Ruas vazias
Sigo cada sopro na noite
Os ventos são frios
O sol está congelado o Mundo perdeu toda a sua luz
Levo a tua imagem bem dentro de mim
De volta a ti por mais de 1000 mares
De volta a nós

Não percas a tua confiança e a tua crença
Confia em mim

Temos que atravessar 1000 oceanos
1000 anos escuros quando o tempo tiver morrido
1000 estrelas passam por nós
Temos que atravessar 1000 oceanos
1000 vezes contra uma interminável maré
Vamos ser livres para viver a nossa vida

Conheço um lugar
Vamos encontrar um pequeno lugar para ti e para mim
Tudo acabou de uma forma diferente
Não consigo sentir o pulso nas nossas veias
Tão fraco hoje
Deixamos o nosso bater do coração guiar-nos pela escuridão
Confia em mim

Temos que atravessar 1000 oceanos
1000 anos escuros quando o tempo tiver morrido
1000 estrelas passam por nós
Temos que atravessar 1000 oceanos
1000 vezes contra uma interminável maré
Vamos ser livres para viver a nossa vida

Não vamos sentir a falta de nada nem de ninguém
E um dia vamos olhar para trás sem nos arrependermos

1000 Oceanos vastos
1000 anos intermináveis morreram
1000 oceanos vastos
1000 estrelas passam por nós
Passam por nós

Por favor não te afastes de mim
Por favor não te afastes de mim

Temos que atravessar 1000 oceanos
1000 anos escuros quando o tempo tiver morrido
1000 estrelas passam por nós
Temos que atravessar 1000 oceanos
1000 vezes contra uma interminável maré
Então vamos ser livres

Por favor não te afastes de mim
Por favor não te afastes de mim

1000 vastos oceanos

1000 oceans [tradução] – Tokio Hotel

Acordei por volta de 09h00min da manhã, já que chegamos à cidade por volta das 23h00min da noite de domingo.

Meu fim de semana foi legal, visitei meus avos, que ficaram boquiabertos com meu crescimento. Eles conversaram bastante sobre coisas chatas para mim, ainda bem que para minha salvação meus primos foram.

Andamos de cavalo, banhamos no pequeno riacho que tinha lá, alimentamos as galinhas, embora muitas delas, quererem atacar Emily, minha prima, já que esta foi pegar o pintinho de uma galinha raivosa. Resultado, minha prima fez uma bela corrida pela fazenda enquanto eu me rachava de tanto rir. Depois fomos banhar para almoçar, era tão bom ter a família reunida na mesa. Eu sempre gostava desses momentos.

Depois fomos conhecer outras terras que vovo havia comprado, eram muito grandes, andamos bastante. Eu não acreditava como meu vo andava muito e não se cansava, ao contrario de nós.

Mas por nenhum momento eu deixei de pensar nele, Tom Kaulitz. Na nossa dança lá na sala, de como nossos rostos tão próximos e do melhor momento o beijo. Era delicioso o gosto de seus lábios, eu poderia ter ficado lá beijando, mas a droga da namorada dele veio na minha mente, e uma culpa também. Depois desse acontecimento, o sentimento que tanto tentei afastar, fez foi aumentar mais ainda. Mas o que não sai da minha cabeça era, Por que ele me beijou?

Será que ele gosta de mim. Não isso seria demais, um dia ele mesmo falou que nunca permitiu se envolver com suas alunas. Para ela a única relação que há na sala e professor e aluna só isso.

Fui pro banheiro, me despir e entrei no Box, a água estava ótima, tão quentinha, que fazia todos os meus músculos relaxar e também a minha mente. Hoje eu o veria novamente, depois daquele beijo na quinta. Droga, eu só pensava nele, ele não sai da cabeça. Terminei de banhar, fui ao closet, peguei um saia jeans e uma regata vermelha e fiz um rabo de cavalo no cabelo molhado. Então desci para tomar café. Só a Edna, a empregada estava na cozinha, com certeza meu pai já havia saído para trabalhar e como conheço minha mãe bem, ela estaria ainda dormindo.

- Bom dia, Edna. – falei me sentando-se à mesa.

- bom dia, minha linda. – falou sorrindo.

Edna era como uma segunda mãe para mim. Ele trabalha aqui em casa deste antes deu nascer. Ela praticamente faz parte da família.

Peguei a jarra de suco e coloquei um pouco no meu copo e peguei um pão de queijo. Estava meio sem apetite. Edna foi lavar algumas roupas e eu fiquei naquela cozinha enorme sozinha, encarando o silencio. Tomei meu café, e coloquei a louça na pia. Fui para a sala e liguei a TV, estava passando desenho animado, sei que parece meio infantil, mas eu gosto, eles tipo me distrai e fazia o tempo passar mais rápido. Depois de assisti, fui procurar outra coisa para fazer no meu quarto. Fui então entrar no MSN e falar com meus amigos e ler meus E-mails também. Acho que passei o resto da manhã no PC, conversando com vários amigos e só pude notar que o tempo passou rápido, quando minha mãe me chamou para almoçar. Rapidamente desliguei o PC e desci para a cozinha. Meus pais estavam sentados á mesa, apenas me esperando. Sentei-me e começamos a almoçar. Conversamos sobre a fazenda e várias outras coisas, como que eles iriam viajar fiquei feliz, por que era tipo uma segunda lua-de-mel para eles, e também por que a casa seria minha por uma semana. Terminei de almoçar, me levantei e voltei pro quarto, descansar para ir para a aula de dança e encontrar ele novamente.

