Katniss e Peeta - Reaproximação escrita por pce19


Capítulo 22
Capítulo 22




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Greasy Sae chega quando já estávamos preparando o chá, e ela toma café conosco. Falando sem parar sobre um novo projeto que inclui abrir uma espécie de restaurante de sopas e caldos e também sobre o terreno que as maquinas da Capital estão limpando para a construção de uma fábrica de medicamentos, o que me faz lembrar de tomar meu anti-depressivo. Quando terminamos levo Greasy até a porta, quando retorno vejo Peeta segurando as costas da cadeira com tamanha força que tenho a impressão que ela vai explodir. Seus olhos estão fechados e lacrimejam, e ele sua muito. Seu rosto esta franzido e eu observo sua luta interna completamente imóvel. Depois de segundos, os nós brancos de seus dedos se desfazem e ele suspira aliviado - ganhou de si mesmo - senta na cadeira, exausto.

Eu nãosei o que fazer ou dizer, apenas sento de frente para ele. Olhando fixamente.

– Estão mais leves, eu acho – ele diz

Eu assinto. Ainda muda.

– Ainda tá chateada comigo?

– Chateada com você?

– É ... sabe - ele coça a parte de trás da cabeça - por ontem, eu sai e nem deixei você explicar nada.

– Não.

– De verdade?

O antigo Peeta teria feito isso, me pedido desculpas. O Peeta da Capital me deixa falando sozinha. E o que esta na minha frente? O que faz? Ainda não entendo.

– Só, vamos deixar isso pra lá ok?

– Ok - ele bebe mais chá e continua a me olhar curioso.

– Pergunte Peeta! - me canso depois de um tempo

– Perguntar o que?

– O que você quer perguntar ora! Fica ai me olhando com essa cara

– Que cara?

Me irrito, e faço uma expressão de incomodo ameaçando sair da mesa

– Ta bom. Eu - ele gagueja, e eu temo que ele pergunte novamente sobre nós, ou pior sobre Gale - ontem , eu voltei porque me senti culpado por ter te tratado daquela forma e então fiquei preocupado, não me pareceu muito justo da minha parte cobrar aquelas respostas a essa altura, mas quando eu voltei e te encontrei la - ele aponta para o quarto - me preocupei mais. O que fazia la dentro?

Meus olhos fogem dos seus, não quero chorar de novo. E então olhando fixamente para a xícara eu lhe conto sobre a lista, as pessoas que lembrei, a ideia do livro , parte da conversa com Dr Aurelius - deixei de fora o que conversamos sobre ele - e seu conselho de ter ido buscar algo que me lembrasse Prim.

– Eu acho que não foi um bom conselho da parte do Doutor.

– Por que não? - ele questiona

– Viu o estado em que fiquei?

– Vi. E por isso acho que te fez bem.

– Hã?

– Katniss quando - ele procura as palavras adequadas - nós pegamos no sono juntos, em todas as vezes você tem pesadelos, talvez em algumas noites não se lembre, mas não quer dizer que não os teve. Eu sei disso, por que acordo com seus gritos. Mas ontem - ele sorri - quando eu te encontrei, a principio me preocupei mas você estava ... estava tranquila, e quando fomos para a cama, você se aconchegou a mim e teve o sono mais pacifico que já vi. Praticamente nem se mexeu! E olha que você se revira a noite toda - nós rimos - acho que seu coração finalmente esta entendendo que ela se foi, mas que você ainda está aqui. Prim iria querer ver você assim, sorrindo. Da mesma forma que você desejaria isso pra ela.

Eu permito que suas palavras me invadam, toco em sua mão e me levanto.

– Onde você vai?

– Vou caçar.

Dias se passam, e minha rotina se resume a cuidar do jardim, caçar e dedicar-me ao livro. Peeta me ajuda, acrescentando alguns desenhos, até mesmo Haymitch vêm em algumas noites, depois de alimentar seus gansos. Quando ele se vai, Peeta fica comigo, e me protege dos pesadelos – como nos velhos tempos. Não conversamos muito, ele está focado e ocupado com o projeto da padaria, que está dando muito certo. O distrito está mesmo se reconstruindo, a fábrica de medicamentos está quase terminada, mais lojas aparecem ao redor do Prego e pessoas retornam à suas casas. A comunidade ainda é pequena, e necessita da Capital para suprir algumas necessidades, que chegam todas as manhãs no trem.

Cada vez que entro na floresta, sinto-a me aconchegando mais. Éramos como duas estranhas que não se vêm há muito tempo no início, mas nosso laço não se perdeu. Com o tempo, volto a decifrá-la e identificar os sinais que ela me dá. Os animais que eu abato não são vendidos, geralmente os levo até Greasy que mais tarde os prepara para meu jantar com Peeta ou levo ao Prego, e dou para um dos vendedores.


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