Véu de Sangue escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Elizabeth p.d.v



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- Liza?

 

- O que foi Daniel?

 

- Tem como você e a Rachel irem lá pra sala agora? Tá na hora da gente contar, lembra? 

 

  Já é de noite e ta todo mundo aí. Inclusive o Taylor.

 

Só de ouvir no nome do Taylor a Rachel ficou toda animadinha. Não acredito! Ela gosta dele!

 

- Já estamos descendo.

 

- Ok.

 

Daniel saiu da sala deixando eu e Rachel a sós.

 

- Você gosta dele.

 

- Dele quem? Não tenho a menor idéia do que você está falando.

 

- Você sabe exatamente do que e de quem estou falando. Você não me engana.

 

- Vamos logo Liza, não vamos deixar eles nos esperando.

 

Rachel saiu correndo e dava pra ver claramente que ela só queria fugir de mim. Eu a segui até a sala e me deparei com todos sentados e nos olhando. Daniel se levantou e foi para o meu lado. Tava na hora de contar.

 

- Não pense que você vai escapar da nossa conversa Rachel.

 

- Eu realmente não sei do que você está falando.

 

Eu queria estrangular a Rachel. Mas não era a hora para isso. Daniel pegou umas cadeiras pra gente e nós sentamos.

 

- Tá por onde a gente começa?

 

- Comece por onde vocês e o Daniel se conheceram.

 

Fala sério! Por que a Esme tava interessada nisso?

 

- Ah! Essa é uma história bem interessante.

 

Eu disse com o maior sarcasmo que pude.

 

- Deixa que eu conto essa. Se você contar, você surta.

 

- Eu apoio a sua prima.

 

- Cala a boca Daniel.

 

- Fiquem quieto vocês dois que quem fala agora é eu! Bem... eu vou começar explicando desde o princípio, e gostaria que as perguntas ficassem para o final. Nós somos descendentes das filhas do anjo Nathaniel com a humana Alexia, a feiticeira mais poderosa da idade média. Quando os outros anjos ficaram sabendo o que Nathaniel havia feito, eles o puniram cortando suas asas, matando Alexia e algumas de suas filhas. Apenas uma havia sobrevivido e Nataniel decidiu cuidar dela. Nathaniel a ajudou durante todo o processo e quando ela conseguiu atingir a maturidade de feiticeira, seu cabelos negros se tornaram vermelhos como sangue, como os de sua mãe.  Alexandra possuía, além de incríveis poderes, o conhecimento dos três mundos: Céu, Terra e Inferno. Ela nunca usava seus poderes levianamente e muito menos pra fazer coisas erradas. Mas um dia os anjos apareceram de novo, descobriram que a mestiça estava viva e tentaram matá-la. Nathaniel usou o resto de suas forças para teletransportá-la dali. Ela nunca mais viu o pai e, por não ter mais ninguém ao seu lado, ela passou a atender a todos os tipos de caso. Realizava feitiços para demônios, caçadores, vampiros, lobisomens, sereias, loup garous e outros seres. Até que um dia a sua existência chegou aos ouvidos de Aro.

 

- Aro?

 

- Ele mesmo Bella. Alexandra passou a servir à suas vontades, não questionava nada. Até o dia que ela conheceu Dimitri. Ele era um russo que havia ido para a Itália em busca de trabalho. Ele cuidava de uma lojinha de ervas, e foi lá que Alexandra o conheceu. Eles manteram o caso em segredo, mas, logicamente, os Volturi acabaram descobrindo toda a história. Eles mataram Dimitri e a trancaram em uma cela, escravizando-a. Mas isso não durou muito. Em um mês ela conseguiu bolar um encantamento e escapou de lá. Fugiu para a Inglaterra e foi lá que ela teve a sua filha Amélia. Elas mudavam sempre que os Volturi estavam por perto procurando por elas.

 

- Desculpe, eu sei que você pediu para não interromper, mas quando foi isso?

 

- A uns quatrocentos ou quinhentos anos Carlisle, não tenho certeza. Por quê?

 

- Curiosidade. Passei um tempo com os Volturi e não me lembro dessa história, mas isso se deve ao fato de ser antes de mim. Bem antes.

 

- E eu duvido que eles gostem de comentar sobre os seus fracassos. Pelo o que minha avó me falou, eles são bem orgulhosos.

 

- Você nem imagina o quanto Liza. Por favor, continue.

 

- Obrigada Carlisle. Bem elas aprenderam a fugir e a esconder seus rastros. Aprenderam como enfraquecer seres imortais como vocês, afinal, elas tinham que se defender. E isso continuou por vários anos, de geração por geração. Mas a época da caça as bruxas havia chegado, então todos fugiram para o Novo Mundo, a América. Estamos aqui por gerações e espalhamos o boato de que a linhagem das Sibilas havia acabado. Estava funcionando perfeitamente até que um clã apareceu em Massachusetts querendo dominar a área. Minha avó era a Anciã da nossa família, ou seja, ela era a bruxa mais poderosa, velha, experiente e, antes de qualquer coisa, líder da nossa família. Um dos vampiros lá, acho que ele era o chefe o... o...

 

- Raul.

