Véu de Sangue escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Rachel p.d.v



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Bella e Nessie arrumavam as nossas camas e logo depois elas pediram licença e nos deixaram no quarto.


  - Sabe, elas vão achar muito estranho a gente ter saído assim... Sem avisar.


  - Acho que elas não precisam achar muita coisa Rachel.


  - É talvez. Olha, eu vou a praia ok? O clima está seco, perfeito aqui pra Forks.


  - Muito cuidado ok?


  - Sim, muito cuidado.


Eu não tinha roupa para me trocar então apenas peguei uma toalha que Bella havia deixado na cama, caso precisássemos e a coloquei dentro da mochila e desci correndo tentando me livrar daquele tédio. Forks já era uma cidade tediante. E ela contaminava todos de modo a deixá-los muito estressados pelo fato de simplesmente, não ter nada pra fazer! Meu carro foi dando uns barulhos muito estranhos a caminho de La Push, mas pra minha sorte ele conseguiu chegar até a beira da praia. Estacionei em um lugar, peguei minha mochila e fui para o mar.


A água estava fria, muito fria, mas com aquele clima seco que fazia eu até me animei a entrar. Em alguns minutos ou horas, não sei, meu corpo estava praticamente submerso e eu resolvi mergulhar, assim que coloquei a cabeça dentro da água algo me puxou para trás me proibindo de ir até a superfície, minhas pernas se debatiam e eu tentava soltar meus braços daquele ser que insistia em me manter ali. O ar foi começando a ficar cada vez mais rarefeito e eu não tinha noção de onde estava à saída daquele lugar, até que eu desisti e tudo ficou escuro demais pra eu compreender algo.


  - Megan? Pode me ouvir? Abre os olhos, por favor.


Minha cabeça doía insuportavelmente e eu evitava abrir meus olhos com medo do que eu pudesse encontrar. A sensação de alguém me segurando e forçando a ficar sem ar ainda estava ali, como se eu ainda estivesse dentro da água, mas o vento soprava frio em minha pele coberta pela roupa molhada.


  - Megan?


Forcei meus olhos a abrirem e pisquei várias vezes tentando me acostumar com a dor de cabeça, à medida que minha visão ia ficando mais clara eu pude distinguir um homem, de muita massa muscular, os olhos pretos e um sorriso enfeitando seu rosto assim que viu meus olhos abertos.


  - Ah Megan, ainda bem que você está viva!


  - Taylor?


  - Você está bem?


  - Só minha cabeça que dói... muito.


Tentei levar minha mão até a cabeça como se isso pudesse amenizar a dor, mas meus braços ainda estavam fracos para poder responder o comando. A mão de Taylor foi até minhas costas e levantaram meu corpo da areia fria e um arrepio percorreu da cabeça aos pés.


  - Bem, você deve estar com frio.


  - Pega minha mochila no carro, lá tem uma toalha.


  - Eu levo você até lá.


Ele me pegou em seu colo e sua pele quente acabou aquecendo um pouco a minha. No carro, ele me entregou a toalha e eu me sequei como podia, afinal uma toalha não era muita coisa.


  - O que aconteceu Megan?


  - Não sei. Eu estava nadando e alguém tentou me afogar. Tentou não, conseguiu. Você não viu ninguém?


  - Não. Eu simplesmente te encontrei desmaiada dentro da água.


Eu não quis perguntar o que ele estava fazendo ali, por mim tanto fazia, o que importava é que ele tinha me salvado e eu devia muito para ele.


  - Bom, eu posso te levar até minha casa...


Eu o fitei e ele começou a rir.


  - Não! Não é nada disso que você está pensando. Só vou te emprestar um casaco.


  - Tudo bem.


Entramos no carro e no meio de uma estradinha em direção a casa o carro simplesmente parou. 


  - Não, diz que é brincadeira.


Eu girei a chave na esperança de que ele pudesse funcionar, mas nada. MERDA DE FLORESTA! Eu bati a mão no volante e encostei o corpo no banco, esperando por algo que fosse deixar meu dia mais triste.


  - Jacob é mecânico. Podemos empurrar até lá.


Na fé chegamos até a uma casinha pequena, vermelha no meio de uma clareira. Simples mas também não era como a pensão, caindo aos pedaços. Paramos o carro perto de um lugar aonde seria uma garagem e de lá Jacob saiu, sorrindo ao nos ver.


  - Ei, e ai Megan.


  - Oi Jacob.


  - Cara, você ta molhada. Eu posso te emprestar uma roupa se quiser.


  - Um casaco já está ótimo.


Eu sorri e Jacob entrou na casa em busca do casaco.


  - Será que ele vai poder concertar o carro?


  - Com certeza.


  - Eu não tive como agradecer, então... Muito obrigada. Acho que vou dever a você o resto da minha vida.


  - Imagina Megan, eu não fiz nada demais.


  - Fez e não precisa ser modesto.


  - Ta, qualquer dia eu cobro. Está bem assim?


Assenti e ele sorriu e eu apenas retribuí.


  - Hmm. Sem querer ser chato, mas e aquele dia na floresta? O que você e sua prima estavam fazendo lá?


  - Longa história.


  - Bem, se você contar a sua, eu te conto a minha.


  - Vá hoje à noite na casa dos Cullen. A gente vai ter que contar pra eles.


  - Temos um trato então?


  - Temos.


Eu apertei a mão do Taylor e olhei para Jacob. Eu não precisava convidar ele, eu sabia que ele iria, não por nossa causa, mas dá na mesma. Ai Deus, a noite vai ser longa.


 


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