Eu não poderia estar mais feliz, e vejo Jesse sorrindo como um louco em uma das primeiras fileiras.

Quando a apresentação se encerra, aguardamos no corredor do colégio Dalton enquanto o Sr. Schuester conversa com algumas pessoas. Jesse chega correndo e me gira num abraço apertado, me dando parabéns e dizendo o quanto está orgulhoso de mim. O pessoal está decidindo o que fazer para comemorar, e me sento num dos bancos, com Jesse, Kurt e Sam ao meu lado. Blaine se senta no chão, perto de Sam. Ele tem sido um membro honorário do nosso grupo, de uma certa forma. Está em "período de experiência", por assim dizer. 

Vemos os campeões da noite se aproximando de nós - Os Warblers. Não sabemos como eles vão reagir conosco, se querem esfregar a vitória na nossa cara, mas Finn logo se coloca de pé e cumprimenta o líder do grupo, que se chama Sebastian. Surpreendentemente, todos do grupo, que é formado exclusivamente por meninos, são bem simpáticos,  e acabamos emendando todos numa conversa. Percebo que o tal Sebastian não tira os olhos de Kurt, que parece meio não perceber.

"Fechamos em patinação, então?" - Mercedes diz, e todos concordam. Acabamos convidando os meninos da Dalton para irem também, e alguns deles aceitam. Kurt diz que quer beber água, e Sebastian prontamente se oferece para lhe mostrar onde fica o bebedouro. Os dois saem, conversando. 

Estou mexendo no meu cabelo, quando Sam me cutuca, e eu olho pra ele. Ele aponta para Blaine, que ainda está sentado no chão. Observando Sebastian e Kurt, que estão dobrando o corredor. Com uma cara de quem chupou todos os limões do mundo.

"Você ainda tá tentando manter isso tudo em segredo, né?" - Sam cochicha para Blaine, que emite um "uhum" em afirmação.

"Não está funcionando." - Sam completa. 

O Sr. Schuester chega logo em seguida, e os meninos contam a ele sobre a ideia da pista de patinação. Ele concorda, e as pessoas começam a se dividir para caber nos carros disponíveis, enquanto aguardamos Kurt e Sebastian, que ainda não retornaram.

Pov Jesse

"Tem o meu carro, também." - digo, e Rachel aperta a minha mão exageradamente forte.

"Não." - ela diz, para todos - "é que a gente não vai."

"Ué, porque?" - meu pai pergunta, olhando pra mim. Nem eu sei o porquê, mas Rachel continua apertando a minha mão, que agora está escondida atrás das minhas costas.

"Eu tô com dor de cabeça… e cólica…" - Rachel coloca a mão na barriga, e faz a cara de dor mais falsa que eu já a vi ter na vida.

"Eita amiga, quer um remedinho? Acho que tenho na minha bolsa." - Tina se oferece pra ajudar. Acho que pude ver Finn revirando os olhos, ao fundo.

"Não… eu quero ir pra casa descansar, tô muito tempo em pé. Jesse vai me levar, né Jesse?" - ela me olha me dizendo pra entrar na dança com ela.

"Vou sim." - digo, balançando a cabeça - "Qualquer coisa eu encontro vocês lá depois". - dou um sorriso amarelo.

O pessoal aproveita para ir ao banheiro antes de saírem, e Rachel me arrasta para um canto mais isolado do corredor.

"E então?" - digo - "Você não está passando mal de verdade, está?"

"Não…" - ela diz, e espera alguns segundos pra falar - "é que a minha mãe vai estar em casa hoje a noite... e eu comprei um negócio pra você, e não aguento mais esperar."

"Comprou um negócio pra mim?" - pergunto, surpreso. Meu aniversário já passou, foi algumas semanas antes de ela voltar. 

Rachel encara o chão antes de recomeçar a falar.

"Na verdade é algo que vai ser meu… mas eu comprei… comprei pra gente. Comprei… pensando se você ia gostar… de me ver… assim."

Eu levo alguns segundos enquanto meu cérebro formula a conclusão.

"Rach… você comprou… uma lingerie pensando em mim?"

Ela balança a cabeça, e sorri timidamente. Eu ergo as minhas sobrancelhas.

"Você… quer ver?" - ela me pergunta, e meu coração quase salta pra fora da boca. E outras coisas também querem saltar de outros lugares. 

"Quero…" - consigo sussurrar.

Ela me abraça, e eu tento me conter, lembrando que ainda precisamos nos despedir do restante do pessoal.

—---

Estou sentado na cama de Rachel vestindo calça e camisa, enquanto ela está no banheiro. Meu coração não para de pular dentro do peito. 

