A Teoria Do Amor escrita por Wrenegade II


Capítulo 3
Capítulo II - Perguntas & Respostas


Notas iniciais do capítulo

Yoo Minna! Adorei os comentários muito obrigada. Esse capítulo ficou até meio pequeno, mas era para ser assim mesmo ok? Hue, espero que gostem. Boa Leitura!



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Sentada ao balcão do restaurante de lámen Ichiraku, Himawari repreendia o pai e o irmão mais velho.

– Por favor, comam mais devagar! Vocês sempre me envergonham, parecem animais. - Resmungou enquanto Bolt sugava a massa tão rápido que lambuzava-se todo.

Eles dois riram. Como era difícil, seu irmão parecia ser o caçula e o pai tinha a mentalidade mais infantil que ela própria. Eram nesses momentos que ela tinha saudades da mãe.

Hinata havia ido almoçar no clã Hyuuga com o avô de Himawari, e só voltaria ao entardecer.

– Hey girassol, como foi o primeiro dia? - Naruto lhe perguntou.

– Iruka me xingou por me atrasar. - Ela fuzilou Boruto. Naruto deu risada.

– Típico. - Murmurou com a boca cheia. - Boruto conseguiu me arranhar no treinamento hoje, seu irmão vem progredindo.

– Certo. Papai... - Ela começou mais um de seus pedidos carinhosos a figura paterna. - Treine comigo um dia também!

– Nem pensar, ele só pode treinar comigo! - Bolt reclamou. E o ciúmes ataca novamente.

– Por que? - Ela fez birra.

– Boruto! Eu posso treinar com os dois, só vou precisar arranjar tempo. Você sabe, muitos contratos para assinar, missões para aprovar, agora fico me perguntando de quem foi a ideia de eu me tornar o Hokage. - Disse entristecido. Bolt e Himawari tentaram espantar a gota que se formava na cabeça.

Himawari ouviu risadas na porta do restaurante, e o sino de entrada soar, Kiba Inuzuka adentrou o estabelecimento em companhia de seu parceiro Akamaru.

– Vamos Akamaru, sei que está velho, mas você dá conta! - Ele parecia discutir com o cachorro, o que fez a Uzumaki se interessar pelo assunto.

– Kiba-san! Akamaru-sama! - Ela correu, quase levando a toalha da mesa junto. Se abaixou e grudou-se em Akamaru como sempre fazia, e o cachorro ninja ronronava feito gato e assumia uma posição jovem novamente.

– Himawari, e aí! - Kiba passou a mão em seus cabelos, desajeitando-os. Ela os colocou no lugar. - E... Hokage, é raro te ver de folga.

– Senta aí Kiba, faz tempo que não te vejo! - Naruto se pronunciou, pouco se importando com ser ou não chamado de Hokage.

– É, você anda bem ocupado, como anda a Hina-chan? - Kiba perguntou como quem não quer nada.

– Para você é Hinata UZUMAKI! - Naruto enfatizou seu próprio sobrenome junto do nome da esposa. Himawari sabia o que era ciúmes, aprendera com Bolt. Mas não entendia direito como era esse sentimento entre homem e mulher. Logo ele deu um sorrisinho. - Ela está bem, e Neji também.

– Kiba-san, eu posso dar um passeio com o Akamaru? - Himawari perguntou, ascendendo-se em uma ideia.

– Hã? Ah claro, por que não? - Ele sorriu e se voltou ao parceiro. - Você quer ir Akamaru?

O cachorro latiu em concordância. Abanou o rabo e se sacudiu, como se pedi-se para Himawari montar nele. E foi o que ela fez, logo eles estavam saltando pelas árvores, coisa que ela sozinha ainda não dominava muito bem. Postaram-se encima de uma pedra de frene para o lago da vila.

– Ei Akamaru, vamos tomar um banho? - Ela disse, tardes calmas, quando ninguém vinha naquele local, ela gostava de visita-lo para se banhar e ficava horas de molho brincando ou com Akamaru ou com Shinji, o filhote dele.

