Sansa, eu me apaixonei por Olívio Wood! escrita por Clarisse Arantes


Capítulo 20
Tudo que é bom...


Notas iniciais do capítulo

Oiê,

Espero que gostem do capítulo!



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Era o dia seguinte e estávamos na aula de Herbologia. Eu não aguentava mais ouvir a professora Sprout falar, ainda mais sobre o conteúdo da aula dela que é simplesmente chato demais.

Meus pés batiam ansiosamente no chão.

Tentei captar o olhar de Olívio diversas vezes, antes de concluir o seguinte: ele estava me evitando. Eu precisava conversar com ele o mais rápido possível, para esclarecer as coisas. Eu não queria Olívio pensando que eu me casaria com Scott.

Quando finalmente a aula chegou ao final e todos se levantaram, chamei por Olívio.

— Sim?

— Será que podemos conversar?

Ele desviou o olhar, guardando seus papéis.

— Eu tô bem ocupado, Emma. Pode ser depois?

— É bem rápido.

A professora Sprout passou entre nós.

— Se vão enrolar dentro da sala, que sejam rápidos — e então saiu, nos deixando sozinhos em sua sala.

— Tudo bem, pode falar.

— Eu queria que você soubesse que não vou mais me casar com Scott.

Olívio pareceu um pouco surpreso, com uma sobrancelha levantada.

— Ah, é mesmo? Por quê?

— Eu não gosto dele.

Olívio assentiu, sem muita reação.

— Entendi, ok — ele falou.

— É isso? — perguntei, confusa.

— O que você esperava, Emma?

— Isso.

A forma como reagi foi extremamente rápida: minha mão direita foi direto na capa de Olívio, puxando-o em minha direção, enquanto minha mão esquerda foi parar em seus cabelos e meus lábios nos seus lábios.

Olívio ficou sem reação por um instante, antes de fechar os olhos e me puxar para mais perto dele. Eu não gostava de admitir, mas estava com saudades dos lábios de Olívio.

Ele parecia que estava sedento por isso já fazia muito tempo. A vontade com a qual ele me beijava era extremamente satisfatória. Suas mãos passearam pelas minhas costas, antes de começarem a descer.

Suspirei.

O nosso beijo começou a ficar mais rápido e acabamos nos desequilibrando para trás, batendo em uma mesa. Olívio puxou as minhas pernas, sentando-me em cima da mesa. Nós paramos de se beijar por um momento: os lábios de Olívio estavam mais avermelhados, mas não conseguia deixar de olhar em seus olhos. Ali não tinha nada mais do que desejo. Ele me puxou em sua direção e nos beijamos novamente.

— Os dois, fora. — Ouvimos a voz da professora Sprout.

Olívio foi pra trás rapidamente, ajeitando sua capa da Grifinória e eu coloquei-me em pé.

— Professora... — comecei a dizer.

— Eu não quero nem ouvir desculpas, só deem o fora daqui o mais rápido possível.

Não foi preciso pedir duas vezes. Olívio e eu saímos apressados. Assim que colocamos os pés pra fora e estávamos mais afastados, caímos na gargalhada.

— Bom saber que você está com um bom humor, Emma.

Todo o desejo que eu tinha dentro do meu corpo há pouco tempo morreu naquele momento ao ouvir a voz do meu pai.

— Pai?!

— Eu mesmo, Emma — ele sorriu.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, mesmo já imaginando a resposta.

— Temos assuntos a conversar. Me siga.

— Vejo você mais tarde, Olívio — eu o disse.

— Tudo bem.

Fui atrás de meu pai, que parou em uma sala da qual eu desconhecia.

— O que você quer?

— Eu recebi a sua carta, minha filha. E isso eu já esperava. O que me surpreendeu foi a carta de Scott que eu recebi logo em seguida. Você o agrediu?

Ri com desdém. É óbvio que ele envolveria meu pai nisso.

— Ele me desrespeitou.

— Isso não é desculpas para tal comportamento.

— Quem é você pra falar de comportamento exemplar?

Era tudo o que eu precisava. Meu pai querendo me dar lição de moral.

— Tenha um pouco de respeito, por favor. Eu ainda sou seu pai.

Revirei os olhos, em desaprovação.

— Tá bom, e o que você veio fazer aqui? Me dizer isso?

— Não — ele respondeu. — Eu vim aqui dizer que você vai pedir desculpas ao Scott e dirá que aceitará se casar com ele.

Não contive uma gargalhada.

— Você está louco se acha que eu vou fazer isso!

— Você vai.

— Ou o que?

— Ou eu vou te tirar de Hogwarts.

Meu chão caiu e minha boca ficou boquiaberta.

— Você não ousaria.

— Está me duvidando? Você tem ideia da carta enorme que eu tive que enviar aos pais de Scott pedindo desculpas pelo seu comportamento?! Eu estou ficando cansado de você, Emma. Você está sempre aprontando uma nova. Toda vez.

Um ódio enorme cresceu dentro do meu peito.

— Se está tão cansado de mim, então não me procure mais. Faça igual fez com a mamãe e me esqueça. Quer me tirar de Hogwarts? Então vamos embora, mas não irei me casar com Scott. Nunca.

Meu pai bufou e gritou em seguida:

— Qual é seu problema, garota?!

O gritou chamou atenção do professor Snape que passava pelo corredor naquele momento. Ele adentrou a sala, encarando meu pai com... bom, o olhar de desprezo de Snape.

— Pai da Emma, correto? — Snape disse, estendendo a mão para cumprimentá-lo. — O que faz por aqui?

— Vim tirá-la de Hogwarts — respondeu meu pai, ríspido.

