Yeah, Sure escrita por Adri Cardoso


Capítulo 1
Seja bem vinda a Forks


Notas iniciais do capítulo

Esta Bella é meio zoeira e corajosa... Espero que me perdoem pelos erros dela. Capítulo editado.



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POV BELLA

– Fala mãe. – disse enquanto arrumava as malas, agora iríamos para Forks, foi uma aposta com o meu pai, ele queria rever os seus amigos lobos enquanto eu queria ir pra Londres, como a minha mãe não se decidia, acabamos fazendo uma aposta.

Foi um racha, o meu eclipse contra o seu Porshe, eu perdi apenas por alguns centímetros, mas perdi. Corremos em uma extensão de alguns milhares de quilômetros, fomos do Peru à Bolívia.

– Filha. – minha mãe entrou no meu quarto. – Eu sei que você não queria ir, mas você perdeu a aposta, não é? – ela deu uma risadinha. – Foi uma coisa justa.

– Eu sei mãe, tanto que não me rebelei. – fui sincera, por mais que eu detestasse Forks eu tinha me conformado, foi uma corrida justa.

– Vai ser bom, você vai ver. – ela deu um sorriso e saiu do meu quarto. Por mais que ainda esteja um pouco triste por ter que viajar, eu adorava aqui na Austrália, os cangurus e coalas, mas eu tinha consciência de que daqui a pouco iriam perceber as minhas não rugas da idade.

Toda a minha família, eu Isabella Swan, meu pai Charles Swan e minha mãe Renée Swan éramos vampiros.

Fomos transformados enquanto íamos embora do teatro, eu tinha 17 anos, meu pai 39 e a minha mãe 35. Por mais que fossem quase da meia idade eles ainda tinham um pique de 18 anos. Aceitamos o que nós éramos e sou assim já faz uns três anos. Eu e meus pais tínhamos um ótimo autocontrole e procurávamos nos alimentar apenas das pessoas deploráveis e insensíveis. Estupradores, assassinos, apenas pessoas ruins. Já ajudamos muito a polícia da cidade matando muitos criminosos, mas claro que a fama sempre foi pra eles.

Nós sempre ríamos quando nos reuníamos em volta da mesa de jantar e o meu pai lia o jornal. Por mais que fossemos vampiros, gostávamos de ter algumas coisas humanas, como ler o jornal, ver TV, coisas que nos façam pensar que não éramos assim tão desprezíveis por matarmos pessoas para nos alimentar, por mais que elas realmente mereçam a morte.

Minhas malas já estavam prontas, tomei um banho um pouco demorado, era um costume meu, eu me perdia no tempo, me vesti, coloquei uma calça jeans, uma blusa, um tênis e uma jaqueta, para os humanos estava meio frio hoje, então teria que imitar.

– Pegou tudo? – primeira coisa que a minha mãe me perguntou quando entrei no seu campo de visão, quando eu cheguei à sala.

– Sim. – eu disse um pouco cabisbaixa, Forks seria uma porcaria, certo que sim.

– Bella, lembre-se de sua promessa, você vai se divertir. – minha mãe falou animada.

– Claro. – respondi sarcástica e liguei o meu Iphone e coloquei os fones. – Cadê o Papai?

– Ele foi arrumar alguma coisa que eu nem sei o que era. – ela disse enquanto sentava no sofá e lixava as unhas. Por mais que a música estivesse no último volume eu a escutava normalmente.

Parei a música e comecei a prestar atenção na TV, estava dando Tom e Jerry, meu desenho favorito.

Então, começou a tocar loca, da Shakira. ADOROO.

– “...”

– Filha, não vai atender? – minha mãe olhou pra mim com as sobrancelhas erguidas.

– Ah... – foi à única coisa que consegui dizer. Apertei no botãozinho verde. – Alô?

– Escutando a música e se esquecendo de atender ao telefone? – uma voz grossa soou pelo telefone.

– Sempre. – dei uma risadinha e ele riu também. – Então Emm, o que foi?

