Between Tricks and Feelings. escrita por JustAchlys


Capítulo 1
Chapter I


Notas iniciais do capítulo

Oooi! É a minha primeira fanfic, então eu ainda estou melhorando a escrita e tudo o mais. Decidi fazer uma fanfic fluffy, pois achei melhor começar com uma fluffy. Enredos complicados requerem uma experiência que eu definitivamente não tenho. Estou aberta a críticas e sugestões! Por favor, mandem reviews, para que eu possa saber se estou caminhando na direção certa :D



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8:00.

Maka olhou o relógio preguiçosamente, para depois resmungar e voltar para o conforto do seu travesseiro. Era tão macio, tão confortável. Ela tentou dormir novamente, mas parecia que ela não iria conseguir voltar a dormir tão cedo. Havia algo a incomodando, mas Maka não estava pensando direito.

Era segunda-feira, ela se lembrou. Estava dormindo ate agora, quando acordou com o despertador, que marcava 8:00. Forcou-se a pensar, franzindo a testa contra o travesseiro. Pense, Maka. O que ha de errado? Segunda-feira. Dormindo. Oito Horas.

Os olhos verdes se arregalaram, e Maka sentou-se num pulo.

Segunda-feira.

Dormindo.

Oito horas.

Segunda. Feira.

Shibusen.

Aula. Atrasada.

– MERDA!

Maka levantou-se em um segundo e saiu como um furacão em direção ao banheiro, para tomar banho. Como pode se atrasar, de maneira tão displicente? O que aconteceu com o seu relógio biológico? Em geral, Maka acordava todo dia as 6:00, exceto nos finais de semana.

Enquanto tirava a roupa apressadamente, ela se lembrou da sua arma. Suspirou. Soul provavelmente estava no decimo quinto sono, capotado em seu quarto, roncando. Ela nem podia contar com ele para acorda-la quando desastres desse tipo ocorrem.

Quando ja estava entrando no box, Maka chamou-o com seu grito mais potente. Ela sabia que nada além disso iria acorda-lo. A não ser, talvez, um balde de agua fria.

É, ela iria tentar isso da próxima vez.

Maka tomou seu banho em tempo recorde, e praticamente voou para colocar suas roupas. Depois de uns quatro minutos, Maka estava acabando de prender suas maria-chiquinhas, e abriu a porta do banheiro.

“Soul, vai logo, que já -” Sua visão ficou vermelha. Ao chegar na cozinha, deparou-se com um Soul dormindo na mesa, com uma xicara de café esquecida em sua mão.

– SOOOOOOOOOOUL!

Maka deu o seu melhor Maka-chop na cabeça da arma, tremendo. Como ele poderia ser tão relaxado? Passado o nervosismo, Maka chegou a conclusão de que seu Maka-chop não foi a ideia mais inteligente do mundo, visto o café derrubado no chão da cozinha.

“Ei, Maka, sua ogra” Soul reclamou, olhando feio para ela. “Derrubou o café. Feliz agora? Você que vai limpar, já aviso.”

Maka revirou os olhos. “Como se eu já não limpasse essa cozinha. Vai logo, Soul, estamos atrasados!” Ela estava impaciente e aflita, batendo os pés nervosamente no chão. Já tinham perdido a primeira aula, não poderiam se dar o luxo de perder a segunda também.

Soul levantou-se devagar e a encarou com um olhar divertido. Parecia saber algo que ela não sabia. “Se você não tivesse demorado tanto no banho, talvez eu não tivesse pego no sono e já estaríamos na escola.”

Maka olhou o relógio. 8:47. Certo, talvez ela não tivesse se apressado tanto quanto deveria. Talvez. Mas ainda assim, a maior parte da culpa ainda era de Soul. Afinal, ela acordava cedo todo dia. Ele poderia ter sido o responsável da casa, pelo menos uma vez.

– Vai logo Soul. Eu não quero perder a segunda aula.

Soul abriu um largo sorriso com gosto, encarando-a zombeteiro. Maka não estava gostando daquele olhar. Não mesmo. Alguma coisa estava acontecendo, e ela não estava sabendo. “O que e?”

Seu parceiro não respondeu, somente começou a andar lentamente em direção ao banheiro. Ela olhava-o desconfiadamente, ainda confusa. Soul andava a passos de tartaruga, praticamente se arrastando ate a porta do banheiro.

Quando ele finalmente chegou na porta, parou. 10 segundos, ela contou mentalmente, mas parecia muito mais. Soul girou a maçaneta e, quando entreabriu uma fresta, ele girou a cabeça e encarou os olhos verdes de sua artesã. Seus olhos, Maka percebeu, estavam tão zombeteiros que ela se preparou para dar um Maka-chop antes que ele entrasse no banheiro.

“Sabe, Maka” ele começou, seus dentes afiados abrindo-se em um sorriso de lado “Ontem começou o horário de verão.” E ele entrou no banheiro, trancando a porta em seguida.

Ela não tinha entendido. E dai que era horário de verão? Era só uma hora a mais e... Maka arregalou os olhos e olhou para o relógio. 8:59. 9:59.

Já estavam na terceira aula, e agora não era mais permitida a entrada de alunos atrasados. Eles perderam o dia letivo.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH SOUL!

E ela o escutou rindo do chuveiro, fato que fez seu sangue ferver. Ele sabia desde o início! Ele sabia desde ontem, provavelmente, e não a tinha lembrado! Maka andou ate o banheiro e fez a única coisa que conseguia naquele momento: chutou a porta. Diversas vezes.

