Asphalt Café escrita por Victane


Capítulo 22
You are Still Afraid to Face their Feelings


Notas iniciais do capítulo

Hello meus amores, como estão vocês? eu to mega cansada, faculdade começou hj e to #morta mas vamos ao capitulo... Quero agradecer pelos coments, vocês são demais, mas quero dedicar esse capitulo a uma pessoa que fez meu coração doer de tanta emoção quando ela me mandou uma certa foto (tipo fan art) de Zanessa nos comentarios e como nesse capitulo tem muito deles. É pra você... VampireGabs!!
*Esse capítulo segue a série: Brilhante Victoria ou Victorious
Como descrito: Não seja rígido, pois cenas serão mudadas, acrescentadas ou invertidas.
Aqui a imaginação é livre e o prazer é seu em ler!



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Zanessa

Zac abriu os olhos devagar, olhou para os lados, seu quarto estava vazio, suspirando ele se pôs a sentar na cama e olhar pela janela, as cortinas estavam abertas, de lá, via-se o quarto de Tori, uma pena que a janela da garota estava fechada. Deitando de novo na cama e colocando os braços atrás da cabeça, suspirou pensando no dia anterior.

~Flashback On~

Assim que chegou em casa, viu-se dando de cara com seu pai sentado no sofá e lhe olhando com cara feia.

– Estava esperando você chegar, precisamos conversar. – Disse Robert passando a mão pelos cabelos grisalhos e charmosos, Zac não admitia, mas achava seu pai muito bonito, quando mais jovem tinha uma ótima forma e adorava fazer exercícios, simplesmente exalava presença. Gostava de usar roupas sociais, mas na maioria das vezes com outras pessoas, ele não era sério nem nada. Robert também não era loiro, felizmente Zac tinha puxado isso de sua mãe. O Sr. Smith antes tinha cabelos pretos iguais aos que costumava ser de Ashley, já que a garota os pintou, e mesmo agora com cabelos grisalhos, parecia jovem, seus olhos castanhos se tornavam duros cada vez que aparecia um problema, mas ele não era assim sempre, mesmo assim Zac não conseguia ter uma relação muito normal com seu velho.

– Essa é a frase que qualquer pessoa não quer ouvir. – Diz Zac indo pegar uma garrafa de água na geladeira.

– Não falamos muito sobre aquilo ontem porque tinha muita gente na sala, mas pense bem no que tudo isso está se tornando. Você envolvido com drogas, eu sei que foram postas em sua bebida, mas você deveria dar queixa. Você envolvido com uma garota, onde está saindo em todos os programas de fofocas que ela te bateu e por isso, o olho roxo. Você envolvido com brigas... Não acha que precisa de supervisão para certas coisas? – Perguntou Robert tentando ser compreensivo.

– O que?! Tá se oferecendo pra voltar a morar aqui? Não, obrigado. Ash e eu estamos muito bem sozinhos sem você e sua mulher de 18 anos.

– Ela não tem 18 anos, tem a idade de vocês e...

– Do que estão falando? – Perguntou Ashley descendo as escadas e encostado-se ao balcão da cozinha. A Smith poderia até não gostar do modo como Zac tratava seu pai, era como se eles nem fossem pai e filho, mas a loira também não deixaria nunca que seu pai se metesse na vida de Zac ou que ele brigasse com o garoto, afinal, a maioria das coisas que Zac fazia de errado, ela sabia e o punia por isso, não precisava da ajuda dele para lidar com Zac e não precisaria. A madrasta dos dois Smith saiu do banheiro e se aproximou deles.

– Agora tem plateia o suficiente pra você? – Perguntou Zac olhando para a madrasta, se é que se podia chamá-la assim. – O papai está se oferecendo pra morar aqui de novo!

– Oi? Não mesmo, não queremos você e sua namorada de 18 anos morando com a gente. – Disse Ashley.

– Eu não tenho 18 anos e meu nome é...

– Não importa, ninguém aqui quer saber o seu nome! – Cortou Zac e a mulher sentou-se no sofá.

– Tá, já vi que você está incomunicável hoje, como na maioria das vezes. Nós... Estamos indo embora. – Disse Robert acenando para sua mulher o ajudá-lo com as malas. – Mas ainda acho que devia prestar queixa.

