Sansa, eu me apaixonei por Olívio Wood! escrita por Clarisse Arantes


Capítulo 4
Príncipe Mestiço


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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2 dias depois...


Quando Jesus esteve no mundo, eu, certamente, não gostei muito dele para ser castigada nos dias de hoje. De boa, eu estava deixando as aulas de Feitiços, quando, advinha, Olívio se aproximou.

Olívio estava sorrindo com deboche, como se soubesse que sua aproximação irritasse até a unha do meu dedão. Ele absolutamente sabia disso, pois continuou ao meu lado.

Eu estava indo para a aula de Poções, e ele estava ao meu lado. Não disse nada e nem se moveu em minha direção. Só… continuou.

— Você tem aula de Poções agora? — perguntei, tentando demonstrar que não estava muito interessada nele. Coisa que era ao contrário, pois eu queria saber por que ele estava ao meu lado, seguindo-me.

— Não, por que? — Ele respondeu, seu sorriso maior.

Balancei a cabeça em sua direção.

— Por que é o que parece, querido.

Ele assentiu e riu.

— Estou te irritando, por acaso?

Parei de andar e Olívio instantaneamente também parou. Empurrei seu ombro esquerdo com minha mão.

— Você falar me irrita — comecei a dizer, as pessoas ao nosso redor estavam se dispersando. — Sua voz é irritante. — Empurrei-o mais. — Ainda mais sua presença.

— Você é muito agressiva, sabia?

Voltei a andar, ignorando-o. Ele continuou a me seguir.

— Você deveria procurar um psicólogo — continuou ele, mas dessa vez eu parei e senti muita raiva.

“Vamos levá-la ao psicólogo, amor” a voz chata da madrasta que atormentara minha vida durante sete anos seguidos voltou a minha mente e perambulou por ali.

— Digo — prosseguiu —, você se irrita muito facilmente.

“Talvez ela tenha saído com defeito da mãe dela, àquela sangue ruim” a voz era melosa. A loira me olhou e meu pai apareceu atrás dela. Meus olhos marejaram naquele momento e meu pai assentiu. Eu sorri, esperando que ele sorrisse de volta, mas meu pai, ele? Não fez nada. Acariciou o ombro da loira em minha frente, não tinha passado nem dois meses da morte de minha mãe.

Olívio balançou a mão na frente de meu rosto, chamando minha atenção para o agora.

— Realmente, é de um psicólogo. — Ele terminou.

Meus olhos marejaram e soube que eu choraria. A varinha em minha mão tremeu e estive prestes a levantar e atacar Olívio com a raiva presa em mim.

— Os dois — o professor Binns disse — já pra sala.

O professor Binns continuou seu caminho, sem sequer, notar que continuávamos parados.

Encarei Olívio como se pudesse atingi-lo com um raio da morte. Suspirei fundo, buscando por ar para não descontar a raiva na pessoa errada. Mas, por um instante, percebi que já apontava a varinha para Olívio.

Ele recuou e pediu para que eu abaixasse.

— A próxima vez que disser que devo ir à o psicólogo, — eu disse — vou te mandar ver à Madame Pomfrey.

— Tudo bem — ele levou as mãos ao ar. — Estou indo. — E desceu as escadas atrás de si, rindo baixinho.

Eu mataria Olívio Wood, um dia.

Apesar do pensamento raivoso merecido de Olívio, senti medo de ter realmente atingido-o. Eu poderia tê-lo machucado e as palavras para machucá-lo estavam na ponta da língua. Eu poderia ter feito aquilo, a qualquer momento.

Estremeci, era isso que ela me fazia.

Prossegui em direção à aula de Poções, Snape não gostou muito do meu atraso, e retirou pontos da Sonserina. Eu não liguei muito, não me importava com a pontuação, ganhávamos todos os anos.

Por ter esquecido meu livro no quarto, peguei um emprestado do armário. A capa estava arruinada e pouco suja. Mas não liguei o importante foi que consegui fazer as poções corretamente.

Havia instruções escritas do cabeçalho e no rodapé do livro, escritos à mão. E o livro estava riscado em alguns lugares, e foram as instruções escritas ali que me fizeram acertar as poções.

No final da aula de Poções pensei em devolver o livro, mas não devolvi pois tinha seguido as instruções à tinta e acertado. Snape até elogiou, e olha que ele não faz isso muito, então fiquei com ele, como se fosse meu. Mas não era, e descobri mais tarde que o dono do livro fora um tal de Príncipe Mestiço.

Depois que o período de aula acabou, dirigi-me para a Sala Comunal da Sonserina. Estava silencioso lá, apesar de ser ouvidos murmúrios de conversas por todos os cantos. Não quis papo com o pessoal e subi para o meu quarto, que dividia com uma garota chamada Amélia.

Ela estava lá, e começou uma conversa meio sem nexo sobre coisas banais, que eu não entendi muita coisa mas fingi ouvir. Por fim, deitei-me na cama, depois de escrever em Sansa sobre o dia.

Quando finalmente a guardei, me senti mais leve, como se fosse uma Penseira, e pudesse descarregar meus sentimentos em Sansa.

No meio da noite, senti alguém alojar-se sobre as minhas pernas, era Arya, minha gata branca. Acariciei os pelos dela e voltei a dormir. A noite foi longa, mas quando fechei os olhos e abri-os novamente, já era outro dia.


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Notas finais do capítulo

Qualquer coisa, pergunta ou conversa, pode chamar no twitter: @onelittle_liar