My Little Red Bird escrita por Rayh Bennett


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

História inspirada no 12º capítulo de Anoitecer.


Desculpem os eventuais erros ortográficos.


Boa leitura.



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“O fim de uma coisa vale mais que seu começo. A pessoa paciente é melhor do que uma orgulhosa.”

(Ec.: 7,8)



Bebeu mais um copo de seu saboroso whisky. O mundo que se explodisse em infinitos pedaços, que não estava nem aí. Estava com raiva de si mesmo por ser tão idiota, por deixar-se levar por sentimentos humanos tão patéticos.


Não era mais nenhum adolescente inconsequente que agia sem pensar. Todos os seus passos sempre foram fria e milimetricamente calculados - ou nem tanto -. No entanto, jamais se arrependeu de nenhum de seus atos, mesmo sabendo que na maioria das vezes agia errado e acabava machucando os outros, mas isso pouco importava.


Pelo menos isso até conhecer aquela pequena figura de cachos avermelhados, grandes olhos castanhos e inocentes, com minúsculas sardas em seu pequeno e arrebitado nariz.


“Olha só como ele é romântico.” Sua mente sussurrou ironicamente. “Admita de uma vez por todas que sua Passarinha é especial, Salvatore. Afinal, foi ela quem você escolheu para salvar a vida.”

Damon balançou a cabeça na tentativa de calar sua mente. No entanto, só foi fechar os olhos que a cena de três dias atrás voltou com força total.


Flashback on:

Aquela sensação de culpa e impotência era agonizante. Saber que poderia ter evitado tudo aquilo, e por influência daqueles malditos malach e, sobretudo, por causa de seu egoísmo, ela estava praticamente morta em seus braços, dentro daquela banheira...


Ela que implorara por sua vida e de seus amigos. Ela que o chamara por infinitos minutos, até o último instante antes de cair na escuridão. E ele ignorara. E agora ela estava ali, sucumbindo...


Realmente era insuportável...


Principalmente, porque era Bonnie...


A pequenina ruiva dos cabelos flamejantes, da pele translúcida, com fiordes violetas delicados e estuários de veias por toda a sua garganta e interior dos frágeis braços; que era como um gatinho dando socos no ar para ser defender, a garota indefesa que nunca havia machucado alguém por maldade.


A mesma bruxinha que nos últimos tempos passara a olhá-lo de forma diferente com seus enormes e brilhantes olhos castanhos de criança.


Bonnie era diferente de qualquer ser que já conhecera. Ela o fazia agir e sentir-se pateticamente humano. Exatamente como agora. Ao invés dele estar sugando até a última gota de sangue de alguém, lá estava tentando salvá-la de uma morte certa, ao alimentá-la com seu sangue.


Sem mencionar o fato de seguir todas as regras da moral e dos bons costumes em relação a pequena ruiva. Em momento algum – mesmo tendo a oportunidade – tentara corrompê-la, mesmo ela estando praticamente nua em sua frente, agira como um perfeito cavalheiro. Até tinha coberto o corpo dela com uma toalha. E isso era muito mais emocionante do que tentar deflorar a inocência de uma donzela. Afinal, Damon jamais havia feito algo assim antes. Nunca tentara seguir as regras e muito menos ser politicamente correto.


Apesar de Bonnie ter recuperado um pouco de cor, seu corpo ainda continuava frio, nem mesmo a água quente da banheira mudara seu estado cadavérico. Estava tão entretido com seus próprios pensamentos, que só “acordou” ao ouvir a porta do banheiro ser aberta com um chute pelo Mortal, Aborrecente, Troço... Aquele que nutria um amor platônico pela pequena passarinha ruiva.


Patético! Tsc.


Observou o loiro entitulado Mutt arregar os olhos, avançando ameaçadoramente para cima dele, mas acabou tropeçando em algo e caindo de cara no chão. Suas bochechas bronzeadas foram varridas de infinitas cores de vermelho. Ele estava segurando o pequeno sutiã rosa de Bonnie. Com os olhos vidrados, como se estivesse diante de uma aberração.