– Eu não vou prestar queixa, não vou deixar que toda a minha vida esteja exposta nos programas e revistas de fofocas, não mesmo! – Retrucou o Smith.

– Isso já está acontecendo... Mas é você quem sabe, cuide-se filho. E Ashley, tome conta dele. – Zac revirou os olhos quando o pai deu um abraço em Ashley e sorriu para ele. – E Zac, cuidado com quem trás pra casa... – Falou olhando para o canto da sala, Vanessa havia acabado de sair do quarto de hospedes e olhava para o coroa com a cara fechada. Quando percebeu que era com ela, abriu a boca para dizer algo, mas Robert já havia fechado a porta da frente e ido embora. Vanessa encarou Zac e os dois ficaram ali, sem saber o que iriam falar um para o outro, quem começaria? Vanessa voltou para seu quarto e Zac subiu para tomar seu banho, a fim de refrescar os pensamentos. Já de noite, saiu de seu quarto e resolveu falar com Vanessa, bateu na porta e assim que a morena abriu, viu que ela estava arrumando as malas.

– Porque está arrumando as malas? – Perguntou Zac sentando-se na cama.

– Digamos que percebo quando minha presença não é bem vinda. – Falou desviando o olhar do loiro, não conseguia encará-lo.

– Por causa do que Robert disse? – Perguntou curioso.

– Não... – Um longo momento se passou. – Por causa das coisas que andam acontecendo... – Zac abriu a boca para falar, mas Vanessa o impediu. – Não adianta, Zac. Eu já sei o que tá acontecendo, acho que sei mais que você até.

– Então me diga! Porque eu não quero que você vá embora. – Admitiu o garoto.

– E fica me prendendo aqui só porque você ainda tem medo de encarar seus sentimentos e quer que eu esteja aqui como um estepe pra você ficar comigo cada vez que se magoar por causa da Tori? – Vanessa enfiou uma camisa na mala que já estava explodindo com tanta coisa.

– Essa camisa é minha! – Notou Zac.

– Ah é, eu dormi com ela nas ultimas noites, foi mal! – Jogou para o garoto.

– Pode ficar! – Ele jogou para ela de volta e Vanessa tentou enfiar na mala, sem sucesso. Zac a ajudou, chegando por trás dela e empurrando para que a camisa coubesse.

– Tá vendo?! É isso que acontece cada vez que você fica perto de mim. – Vanessa o empurrou. - Eu não me controlo. Já você... Parece querer distância. Isso não está mais funcionando.

– Não é verdade! – Tentou, mas seu coração estava extremamente acelerado com a mentira que contara.

– Ah é?! – Vanessa se aproximou dele, e pôs as duas mãos em volta de seu pescoço. Zac não a agarrou, apenas ficou sem saber o que fazer, Vanessa chegou mais perto e o garoto ficou parado, aflito com tudo que estava acontecendo. – Viu?! – Ela se afastou. – Você não demonstra nada. Olha Zac, eu queria tentar não acreditar que você não sentia mais nada por mim, mas essas são as consequências do tempo que passamos longe do outro, graças ao seu pai.

– Ele achava que você era influência negativa pra mim! – Falou revirando os olhos.

