Sarah Adams - Parte Final escrita por Marina Andrade


Capítulo 6
Capítulo 5 - Labirinto


Notas iniciais do capítulo

Aí vai o cap. da última prova do Torneio. Espero que gostem



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“Beijaram-se. A sensação era indescritível. Nenhum dos dois conseguia pensar em muita coisa. Perderam a noção de tempo e lugar. O beijo começou gentil, calmo, sem pressa, mas em poucos segundos tomou um nível mais exigente. Draco a apertou mais contra si, e Sarah arranhou suas costas involuntariamente, despertando nele um desejo há muito tempo reprimido. Dentro de segundos estavam se agarrando como se suas vidas dependessem disso. Sarah se arrepiou quando ele deixou seus lábios para beijar seu pescoço, se deliciando com a pele em chamas. Nenhum dos dois ousou abrir os olhos, ainda não... Tinham esperado tanto tempo por isso... Sarah suspirou quando ele a mordeu de leve, e entrenhou os dedos em sua nuca, ainda arranhando suas costas.

 

Naquele momento, não havia nada nem ninguém que pudesse os interromper. Ainda bem, pois eles ainda tinham muito o que “conversar” naquela noite.”

 

-D-Draco. – Sarah o chamou, num súbito de consciência.

 

-Hum. – Ele gemeu, entretido demais com o pescoço de Sarah.

 

-A gente devia... – Ela ia dizer “parar”, mas a leve mordida que ele deu no lóbulo de sua orelha a fez esquecer do que ia falar.

 

-Tem razão. – Ele disse, dando um selinho nela e olhando em volta. – Aqui alguém vai acabar nos pegando. – Ele sorriu e os deixou invisíveis de novo, puxou Sarah para dentro do castelo. Ela foi ainda num estado meio consciente. Aos poucos a mente dela começou a perceber o que tinha acontecido.

 

Eu beijei Draco Malfoy! Eu beijei Draco Malfoy! – A mente dela gritava, surpresa demais pra pensar em alguma coisa mais elaborada. – Eu o amo!

 

Quando viu, Sarah estava entrando no quarto com Draco, e o mesmo a olhava com os olhos ainda prateados, sorrindo como nunca e com os cabelos atrapalhados, provavelmente por ela mesma.

 

-O que foi? – Ele perguntou sorrindo divertido ao ver o sorriso bobo que Sarah tinha enquanto o olhava.

 

Ele me ama. – A mente de Sarah constatou, repassando a cena de minutos atrás. Desligando completamente o lado racional de sua mente, Sarah pulou no pescoço de Draco, o atacando com beijos intensos. Ele se assustou com a súbita atitude dela no início, mas logo em seguida a puxou para se sentar na cama dela com ele, aos poucos induzindo-a a se deitar sobre ele sem que ela percebesse. (N/A.: Sim, isso é um Draco cheio de segundas intenções. xD)

                                                              

Sarah estava definitivamente fora de controle. Não conseguia pensar em mais nada a não ser no loiro abaixo de si, que se entretia com uma mão em sua nuca e outra em sua cintura.

 

Draco estava explodindo por dentro. Milhões de sensações tomavam conta do seu corpo, e uma grande parte dos seus movimentos estava sendo controlada por instinto. Até que sua super audição captou o som de passos tranquilos virando o corredor, sendo acompanhados pelo suave som de longas vestes bruxas sendo arrastadas.

 

Ah, droga! – Ele pensou. – Agora não, agora não!

 

-Sarah. – Ele sussurrou com o resto de voz que lhe restava, não querendo impedir Sarah de arranhar tão deliciosamente seus ombros.

 

-O quê? – Sarah parou de repente, temendo ter feito algo errado. Devia mesmo, ela nunca tinha passado de um simples beijo antes daquela noite com ninguém, e agora estava deitada sobre Draco, totalmente descontrolada. – Desculpa. – Ela pediu ruborizando e saindo de cima dele. Draco a olhou sem entender. – E-eu fiz alguma coisa errada? – Ela perguntou, com medo da resposta.

 

Ahn?? – A mente de Draco não conseguiu entender a pergunta de primeira. – Errada?? Ó meu Merlin, o que essa menina tem na cabeça? – Ele pensou rindo, tentando imaginar o que é que Sarah tinha achado de errado naquilo. Estava tudo perfeito, e ele jamais a teria interrompido se não estivessem prestes a serem pegos. Não que ele se incomodasse, (N/A.: Hehe, Draco pervertido. xD) mas Sarah não ficaria nada à vontade.

 

-Claro que não sua boba. – Ele disse dando um selinho nela. – Mas Dumbledore veio estragar a festa. – Ele disse, ouvindo os passos cada vez mais perto.

