Do Outro Lado escrita por Akasha


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!! Segue mais um capitulo.. Espero que gostem... Obrigada pelo comentarios.. AMO



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Poderia ter sido o senhor que tambem vê fantasmas, que só depois fui perceber que era um padre, poderia ser todo o rancor daquela fantasma, poderia ser até o fato de eu estar espiando uma garota viva o que deixou meu queixo caído e meus olhos esbugalhados, mas não, não foi nada disso.


            Alguém aí em cima, se é que realmente existe alguém aí em cima, pode por favor me dizer de onde essa criatura (garota) saiu? Por que eu ainda tenho minhas dúvidas.


            Cheguei na missão, Suzannah estava em um corredor cumprido com o padre e a garota morta, Heather era o nome dela se não me engano. Eles estavam conversando, a Suzannah ficou visivelmente espantada pelo padre também poder ver a garota morta. Então eles começaram a conversar a respeito, eu só percebi que a garota morta estava tão cansado desta conversa como eu quando  ela os interrompeu. Pobre garota morta. Ela não deveria ter chamado a Suzannah de perua, e eu que nem sei o que essa palavra significa.


            O que me deixou pasmo foi o soco que a Suzannah deu na menina... digo fantasma da menina. Ela saiu rodopiando por alguns armários. E ficou furiosa. Porem eu não fui o único a ficar espantado com a sutileza da Suzannah. O padre também ficou espantado.


            Quando Suzannah entrou em sua sala eu fui para casa, já tinha visto coisas demais para minha mente assimilar por hoje. Voltei para o meu, agora nosso, quarto. A cama, a penteadeira, tudo... era tudo tão oposto ao que ela era... não consegui aguentar ficar longe dela. Não podia. Voltei para a escola. “Meu mundo caiu”. Mi hermosa estava em cima de um garoto... E eu não me importo com o mundo caindo na cabeça dele... Suzannah não tinha que ficar se jogando no chão com homens. Espera um pouco, desde quando ela é minha hermosa, essa mortal não era nada minha na verdade, a não ser a inconveniente que roubou meu quarto. Mas então o que é isso que eu estou sentindo por ela? Eu nunca senti isso antes, e nem vontade de matar ninguém como eu estou tendo de pegar aquela viga de madeira e acertar onde ela deveria ter acertado.


            Quando minha raiva passou eu consegui entender o que houve. Foi a garota morta que eu tinha visto um pouco antes com a Suzannah e com o padre. Ela foi a responsável pela viga ter caído no garoto... Pena que não acertou, digo, ele poderia se machucar só um pouquinho.


            Suzannah foi para a sala do padre e eu fiquei por lá mesmo. O padre e a Suzannah combinaram que a tal garota era perigosa, e que Suzannah não era para fazer nada sozinha. O resto da aula foi normal. Na medida do possível é claro. Todos ficaram impressionados por Suzannah ter salvo aquele garoto infeliz. Quando ela entrou no carro com os irmãos eu fui para casa. Precisava me acalmar.


            Suzannah chegou em casa algum tempo depois e foi direto para o telefone. Como fala. Primeio foi o tal padre que ligou. Não sei porque mais não tive um bom pressentimento quando ouvi Suzannah dizer que “estava tudo sobre controle” e muito menos entendi o que ela quis dizer. De repente sua voz mudou. Ficou mais suave. Não acredito que aquele fraco teve coragem de ligar para cá. E o Sr. Ackermann, por que não faz nada? Ouvi a voz dela se alterar alguma vezes, algo sobre festa na casa de uma amiga e por fim ela marcou um jantar com o garoto. No creo. Como ela pode... Me enfureci e me desmaterializei, mas eu não conseguia ficar longe dela, então me materializei no telhado, do lado de fora, ainda chateado, ou seja lá o que eu estava sentindo, nem prestei atenção na conversa dela como mais novo dos garotos Ackermann. Mas não pude ficar lá por muito tempo, estava noite e pelo que eu percebi ela estava se preparando para sair. Onde diabos ela ia aquela hora da noite? Eu já fazia idéia. Salvar o seu aspirante a namorado.


 


- Minha Nossa!! – Ela exclamou quando me viu. - Por que ainda está aqui? Pensei que tinha dito para você se mandar. – Ignorei o que ela disse.


- Não acha que está um pouco tarde para sair Suzannah? – Tive que perguntar. Ela estava vestida como uma ceifadora, não que um dia eu tivesse realmente visto uma, porque eu seu tivesse não estaria mais aqui. Mas ela estava vestida como me descreviam a morte. Só faltava a foice para ser completa.


