Cinderella escrita por Bitchfalsiane, Pipoca


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Alguém tem um buraco pra eu enfiar a cara? Gente mil desculpas! Sei que demoramos pakas pra postar, mas a gente meio que faz junto e uma completa o pensamento da outra... Eu tô numa fase ultra cheia de coisas e fiquei sem tempo, mas como a Belle disse: Voltamos a todo vapor e com idéias melhores ainda! Vamos voltar a tentar postar todos os dias e eu espero que vocês continuem acompanhando tudo o que vai acontecer! Um super beijo e vamos ao que interessa!
PS: Desculpem a falta de tempo, nem pudemos responder os cometários anteriores... Mas vou tentar responder todos então comentem bastante! Estamos abertas a sugestões, essa é uma fic PERINA, mas a pedidos estamos colocando uma pitadinha de cobrina, pra apimentar o casal mais fofo do BRASEEEEEEEEEL



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Karina estava contando para Bete os seus planos para as aulas extras e como iria dar conta de tudo e a mesma ouvia atentamente.

― Bete vai ser ótimo! Eu finalmente vou poder fazer alguma coisa legal! Eu só preciso da assinatura de um responsável e pronto, vou ter meu momento de paz! ― Disse ela sorrindo.

― Você deve gostar bastante desse negócio de teatro, nunca te vi tão empolgada... ― Disse Bete cortando a salada.

― Eu gosto, mas não sei se consigo... O que custa tentar? Fora que eu posso melhorar nas aulas! E vai ter uma peça pra comemorar alguma coisa lá! Imagina só se eu consigo um papel? Nossa eu tô tão feliz, eu nunca me senti assim tão bem! ― Disse Karina com um sorriso que Bete gostaria de ver todos os dias no rosto dela.

― E eu estou feliz por você! Agora pega o avental e vai levar a salada pra mesa. ―Disse Bete sorrindo e entregando o prato. Karina pegou e foi para a sala de jantar.

― Mãe o que você vai fazer? Me conta! ― Disse Jade equanto Lucrécia descia as escadas.

― Depois Jade! Depois eu te conto. ― Disse a professora de dança se aproximando da mesa.

― Eu quero saber de tudo com detalhes! ― Disse Jade sentando na cadeira.

― Claro filha, vou só resolver umas coisinhas e amanhã mesmo te conto. ― Disse Lucrécia e Karina voltou para a cozinha.

― Elas estão armando alguma. Eu sinto... Mas o que? ― Disse Karina escostando no balcão.

― Melhor nem saber... ― Disse Bete entregando a bandeja com a carne que Karina levou para a mesa, assim como o resto do almoço.

_*_

No dia seguinte Lucrécia levantou cedo, iria ter um tempinho para conversar com os professores e queria falar com o diretor. Quando Karina foi levar o café da manhã dela, a mesma já havia saído. Jade comeu, se arrumou como se fosse a uma festa e saiu com seu carro, enquanto Karina ficou mais de 10 minutos esperando o ônibus. Lucrécia chegou e foi direto para a sala do diretor.

― Doutor Heidgger. Como vai? ― Disse Lucrécia entrando na sala e sentando na cadeira em frente a mesa dele.

― Professora Lucrécia Gardel, vou bem e a senhorita? ― Disse ele que desde a contratação dela estava jogando charme para a professora.

―Eu vou muito bem e despenso o senhorita, me chame de você. ― Disse ela abrindo um sorriso.

― Lucrécia o que a traz à minha sala? ― Perguntou ele se aproximando.

― Eu queria conversar com você, posso chama-lo assim? ― Perguntou ela jogando charme.

― Claro, continue. ― Disse ele se apoiando na mesa.

― É que eu tenho notado a escola um pouco suja. Calma! O seu Rivaldo já está velho, e eu acho que a contrução das salas para as aulas extras o deixaram sobrecarregado. Eu tenho duas filhas que estudam aqui e sempre vi tudo muito limpo, só agora que as coisas ficaram um pouco precárias, se é que me entende. ― Disse ela e ele ouviu atentamente.

― Você acha que eu deveria contratar outro zelador? ― Perguntou ele.

― Eu sei que é difícil manter o alto padrão da escola, com tantos professores, ajudantes, jardineiros, e por isso eu tenho uma sugestão que vai deixar as salas limpas, o zelador mais tranquilo e eficiente, os alunos e pais mais felizes e o melhor: Não vai pesar no seu bolso. ― Disse ela convicta de que estava tudo dando certo.

― E que solução milagrosa seria essa? ― Perguntou ele.