— Seu... seu maldito! – O loiro levantou-se indignado, mirando-o com ódio. — Você... Eu vou te matar!


— O que está acontecendo aqui? – Damon revirou os olhos. O circo estava armado. Seu amado irmãozinho e sua infinita decência.


— Você tem uma estaca, Stefan? – Matt indagou irritado. — Ele... Esse maldito... Ele deu... deu sangue para a Bonnie.


Damon somente observava a cena dramática desenrolando-se em sua frente. Isso era tão irritante. Com tantas coisas para se preocupar e o patético do Mutt ficava gritando como uma marica inconsolada.


― Não bebeu o sangue dela. – Stefan afirmou surpreendentemente calmo.


― Excesso de Veneno? Não é o meu aperitivo preferido, irmãozinho.


Damon resmungou irônico, fazendo Stefan sorrir como se houvesse encontrado a cura para o câncer. E Damon odiava aquele sorrisinho de “Eu sei tudo sobre você!”.


Cogitou deixar Stefan cuidar de tudo a partir daquele momento, mas... Mas... Seu irmãozinho não era o cara mais confiável para cuidar de uma adolescente mergulhada em sangue. E Bonnie era o seu pequeno e frágil pássaro bebê. Também havia o Mutt, no entanto, este estava fora de cogitação. Seria como entregar o cordeirinho nas mãos de dois lobos. Um que faria do pássaro vermelho um banquete dos deuses e o outro que seria capaz de corromper a pureza daquele ser inocente.


Além de que havia a possibilidade de Bonnie ainda precisar de seu sangue. Ela não estava totalmente curada. Não gostaria de ficar com peso na consciência se algo acontecesse à ela.


— Admita de uma vez por todas, Damon... – Stefan encostou-se na parede perpendicular a banheira, evitando a todo custo olhar para o corpo de Bonnie. — Você se importa o suficiente para dividir seu sangue com ela. Nem por mim você faria isso.


— Não faria mesmo. – Damon revirou os olhos. Aquela conversa já estava o entediando. Seu irmãozinho era tão chato. Não entendia como Elena aguentava-o. — Foi uma experiência.


Explicou cuidadosamente. E tinha acabado ali. Bonnie acordaria ou dormiria, viveria ou morreria, mas nas mãos de Stefan - não nas dele. Ele estava molhado, desconfortável, faminto e pronto para cravar suas presas na primeira jugular que encontrasse pela frente.


— Você cuida dela agora. — Disse bruscamente. — Estou saindo. Você e Elena e... Cadê o Mutt? – Questionou ao não ver o loiro no banheiro.


“Com certeza foi procurar a “mamãe” Meredith.” – Revirou os olhos sarcasticamente.


— Seu nome é Matt, Damon. Não é difícil de lembrar.


— Isso quando ele é tão importante quanto uma mosca em um prato de sopa... Aliás... – Foi interrompido pela entrada de uma Meredith furiosa no banheiro, com um Matt sorrindo feito um troço idiota.


— Como ela está? – Questionou a morena. A pergunta que o patético Mutt não havia feito, pensou Damon.


— Ela ficará bem. – Stefan respondeu despreocupado, como se estivesse com muito orgulho de algo.


“Irmãozinho tolo!”


— Graças a Deus! – Soltou um suspiro de alívio, mas logo seus olhos escureceram e Damon entendeu o porquê quando a viu balançar a pequena peça rosa em suas mãos. — Eu só espero que a peça que combina com isso, esteja devidamente onde deve estar.


— Isso mesmo Meredith. – Matt afirmou, olhando-o com nojo.


— Quer verificar? – Perguntou virando o rosto para longe do corpo da ruiva.