O velho parceiro Inuzuka latiu dizendo um "sim". Impressionante era o fato: Himawari entendia Akamaru e Shinji tão bem quanto seu próprio dono Kiba. Ela retirou as roupas lentamente, ficando apenas com as roupas intimas, soltando os cabelos e atirando-se na água. (HU - 2.1).

Akamaru entrou na água sacudindo os pelos molhados. Aquele dia estava calmo, não havia ninguém circulando por ali, as folhas mal balançavam nas árvores e nenhuma criança caminhava ou brincava pela rua, provavelmente preocupadas em impressionar nos treinos físicos durante a tarde na academia.

Himawari Uzumaki gostava de nadar. Ali, largada como quem não quer nada, boiando livre, leve e solta era exatamente assim que ela se sentia. Akamaru brincava ao seu redor, como se ainda fosse uma criança. Eles começaram a pequena guerra de água, e incrivelmente, sempre que brincavam ela perdia.
Passaram-se quase uma hora e meia. Ela havia sentado-se no barranco e sacudia os pés na água, o sol do meio dia ainda estava alto no céu.

– Ei Akamaru, posso te contar uma história? - Ela sugeriu cobrindo a testa com a mão. Ele mais uma vez latiu em concordância.

Himawari contou-lhe toda a história, ou pelo menos a parte que sabia, de seus avós, com as mesmas palavras que Tsunade usara mais cedo, o animal ouviu atentamente.

– Sabe, eu queria ver isso... Queria viver isso, imagine? Ter um grande amor, que arriscaria a vida para te salvar, te amaria por toda a vida, não é lindo? - Akamaru ofegava com a língua para fora, mas parecia atento a o que ela contava. "Ah claro, esqueci até que você não fala", pensou.

– Também queria saber mais sobre essas histórias de amor em Konoha, tem tantos casais, jovens apaixonados, adultos casados que ainda se amam e se respeitam, talvez eu bole uma linda teoria sobre como se acha sua "cara metade". - Ela se riu, pensando sobre o assunto. Por que não? Além de descobrir mais historinhas românticas para refletir e se espelhar, teria bastante conhecimento sobre as pessoas que um dia pretendia comandar.

Akamaru se aninhava nela, mostrando que ela poderia fazer o que quisesse, ele a apoiaria de qualquer forma.

– Outra coisa que me intriga... - Continuou. - É todo aquele falatório do Iruka-sensei. Quem nós somos? Qual meu jeito ninja de ser? Que diabos eu tenho dentro da minha "casca molenga de criança"? - Ela suspirou. - Tudo bem que quero me tornar Hokage, esse é o meu sonho, mas e o resto? Quem é que sou eu? Mamãe disse que as pessoas constroem o caráter e a personalidade com o tempo mas... Se eu ainda não formei nada, como existo? Eu tenho que ser alguma coisa. O que sou agora?

Akamaru latiu, ele parecia pensar nisso também. Claro que já vivera mais que ela, que já tinha suas próprias experiencias. Himawari não tinha pressa de crescer e de provar tudo isso, mas não gostava de não ter as respostas.

– Perguntas e mais perguntas. - Bufou. - E as respostas, onde é que eu acho? Viu! Olha aí outra pergunta! Argh. - Ela olhou para cima ativando o Byakugan. Não, não havia contado aos pais sobre ele.

O Byakugan, o Kekkei Genkai do clã Hyuuga. Sua mãe Hinata fazia uso dele desde pequena, e ela o havia despertado um pouco mais cedo do que o habitual, mesmo entre os membros puros de sangue do clã. Himawari ainda não se dava muito bem com a técnica, não tinha prática e nem mesmo teoria de como usa-lo corretamente. Ela o ativou apenas para ver as horas no relógio, notando o "pequeno" atraso se é que compreendem a ironia.