 

-Dumbledore?! – Ela perguntou com os olhos arregalados, arrumando os cabelos e ajeitando o vestido. Draco riu do desespero dela. Ele estava dez vezes mais desarrumado, e estava pouco se lichando para o que Dumbledore pensaria da cena. Sarah riu também, dando-lhe um tapa no ombro.

 

Toc toc toc!

 

-Pode entrar. – Draco disse, conjurando um baralho e começando a embaralhar.

 

-Com licença. – Dumbledore entrou no quarto e conjurou uma cadeira. – Desculpe inter... Incomodá-los à essa hora, mas tenho uma notícia pra dar.

 

-Corta. – Draco disse, estendendo o baralho para Sarah, que se segurou para não rir. Ele estava mesmo tentando fingir que estavam jogando truco?!

 

-Truco. – Sarah disse quando recebeu suas cartas, logo em seguida se virando para prestar atenção em Dumbledore.

 

-Bom, creio eu que essa noite tenha sido muito proveitosa para todos os alunos. – Ele continuou, sorrindo. – E acho que pode ser ainda mais marcante. – Os dois o olharam com medo do que viria. – Por isso, a última prova do Torneio começará em quinze minutos.

 

-O quê?! – Sarah e Draco perguntaram ao mesmo tempo.

 

-Snape os encontrará à beira do Lago da Lula-Gigante, sob o carvalho à leste da escola em dez minutos. Vão do jeito que estão. – Ele terminou, se levantando.

 

-Mas Dumbledore, hoje é a noite do baile. – Draco disse, irritado.

 

-Não se preocupem, vão ter muito tempo para namorar depois da prova. – Ele concluiu, saindo do quarto. Sarah riu assim que ele saiu.

 

-Não dá pra esconder nada nele, não é? – Ela disse, se levantando.

 

-Opa opa opa, onde você vai? – Ele a puxou pelo braço, fazendo-a cair deitada sobre ele de novo, a beijando em seguida.

 

-Vem Draco, o Galvão Bueno está nos esperando. – Ela disse, o fazendo rir. Draco levantou e saiu ao lado de Sarah.

 

...

(Cinco minutos depois...)

 

-O que acha que vamos ter que fazer dessa vez? – Draco perguntou à Sarah. Estavam sentados encostados no carvalho, adimirando o lago e papeando.

 

-Vamos ter que passar pelo Labirinto e encontrar o Cálice de Prata. – Ela disse.

 

-Como sabe?

 

-Lembra da primeira prova do Torneio? – Ela perguntou, acariciando os cabelos dele, que tinha deitado em seu colo.

 

-Aham. Quando eu quase fui estuprado pelas sereias. – Ele zoou, fazendo Sarah rir.

 

-Pois é. Dumbledore disse que todas as provas do Torneio Tribruxo seriam usadas nesse Torneio, porém reinventadas. Tivemos a prova do Lago e dragões pra dar e vender, então só nos resta o Labirinto.

 

-É, tinha me esquecido.

 

-O que será que Dumbledore bolou dessa vez?

 

-Provavelmente nada demais. – Ele disse, a abraçando pela cintura. – Nada além de dragões, trasgos, dementadores, centauros...

 

-Hahaha, é, coisa boa não vai ser. Estranho, não estou ouvindo nenhum barulho nem vendo ninguém. – Ela disse, olhando em volta. – Será que é mais uma prova na Floresta?

 

-Não sei, mas gostei de saber que não tem ninguém por aqui. – Ele disse sorrindo malicioso, se sentando e beijando Sarah.

 

-Hu-hum. – Snape pigarreou, surgindo detrás do carvalho. Sarah levantou em uma fração de seguno, ajudando Draco, que levantou preguiçoso. – Sinto muito em interromper o casal, mas vocês têm uma prova do Torneio pra realizar se não se lembram. – Ele disse, com sua típica cara de bunda. Sarah e Draco revidaram o olhando com cara de tédio. – Bom... Não posso dar informações concisas sobre a prova de hoje. – Ele disse, tirando dois colares do bolso do casaco. Ambos prateados com um pingente de cristal no formato da Taça de Prata, e cada um deles gravado com o nome de um dos dois, em dourado. – São presentes de Dumbledore. – Snape disse, os entregando os colares. – Por terem chegado à final. Parabéns. – Ele disse, contrariado. – Agora chega de papo. O que vocês precisam saber é simples, o primeiro a tocar no Cálice de Prata vence o Torneio. – Sarah e Draco se entreolharam, confirmando internamente a suposição de Sarah. A prova seria no Labirinto. – Me entreguem as varinhas. – Snape disse, estendendo a mão para os dois.