― Bom, eu tenho uma empregada que me deve favores e coitadinha, faz tudo pelo sonho de ser atriz, eu pensei que se ela aceitasse limpar as salas em troca de poder assistir as aulas extras todos sairiamos ganhando. O que você acha da minha idéia? ― Perguntou ela.

― Eu acho ótima! Essa moça é mesmo de confiança? ― Perguntou ele.

― É sim, ela é de menor e mora comigo, é órfã tadinha, vai aceitar com certeza. Eu trago ela aqui e assinamos um contrato se você quiser. ― Disse Lucrécia.

― Perfeito! Traga ela o quanto antes! ― Disse ele.

― Pode deixar... ― Disse ela se levantando e saindo para conversar com os colegas sobre a peça.

_*_

Karina assisiu as aulas com Fabi e Cobra, quando o sinal tocou para a aula de inglês ela desejou ter um ataque epilético ali mesmo, era horrível não ter todas as aulas com os amigos. Karina entrou na sala e quando o professor entrou ele logo anunciou que iria fazer uma dinâmica de grupo na aula.

― Bom pessoal, vamos fazer uma coisa diferente hoje! Estamos no começo do fim, então esse tem que ser um ano em que os laços de vocês irão se fortalecer, vocês estão na reta final da vida escolar e por isso vocês vão precisar muito uns dos outros, seja pra estudar em grupo, para escolher os cursos das faculdades, ou só pra ter um incentivo. Vamos fazer um exercício de interação!― Disse o professor sorrindo e indo pegar uma grande sacola cheia de bugigangas. ― Eu quero que todos vocês sentem-se no chão formando um círculo! ― Disse ele pegando um barbante na sacola. ― Essa dinâmica se chama “A teia”, se chama assim porque eu vou dar o barbante para alguém e essa pessoa vai segurar na ponta do barbante e jogar o rolo do barbante para outra pessoa que: gosta mais, que gostaria de conhecer mais, que gostaria de lhe dizer algo ou que tem determinada qualidade. Vocês vão me dizer porque escolheram a pessoa usando um desses critérios, por exemplo, vão me dizer qual a qualidade que admiram na pessoa.... Depois disso quem recebeu o barbante vai segurar num pedaço e jogar o rolo para outra pessoa, o objetivo é que no final tenhamos uma grande teia que os una e fortaleça os laços de vocês. Vamos começar? ― Disse ele escolhendo um nome na chamada. ― Carlos Eduardo, você começa! ― Disse o professor e o aluno deu início a dinâmica.

― Flávia, eu quero te dizer que você fica muito gostosa de biquíni. ― Disse ele e ela sorriu jogando charme.

― Iago, eu gostaria de te conhecer mais. ― Disse Flávia piscando para ele, Karina já estava prevendo que o barbante nunca passaria por ela.

― Lucas, quero te dizer que tu é meu brother! Tamo junto moleque solto! ― Disse Iago rindo.

― Paulinha, eu gosto muito de você, minha melhor amiga! ― Disse Lucas todo bobo.

― Renata, eu te acho muito inteligente. ― Disse Paula dando um sorriso para Renata que sorriu em agradecimento.

― Roberta, eu gosto muito de você amiga! ― Disse Renata.

― Duda, você é muito bonita. ― Disse Roberta.

― Pedro, eu acho você um ótimo guitarrista. ― Disse Duda se insinuando para ele e Jade ficou furiosa.

― Jade, eu gosto muito de você meu amor. ― Disse ele tentando acalmar a fera.

― Karina, eu quero te dizer que você é muito ousada, não devia se dar ao luxo de agir como se não precisasse de mim e do meu dinheiro pra viver. ― Disse Jade jogando no rolo na garota com violência. Todos sentiram o clima pesar, estavam esperando o maior barraco, mas a garota se conteve e apenas disse com voz chorosa:

― Jorge, você é muito inteligente. ― Disse ela limpando com a mão livre as lágrimas que encharcavam seus olhos, mas que ela não queria deixar cair.

― Joana, você é linda. ― Disse Jorge e logo todos estavam tentando fingir que nada tinha acontecido. Depois de formar uma teia grande e de todos estarem com os dedinhos enrolados no barbante o sinal tocou e Karina saiu rapidamente na direção do refeitório onde Fabi e Cobra já estavam sentados na mesa.

― Eu odeio a minha vida. Definitivamente eu queria morrer aqui e agora. ― Disse Karina sentando na mesa sem nem pegar o lanche.

― K, o que a Jade aprontou dessa vez? ― Perguntou Fabi e Cobra olhou pasmo.