Ele ria sem parar do outro lado, sua risada mesclando-se com o som da agua, enquanto ela chutava e gritava ameaças aleatórias do outro lado. O inesperado, porém, aconteceu. Em um dos chutes potentes de Maka, a tranca foi arrebentada e a porta se abriu, causando um evento que era, no mínimo, constrangedor.

Maka foi de encontro a porta, porque com o seu chute arrebentando a tranca, todo o seu peso foi transferido para sua perna, e ela acabou caindo dentro do banheiro. Não teve tempo de raciocinar, Maka somente arregalou os olhos a medida que o chão foi se aproximando rapidamente do seu rosto. Protegeu-se o máximo que pode com os braços, ainda que a queda tenha rendido alguns ralados e uma dor excruciante no cotovelo.

Soul assistia a cena petrificado, a agua ainda batendo em seu corpo totalmente exposto a sua parceira. Ele agradeceu a todos os deuses que ele pode pensar pelo fato do vidro do box estar parcialmente embaçado, embora ainda se conseguia ver uma grande parte de seu corpo.

Soul não conseguia se mover, sua mente havia congelado o tempo. Somente quando viu a cabeça de Maka virando-se para ele que a mente de Soul deu um 'click' e ele pegou a toalha com uma velocidade impressionante. Em dois segundos, Soul já havia coberto precariamente suas partes, uh, sensíveis, e desligado o chuveiro.

Os olhos de Maka encontraram os de Soul, e somente nesse momento a garota percebeu a situação que eles se encontravam. Ela sentiu suas bochechas pegarem fogo e correu seus olhos pelo corpo do parceiro, sem ter controle de suas próprias reações. A curiosidade era grande, afinal.

Ela deveria saber que a curiosidade acabou matando o gato. É, ela deveria.

No momento em que seus olhos passeavam pela região baixa do corpo a sua frente, a toalha ameaçou escorregar. Ah, não. Não, não, não. Antes que ela pudesse raciocinar uma reação, o no que sustentava a toalha se desatou, e Maka ouviu o barulho suave do atrito da toalha contra o piso.

Ela tinha virado o rosto quando ela percebeu a toalha caindo. Céus, ela tinha virado, sim. Mas não fora rápida o suficiente e conseguiu gravar vislumbres de certas partes do corpo do seu melhor amigo que ela gostaria de não ter visto. Ao menos, não nessa situação.

Maka agora tinha seu corpo todo virado de costas para ele. Ela o ouviu pegar a toalha do chão e – provavelmente- ata-la de volta no lugar o qual ela nunca deveria ter saído. Com o rosto fervendo, Maka levantou-se devagar, ignorando a dor que emanava dos seus membros, e saiu do banheiro.

“Desculpe.” Ela sussurrou. “Eu, uh, já vou indo. Pode terminar seu banho, eu vou preparar o café.” Maka fechou a porta em seguida, olhando para qualquer lugar que não seja o banheiro ou próximo dele.

Em passos trôpegos Maka chegou em seu quarto, aonde pegou alguns remédios em sua gaveta. Ah, droga, o que ela havia feito? Maldito gênio ruim. Afinal, se ela não fosse tão estressada ela não teria arrebentado com a tranca e toda essa situação embaraçosa poderia ter sido evitada.

Bem, não adianta chorar sobre o leite derramado agora.

Maka concentrou-se em cuidar dos seus arranhões, tentando ignorar suas bochechas ardentes. 'Um arranhão no braço esquerdo.... um ralado no joelho e, argh, que horror.' Seu cotovelo direito apresentava uma mancha vermelha-arroxeada horrorosa.

'Definitivamente, isto aqui vai virar um roxo. Roxo-quase-preto.' ela pensou, enquanto passava uma mistura de pomadas para ver se melhorava.

–x-x-x-x-

Soul estava em pânico. Pânico e vergonha era tudo o que se passava em sua mente naquele momento.

Ele tinha ficado estático quando Maka começou a analisa-lo. Ela olhava-o com um olhar curioso, e ele comparou esse olhar com o o olhar do Professor Stein sobre um corpo prestes a ser dissecado. Não era uma analogia muito agradável, porem.

No momento ele não sabia como agir, e tentava pensar em algo inteligente para dizer ou fazer. Quebrando a cabeça para achar uma solução desesperada, ele nem sentiu o no de sua toalha se desfazer. Só foi perceber quando sentiu a toalha escorregar para o chão em um segundo.

Naquele segundo, Soul parou de respirar. Atordoado, ele viu Maka virar o rosto rapidamente e se levantar. Sem saber o que fazer, resolveu pegar a maldita toalha – agora encharcada com a agua do piso. Ouviu-a se desculpar e observou-a fechar a porta do banheiro do jeito que podia.

Soul ficou lá parado e sem ação por alguns longos segundos, processando o que havia acabado de acontecer. Certo, então sua parceira havia acabado de vê-lo nu acidentalmente.

Maka. Maka Albarn. Sua parceira.

'Isso soou tão ruim' Soul pensou. Ele cerrou os olhos por um tempo, e decidiu ligar o chuveiro novamente.

Afinal, ele não podia deixar pensamentos sugestivos ocuparem sua mente.

–x-x-x-

Apoiada na janela, Blair observava o evento com diversão nos olhos, sua mente já esquematizando uma pequena pegadinha.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Não sei se ficou demais para um primeiro capítulo, mas eu queria tanto fazer essa cena! Fiquei com medo da imaginação fugir.Comentem, por favor! Estou aberta a tudo: críticas, elogios, comentários.... tudo é bem-vindo aqui.



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