Sansa, eu me apaixonei por Olívio Wood! escrita por Clarisse Arantes
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Juro que nada me deixa tão chateada, e com raiva, quanto às aulas de Herbologia. São chatas, com o professor chato, e eu não gosto. Realmente não. Para minha sorte, elas já haviam acabado e eu estava indo em direção ao refeitório. Não havia trago Sansa comigo, para que não houvesse o perigo de perdê-la, − que não caísse −, ou alguém pudesse vê-la. Olívio ter descoberto sobre Sansa já era um patamar muito alto de descuido. Eu não precisava que meus inimigos ficassem sabendo dela.
Em passos lentos e preguiçosos, finalmente alcancei à mesa da Sonserina. Sentei-me perto de um calouro com cabelos claros. Ele olhava curiosamente para algo que passava pelas outras mesas, e pelo visto, não gostava do que estava vendo.
— Seus olhos estão me irritando — comentei, fazendo minha melhor cara de bunda. — Será que dá pra parar de ficar olhando para as bundas das garotas por um minuto?
O calouro dos cabelos claros finalmente desviou sua atenção, do que ele estava observando, e seus olhos prenderam-se em mim. Ele reprimiu um sorriso malicioso.
— Não estou olhando para a bunda das garotas — ele respondeu, sarcástico. — Ainda mais das grifinórias. — Estava começando a gostar dele.
— E então o que tanto olha? — questionei, curvando-me alguns centímetros. Não consegui captar nada de interessante, que talvez, estivesse prendendo o seu olhar.
— Olho Harry Potter — ele falou. Minhas sobrancelhas se juntaram.
— Bundas masculinas, então? — segurei um riso. — Você não tem cara.
— Eu não sou gay, idiota. Só estou observando-o com aquele Weasley de meia tigela. Ele deveria escolher-me como seu amigo, apesar de que sujou-se muito ao ir pra grifinoria.
Respirou fundo, impaciente. Dessa vez, Dumbledore não disse nada e nossa comida finalmente apareceu na mesa. Servi-me pouco e não falei mais com o garoto.
Depois de estar alimentada, resolvi observar o refeitório. Ao levantar, vi que Olívio caminhava em minha direção sorridente. Suspirei. Respirei fundo e mudei de direção. Talvez ele não estivesse me seguindo. Foi inevitável. Ele estava mesmo. Com as mãos dentro dos bolsos do uniforme, Olívio aproximou-se calmamente. O sorriso de canto em seus lábios e o olhar alegre.
— Tenho boas noticias — contou ele. E começou a andar ao meu lado. De forma que me afastava, ele se aproximava.
— E o que isso tem haver comigo? — perguntei impaciente, rezando para que se afastasse.
— Harry Potter entrou no nosso time de Quadribol — soltou ele. Esperou minha reação e riu, após. — Será nosso apanhador.
— E o que eu tenho haver com isso? — devolvi, fazendo minha melhor cara de bunda. Olívio continuou me acompanhando, e eu começava a ir em direção da sala comunal da Sonserina.
— Não está nem um pouco com medo?
Minhas sobrancelhas juntaram-se e dei meia volta, destinada a ir para qualquer outro lugar, então.
— Confio em nosso time. Vocês é quem deveriam ter medo, não é? Seu time só vem perdendo desde... desde... sempre?
Olívio ficou vermelho.
— Isso não é verdade.
— Isso é um fato.
— Não fale como se soubesse.
— Mas eu sei.
— Não sabe.
— Sei.
— Não, não sabe.
— Por que estou mesmo discutindo com você?
Respirei fundo e bati nos ombros de Olívio, prosseguindo meu caminho.
— Só pra você saber, parece que Harry tem talento hereditário. Nós vamos arrasar! Vê se não perde o próximo jogo.
— Sonserina versus Grifinória? Parece que as coisas apertarão para você, não é?
Olívio sorriu.
— Não quanto para o time da Sonserina.
Olívio resolveu não me seguir mais, e dei graças aos deuses. Continuei a andar sem destino, subi algumas escadas, e foi quando dei de cara com o garoto ruivinho, de quem o loiro falara mal no jantar.
O ruivo sorriu.
— Olá — ele com certeza era um Weasley.
— Não fale comigo — proferi. — Porque não se perde pelo terceiro andar de Hogwarts e não aparece de novo em meu caminho?
Talvez eu tivesse sido muito dura, mas qual é, o stress com o Olívio e o fato de ele ter visto Sansa, não era algo que podia ignorar. Eu talvez tivesse problemas para controlar minha agressividade de algum jeito.
Depois de alcançar a biblioteca, dei algumas voltas pelas estantes e escolhi um livro para passar meu tempo. Depois de finalizar a literatura trouxa, desci as escadas de volta para meu quarto. Quando finalmente o alcancei, minha colega já se fazia presente. Ignorei-a o quanto pude e deitei-me. Adormeci algumas horas e depois acordei, para finalmente, no meio da noite, sem barulho nenhum, poder me concentrar em escrever em Sansa. Com um pequeno feitiço, todos os meus pensamentos, memórias e sentimentos estavam expostos em pequenas páginas, em pequenas letras. Tão vulnerável.
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Espero que tenham gostado.