― O de sempre... Eu não acho humilhante ser empregada doméstica, pelo contrário é muito digno! Mas eu não sou empregada lá , eu sou ESCRAVA, isso não devia existir em pleno século 21. Ela gosta de me chamar de empregadinha só pelo fato de querer esfregar na minha cara que eu moro de favor na casa dela, não tenho um tostão furado no bolso ou em qualquer outro lugar e ainda tenho que fazer tudo o que ela manda se não eu vou acabar debaixo da ponte. ― Disse Karina deitando a cabeça na mesa do refeitório. Cobra saiu da cadeira onde estava e foi para a cadeira ao lado dela.

― K, me escuta, eu sei que te conheço a pouco tempo, mas nesse pouco tempo eu já vi que você é a garota mais forte que eu conheço, você é persistente, você batalha pra estar aqui e merece conquistar muito mais, eu tenho nojo da Jade por ela fazer essas coisas horríveis com uma garota tão especial. Levanta a cabeça e mostra pra ela que nada disso te atinge! ― Disse Cobra tentando encoraja-la.

― Mas me atinge, me machuca. Tantos aqui tem o mundo aos pés e eu só quero um pouquinho de paz, não preciso de dinheiro, popularidade, milhares de amigos... Eu só quero paz, mas a Jade insiste em tirar a única coisa que eu podia ter. E a mãe dela não fica atrás, é outra que só sabe me infernizar. ― Disse Karina exausta daquilo tudo.

― Meu pai também não é fácil, mas nada na vida é. E o que vem fácil, vai fácil. Não fica assim! Vem aqui. ― Disse ele abraçando a menina que o abraçou com força, ele não tinha o perfume de Pedro, mas ela se sentia acolhida naquele abraço. O guitarrista varreu o refeitório com os olhos e viu Karina e o novato no maior abraço, ele estava rodeado de “amigos” e com sua namorada do lado, era um dever seu não ligar, mas ele ficou irritado com aquilo, era como se ela fosse só sua, e algo nele não estava disposto a dividi-la com mais ninguém.

― Gente eu ainda estou aqui. ― Disse Fabi rindo de como Karina se aproximou tão rápido de Cobra desde que ele entrou na escola.

―Relaxa Fabi, tem Karina pra todo mundo. Não vai comer loirinha? ― Perguntou ele vendo que ela não tinha pego bandeja nenhuma.

― Perdi a fome. ― Disse ela o que era uma novidade e tanto.

― Isso é novidade, você sempre está com fome... ― Disse Fabi e ela riu.

― Eu perdi a fome depois da dinâmica e já já o sinal toca... ― Dito e feito, o sinal tocou e todos se dirigiram as suas respectivas salas, por sorte nas próximas aulas, ela teria a companhia dos amigos.

_*_

Quando as aulas acabaram os alunos que queriam fazer as aulas extra se dirigiram ao auditório para preencherem a ficha de inscrição.

― Karina! Karina vem aqui garota! ―Disse Lucrécia chamando Karina para conversar no corredor.

― O que foi? Eu tenho que me inscrever... ―Disse Karina bufando.

― Pra se inscrever você precisa da assinatura do seu responsável, que sou eu e eu não vou assinar. ― Disse ela sendo interrompida por Karina.

― Ai que saco! Não acredito, por que? Por que você faz isso comigo? O que eu te fiz? Se não queria me criar me jogava numa porcaria de uma lata de lixo! Que droga! ― Disse Karina com vontade de socar a cara da professora/patroa/bruxa.

― Calma sua mal educada! Eu só assino com uma condição. ―Disse ela arqueando uma das sobrancelhas crente que Karina não aceitaria a proposta.

― Fala logo. ― Disse Karina sem paciência.

― Você vai limpar as salas do anexo, as das aulas de artes, em troca de se matricular gratuitamente nos cursos que quiser. O diretor precisa de uma faxineira e eu quero me certificar de que você não vai ficar na moleza em casa, enquanto eu dou as aulas, todos ganhamos. ― Disse Lucrécia sorrindo.

― Você só pode estar de brincadeira, como se não bastasse a Jade me humilhar o tempo todo você quer me fazer de escrava aqui também? E na frente de todas as pessoas que eu conheço? Quer saber? Eu aceito. Eu já tenho uma merda de vida mesmo, não dá pra piorar. ― Disse Karina e Lucrécia ficou irritada por ela ter aceitado, mas resolveu que iria se divertir rindo dela até ela desistir.

― Venha comigo. ―Disse Lucrécia levando Karina para a sala do diretor, Heidgger se surpreendeu ao ver que a empregada era Karina, mas deixou ela assinar o contrato e Lucrécia assinou a autorização da ficha de inscrição dela.