– E eu era. Ainda sou. E é isso que eu mais odeio nele, o fato dele ter razão. – Zac a olhou de forma questionadora. - Quando éramos adolescentes, eu estava com 16 e você com 15, eu fumava de vez em quando, bebia e ia a festas muito loucas, não tinha hora pra voltar pra casa, e tudo isso exerceu influência em você... – Vanessa murmurou enquanto fitava seriamente o loiro. - Você se tornou diferente do que era antes, Zac, e seu pai percebeu isso, por isso depois que bati com o carro dele, ele praticamente me expulsou da sua vida. – Zac ficara calado, tentando absorver tudo aquilo. – Você não entendeu, não é? Eu ainda sou assim... Ainda bebo, e fumava até ano passado quando apareceu no meu exame de natação, e não estou falando sobre cigarros... – Zac arqueou uma sobrancelha como se pedisse mais informações. - Você acha que eu saí da equipe porque quis? E que me deram muito dinheiro só por ser uma ótima nadadora? Não, fui expulsa da equipe... – Vanessa começou a chorar e Zac quis abraçá-la, mas a garota o afastou. – Ainda sou uma péssima influência pra você. Por mais que eu tentasse te corromper no passado, você sempre continuou sendo esse cara perfeito que você é hoje, e nada vai mudar, você continuará assim e eu continuarei apaixonada por você. Mas agora entendo porque não sente a mesma coisa. Eu não prestava, Zac. – Vanessa chegava até mesmo a soluçar lembrando de como tudo que ela agora contava, acontecera. - E ainda não presto pra você e se eu ficar mais um dia aqui, vou desmoronar e continuarei não prestando. Eu preciso ir pra casa da minha avó na Rússia e ficar lá, ficar longe de tudo, ficar longe de bebidas, de festas, de... drogas... – Zac arregalou os olhos. – Meu Deus, Zac, você não sabe o quanto sinto falta disso, o quanto quis te contar que... Droga, não acredito que vou dizer isso... Sempre quis te contar o quanto sou viciada, Zac. Enquanto você estava em NY, eu estava aqui tentando me manter calma e não sair pra comprar o que precisava... Eu preciso ir morar com minha avó, me reerguer e ficar longe de você, porque você me faz ficar fora do sério... – A garota balançou a cabeça, assanhando os cabelos de forma desesperada. - Porque eu te amo!

– Vanessa, eu... – Zac tinha os olhos vermelhos e queria abraçá-la com todo o seu ser.

– Você vai ser feliz, Zac. E eu também, do meu jeito. Você pode não notar, mas eu vi o jeito como você olha pra aquela garota. – Vanessa tentava enxugar as lágrimas em vão, pois cobriam seu rosto vermelho, o deixando enxarcado.

– Então isso tudo é por causa da Tori? – Pergunta Zac sentando na cama e encarando Vanessa.

– Não, garoto. Você não ouviu nada do que eu disse, não?! – Vanessa revirou os olhos. –Tem a ver com você me machucando sem perceber e isso me faz ter mais vontade de... Droga, você entendeu! Tem a ver comigo, mas também tem a ver com você não estar mais afim de mim. – Vanessa tremia, Zac podia notar sua mão se agitando cada vez mais, ele nunca a vira assim. Sua amiga tinha dito que... Curtia drogas? Era assim que se podia dizer? Zac nunca percebera, será que ela era muito boa em esconder isso? Quer dizer, quando os dois eram mais novos, Vanessa saía e chegava a hora que bem entendesse, fazendo o garoto ir correndo atrás dela em qualquer horário que ela achasse melhor, além de se envolver com pessoas que dizia ela não estar se envolvendo fisicamente, mas também não dizia do que se tratava. Era tudo tão estranho, mas Zac não a via daquela fora, como uma... Uma viciada? Droga, isso era muito pior do que ele imaginara, Vanessa precisava de ajuda, precisava de sua ajuda.

– Tá, você quer colocar a Tori em questão, mas a Tori não está em questão na minha vida. – Zac engoliu em seco, um mínimo pensamento de desejo de que a garota estivesse presente em sua vida apareceu de repente.

– Ainda não! – Resmungou Vanessa fechando finalmente a mala. – A questão aqui é que não tem mais espaço na sua vida pra mim, muito menos se tratando de relação amorosa. E eu não quero forçar a barra pra você, por isso to indo embora.

– Vanessa, espera... – Dizia Zac enquanto andava atrás da garota que já tinha a mochila nas costas e as malas em mãos. – Você tá precisando de alguma coisa? De dinheiro? Qualquer coisa? Me deixa te ajudar. – O garoto quase suplicava.

– Zac... – Agora os dois estavam na sala, Ashley se levantou do sofá quando viu que a garota estava prestes a sair dali. – Você vai me ajudar se estiver feliz e acredite em mim, você vai estar. Se quiser uma amiga, eu estarei aqui, posso até ser sua melhor amiga, mas mais que isso, sinto muito, não dá. E por agora é melhor eu me distanciar de você e um dia quando vier te visitar, tudo vai estar bem de novo, pra nós... Pra mim... – Vanessa lhe suplicava com o olhar, aquilo parecia estar sendo muito duro pra ela, como se ela nunca tivesse admitido seu problema e agora estivesse o fazendo, como se realmente quisesse ajuda, e a fosse procurar e não seria ele que impediria isso, apesar de achar que ele podia muito bem ser a melhor pessoa a ajudá-la. - Vou estar na Rússia, numa cidade muito afastada de pessoas e... – Ela deixou a frase no ar. - Mas você pode me chamar no chat, pode ligar pra mim, você sabe, ainda vamos nos falar.