– Ai meu deus! - Ela gritou para Akamaru, percebendo que teria de correr.

– Ai meus deus digo eu! O que você está fazendo aí? - Ao longe do lago, o menino "dragão" vulgo Ryu, postava-se estatizado, com a face completamente igual a cor de seus cabelos e espantado.

De início, ela não entendeu nem do por que ele estar ali a uma hora dessas ou porque do rubor em seu rosto, mas logo começou a ligar detalhes nas pontas soltas.

E lá estava ela: De roupas íntimas, na frente de um garoto, atrasada e ainda por cima o menino era o tipo de pessoa que definitivamente NÃO lhe agradava a presença.

– Kya! - Ela começou a se cobrir, andando de costas em direção a árvore e pegando suas roupas.

– Por que você está peladona sua pervertida? - Ele esbravejou corado.

– Pervertido é você que estava aí me observando! Hentai! - Retrucou esbaforida colocando a blusa.

– Eu?!! Cala a boca! - Ele ficou ainda mais envergonhado. - Como se eu fosse gostar de uma menina "Taboa" feito você!

Mentira! Calúnia! Desculpa mal feita! Himawari tinha apenas 10 anos, mas seus "atributos femininos" por assim dizer, já começavam a se formar a algum tempo. Era obvio que não eram grandes como os de sua mãe, mas maiores do que qualquer garota da idade.

– A é? Então o que é que você está fazendo? - Rebateu mostrando a língua, quase já tinha vestido todas as peças, faltava apenas os sapatos. Ryu mantinha as mãos grudadas nos olhos.

– E-eu me perdi. - Disse.

– Sei. Em Konoha?

– É sério! Sou estrangeiro, vim morar aqui este ano porque... - Ele fechou a cara. - Esquece, eu não te devo explicação. Não é culpa minha você ficar fazendo "Streap tease" em local público.

– Fica quieto seu hentai! - Os dois fitaram-se com ódio. Akamaru estava quase absorto na discussão, ele sentava-se na pedra quente com cara de tédio apoiando a cabeça em uma das patas.

– Argh, eu desisto! - Ele levantou as mãos em rendição e se esforçou para pronunciar as próximas palavras - Vo-você pode me dizer o que eu faço para chegar até o campo da academia?

Himawari segurou a risada, ela já estava montando em Akamaru, iria pedir que ele a levasse para que fosse mais rápido e depois deixaria-o voltar para Kiba.

– Isso depende, talvez se você pedir desculpas por ser um pervertido, eu até te leve lá.

– Você quer me fazer de trouxa?! - Disse piscando um olho.

– Dattebayo! - Ela piscou, mandando Akamaru correr, pouco a pouco eles sumiram pelas ruas de Konoha.

–x-x-x-

– Atrasada novamente, pela milésima vez: Por que eu não me surpreendo? - Iruka colocou a mão na testa, ela abaixava a cabeça em respeito, sabia que estava errada.

– Esse vai virar o seu bordão sensei! - Ouviu alguém murmurar. Himawari olhou para trás, apenas para ver Ryu com um sorrisinho debochado.

– Você não é o maior exemplo no momento, não acha? - Ela retrucou. Ele mostrou a língua.

– Ok, podem me dizer porque do atraso dessa vez? - Iruka perguntou com leve frustração.

– Sim. - Ryu tomou a frente. - Eu me perdi senhor, como sabe, ainda não conheço muito bem a vila e Himawari estava treinando para um papel como índia do mato. - Ela deu um tapa na cabeça dele que reclamou incomodado.

– Kami-sama, dai-me paciência. - Iruka levantou as mãos. - Vão para perto daquela árvore com seus colegas. - Ele apontou para uma grande cerejeira, não estava na época de florescer, mas ainda sim Himawari achou-a linda, Sakuras eram o ápice do romance, sentar-se embaixo dela, o menino deitado no colo da menina, e ela mexendo em seus cabelos macios, "Ai, ai" suspirava com apenas pensamentos.