― K? O que aconteceu? O que ela disse? ― Perguntou Fabi com medo do que a amiga diria.

― Eu vou fazer as aulas, todas. ― Disse Karina com raiva.

― Mas isso é ótimo! Por que cê tá com essa cara? ― Perguntou a amiga.

― Porque em troca eu vou ter que limpar as salas. A bruxa resolveu me fazer de escrava aqui também. ― Disse Karina indo na direção da saída da escola.

― Eu vou fazer teatro, dança e pintura contigo então! Pelo menos ela não vai mandar nas aulas dos outros professores! Relaxa, vai dar tudo certo, até o Cobra se inscreveu pra te ajudar. ― Disse Fabi sorrindo para animar Karina.

― Oi Fabi, oi loirinha, acabei de me inscrever pra pintura e teatro. Só fiz por causa de vocês... Mas enfim, eu tô indo embora, querem carona? ― Perguntou Cobra e as duas negaram, porque sabiam que ele iria ter que fazer um caminho super diferente do normal e não queriam incomodar. Karina foi para o ponto de ônibus e nada do ônibus chegar, por mais que ela quisesse chutar outra latinha em Pedro ele tinha namorada e ela não iria aceitar carona dele novamente se ele oferecesse, não parecia muito seguro. Ela ficou lá encostada na placa que indicava que ali paravam os ônibus, a temperatura estava quente e não tinha nenhuma nuvem no céu para tapar o sol, depois de quase 30 minutos o ônibus finalmente chegou.

...

― Amorzinho eu me increvi nas aulas e tô louca pra fazer os teste pra Julieta, na peça... Você bem que podia ser o Romeu... ― Disse Jade sorrindo na sala de sua casa, Pedro estava lá, depois da dinâmica ele tentou selar uma trégua com ela e conseguiu. Eles estavam sentados lado a lado no sofá conversando sobre as aulas extras, já haviam almoçado e estavam esperando Bete trazer a sobremesa.

― Oi Bete, nossa que calor! Tô morrendo de fome, você guardou alguma coisa pra mim? ―Perguntou Karina se apoiando no balcão para se acostumar com a mudança repentina de temperatura (Calor infernal – Frio do ar condicionado).

― Guardei sim! Agora eu preciso que você tire o bolo do forno, corte e leve com suco para a Jade e pro namorado dela. ― Disse Bete toda atarefada.

― Ok, eu ia comer, mas vou fazer logo isso. ― Disse Karina jogando a mochila no chão e pegando a bandeja, ela pegou o bolo do forno, colocou no expositor, fez o suco, cortou o bolo já frio e levou para a sala. Os dois estavam deitados no sofá conversando e Pedro ficou um pouco bobo ao ver Karina, aparentemente ela havia chegado a pouco tempo já que ainda estava com a roupa do colégio.

― Cadê o avental? Mamãe já disse que não quer te ver sem o avental. ― Disse Jade rindo dela.

― Para... ― Pedro sussurrou para a namorada. Karina colocou a bandeja na mesinha e colocou o suco nos copos deramando um pouquinho sem querer devido a sua visão ter escurecido um pouco.

― Cuidado desastrada! ― Disse Jade e Karina deixou o bolo com o suco e a jarra na mesinha e voltou para a cozinha com a bandeja.

― K, cê tá com muita fome? É que eu preciso que você me faça um favor! ―Disse Bete preocupada.

― Pode dizer Bete. ― Disse a menina se apoiando no balcão.

― Eu quero que você vá no supermercado e compre um spray de roupas, daqueles que a gente usa quando passa a roupa no ferro, porque a Dona Lucrécia pediu pra eu passar uma blusa de ceda dela e acabou o spray daqui. Ela vai usar a blusa daqui a 40 minutos, quando ela for se arrumar, por isso estou tão ocupada... Você pode ir pra mim? ― Perguntou Bete.

― Claro que posso, deixa eu tirar esse avental que eu vou. ― Disse Karina tirando o avental e saindo. Ela saiu e o sol incidente a fez sentir uma dor de cabeça horrível, chegou no supermercado, colocou o débito na conta de Lucrécia e voltou para casa. ― Bete voltei. ― Disse Karina entrando na cozinha.

― Karina pega a blusa dela em cima da cama pra mim que eu vou esquentar sua comida! ― Disse Bete e ela passou pelo “casal maravilha” e subiu as escadas se apoiando no corrimão e segurando forte a cada pontada que sentia na cabeça. Ela pegou a blusa e sentiu sua barriga “roncar” ela então desceu as escadas correndo a acabou caindo nos últimos degraus.