Rachel me pediu alguns minutos pra tomar banho, quando chegamos. Eu fui pra casa, tomei um banho também, mas não fazia ideia do que se veste numa ocasião como essa. Acabei optando por não enrolar. Peguei tudo o que eu precisava em pouquíssimos minutos, e agora estou aqui, esperando-a pelo que parecem ser horas.

É a tortura mais doce que eu já tive.

—--- 

Pov Rachel

Estou paralisada em frente ao espelho do banheiro, fazendo babyliss na mesma mecha pela terceira vez. Não consigo entender, me preparei tanto pra este momento, e agora estou congelada aqui. Como se Jesse não tivesse me visto de sutiã e calcinha antes. Como se ele não tivesse me visto completamente pelada antes. 

Eu nunca tinha ligado muito pras minhas roupas íntimas antes. A maioria absoluta era branca ou bege, já que é o que menos aparece embaixo de uma roupa. Quando decidi ter a minha primeira vez com Finn, comprei uma camisola nova e um sutiã de renda, que foi Jesse quem acabou vendo. Pensando nisso, me pareceu estranho que ele, que foi verdadeiramente o meu primeiro, viu a lingerie que eu comprei pensando em mostrar pra outro cara. Quando estava escolhendo as peças, pareceu tão correto e simples pensar no que ele gostaria de ver em mim, no que poderia valorizar mais as partes que ele gosta no meu corpo… mas agora eu me sinto travada aqui, estranha, sem conseguir dar o próximo passo. Leva um tempo pra eu perceber que eu nem sequer coloquei o babyliss na tomada, o que explica a falta de cachos no meu cabelo.

"Rach… Tá tudo bem?" - Jesse bate na porta, e me acorda dos meus pensamentos.

"Tá!" - digo, um pouco alto e rápido demais. Ele fica alguns minutos em silêncio, mas sei que não saiu de perto da porta 

"Só sai daí pra gente conversar." - ele diz - "Ou cantar sobre." - sei que está tentando me animar, porque percebeu o nervosismo na minha voz. 

Reúno toda a coragem que me resta e abro a porta do banheiro.

Pov Jesse

A porta do banheiro se abre lentamente, e eu dou alguns passos pra trás. Rachel está usando uma camisola rosa.

Eu perco todo o ar. Está linda, incrivelmente linda.

“Porque é mais fácil ficar pelada na sua frente do que tirar essa camisola?” - Ela diz, se sentando na cama. Eu me sento ao lado dela, e tomo sua mão.

“Sabe que não precisa tirar ela, né? Se você não está confortável, a gente não precisa continuar.”

Ela franze os lábios, e encara o próprio colo.

“É meio esquisito… meses atrás a gente era só amigo, e agora eu vou fazer uma espécie de  strip-tease pra você?” - ela não consegue me olhar. Eu ergo seu rosto, e ela está tão envergonhada, que eu também me envergonho um pouco.

“Eu quero que você me veja.” - Ela diz - “Eu escolhi… pensando em você. Mas é rosa. Você gosta de rosa?”

“Não precisa me mostrar, Rach. Se quiser, eu esqueço isso tudo, tá?”.

“Mas é bem bonita.”

“Você é bonita.” - digo, e ela abre um sorriso tímido - “Você é linda, Rach.”

Ela se inclina na minha direção, e nos beijamos. Nosso beijo dura vários minutos, e eu sinto o corpo dela cada vez mais perto do meu. Ela para de beijar meus lábios, e quando começa a beijar meu pescoço, eu deixo escapar um gemido áspero e estrangulado.

“Eu quero tirar essa camisola pra você.” - ela sussurra no meu ouvido, e eu viro manteiga imediatamente. Ela me olha nos olhos - “Mas eu quero que você… eu quero que você me beije antes. Até eu estar pronta.”

E eu a beijo no mesmo segundo.

“Deita do meu lado?” - Ela me pede, quando paramos para respirar.

“Rach… você sabe que…”

Ela me olha.

“Bem… eu não tenho muito controle sobre… ele.” - Nossos olhos vão pro mesmo lugar, e ela vê o que já está começando a acontecer. Rachel me enlouquece em segundos.

“Uhum” - Ela balança a cabeça.

“Mas não quer dizer que eu espero algo de você, tá?”.

Ela balança a cabeça mais uma vez. E nos deitamos juntos na cama.

POV Rachel

Ele se deita ao meu lado, e quando percorre suas mãos pelo meu corpo, eu começo a me sentir livre. Todos os sentimentos retornam, cada toque desperta uma memória de um momento que compartilhamos. Nada se compara a isso, nenhuma das minhas tentativas de fazer algo sozinha me despertou o que sinto agora, sentindo a respiração dele tão próxima a mim. Quero que ele veja o que está por baixo desta camisola e desta lingerie, quero que ele veja meus sonhos, meus medos. Neste momento e em todos os outros, eu o amo com tudo o que sou.