– Mas não é a mesma coisa, eu te adoro, Vanessa.

– Eu também! – Disse sorrindo para o garoto. – Ashley, cuide bem dele! Vou sentir sua falta. – Vanessa abraçou a loira que retribuiu fortemente.

– Também vou sentir a sua. – Disse a loira se separando da morena. Um carro buzinou.

– É o meu táxi! Preciso ir. – Vanessa abriu a porta da casa e Zac a acompanhou.

– Eu te adoro, Vanessa, mas não é você que será minha cunhadinha. – Falou Ashley para si mesma de maneira que eles não escutassem, ela sorriu triste pela ida da garota e depois chacoalhou a cabeça. – Você tem que parar de falar sozinha. Argh!

– Você sempre será muito importante pra mim, Vanessa. E não importa onde esteja, será sempre minha primeira. – Falou sorrindo malicioso, a garota riu alto com aquilo.

– Você é um idiota, mas você sabe... Eu te amo! – Disse o abraçando.

– Eu também te amo. – Falou meio acanhado, pois sabia que havia significados diferentes para os dois naquela frase.

– Por falar em te amar, é por isso que vou te dizer isso agora... Bom, eu meio que usei sua escova de dente no quarto de hospedes e arranhei a lateral de seu carro quando passei raspando no muro numa rua apertada... – Zac a olhou chocado. – Mas eu tentei concertar e passei esmalte no lugar do arranhão, acho que não ficou muito bom... Ah e eu arranhei porque fui comprar umas coisas pra mim, com o seu dinheiro, se não se importar.

– Mais alguma coisa que eu precise saber? – Perguntou Zac rindo do jeito folgado da amiga.

– Eu comi todo o seu cereal preferido, vai ter que fazer compras de novo, fora isso, acho que não tem mais nada. Até mais, Zac. – Falou se aproximando do garoto e lhe dando um selinho demorado, Zac arregalou os olhos, mas achava que devia isso a garota por isso permitiu, Vanessa alisou seu cabelo e o olhou firme depois de se separar dele. – Tchau! – Disse entrando no táxi. Zac olhou para aquele táxi com profunda tristeza. Um pouco longe dali, Tori acabara de ver tudo quando fora jogar o lixo fora. Vira o beijo e tomara suas próprias conclusões.

~Flashback Off~

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– Tori! Telefone. – Gritou Cat lhe passando o telefone quando a garota desceu as escadas.

– Alô?! – Atendeu a Vega ainda de pijama.

– Oi Tori, somos da produção do Good morning América e marcamos uma entrevista com sua assessora ontem de manhã, ela te avisou?

– Ah, sim! Só que havia esquecido, mas sem problemas. – Informou Tori questionando a si mesma sobre como podia ter se esquecido, tudo bem que o que vira ontem lhe causara certa demora para ir dormir, Zac mentira quando dissera que não tinha namorada, e mesmo assim ela o vira beijando uma garota ontem, tarde da noite e agora ele queria sair com ela, não mesmo, ela não iria sair mais com ele.

– Tudo bem então... Já que a entrevista é por telefone, nós só a advertimos para não ficar em local barulhento para não prejudicar o programa que é ao vivo e claro para que você possa ser entrevistada melhor. Daqui a pouco começaremos o programa, ok? – Perguntou o cara da produção.

– Tudo bem... – Tori resolveu se sentar no sofá, mas o homem da produção lhe advertira que era melhor ficar em local isolado por causa do barulho. Era cedo, as pessoas não iriam fazer barulho, iriam?

– CAT! JÁ FEZ O CAFÉ?! – Gritou Jade descendo as escadas. – DAVID!

– OIIII! – Gritou o garoto aparecendo na sala com seu skate.

– OLÁ PESSOAL! DIGAM BOM DIA PARA A RAINHA DA FAMA. – Gritou Trina também descendo as escadas.