Peguei no sono logo, mas não o tirei da cabeça como sempre.

Acordei, peguei meu celular que estava em cima do criado-mudo, minha vista ainda estava embaçada, quando voltou ao normal,vi que era 15h00min, eu estava atrasada para ir à aula. Levantei-me rapidamente, corri pro banheiro, tomei um banho rápido, voltei pro quarto, peguei uma calça preta larga e uma blusa preta com uns pequenos detalhes vermelhos, vesti e calcei meu All Star preto. Meu cabelo, apenas o penteei e fiz um rabo de cavalo, passei um lápis preto nos olhos e um gloss transparente. Peguei minha mochila, e desci. Fui à cozinha, minha mãe estava lá, apenas me despedi dela e da Edna e peguei uma maça na geladeira, dei Tchau e sai. O lugar onde eu fazia as aulas era num salão dentro de um shopping, que ficava perto de casa, e por isso eu sempre iria de pé. Mas no caminho, eu estava com uma sensação de medo e ansiedade, alias eu iria reencontrar ele.

Depois de alguns minutos, finalmente cheguei ao shopping, entrei e segui para o salão onde aconteciam as aulas. O salão era cheio de espelhos. Corri até lá, e quando entrei, pude ver que já tinha começado e Ele estava lá, mais lindo do que antes. Caminhei até os bancos e coloquei minha mochila, parece que finalmente ele percebeu que eu havia chegado, e me olhou, nossos olhares se encontraram, e rapidamente veio na minha cabeça as lembranças, me fazendo baixar a cabeça envergonhada. Caminhei devagar até as alunas e me posicionei, percebi que ele ainda me olhava.

- chegou atrasada, Mischa. O que aconteceu? – perguntou para mim.

- eu... meio que Descansei muito, e perdi a hora. Desculpa Professor. – falei sem o encarar.

- ah... Então ta. – falou com uma voz um pouco triste.

- Professorzinho, a Mischa está atrasada, por que ela não veio na sexta, então acho que ela deve ficar apenas observando a gente, ai ela aprende os passos. – falou Isabely Muller com aquela voz chata.

- Isabely, eu acho... – começou ele.

- É uma boa idéia, eu vou me sentar e apenas observar vocês. – falei, me virando e indo me sentar nos bancos que havia lá.

- Mas...

- Continua professorzinho com a aula... – disse Isabely.

- Está bem. – falou ainda olhando para mim.

Ele continuou a ensinar os passos para as alunas, que aproveitavam para se atirar nele, dizendo que não entendia. De repente senti uma raiva tomar conta de mim, dando uma vontade de ir lá e acabar com elas, e com os seus sorrisinhos para ele. Durante toda a aula, eu me segurava e tentava observava os passos, mas toda vez que olhava para as alunas, eu não conseguia deixar de olhar para ele, que também parecia que adivinhava na hora e olhava para mim também no mesmo momento. Eu comecei a ficar perdida nos meus pensamentos sobre ele e tudo que aconteceu até agora, que nem percebi alguém se aproximando de mim e sentando perto de mim.

- oi? – falou aquela voz grossa e ao mesmo tempo sexy, que eu a reconheceria em qualquer lugar, vinha da pessoa que eu não parava de pensar durante o final de semana todo.

- ah..oi. – falei tentando não olha-lo, mas isso era difícil.

- como foi o seu final de semana? – perguntou

- foi ótimo. E o seu?- disse

- ah.. Mais ou menos. Passei-o em casa sozinho.

- ah... Que chato. Mas você não saiu para lugar nenhum?

- não. Não estava com vontade.

- que chato... – falei

- é... Mas, Mischa eu senti saudade. – falou

Aquilo me pegou de surpresa. Como assim ele sentiu saudade de mim. Não entendi.

- ahn?...Como assim?- perguntei nervosa

- sabe você é a única que me ajuda com as outras alunas. E falando a verdade é difícil agüentar aquelas alunas. – falou sorrindo.

- é... Principalmente quando elas dão em cima de você. – falei por impulso.

- é mesmo... Mas é o que dá ser bonitão. – falou

- v=Você se acha em?

- O que eu posso dizer. É a pura verdade.

- Ah..meu deus..tenho um professor que se acha.

- Aposto que me acha bonitão, né?

O que eu iria falar, que eu acho lindo, bonitão, maravilhoso, engraçado, um deus... Pensa Mischa.

- ah..eu... – comecei a falar mais fui interrompida. Por uma voz conhecida...