“Estou pronta.” - Digo. E quando me levanto da cama e o puxo comigo, já não tenho mais medo algum.

Ele se senta na ponta da minha cama, e estou de pé em frente a ele. Eu tomo minhas mãos, e as coloco sobre as alças da minha camisola. Quero que ele faça isso por mim.

Ele desce as alças delicadamente, e espalha beijos por todo o meu ombro. Quando ele termina, continua descendo o tecido da minha camisola até que meu sutiã está visível, e ele sorri. Há um pequeno pingente de coração preso no tecido, bem no espaço entre os meus seios, e ele brinca delicadamente com o pingente enquanto seus olhos percorrem e admira cada pedaço do tecido. Quando ele puxa minha camisola para baixo, eu levanto minhas pernas e ela cai no chão, e ele respira fundo. 

“Não é muito sexy…” - eu digo. Ele olha meu rosto, e seus olhos estão líquidos. Eu adoro esse olhar dele, era esse olhar que eu queria ver quando escolhi essas peças.

“É perfeita, Rach. Você está perfeita.”

“Você gostou?” - pergunto. Ele dá um sorrisinho, e mexe sua cabeça em direção ao volume na sua calça.

Eu me sento em seu colo, pego sua mão, e o faço tocar meu sutiã. Ele começa tocando o tecido, deslizando seus dedos delicadamente pela renda, até que suas mãos se espalmam e ele está tocando meus seios por cima do tecido, eles perfeitamente encaixados em suas mãos. Eu deslizo minhas mãos sob seu colo, e ele geme alto e profundamente. Toma meu rosto e me beija, um beijo que é feroz e delicado ao mesmo tempo, um beijo que dura segundos e semanas, um beijo que acende e desperta todo o meu corpo. Suas mãos deslizam pelas minhas costas, e mexem no tecido do meu sutiã, ligeira e apressadamente.

“Como se abre essa coisa?” - Ele diz, e eu não sei dizer se para mim ou se foi algo que ele simplesmente deixou escapar. Mas eu respondo mesmo assim, porque quero que ele saiba.

“Não abre.” - digo, e ele me olha - “Não tem fecho, você tem que puxar por cima.”

O olhar de Jesse é tão intenso que é como se ele pudesse derreter, e sua voz está sumindo entre sua respiração.

“É puxando pra cima? Como uma blusa?” - Ele me pergunta, olhando fixamente para o meu sutiã, e eu balanço a cabeça em afirmação -  “Eu posso puxar ele pra cima, Rach?” - Ele olha nos meus olhos, e está mordendo os lábios.

“Pode.” - Eu digo, e eu o vejo respirar fundo.

“Posso, é?” - ele pergunta, enquanto suas mãos já estão puxando o sutiã para cima, e eu ergo meus braços para permitir que ele saia. Um gemido escapa da garganta dele.

“E isso aqui, hein?” - Ele diz, e suas mãos estão segurando as laterais da minha calcinha - “Eu posso puxar esse aqui pra baixo também?” - O olhar safado e brincalhão dele está ali, e eu sinto que poderia derreter, também.

Eu fico de pé, e ele puxa minha calcinha por minhas pernas. Estou nua na frente dele, e me sento em seu colo, abrindo minhas pernas. Ele reveza seus olhos entre meu rosto e meus seios, sua respiração falhando.

“Caramba, eles são perfeitos. Eu adoro ver seus peitos, Rachel.” - Ele fala.

Acho que essa é a coisa mais sexy que eu já ouvi. Mesmo com tudo o que já fizemos, nós geralmente ficamos mais calados. É a primeira vez que ele me diz exatamente como se sente.

Ele encara a minha intimidade sem o menor pudor. Inclina a cabeça pro lado e a observa. Abre o sorriso mais largo que eu já o vi ter.

“Ela é tão perfeita.” - Ele passeia os dedos pela minha barriga, mas não ousa me tocar - “Você é tão perfeita, Rachel. Tão gostosa.”

“Gostosa?” - eu digo, e ele olha nos meus olhos.

“É demais? Passei dos limites?” - ele parece preocupado com o que eu penso. Estou experimentando todos esses momentos pela primeira vez, e meu corpo inteiro parece que vai explodir.

“Ninguém nunca me disse isso.” - eu confesso.

“Ninguém nunca viu o que eu to vendo agora.” - Ele diz, e volta a me olhar sem o menor pudor. Eu me sinto tão confortável com ele, tão segura.

Eu abro o zíper da sua calça, e ele não hesita nem por um segundo quando eu exponho seu membro e começo a lhe tocar. 

“Senti falta de olhar pra ele.” - digo, e ele morde os lábios.

“E disso aqui, você sentiu falta também?” - Diz, e desliza seus dedos pra dentro de mim, me tocando das formas certas.

“Senti.” - digo. Quero dizer a ele tudo o que sinto. - “Não tem graça fazer sem você.”