-Hmm. – Ela fez. -  Olha só, sem querer ofender Jesse, mas esse aqui é o meu quarto. Que tal você tentar se mandar? E que tal deixar eu cuidar da minha vida? – Em primeiro lugar esse quarto é mais meu do que seu e em segundo estou vendo que seu te deixar cuidar da SUA vida vai ficar que nem eu em breve. Mas não foi isso que eu falei.


- Sua mãe não vai gostar de saber que você está saindo tão tarde da noite. – Tentei argumentar.


- Minha mãe. Que é que você sabe da minha mãe? – Nada pra falar a verdade. Mas ela não precisava saber disso.


- Gosto da sua mãe. – E eu gostava mesmo. – É uma boa mulher. Você tem sorte de ter uma mãe que a ame tanto. Acho que ela ficaria muito preocupada ao ver que você está se expondo ao perigo.


- Tudo bem, segura esta agora Jesse. – Ele disse firmemente. – Há muito tempo eu saio a noite e minha mãe não diz uma palavra sobre isto. Ela sabe perfeitamente bem que eu sei cuidar de mim. – Agora ela me pegou. Será que a mãe dela sabe mesmo e permite? Duvido, ela está blefando.


- Sabe mesmo? – Perguntei erguendo a sobrancelha em sinal do meu ceticismo. – Eu acho que não sabe hermosa. Não neste caso. – Ela não gostou de algo, pois levantou as duas mãos em protesto.


- Ok! Pra começo de conversa: não fale comigo em espanhol. Numero dois: Você nem sabe onde estou indo, de modo que sugiro que largue do meu pé.


- Mas eu sei perfeitamente onde Você está indo Suzannah. Você está indo para o colégio para tentar falar com aquela garota que está tentando matar o rapaz, aquele que você parece estar... gostando. Mas eu estou lhe avisando, hermosa, você não agüenta com ela sozinha. Se tiver mesmo de ir, devia levar o padre com você. – Ela pareceu surpresa.


- O que? Como você está sabendo de tudo isso? Por acaso você está... me perseguindo? – Ela parecia incrédula. Mas ela tinha razão como eu estava sabendo de tudo isso. Ela deve ter percebido que eu estava vigiando. Perseguindo deve significar algo parecido.


- Não sei o que significa essa palavra, perseguindo. Só sei que você está se expondo ao perigo. – Ela me ignorou completamente.


- Você anda me seguindo. – acusou. – Vai dizer que não anda? Tenha dó Jesse, eu já tenho um irmão mais velho. Não preciso de outro não. Não preciso de alguém para ficar me espionando... – A interrompi.


- Oh Claro. Esse irmão cuida muito bem mesmo de você. Cuida quase tão bem de você quanto cuida do próprio sono.


- Espera aí! – Ela objetivou. – Ele trabalha de noite está sabendo? Está economizando para comprar um Camaro! – Grande coisa. E não era isso que importava.


- Você não vai a lugar nenhum! – Não poderia deixá-la se expor dessa forma.


- Ah, é mesmo? Tente me pegar então bafo de cadáver. – Então ela se virou em direção a porta e eu imediatamente me materializei em sua frente trancando-a. Suzannah não estava nada feliz com isso. Respirou fundo. Ainda bem, pois achei que ela teria um ataque ali mesmo.


- Ok! – Por fim ela disse. – Jesse, isso não é nada legal. – Eu não podia tirar a razão dela, mas ela não entende. Ela é muito frágil. Ela não entendia.


- Eu não posso... Suzannah não vá. Essa mulher, essa garota, a Heather, não é como os outros espíritos que você encontrou antes. Ela está cheia de ódio. Se puder vai matá-la. – Eu estava quase implorando.


- Aí mesmo é que eu tenho que acabar com ela, não é? Vamos lá, abre a porta.- Nombre de Díos. Por que ela é assim. Cabeça dura... Entende Suzannah....


- Como quiser. – Ela disse e foi caminhando para o lado oposto. Não posso acreditar que ela esta pensando em sair pela janela. Quando ela passou a perna pela janela eu agi por impulso. Segurei seu braço para impedi-la.


- Suzannah ... – Não consegui pensar em nada para dizer que pudesse impedi-la de fazer isso. Ela baixou o rosto e demorei um pouco para perceber que ela estava olhando para minha mão sobre sua jaqueta.


 


            Caí na real. O que estava acontecendo comigo? Larguei seu braço imediatamente, e ela continuou descendo pelo telhado sem olhar para trás. Eu não poderia ficar aqui. Eu não posso deixá-la fazer isso. Cabeça dura. Assim que ela alcançou o chão seguramente, eu me desmaterializei do quarto.


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Notas finais do capítulo

Reviews amores de mi vida!!!
Beijos