– Fiquei sabendo que certa vampira morena está indo para Forks, é verdade?

– É, fazer o que não é? Os dias vão ser tão chatos. – eu estava com um biquinho no rosto.

– Pode tirar o bico da cara que eu tenho certeza que está e pode indo ficar feliz. – ele me conhecia muito bem, fato. – Adivinha quem está em Forks? – ele tava ansioso e feliz, só poderia ser uma pessoa.

– MADONNA? – levantei do sofá feliz.

– Não. – ele ficou mal humorado.

– Michael Jackson?

– Ele morreu criatura.

– Poha, é verdade, eu gostava das músicas dele...

– É eu me lembro do seu showzinho no seu primeiro aniversário como vampira, quando dançou thriller, mas não foge do assunto.

– Ok, Emm, quem está em Forks?

– EU ESTOU EM FORKS POHAA.

– MENTIRA? – é, seria melhor do que a Madonna, mas não disse isso pra ele, se acharia demais.

– VERDADE.

– MENTIRA.

– VERDADE.

– MENTIRA.

– É VERDADE POHA.

– Ok, eu acredito. Cara vai ser demais. – eu disse e ele riu.

– Vai e eu vou te apresentar a família que me transformou.

– Os Vullens não são?

– E depois dizem que vampiros têm boa memória. Tsc Tsc.

– Ai, desculpa.

– Cullens Isabella, Cullens.

– Ok, dessa vez eu lembro. Como está Roselie? – perguntei.

Eles estavam juntos da última vez que eu falei com ele, mas eu nunca a tinha visto.

Parece que era recíproca a vontade dela me conhecer.

– Ela está bem, animada com a sua visita.

– Visita Emm?

– Você vai morar aqui?

– Até quando perceberem que sou infinitamente mais linda do que todos e não envelheço.

– Se eu dizer que concorda alguém vai ficar brava, então vou só dizer que a segunda parte de sua teoria está correta.

– Formal? – perguntei. Ele não era muito comum falar dessa forma. Até me assustou.

– É a Alice, ela me obrigou a fazer aulas de etiqueta.

– Esse dinheiro não foi bem gasto.

– Pois é, eu disse pra ela que eu sou um gentleman e não precisaria de nada dessas frescuras, mas ela me obrigou.

– E, quem é Alice?

– Ah, você vai conhecê-la, é uma integrante da família.

Papai chegou, abrindo a porta com um envelope nas mãos.

– Ok Emm. Eu vou ter que ir, papai chegou, está com as passagens e vamos embarcar agora.

– Ok, eu te espero no aeroporto.

– Tá, beijos. Eu te amo ursão.

– Te amo também. – e desligamos o telefone.

O Emm é uma pessoa muito especial que conheci quando estávamos na China.

Ele foi lá para comprar um vídeo game, disse que queria ir até a fonte, para comprar o melhor e mais moderno.

De cara viramos amigos, começamos a conversar e ele estava no mesmo hotel que eu.

Ele parecia um urso de tão grande e percebi que ele era um vampiro, da mesma forma que ele percebeu que eu era.

Desde então, nunca mais nos vimos, mas sempre nos falamos, via e-mail, carta ou telefone.

Ele sempre falou de Rose, a sua esposa, mas nunca falou muito de sua família, pelo menos a nova família. Só disse que são sete integrantes, contando com ele.

Sorri, seria demais que estivéssemos novamente no mesmo ambiente.

Lembro que fomos numa boate, na China e cantamos em coreano o hino dos Estados Unidos.

Não fomos expulsos porque somos muito bonitos e as pessoas se deslumbraram.

Mas, foi engraçado ver as pessoas todas irritadas, mas não fazendo nada.

E, além do mais, estavam com medo do Emm.

– Bella. – meu pai me chamou. – Vamos embarcar em meia hora. - então desliguei a TV e me levantei.

As malas já estavam todas na sala, faltava apenas que as colocássemos no carro.