– Oiiii, Trina. – Falou Cat um pouco fino demais. Tori revirou os olhos e depois de falar com todos subiu para seu quarto, lá seria melhor. – Você estará no ar, em 3... 2...1... – Informou o homem, logo Tori pode ouvir o som do final da vinheta do programa, os apresentadores deram “oi” para a plateia e começaram a apresentar.

– E agora nós vamos para uma entrevista exclusiva com a cantora pop mais famosa na atualidade, Victoria Vega. – Anunciou a apresentadora do programa, Robin Roberts. – Infelizmente sua assessora disse que a estrela pop não poderia vir ao programa, pois se apresentaria hoje à noite, ainda não sabemos onde, e teria que economizar energias, mas ainda bem que conseguimos essa entrevista. E vamos ver se arrancamos alguma coisa dela, não é pessoal?! – Tori riu baixo do outro lado da linha. – Vamos lá! Olá Victoria Vega?

– Olá, Robin! – Respondeu Tori sendo simpática.

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Beck tocou a campainha da casa de Jade.

– Bom dia, Senhorita West. – Diz Beck entrando na casa e sorrindo para a morena.

– Não sei por que as pessoas insistem que tem que se estar de ótimo humor no começo do dia. – Resmungou Jade indo para a cozinha para tomar seu café.

– Talvez! Mas aposto que você vai fazer parte do grupo de pessoas que vai estar de bom humor. – Ele sorriu bobo enquanto escondia algo atrás de si.

– E o que te faz acreditar nisso? – Perguntou Jade se apoiando na mesa da cozinha e tomando sua xícara de café.

– Dá pra calarem a boca? Eu to tentando achar coisas sobre mim na internet. – Disse Trina deitada no sofá com o notebook na barriga.

– Ah, oi pra você também, Trina. – Falou Beck, Jade revirou os olhos.

– Oi! Não sei por que você não está aqui deitado do meu lado e sem camisa, mas se prefere ir correr com a Jade melhor não me atrapalhar. – Retrucou a garota sendo grossa.

– Ela é a única celebridade que procura coisas sobre ela mesma. Acho que as outras celebridades não têm muito tempo e nem querem ficar procurando coisas sobre si na internet. A Trina deve ser a única. – Comentou David aparecendo na cozinha ainda de pijama, pegando alguns biscoitos no pote e um copo de suco na geladeira.

– Mas a Trina não é celebridade! – Retrucou Beck apontando os fatos.

– É! Ela só caiu no palco e agora as pessoas lhe dão atenção porque sentem pena. – Soltou Jade.

– Vocês podem falar o que quiserem, mas estão com inveja porque não estão sendo entrevistados na rua. – Trina disse dando de ombros, Jade revirou os olhos e David voltou para seu quarto.

– Ah, é?! E o que as pessoas te perguntam? – Jade resolveu provocá-la.

– Tudo bem que às vezes algumas pessoas ainda riem, mas isso não quer dizer que estão rindo de mim. – Trina parecia não dar muita importância para o quão ridícula estava sendo.

– É claro que quer dizer. – Apontou Beck.

– Mas hoje tenho uma entrevista com algumas pessoas importantes e se me derem licença não vou poder ficar conversando sobre coisas amadoras com vocês dois. – Trina pegou sua bolsa no sofá e saiu da casa.

– Ninguém gosta de você! – Jade gritou. – Mas e então, você ainda não me disse o que me vai fazer ficar feliz!

– Ah, é mesmo! Hum... Eu te comprei isso. – Beck deu a Jade o objeto que estava segurando e a garota pegara a caixa embrulhada. A abriu e soltou um grito abafado.

– Eu não acredito. Meu Deus, Beck! Você não fez isso! – Jade olhava para o objeto com os olhos extremamente arregalados em surpresa.

– Sim, eu fiz. – O canadense riu da emoção da morena.

– Essa é uma? Essa... – Jade estava sem palavras.