“Bom…” - ele aumenta a intensidade do seu toque, e eu sinto formiguinhas percorrerem todo o meu corpo - “Eu estou sempre aqui quando você precisar…”

“Eu posso fazer uma coisa com você?” - a pergunta escapa da minha garganta, e eu não quero que ela retorne.

“Baby, você pode fazer o que você quiser comigo.” - ele diz. Eu aproximo meu corpo do dele.

“E o nosso acordo?” - pergunto, mordendo meus lábios. 

Ele me olha nos olhos.

“Foda-se o nosso acordo.” - ele diz, me olhando com toda a intensidade que há no mundo. E eu sinto todo o meu corpo amolecer. 

 

Pov Jesse

“Deita.” - ela me ordena, e eu obedeço prontamente. Levanta minha camisa, e eu termino de tirá-la enquanto ela distribui beijos pela minha barriga. 

Meu corpo quase vai à loucura quando ela tira o restante das minhas roupas e se encaixa imediatamente em mim. Tão fácil, tão simples, estamos ficando ótimos nisso, ela está aprendendo cada dia mais. 

Eu estou ensinando tudo a ela.

“22...23...24…” - estou contando em voz alta, olhando pro teto enquanto Rachel se mexe em cima de mim. É incrível, é delicioso, mas eu devo algumas coisas a ela, e pretendo desempatar esse placar.

“32...33” - eu aperto a borda da cama quando Rachel geme alto e se desmancha em cima de mim.

Eu a olho nos olhos.

“5 a 7.”  - digo, e ela sorri. Seus cabelos estão caindo sobre seu rosto, seu corpo ainda conectado ao meu.

“Você não colocou eles na boca.” - ela parece se lembrar, de repente. E eu uso todo o meu autocontrole para não explodir nesse exato momento.

‘Eu tava tentando te fazer gozar antes de mim, Rachel’, é o que eu penso. Mas o que eu digo é um pouco diferente, quero que curtamos todos os momentos devagar, todos os passos da nossa intimidade que só aumenta.

“Tá nos meus planos.” - digo, e ela abre um sorrisinho lindo.

“Minha vez agora?” - pergunto, e a coloco por baixo de mim. Me movo devagar, sem tocar seus seios, guardando o melhor pro final, e querendo que ela sinta tudo mais uma vez. Eu a estimulo com minhas mãos, e ela se contorce embaixo de mim.

“Vem comigo, meu amor. Mais uma vez pra mim, tá? Quero te ver, mais uma vez.” - eu digo, e ela suspira cada vez mais alto. Quando sinto sua intimidade contraindo o meu corpo, sei que ela está bem perto, e permito que meu corpo perca o controle. Beijo seus seios, seu pescoço, e acelero meus movimentos bem quando ela começa a se desfazer debaixo de mim. Meus gemidos se misturam aos dela quando chegamos ao ápice, juntos.

Pov Rachel

Ele se desencaixa de mim, e se deita ao meu lado, sua respiração desacelerando aos poucos. Eu me sinto nas nuvens.

“6 a 8?” - brinco. Ele me olha, e está com um sorriso gigantesco no rosto.

“6 a 14 milhões.” - ele ri - “Caramba… isso foi…”

“Sexy.” - digo, apoiando minha cabeça no meu braço para olhá-lo melhor. Ele me pega pela cintura e me gira, ficando por cima de mim.

“Fisicamente falando, foi a melhor transa que eu já tive.” - ele diz, e eu me inclino para lhe dar um selinho.

“Mentiroso.” - digo, e ele toca a ponta do meu nariz - “Eu não sei fazer quase nada. E ainda comprei essa lingerie boba e rosinha.”

“Rosinha e apertada.” - ele diz. E eu levo alguns segundos pra entender do que ele está falando, enquanto ele me olha com seu novo olhar safado.

“Jess!”- exclamo, e ele cai na gargalhada.

“E toda minha!” - ele distribui beijos pelo meu pescoço.

“Gostou mesmo da lingerie que eu escolhi?” - pergunto

“Nossa… achei perfeita, Rach. Transparente nos lugares certos, delicada nos lugares certos, fácil de tirar…” - ele dá risinhos enquanto continua beijando o meu pescoço.

“E o acordo a gente jogou pro espaço, né?” - digo, e ele ri.

“Bom, eu vou fazer exatamente o que você me disser pra fazer.” - ele diz.

“Qualquer coisa?” - pergunto, mordendo meus lábios. 

Ele ergue as sobrancelhas.

“Bom, eu preciso de uns 15 minutos pra recarregar as baterias aqui, Rach.” - ele diz. Eu dou risada, me levanto da cama e jogo sua calça bem na sua cara.

“Então se veste.” - digo, e ele me olha confuso - “Vamos patinar!”


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