 

-Sem varinhas?! – Draco perguntou entregando sua varinha assim como Sarah. Tudo bem que a prova da corrida e a do xadrez não precisaram de varinhas, mas no ano passado Cedrico tinha morrido no labirinto! Quem em sã consciência mandaria dois alunos do quinto ano praquele lugar sem magia??

 

 -Se quiser desistir, tirem os colares. – Snape continuou, ignorando Draco. – Ah! Dumbledore me pediu pra dizer que nem tudo é o que parece. – Ele concluiu, deixando Sarah e Draco ainda mais desnorteados. – Ponham os colares.

 

Sarah e Draco se entreolharam confusos, e colocaram os colares, Sarah primeiro. Assim que o pingente de cristal tocou seu peito Sarah sentiu como se tivesse levado um murro de força inumana no diafragma, sentiu o vazio encobrir-lhe e a empurrar para trás, para logo em seguida a soltá-la, fazendo-a cair em espiral. Tudo foi muito rápido. Só conseguiu ter noção do que tinha acontecido quando se viu parada em meio à altas paredes, que aparentevam ter sido feitas de ramos e mais ramos de plantas entrelaçadas, caída no gramado coberto de folhas molhadas pela chuva. Se levantou gemendo, com a mão nas costelas, respirando fundo.

 

-É. Aqui vamos nós. – Ela pensou, vendo que estava sozinha em meio aos longos corredores escuros. Ativou sua visão noturna e tirou os saltos. Seguiu cautelosamente, com as mãos preparadas para atear fogo em qualquer coisa que viesse pela frente.

 

...

(Draco)

 

-AAAAAAAAAAaaaaaaaaaaahh! – Draco gritou, enquanto caía de estômago sobre uma parede do labirinto. Ainda bem que não jantei. – Ele pensou, pulando no chão e acariciando o estômago dolorido pela batida. – Dumbledore, eu te pego! – Ele pensou, enquanto analisava o cenário ao seu redor. Corredores e mais corredores sem qualquer iluminação, a não ser do céu completamente coberto de nuvens meio alaranjadas, sinal de que cairía um pé d’água a qualquer instante. – SARAH? – Ele chamou, tentando ver se Sarah estava por perto. Não obteve resposta. Fechou os olhos para se concentrar melhor em sua super-audição. Ouvia o silvo alto do vento que batia em seu rosto, o barulho de algo muito familiar ao bater de asas de fadas mordentes e o som surdo de paredes se mechendo. Se concentrou mais, e pode ouvir um som de algo distante, parecido com passos, porém ele não tinha certeza, estavam suaves demais. Abriu os olhos e se transfigurou em animago, seria mais fácil para ele enchergar o caminho em forma de animal. Resolveu seguir o som do bater de asas, fadas mordentes seriam fáceis de lidar.

 

...

(20 minutos depois...)

(Sarah)

 

Fadas mordentes?!- Ela pensou, vendo fadinhas verdes quase camufladas às paredes, no fim do longo corredor em que estavam. – “Nem tudo é o que parece.” – Ela lembrou do aviso de Snape. Resolveu virar à esquerda, seguindo por outro corredor.

 

-Draco? – Ela perguntou, vendo uma forma humana alguns metros à sua frente. Correu em direção à ela.

...

(Draco)

 

-Sarah? – Draco se destransfigurou e chamou, entrando no corredor que Sarah acabara de sair. As paredes se moveram, fechando o caminho pelo qual Sarah tinha virado. – Droga! – Ele disse, batendo o pé. Já estava cansado de caminhar pelos corredores com aquele vento insuportável. – Merda! – Ele pensou, vendo que a única saída que tinha era seguindo em frente. Se transfigurou de novo e seguiu caminho. Em menos de vinte passos as fadas mordentes o viram, e pararam de voar, planando no ar em frente a ele. – Olá, queridas. – Ele pensou irônico, rosnando para as fadas.

 

As mesmas pareceram não gostar, pois em menos de um segundo se transformaram em lobisomens. Enormes lobisomens. Draco olhou para trás em busca de esperança, mas o que viu foram paredes se fechando em sua direção.

 

Oh, merda! – Ele pensou, correndo em direção aos lobisomens. Ele só tinha uma ideia, e não era das melhores. – Que falta faz a Sarah! – Ele pensou, a centímetros das feras.

...

(Sarah)

 

-Draco? – Ela perguntou, chegando mais perto. – Não, não parecia com Draco. Parou de andar, esperando a pessoa encapuzada se virar.

 

-Olá, Adams. – Greyback a cumprimentou, sorrindo irônicamente.

 

“Não é o que parece” – Sarah pensou, concentrando seu poder nas mãos, esperando pelo próximo movimento do Comensal. Ele rosnou e se transfigurou para a forma de lobisomem, indo em sua direção. – Nesse caso é sim. – Ela pensou, incendiando o corredor.