Fizemos algumas viagens, por mais que qualquer um de nós três pudesse levar elas em apenas uma vez, mas tínhamos vizinhos, então tínhamos que fingir as aparências.

Depois de todas devidamente colocadas em cada carro, eu fui para o meu Eclipse e papai e mamãe para o Porshe do papai.

Mamãe nunca se interessou por carros, por mais que isso seja de família, a paixão pela velocidade.

Chegamos ao aeroporto e ainda tínhamos 20 minutos.

Tiramos as malas do carro, com a ajuda de seguranças do aeroporto.

Claro, quem não ajudaria a nossa família de beldades?

Levaram o carro para que ele fosse transportado.

Eu não sei como isso funciona, nem sei como que ele vai.

Mas, afirmaram que antes de nós, eles estariam lá.

Eu gostaria de ir de carro, mas da Austrália até os Estados Unidos de carro é mais complicado, e eu nem quero ir pra Forks, então pelo menos quero ir mais rápido.

Fizemos toda aquela burocracia chata, que enche de tédio qualquer um e entramos no avião.

Fomos os últimos, mas ninguém se importou.

Papai e mamãe sentaram na minha frente e eu sentei sozinha, na janela.

Por mais que somos lindos, os humanos ainda têm um instinto de preservação, então ninguém se aproximou apenas a garota do suco, aquelas que vêm e te oferecem coisas. Alguma coisa com bordo, garotas do bordo?

Eu esqueci o nome, mas enfim apenas elas tiveram a coragem e tenho certeza que foi apenas por causa de seu emprego.

Papai e mamãe se levantaram algumas vezes, indo para o banheiro. Nesses momentos eu prestava muita atenção no filme que nem sei o nome que estava passando. Contava as nuvens, carneirinhos, qualquer coisa, mas não prestava atenção no barulho que vinha de lá do banheiro.

– Pai. – eu disse depois que eles voltaram. – Eu estou com tédio.

Essa era a palavra chave para as nossas apostas.

Ele sorriu debochado, já com uma ideia na cabeça.

– Você vai ter que conquistar um humano. – ele disse baixinho e minha mãe riu depois.

Ela era a juíza de todas as nossas apostas. Já tentou fazer com que parássemos, mas é um vício.

– Ok, eu aceito e você vai ter que pegar aquele microfone e cantar. – disse apontando para o microfone que aquelas garotas do suco usavam para passar alguma informação a todos os passageiros.

Ele sorriu.

– Qual a aposta? – ele perguntou e eu sorri.

– Um vídeo game, vamos jogar um jogo de corrida, quem perder faz aquilo que nós falamos. – ele apertou a minha mão.

Se não apertássemos as mãos não valia.

– Feito.

Então, ele chamou deslumbrando uma garota do suco, pra ela conseguir um vídeo game para nós, ela ficou tão feliz que meu pai deu atenção pra ela que arrancou o vídeo game de um garotinho.

Ele começou a chorar, tinha acho que uns 12 anos. Mandei um sorriso pra ele que parou de chorar no mesmo instante.

Papai sentou do meu lado, cada um pegou um controle, conectamos o vídeo game.

Mamãe veio e sentou no meio, porque senão iríamos roubar, íamos ficar nos incomodando, para que o outro batesse.

– Vamos jogar o quê? – papai perguntou

– Need for Speed. – eu disse e ele assentiu.

Colocamos o jogo e selecionamos os nossos carros. O meu eclipse azul marinho, de praxe e o Porshe preto do meu pai. Exato como são os nossos.

Escolhemos uma corrida de 50 voltas e ainda vai ser melhor de três. E ainda a estrada mais longa.

– Vamos ver então tudo o que você pode Bellinha. – meu pai disse e colocou para a corrida começar.

2. 1. GO!

Eu acelerei muito no começo, até já fui usando os turbos. Nós colocamos que eles não tivessem limite. Mas, tinham cerca de uns 30 segundos de uso.

O que qualquer um faria em 5 minutos, nós fazemos em 2 minutos e meio. Não batíamos, a não ser que fizéssemos o outro bater.