 

- Obrigada Daniel. Continuando, o Raul apareceu na loja da família. Era um antiquário lindo e, infelizmente, tinha um ótimo ponto comercial. Foi por causa disso que o Raul foi atrás da minha avó. Ele a ameaçou, disse que ela tinha apenas uma semana pra sair dali se ela não quisesse ver a família morta. Minha avó não era de se intimidar, então ela não obedeceu. Depois de algum tempo, Raul tentou matá-la quando ela estava fechando a loja. E ele não conseguiu, claro. Mas eu não sei como ele descobriu sobre a gente. Você sabe Daniel?

 

- Ele ficou intrigado com o que ela fez e resolveu pesquisar. Viu a lenda das Sibilas Rubras e lembrou dos cabelos de sua avó e ligou uma coisa a outra.

 

- Ah, sim. Depois disso ele passou a chantagear a vovó, dizia que iria denunciá-la para os Volturi. Mas ela não deu ouvidos. Ele ficou revoltado e atacou a nossa família. Acho que agora você deve continuar.

 

Daniel ficou meio sem graça, desanimado. Será que ele se arrependia mesmo?

 

- Tudo bem então. Era o aniversário de quinze anos da Liza, nós ficamos de tocaia observando a noite inteira a uma distância segura. Vimos que a Eleonora, a avó delas, havia bebido além da conta. E isso era ótimo, por que ela não perceberia a nossa aproximação ou avisaria alguém. Esperamos que todos fossem dormir e atacamos. A casa era grande e tinha vários cômodos então nos separamos. Eu fiquei responsável pelas garotas. Em questão de segundos toda a família dela havia sido morta, alguns tentaram nos impedir, mas eram muito fracos. Quando eu cheguei ao quarto das garotas elas estavam escondidas no closet. Liza estava agarrada a prima e se colocou na minha frente para que eu não a pegasse. Não sei bem o que aconteceu, mas eu simplesmente travei. Não consegui fazer nada, eu só conseguia pensar em tirá-las daquele inferno. Eu as nocauteie com um pouco da minha força mental e as levei para longe dali. As deixei em uma floresta próxima de uma estrada e fui embora. Falei para o Raul que as garotas haviam tentado fugir, mas eu as havia matado e os corpos já haviam sido enterrados na floresta. Ele não questionou nem nada, estava feliz de mais para se importar com isso. Dois anos se passaram e eu fiquei surpreso quando senti o cheiro delas na cidade. Eu não falei nada, apenas esperei para ver no que ia dar. Foi aí que elas apareceram do nada na casa em que nós estávamos, fiquei surpreso ao ver que os cabelos da Rachel haviam passado de loiro pra vermelho. Elas estavam acompanhadas por dois caras, Sam e Dean Winchester. Eles mataram todo mundo que estava ali, dava pra ver que os caras eram profissionais e elas não estavam muito atrás. Eu consegui escapar e desde então a gente tem se topado às vezes, mas eu sempre escapei. Elas estão me caçando a mais de um ano. Agora me contem, como diabos vocês se envolveram com eles?

 

- Isso não é...

 

- Deixa que eu falo Liza. Depois que você deixou a gente na floresta, sozinhas pra morrer, eu comecei a pensar nas lições que a vovó havia nos ensinado. E não sei como mas no final nos fomos parar em um Hotel duas estrelas. Quando batemos na porta do quarto quatorze a Liza quase teve um infarto com o susto. O meu cabelo havia se tornado vermelho sangue, anunciando que eu era a Anciã agora. Eu fiquei em choque, eu não sabia nada então como eu poderia ser a Anciã? Mais tarde a gente descobriu que esse fato se deve por eu ser a mais velha, mas isso não vem ao caso. Quando Sam abriu a porta a gente ainda tava meio chocada com o que havia ocorrido na frente dos nossos olhos, então ele convidou a gente pra entrar. Dean tava comendo um sanduíche na frente da TV e só não agarrou a Liza naquela hora por que tínhamos acabado de nos conhecer.

 

- Isso não vem ao caso Rachel.

 

- Não mesmo.

 

- Fiquem quietos. E Daniel, não é hora pra ciúmes. Conti...

 

- Eu não estou...

 

- Calado! Continuando, eu não sei por que mas eu confiava neles então contei toda a história. Eles discutiram um pouco pra ver se nos ajudavam ou matavam, eles não vêem as feiticeiras com bons olhos sabe? Mas acabaram decidindo por nos ajudar. Eles nos ensinaram tudo o que sabiam. As primeiras criaturas que matamos foi a raça de vampiros menos evoluída.

 

- Como assim?

 

- Bem, Edward. Digamos que vocês evoluíram e eles não. Essa raça realmente queima no sol e todos os seus dentes se tornam presas. Já estão praticamente extintos.

 

- Fascinante.

 

- Então chegou o grande dia. Matamos todos do clã, menos um. Ao fazer a contagem vimos que tinha sete corpos, mas eram pra ser oito. Então começamos a caçá-lo e, de vez enquanto, topamos com Sam e Dean e até mesmo o Bob. Eles nos ajudaram a rastreá-lo, só não ficamos mais tempo juntos por que eles tinham coisas mais sérias para lidar.

 

- Por que eu acho que isso que você acabou de falar tem duplo sentido?

 

- Que isso Daniel, imagina.

 

 Eu falei na maior Ironia. Que garoto incherido!

 

- Eu queria saber como que vocês fazem para que eu não leia a mente de vocês e por que a Alice  não consegue vê-las.

 

- Ah, bem...

 

Todos param e olharam para a porta da sala, alguém estava batendo na porta. Finalmente! Já estava na hora deles chegarem.


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