...

(Draco)

 

Draco fechou os olhos enquanto pulava sobre os lobisomens, ficando invisível no salto. Um lobisomem atingiu a pata em suas costas no salto, o arranhando. Abriu os olhos agradecendo a Merlin por estar vivo e seguiu caminho, correndo dos cinco lobisomens e das paredes se fechando cada vez mais rápido.

 

Talvez dê certo. – Ele pensou enquanto corria cada vez mais rápido, ganhando distância. Tudo o que ele precisava era de alguma virada no caminho, e aí estaria livre. Caso contrário... Bom, não era hora de ser pessimista.

...

(Sarah)

 

Greyback teve que correr das chamas, virando num dos corredores. Para sorte de Sarah, as paredes começaram a se mover, fechando o caminho pelo qual ele tinha ido e o caminho atrás de Sarah. Ela correu o mais rápido que pôde, virando no primeiro lugar que avistou.

 

Droga! – Ela pensou ao ver que era um corredor sem saída. Não podia voltar nem prosseguir. Teria que esperar os caminhos mudarem de novo.

 

-Estupefaça! – Lestrange lançou em Sarah, surgindo de uma lateral sombria do corredor. Sarah sem perceber se protegeu com um escudo de chamas azuladas. É, não eram só os poderes do Draco que estavam evoluindo.

 

Ela lançou o escudo sobre Lestrange, a atirando contra a parede do fundo do corredor. Atirou uma bola de fogo logo em seguida. 

 

-Protego! – Crab surgiu pulando sobre uma das paredes do corredor, defendo Lestrange, desacordada no chão. Um corredor se abriu exatamente onde Lestrange estava escorada, na parede que antes tinha bloqueado a passagem de Sarah. Crab se distraiu por uma fração de segundo, tempo suficiente para Sarah usar sua capacidade de salto, pulando para a parede à sua esquerda.

...

(Draco)

 

Draco corria feito louco, sentindo uma dor imensa nas costas, no lugar da pancada, e sentindo os músculos das patas protestarem de cansaço. Uma passagem se abriu à sua esquerda, o salvando. Só que os lobos foram mais rápidos, e viraram centésimos antes do corredor se fechar, continuando a seguir Draco.

 

Droga! – Ele pensou, virando à esquerda, seguindo em mais um longo corredor, aparentemente também sem saídas laterais. – Hoje, definitivamente, não é meu dia! – Ele praguejou mentalmente, enquanto continuava correndo, já sentindo que não aguentaria mais. Tropeçou numa planta sobressalente no chão, caindo destransigurado alguns metros à frente, sem forças pra levantar.

...

(Sarah)

 

Sarah corria em disparada pelo imenso corredor à sua frente. Não demorou muito pra ouvir passos atrás de si.

 

Crab. – Ela pensou cansada. Parou de correr e lançou  chamas no corredor atrás de si, controlando o fogo para que não inflamasse por todo lado. Viu Crab cair no chão, e seguiu caminho.

 

“Droga! – Ele pensou, virando à esquerda, seguindo em mais um longo corredor, aparentemente também sem saídas laterais. – Hoje, definitivamente, não é meu dia! – Ele praguejou mentalmente, enquanto continuava correndo, já sentindo que não aguentaria mais. Tropeçou numa planta sobressalente no chão, caindo destransfigurado alguns metros à frente, sem forças pra levantar.” – Sarah teve esse breve acesso à mente de Draco, sabe-se lá porquê. Viu os lobisomens, Draco correndo em forma de lobo, viu sua queda e viu o lugar onde ele estava. Alguns metros à sua frente no corredor. Uma raiva inumana tomou conta de si, e ela correu como nunca tinha corrido. Tinha que fazer alguma coisa.

...

(Draco)

 

É agora. Vou morrer. – Ele pensou, ouvindo os lobisomens atrás de si, cada vez mais próximos. – Sarah, eu te amo. – Ele pensou, sentindo aos poucos a inconsciência tomar conta de si.

...

(Sarah)

 

“Sara, eu te amo.” – Ela ouviu os pensamentos de Draco, logo em seguida o viu caído à sua frente, e cinco lobisomens muito próximos. Sem medir as consequências, pulou em direção aos lobos.

...

(Draco)

 

Draco já não tinha plena consciência do que estava acontecendo. Respirava arfante, lutando para não dormir. Até que uma leoa pulou sobre si, rugindo, indo em direção aos lobos. Não era uma leoa completamente adulta, ainda jovem, com o corpo esguio e as garras afiadas expostas. Pensou estar vendo coisas. Se estava ou não não pode saber, não conseguia se manter consciente. Parou de lutar com seus olhos pesados e desmaiou.

 

Continua...

 

 


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