Coisa que eu odeio em mim mesma, é que alguns dos meus reflexos não são bons. Isso desde sempre, desde que eu era humana.

Se eu estou jogando vídeo game, principalmente corrida, eu vou junto com o controle. Se eu estou numa curva pra esquerda, eu não fico parada. Vai o controle e o meu corpo pra esquerda.

É tão chato isso, meu pai sempre ri de mim.

– Eu vou te vencer Bella. – meu pai falou assim que passou de mim, mas estávamos grudados praticamente.

– Não vai não. – eu disse e apertei ainda mais no botão, quase o quebrando.

10 VOLTAS. Eu estava em primeiro lugar.

20 VOLTAS. Papai estava em primeiro lugar.

30 VOLTAS. Eu estava em primeiro lugar.

40 VOLTAS. Papai estava em primeiro lugar.

50 VOLTAS. Eu estava em primeiro lugar.

Venci.

– Eu venci e você perdeu. Eu venci e você perdeu. Eu sou boa e você é mau. Sou demais. Sou demais. – eu me levantei e comecei a fazer a dancinha da vitória. – Vai Bella! Vai Bella! É o seu aniversário! É o seu aniversário. – quase me toquei no chão.

Papai se irritou comigo e me estendeu o controle.

– De novo. – me sentei e peguei o controle.

Rá, eu veria meu pai sendo uma comissária de bordo. Finalmente me lembrei do nome das mocinhas do suco.

Novamente, a mesma pista, os mesmos carros e a mesma configuração. Turbo sem limites e a estrada mais longa.

E novamente eu venci.

Papai se irritou ainda mais e quebrou o controle.

Novamente fiz a dancinha da vitória e ele bufou.

Por mais que ele não queria fazer a aposta, ele não se fez de desentendido como qualquer um faria. Meu pai tinha palavra e foi lá para cumprir.

Ele pegou o microfone, as comissárias olharam feio para ele durante 3 segundos e depois se deslumbraram com a beleza do meu pai.

Um travesseiro voou nele, é claro que a minha mãe tinha ciúmes.

– Me desculpem atrapalhar o descanso de vocês, eu sei que o voo é longo e cansativo, mas eu tenho que cumprir uma aposta que fiz com a minha filha Bella. Levante-se Bella. – e apontou pra mim.

Se eu fosse humana, minhas bochechas estariam coradas. Levantei-me e um assovio ecoou no recinto.

–Olha o respeito moleque. – meu pai disse bravo no microfone e tocou o travesseiro, que a minha mãe tocou nele, no cara que tinha assoviado.

Eu ri e logo depois Charlie ajeitou a gola da camisa polo que minha mãe o fez usar. Se não fosse humano ele estaria suando com certeza.

– Então, eu tenho que pagar a promessa, então eu vou ter que cantar. Espero que não reparem a minha voz desafinada. – rá, como se isso fosse possível. A voz dele era como mel de tão doce e eu com certeza já estava com a câmera na mão, todas as nossas apostas eram registradas e com certeza a pagação de mico muito mais.

– Ela é uma música brasileira e eu a escolhi porque ninguém vai entender nada. – ele sorriu e então a música começou.

Poucos entendiam.

A alegria do pecado às vezes toma conta de mim

E é tão bom não ser divina

Me cobrir de humanidade me fascina e me aproxima do céu

E eu gosto de estar na terra cada vez mais

Minha boca se abre e espera

Um direito ainda que propano

Pro mundo ser sempre mais humano

Perfeição demais me agita os instintos

Quem se diz muito perfeito

Na certa encontrou um jeito

Insosso pra não ser de carne e osso pra não ser carne e osso.

Essa era a música da abertura da novela sete pecados, uma novela brasileira que a minha mãe adora.

A música chama-se Carne e Osso e é da cantora Zélia Duncan.

– Foi uma homenagem pra minha esposa, Renée. – mandou um beijo pra ela que só sorriu.