— Ah — Snape fez-se surpreso. —, é mesmo? Emma é uma das minhas melhores alunas.

— Eu não me importo. Ela merece isso.

— Novidade que não se importa — eu falei.

— Bom, por que não vamos até Dumbledore resolver isso? — Snape sugeriu. — Mesmo que queira tirá-la, precisará passar por ele.

— Ótimo, assim já adiantamos tudo — meu pai concordou.

O caminho em direção a sala de Dumbledore foi difícil. Todos estávamos quietos e seguíamos sendo observados pelos alunos curiosos que se perguntavam o que um homem adulto, uma estudante e o professor Snape faziam juntos.

Quando chegamos, Snape conversou com Dumbledore por alguns instantes e depois nos chamou até a sala dele.

— Senhor Stewart. Emma. — falou Dumbledore, assim que entramos. — A que devo o prazer da visita?

Sentei-me em uma cadeira disponível na sala de Dumbledore.

— Vim tirá-la de Hogwarts — meu pai apontou em minha direção.

— E por que isso? O senhor encontrou uma escola melhor para a srta. Stewart?

— É um modo de educá-la. Ela anda sendo bem desrespeitosa.

— Interessante esse método arcaico de ensinar algo tirando-lhes os estudos — respondeu Dumbledore. — Qual o verdadeiro motivo, Emma? — os olhos de Dumbledore vieram em minha direção.

— Eu me recusei a aceitar um casamento arranjado e agora ele quer me castigar por isso.

Meu pai ruborizou.

— E eu achei que o método de correção é que fosse arcaico — disse Dumbledore.

— O modo como educo e o que faço com minha filha não lhe diz respeito — respondeu meu pai. — Ela é menor de idade e está sob a minha responsabilidade.

— Claro, claro. Não lhe tiro esse mérito. Mas, o que você acha que a companhia de livros, da qual o senhor é sócio, dirá assim que ficar sabendo que o senhor está obrigando uma menor de idade a se casar por interesse? Com certeza será um grande escândalo.

— Bom, eles não sabem — meu pai riu, antes de ficar pasmo. — Você por acaso está me ameaçando?

— Eu não falei que estava, falei Severo?

— Não — respondeu Snape.

— Mas se é assim que o senhor interpreta — disse Dumbledore.

Meu pai virou-se em minha direção. Consegui captar a raiva em seu olhar.

— Tudo bem — disse ele. — Você venceu. Por enquanto.

Ele deu às costas pra mim e saiu da sala.

Sorri e me levantei.

— Muito obrigada, Dumbledore. Muito obrigada, Severo. Serei sempre grata por isso.

Dumbledore sorriu e Snape deu uma leve assentida com a cabeça.

Deixei a sala de Dumbledore.

Antes que pudesse me dar conta, estava andando na direção da Sala Comunal da Grifinória. Contúdo, antes que chegasse lá, avistei Olívio vindo em minha direção.

— Emma, está tudo bem? Tá rolando um boato de que você vai sair de Hogwarts. O que aconteceu?

Olívio jogou todas essas perguntas rapidamente em minha direção. A forma como seu semblante demonstrava preocupação era... fofo?

Argh, não acredito que achei isso fofo. O que estou me tornando?

— Eu não vou mais. Já tá tudo resolvido.

Olívio respirou aliviado e me puxou para um abraço apertado.

— Que bom — ele disse, acariciando meus cabelos.

— Separa — ouvimos a voz grossa de Snape, que veio da mesma direção que eu, falar atrás de nós.

Paramos de nos abraçar e rimos.

— Acho que isso vai ser mais comum agora — falei.

— Você vai parar de querer me matar, Emma?

Eu fingi parar para refletir sobre.

— Hum... talvez.

— Ótimo — ele riu. — Tenho uma pergunta pra fazer pra você: quer ir Hogsmeade comigo?

— Você está me chamando para um encontro, Olívio?

As bochechas dele ficaram avermelhadas.

— Nunca tive a chance de te perguntar isso.

— Tenho uma ideia melhor — falei.

— Qual?

— Você pode me ensinar a jogar quadribol — sugeri.

Olívio abriu um sorriso.

Outro que aqueceu meu coração aquela noite.

 

“...Pois é, Sansa.

Isso foi tudo o que aconteceu ontem e foi a maior loucura.

Estou extremamente magoada com o meu pai e tenho certeza de que durante as férias ele vai fazer de tudo pra me prejudicar. Sem contar naquela mulher dele que deve estar soltando fogos de artificio agora.

Mas não me importo. Só mais dois anos e poderei ir embora daquela casa e nunca mais terei que lhe dar qualquer tipo de satisfação. Eu sei que consigo aguentar.

Ah, e outra, hoje eu voltei e folheei algumas páginas aqui das quais eu falava de Olívio e NOSSA, eu não acredito que eu estou realmente apaixonada por ele. Quer dizer, no começo eu não imaginava que isso pudesse acontecer e olha só onde estamos agora.

Eu sempre acreditei que o mundo dá voltas, mas sei lá, não esperava que meu ódio por Grifinórios me traria justamente a se apaixonar por um.

Acho que a grande lição é que a gente não tá no controle de nada.

Ontem eu queria matar Olívio Wood e hoje tudo que eu quero é beijá-lo novamente e PIOR passar um tempo ao seu lado sem fazer nada, apenas estar com ele.

É isso, Sansa, volto aqui amanhã pra falar mais de como vai ser o dia.

Agora tenho que ir para o treino de quadribol com o Olívio. Hahah! Lá vou eu irritar um Grifinório.

Abraços, Emma.”

 

FIM


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :)



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