― O que foi isso?? ― Disse Pedro ao ouvir um barulho estranho.

― Não sei... ― Disse Jade se levantando do sofá. Pedro a seguiu e eles se depararam com Karina estendida no chão, de bruços.

― Será que ela morreu? ― Disse Jade sem nenhuma comoção na voz.

― Vira essa boca pra lá! Karina acorda! Karina? Karina!! ― Disse Pedro se ajoelhando no chão, muito preocupado.

― Infelizmente eu ainda tô viva. ― Disse ela se virando na tentativa de sentar e levantar.

― Ah ela tá ótima, vamos voltar a namorar meu amoreco! ― Disse Jade querendo trazer Pedro de volta para a sala.

― Jade! Ela acabou de cair da escada, olha só pra ela, tá pálida! Karina você tá bem? Tá sentindo alguma coisa? ― Perguntou ele ainda de joelhos ao lado dela.

― Para de fingir que se importa. Eu tô legal. ― Disse ela se apoiando num degrau pra levantar.

― Eu só tava tentando ajudar! Grossa! ― Disse ele e ela conseguiu levantar. Jade sorriu ao ver ele chamando ela de grossa, isso a deixou satisfeita.

― Me erra Pedro. ― Disse Karina pegando a blusa e indo na direção da cozinha.

― Cuidado! ― Disse ele segurando Karina que estava vendo tudo embaçado e quase caiu novamente.

― Pedro deixa ela ir! ― Disse Jade irritada com a proximidade dos dois, já que por puro instinto Karina tinha colocado as mãos no pescoço dele .

― Jade você não tá vendo que ela tá passando mal? Eu não posso largar ela no chão. ― Disse Pedro segurando fortemente a cintura dela.

―Você não só pode como deve! ― Disse Jade bufando e ele ignorou a namorada, pegou Karina no colo e a levou para a cozinha.

― AI MEU DEUS! O que aconteceu??? ― Perguntou Bete nervosa ao ver Karina entrando na cozinha sendo levada nos braços de Pedro.

― Ela caiu da escada e tá meio tonta, eu não sei mais o que ela tem... ― Disse Pedro colocando ela sentada no balcão. Ele colocou as mãos na cintura dela, para que ela não caísse e ficou tentando entender o que ela tentava dizer.

― Minha cabeça... Eu tô com fome, é só isso... ― Disse Karina tentando fazer Pedro voltar para a sala antes que Jade armasse a vingança do século.

― Você tá pálida mesmo! Eu esquentei seu almoço, pode ir rapaz, eu cuido dela. ― Disse Bete e Pedro soltou a cintura dela a contragosto, porque se dependesse dele, ele ficaria ali até vê-la coradinha novamente.

― Tá certo, qualquer coisa eu tô com meu carro e levo ela no hospital sem problemas... ― Disse ele e Bete sorriu ao perceber que o rapaz tinha um bom coração e se importava com ela.

― Não vai precisar, deve ter sido só fraqueza, mais o tombo... Ela vai deitar um pouquinho e vai ficar tudo bem. ― Disse Bete e Pedro voltou para a sala.

...

― Eai, a doentinha já tá melhor? ― Disse Jade irônica.

― Vai ficar... Olha eu não consigo entender. Eu já tô tentando ignorar o fato de você adorar humilhar ela, mas ela podia ter se machucado de verdade! Podia cair novamente bater a cabeça em algum lugar... Você não se sente mal por não se importar? Porque eu me sentiria. ― Disse ele encarando a namorada.

― Pedro a Karina é uma mala, ela é um castigo que foi deixado na porta da minha casa à 16 anos atrás. Eu não gosto dela, ela não gosta de mim. Ela não faz nada direito, eu castigo ela por isso. É simples, você quem complica tudo se importando com ela. ― Disse Jade com raiva.

― Eu me importo porque eu tenho sentimentos! Não dá pra ver uma pessoa correndo perigo sem se sentir mal, com vontade de ajudar... Eu não estou afim de brigar por isso Jade. ― Disse ele pegando o telefone na mesinha e indo na direção da porta.

― Espera amoreco! Não vai... Eu não falo mais nada se você não falar! Vamos comer... Vem... ― Disse ela o trazendo de volta para o sofá.

...

Bete conseguiu dar comida para Karina e disse que ela devia ir dormir, a garota foi para o celeiro lentamente e deitou na cama, enquanto Bete passava a blusa de Lucrécia com pressa. Pedro ficou assistindo alguns filmes de comédia romântica com Jade e depois voltou para casa.

_*_


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro, eu não consegui revisar :P