Meu pai largou o microfone, foi aclamado com muitas palmas e poderia até dizer que os pilotos ouviram e quase pararam o avião no meio do ar para admirar a voz de Charlie, por mais que não entendessem nada.

– Você se lembrou. – mamãe disse assim que papai se sentou do lado dela.

Sorriram, era um casal absurdamente apaixonado. Para eles a imortalidade fez bem, pra mim nem tanto. Eu não vivia esse mar de rosas que eles viviam, mas até que era bom, não tinha nada para reclamar.

Mamãe segurou o rosto de papai e deram-se um singelo selinho.

E logo depois se levantaram novamente e foram para o banheiro.

FILMES, FILMES, FILMES... Era apenas neles que eu conseguia prestar atenção.

Olhei para o reflexo dos meus olhos, as lentes de contato verdes já estavam se deteriorando.

Peguei na bolsinha de mão uma nova e coloquei rapidinho, antes que alguém visse.

Meus pais saíram do banheiro logo depois, já tinham trocado as lentes também, não queríamos que ninguém visse os nossos olhos vermelhos.

Pousamos na Inglaterra. Era uma das paradas.

Eu queria muito pedir que papai nos deixasse ficar aqui. Se eu pedisse com jeitinho, com aquela expressão de cachorro sem dono, ele deixaria ficarmos.

Mas, agora eu até quero ir para Forks.

Meus pais eram de lá, mas eu nunca fui, apenas quando era bem pequena. Depois nos mudamos para a Austrália. Ficamos lá quase dez anos. Desde os meus 10 anos. Eu tenho 17 agora e mais três que somos vampiros.

Papai ficou feliz quando a iniciativa de entramos no avião para irmos para os Estados Unidos veio de mim.

As comissárias de bordo desse avião usavam uma roupa diferente. A do outro era amarela. Uma saia e blusa que nem esse, mas desse avião era azul.

Essa viagem era mais curta e dessa vez papai e mamãe me privaram de ficar escutando gemidos do banheiro.

Eu sei que a culpa não é deles por termos ouvidos absurdamente apurados, mas eu não precisava ficar ouvindo, precisava?

Eu fiquei olhando o filme e rindo da cara de abobalhadas das garotas do suco, cada vez que papai tirava a camisa.

Três vezes a mesma garota desmaiou.

Coitada dela.

– Papai você é mau. – eu disse num sussurro.

Ele ouviria de qualquer forma mesmo, então para que falar mais alto e as outras pessoas escutarem?

– Eu não sou mau não, quem deslumbrou um garotinho de 12 anos Isabella? – ele disse num sussurro também e mamãe riu.

– Ele estava chorando, eu não fiquei mostrando os meus músculos para as garotas do suco. Surpreendo-me que nenhuma veio até ai. – então mamãe bateu nele quando uma garota se aproximava com um sorriso estampado na cara maior do que um bonde. Ia de orelha a orelha.

Isso deixou minha mãe phuta, ela quase bateu na comissária de bordo.

Eu realmente tenho muita pena dessas garotas do suco.

– Algumas horas mais tarde... – eu disse. Ha há, eu sempre quis dizer isso.

– É finalmente chegamos aos Estados Unidos da América. – papai sorriu, se ele fosse humano algumas lágrimas cairiam.

O seu nariz ficou um pouco vermelho, porém nenhuma lágrima caiu. Isso ainda acontece a nossa expressão poderia ficar abatida, mas os olhos não umedecem.

– Dá para irmos logo? Eu quero ir ao banheiro. – mamãe disse e Charlie assim como eu a olhamos com aquela expressão “O que você disse criatura?”.

E então ela sorriu, deveria ter sido mais uma das frases: Eu sempre quis dizer isso.

Carinha de Affs.

Agora que eu finalmente percebi que estávamos apenas nós e um casal de idosos no avião.

Sim, por mais que somos vampiros, ainda somos um pouco desligados, conectados na nossa bolha particular.

Ajudamos o casal, somos uma família de vampiros que ajuda a humanidade.