– Sim, uma réplica exata de uma das tesouras do filme Edward mãos de tesoura. Comprei pela internet, mas estava esperando chegar e... – O garoto não teve tempo de completar a frase, Jade o agarrou, o abraçando firme. Embora não esperasse, apreciou o momento, sentiu o forte odor de baunilha que mesmo de manhã já estava tão presente nas roupas e na pele de Jade, principalmente em seu cabelo escuro. Sentiu suas mãos em suas costas o apertando forte. Jade pôde sentir seu coração acelerar enquanto sentia o toque das mãos de Beck em suas costas, mesmo que ele tenha demorado a por suas mãos ali, devido à surpresa. A morena começou a pensar em como poderia aumentar aquela sensação gostosa em seu peito, preencher o desejo que ali continha, como podia facilmente erguer sua cabeça mais um pouco e alcançar a boca de Beck, sentir o gosto forte de hortelã que exalava de seu hálito presente, mas não tinha coragem para fazer aquilo, na verdade até tinha, mas o que vinha depois? Isso ela não sabia e não queria acabar fazendo besteira e se prejudicando. Os dois se soltaram e Beck a olhou sorridente, ele sempre tinha aquele sorriso contagioso, Jade sorriu também, embora não fizesse muito aquilo.

– Obrigada, muito obrigada. – Agradeceu feliz pelo presente. – Mas... – Beck a encarou com a sobrancelha erguida. – Como sabia que gostaria desse presente?

– Digamos que um passarinho me contou.

– E que cor teria esse passarinho? – Jade sorriu maldosa por já saber de quem se tratava.

– Hum... Acho que estamos falando de um pica-pau. – Beck riu.

– BEEECK! – Cat desceu as escadas aos pulos. – Ela gostou do presente que te ajudei a escolher? – Perguntou olhando para o canadense enquanto piscava os olhinhos.

– Cat... – Sussurrou Beck. – Pensei que quisesse que isso fosse um segredo entre nós. – Só então Cat notou que Jade estava ao lado dela, a morena revirou os olhos, mas sorriu de como a ruiva era lerda.

– Ainda é! – Sussurrou de volta. – Você não viu nada. – Ela olhou de forma sinistra pra Jade, acenando com suas mãos na frente do rosto da morena.

– Não se preocupe, eu não disse a Jade que você tinha me ajudado, só disse que um pica-pau havia me contado, hum?! – Perguntou rindo.

– O QUE VOCÊ QUIS DIZER COM ISSO? – Gritou se afastando e colocando a mão no coração.

– Nada, Cat. Nada. – Jade a tranquilizou.

– Ah, então tá! Vocês vão correr? – Perguntou mexendo no cabelo.

– Não, imagina, o Beck só tá com roupa de corrida porque ele vai fazer compras. – Disse Jade.

– Ah, me compra alcaçuz, acabaram os do meu sutiã! – Pediu sorrindo bobamente, Jade bateu com a mão na cabeça e Beck sorriu confuso.

– Tá, onde está a droga do Robbie? Nós não iríamos correr pra ajudar vocês com a corrida? Onde está a Vega, todos desistiram? Estou acordando cedo pra nada? – Perguntou Jade cruzando os braços.

– E eu que pensei que você não ficaria tão ranzinza depois do presente. – Disse Beck.

– Do que você me chamou? – Perguntou o olhando com raiva. Beck a ignorou, Jade não lhe colocava medo.

– Robbie vai passar aqui pra irmos juntos, mas ele disse que vai se atrasar, foi dormir tarde ontem quando chegou em casa depois de gravarmos o vídeo para o The Slap. – Explicou Cat. – Podem ir na frente.

– Nós vamos esperá-lo lá fora enquanto nos aquecemos. – Explicou Jade. – E chame a Veja!

– Ela não vai hoje, vai ser entrevistada por telefone para o programa Good Morning América, então me avisou antes. – Jade bufou.

– Vamos lá, Jade. Nós podemos correr sozinhos. – Beck tocou em seu braço. – Não é tão ruim acordar cedo e fazer exercícios. – Disse com o seu bom humor.

– Preferia estar dormindo. – Retrucou colocando sua caneca de café na pia.

– Então vamos ver por outro lado, depois que corrermos podemos passar na casa da Chloe e pegá-la para ensaiarmos mais, o que acha? Não foi você quem disse que teríamos que estar perfeitos essa noite?

– Tá, me convenceu, Oliver. – Jade seguiu na frente e Beck a acompanhou.

– Então vão esperar o Robbie chegar? – Perguntou Cat quando eles já estavam na porta.