– Pare de sonhar com seus parceiros de tribo e vamos logo! - Ryu puxou-a pelo braço, mas ela logo se soltou e passou a andar sozinha e com raiva.

– Muito bem. - Pronunciou-se Iruka-sensei, no alto de uma pedra. - Hoje vamos treinar saltos, corridas e a agilidade natural que um ninja deve ter. Futuramente vai ajudar muito com o taijutsu.

Himawari levantou a mão, era natural ela se candidatar a ser aquela que tomava as dores e dúvidas do povo.

– Sim?

– Até que horas vai a aula? - Todos riram, ela não fizera de propósito. Prometera a mãe que jantaria com ela e o avô no clã.

– Para você mocinha, até a hora que eu quiser. - Ela ficou emburrada. - E você também Sabaku No Ryu. - E sorriu, bem feito. Espera, Sabaku?

Começaram os murmurinhos.

– Por que tinha que tocar nisso? - Ryu bufou, chutando uma pedra.

– Você é filho do Kazekage? - Himawari perguntou, arregalando os olhos. Ela notava a semelhança, cabelos ruivos, kanji na testa, a parte da bandana de Suna. Mas aqueles olhos extremamente negros não deixaram a imaginação fluir para os Sabaku.

– E o que te importa, Hentai-chan? - Ele ignorou a careta que ela fez e começou a seguir as ordens de Iruka.

Treinaram saltando por árvores e penhascos por horas, Himawari estava ficando cansada. Fizeram uma pausa, ela sentou-se em uma árvore e ficou observando o céu, a lua estava subindo, os alunos iam embora. Mas ela deveria ficar. Maldito banho de rio! Se arrependia tanto de ter ido naquele lugar hoje, jurara nunca mais voltar!

– Tudo bem? - Iruka perguntou, sentando ao lado dela. - Olhe, não é que eu queira te prender aqui nem nada, mas é obrigatório que eu cumpra o tempo determinado da aula com cada aluno.

– Eu sei, não tem problema. - Ela disse suspirando. - Iruka-sensei, sobre suas perguntas na primeira aula. "Qual seu jeito ninja de ser?" - Fez aspas com os dedos. - Eu acho que vou demorar a achar uma resposta.

– Não tem problema também, você tem bastante tempo.

– Obrigada.

– Bem, e o treinamento continua. - Ele se levantou e a ajudou a levantar.

Himawari e Ryu treinaram com ele por mais meia hora para compensar o atraso, depois, ela correu ao clã Hyuuga.

–x-x-x-

– Está atrasada Himawari - Sua mãe repreendeu, mesmo que levemente. - O que houve?

Hinata parecia preocupada, além de desprovida de bem estar, devia ter sofrido com Neji hoje. (HHU - 2.1)

– Atraso, quantas vezes vou ouvir essa palavra hoje? - Ela bufou e sentou-se na mesa junto aos parentes, o avô, a mãe e Konohamaru, que recentemente se casara com Hanabi Hyuuga, mas esta não estava.

– Você teve um dia cansativo meu amor? - Hinata tentou ser compreensiva.

– Mais ou menos. - Respondeu suspirando, até que lembrou-se de uma pergunta que ainda queria fazer. - Mamãe.

– Sim?

– É um problema um menino ter me visto sem roupas? - Perguntou inocente. BUM! Hinata caiu para trás da cadeira, Konohamaru cuspiu a comida de volta no prato e seu avô deixou o garvo cair, estupefato.

E a única coisa que passava na mente da pequena Uzumaki naquele momento era: "Será que hoje não vou ter nenhuma resposta para as minhas perguntas?".

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Notas finais do capítulo

E aí? Ficou bom ou ruim? Eu vou demorar um pouco até postar o próximo, porque tenho uma prova de redação, e tenho que ir bem. Me digam o que acharam e nos vemos no próximo!
Kissus, Shyl.