Descemos do avião e já fomos pegar as nossas malas depois de entrarmos no aeroporto.

E então, eu ouvi uma gritaria:

– KRISTEN STEWART, KRISTEN STEWART. – e várias pessoas vieram me cercar.

Não é a primeira vez que isso acontece e isso tem se tornado um pouco ridículo, somos pessoas diferentes poha.

Depois de notarem que eu não sou a Kristen me largaram de mão e deixaram-me pegar as minhas malas.

Papai ria da minha cara e a mamãe... Bem, ela estava na loja de presentes.

Vi de longe uma figura alta, forte, de cabelos pretos, branca como a neve, como eu, sorriso sarcástico e sussurrando que eu não tinha mudado nada.

Acompanhado de uma figura loira, cabelos simplesmente perfeitos, alta, mas não tanto como o gorila ao seu lado, linda e também branca como eu.

Emmett e Roselie.

Papai olhou para o mesmo lado e sorriu, ele reconheceu Emmett.

Fomos até eles, mas antes fui à lojinha tirar a minha mãe de lá. As vendedoras ficaram super bravas comigo, já que não deixei Renée levar nada e ela já estava com muitas coisas nas mãos.

Fomos até o casal de vampiros e eles nos receberam com abraços e beijos.

– Como você esta pequenina? – Emmett me perguntou depois que me soltou de seu abraço de urso que pela minha sorte não quebra os meus ossos e nem me deixa sem ar.

– Eu estou bem, e você? – perguntei e sorri.

Era tão bom estar com ele de novo e finalmente ter conhecido Roselie. Só ela para aguentar o Emmett. Santa Rose.

– A Alice está preparando uma festa surpresa para você. – o Emmett disse e a Roselie bateu na cabeça dele.

– Não era pra falar Emm, era uma festa surpresa. – Rose disse como se fosse muito óbvio e deu um tabefe na cabeça dele.

Ele gemeu de dor e pediu desculpas.

– Sem problemas, nós fingimos surpresa. – eu disse e me virei para olhar os meus pais, que infelizmente não esperaram chegar lá em casa e já estavam quase se comendo.

Sim, meus pais não têm pudores, isso é bem estranho às vezes.

Eu entrei no carro de Emm, um Jipe enorme que ele teve que me ajudar a subir. E Charlie e Renée foram para casa, no nosso carro que realmente já estava ali como o prometido pelos rapazes que trouxeram eles.

O meu Eclipse foi dirigido pela mãe e o Porshe do pai foi dirigido por ele mesmo.

Não ficaram felizes por eu não ir junto e ir com o meu carro, mas como eu nem queria ouvir mais um gemido, eu preferi ir com o Emm e Rose direto.

Um trajeto que se faz em mais ou menos uma hora. É do aeroporto de Port Angeles, onde estávamos antes, até Forks, onde estamos agora, leva mais ou menos uma hora.

ENTRETANTO, nós o fizemos em 20 minutos.

É, parece que não sou só eu e papai que gosta de velocidade.

– O que você acha de uma corrida algum dia Emm? – perguntei depois que ele me ajudou a sair do carro e os olhos dele brilharam.

Ele não respondeu, mas eu sabia a resposta, o seu sorriso de orelha a orelha foi muito revelador.

A casa deles, a qual eu estava na frente nesse exato momento, é linda. Aberta, revestida por vidros. Enorme, simples e ao mesmo tempo chic. Eu fiquei um pouco deslumbrada, ela era perfeita.

Emm me estendeu o braço e o peguei, Rose estava no outro. Ambos sorrindo e pareciam sinceros. Eu era tão adorada assim? Ele abriu a porta e nós entramos, como um lindo trio.

Quatro pares de olhos nos encaravam, sorrindo. Balões, taças com alguma coisa vermelha e uma faixa com “Seja bem vinda” estava no alto.

É... Talvez eu pudesse me acostumar com o inferno que só chove chamado Forks.


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Notas finais do capítulo

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