– NÃO! – Gritou Jade fechando a porta. Os dois começaram a se alongar e estavam prontos para começarem a correr, quando... – Droga, meu sapato desamarrou. Droga! – Disse Jade se abaixando para amarrar o sapato e deixando Beck com a visão privilegiada de sua bunda naquele traje apertado de ginástica. O garoto arregalou os olhos, e tentou desviar o olhar, mas não tinha ninguém os vendo, ele não poderia perder a oportunidade. – Oliver, ainda está ai? – Perguntou Jade sentindo certa estranheza no silêncio do canadense.

– Sim, sim... É claro. – Falou nervoso. – Podemos ir.

– Calma, meu outro sapato também desamarrou. – Disse Jade, Beck colocou a mão na cabeça e agradeceu aos seus por esses pequenos momentos em sua vida.

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– Oi, Zac. – Disse Cat assim que abriu a porta, o loiro sorriu para a ruiva e lhe depositou um beijo na testa. – Você viu se o Beck e a Jade estão ai na frente ainda? – Perguntou Cat.

– Não, não. – Disse o garoto sentando-se no sofá.

– Acho que já foram. Bom, vou chamar a Tori. – Falou Cat subindo as escadas e chegando ao quarto de Tori, bateu na porta, mas estava trancada.

– Sim, tem sido muito bom poder trabalhar no meu novo CD e estou adorando esse momento, espero que as pessoas tenham gostado do meu trabalho e que mais eventos para promover o álbum apareçam. – Disse Tori respondendo a pergunta da apresentadora Robin.

– Mas Victoria, agora nos tire uma duvida que acho que todo mundo está tendo devido as noticias que tem saído. – Intrometeu-se um dos apresentadores. Tori engoliu em seco, sabia o que estava por vir. – Há várias noticias por ai a fora que afirmam seu namoro com Zac Smith, ator e filho do famoso dono do Teatro Smith. Há vários boatos de que vocês estejam juntos e que a relação entre vocês esteja... Digamos assim, em caos extremo, afinal, o garoto apareceu com o olho roxo e vários sites afirmam que você pode ser a causadora do olho roxo, o que tem a dizer?

– Não estamos namorando! – Declarou Tori tentando cortar o apresentador.

– Mas não há mesmo possibilidade de estarem juntos? Nem se não estiverem namorando? – Perguntou novamente o apresentador.

– Não, não há possibilidades de isso acontecer. – Falou firme mesmo que odiasse pensar desse jeito, mas o que mais poderia pensar? Zac mentira para ela, marcara praticamente um encontro, a chamara para sair, mas tinha namorada, estava ontem mesmo beijando outra garota.

– TORI, O ZAC TÁ AI EMBAIXO. LEMBRA QUE VOCÊ ME PEDIU PRA AVISAR QUANDO ELE CHEGASSE PARA O PASSEIO DE VOCÊS? – Gritou Cat do lado de fora do quarto. Tori gelou com a voz da ruiva, torceu para que não a tivessem escutado.

– Não estou entendendo, Cat. Depois falo com você. – Disse arriscando um plano.

– Então o Zac Smith está em sua casa? – Provocou o apresentador. A plateia soltava um grande “hum” do outro lado do telefone.

– Não, é claro que não! – Mentiu Tori. Ouviu o barulho da porta se abrir e encarou a ruivinha que tinha uma chave na mão.

– Lembra que você disse que deixaria uma chave debaixo do tapete para caso de emergência? – Perguntou Cat. – Então... Você não entendeu o que eu falei... Eu disse que... – Tori fazia que “não” com o dedo, para que Cat calasse a boca, mas a ruivinha não percebera. – O Zac tá lá embaixo esperando pra passear com você. – Tori pôs a mão na testa e a plateia soltou um “O” do outro lado do telefone.

– Então é oficial... Tori Vega e Zac Smith estão saindo.

Próximo Capitulo:

Vai mesmo passear de pijama?”

“Acha meus olhos brilhantes?”

“Bem na cara, Oliver. Cinquenta pontos pra mim.”


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capitulo? COmentem, to mega cansada e to fazendo as coisas nas carreiras, mas obrigada por tudo, comentem e me digam sobre quem vocês pensam que é as falas. Beijos amoris, até mais!



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