— Farei isso agora. – Meredith agachou-se, mergulhou a mão dentro da banheira e segundos depois sorriu aliviada. — Está tudo bem. – Murmurou arrumando a toalha sobre o corpo da amiga. — Fez um bom trabalho, Salvatore.


— O mundo vai acabar hoje. Afinal você jamais me elogiaria. – A ironia era mais que presente em sua voz, fazendo Meredith fulminá-lo com o olhar.


— Cala a boca seu imbecil. Não se acostume com isso. Eu ainda posso enfiar uma estaca em seu coração e logo após tocar fogo.


— Eu posso ajudá-la, Meredith. – Matt colocou-se ao lado da amiga, mirando-o com um ar superior.


“Humano patético! Tsc.”


Naquele momento, Bonnie começou a tossir, enquanto puxava o ar com dificuldade, fazendo todas as atenções voltarem-se para ela. Damon segurou-a com mais cuidado, evitando que ela engolisse água.


— O que está acontecendo? – Murmurou depois de alguns minutos. Sua voz melodiosa capaz de derreter um coração de pedra.


E foi exatamente isto o que aconteceu. Contemplando a sua desgrenhada passarinha com seu cabelo ardente grudado em sua testa e seus grandes olhos castanhos piscando, tentando se acostumar com a luminosidade, algo se encheu de forma astronômica em Damon.


Por um momento era como se existisse apenas ela, somente o pequeno pássaro vermelho despertando para a vida.


— Eu estou viva... — Sussurrou Bonnie.


— Eu sei. — Murmurou Damon, encarando-a.


Aquela coisa tinha inchado sua alma, tornando insuportável aguentar a sensação estranha, cheia de luz e calor. Seu rosto em formato de coração cheio de alegria repentina fez o orgulho feroz de Damon tornar-se intoxicante. Ele e somente ele tinha a salvo da morte iminente. Seu corpo cheio de veneno tinha sido curado por ele; foi o seu sangue que a curou.


E então a coisa estranha do inchaço explodiu.


Havia, para Damon, um palpável, se não audível, estalo a medida que a pedra revestindo sua alma explodia e um grande pedaço caia. Libertando o seu ser.


Com alguma coisa dentro dele cantando uma melodia dos anjos, agarrou Bonnie para si, sem importar em estar molhando-se. Apenas desejava sentir o corpo leve de Bonnie em contato com o seu.


Apertou-a em seus braços como se precisasse de seu sangue, como se estivessem em um mar tempestuoso, eclipsado por uma tempestade de furacões e soltá-la, significasse perdê-la.


Para sempre.


As rachaduras continuaram espalhando-se por seu corpo, transformando em pó toda a pedra; iria explodir completamente, deixando o verdadeiro Damon despertar. Rachaduras estavam se espalhando em todas as direções, pedaços de pedra voando para longe...


E aquilo era tão bom.

Tão sublime.

Tão único.


Até que Bonnie o empurrou para longe. Afastando-se completamente de si.

Surpreendendo-o.


Ela tinha uma força surpreendente para alguém com uma estrutura tão frágil. Sua expressão tinha mudado radicalmente de novo: agora seu rosto mostrava apenas medo e desespero e repulsa.


Sim, repulsa.


— Socorro! Alguém, por favor, ajude! - Seus olhos castanhos estavam enormes e agora o rosto estava branco novamente. Sem cor. — Por favor, ajudem. Ele me ouviu chamá-lo, implorar por sua ajuda, mas só observou. Ele ficou parado e observou todos nós morrendo. – As lágrimas caiam abundantemente, enquanto ela soluçava e segurava a toalha em torno de seu corpo. — Por favor, tirem ele de perto de mim!


Houve um silêncio. Damon teve a chance de negar a acusação; mas por que se preocupar? Stefan seria capaz de avaliar a verdade daquilo. Talvez Bonnie, também.


Repulsa estava voando de rosto para rosto, como se fosse uma rápida doença contagiosa.


— Você está segura. - Meredith aproximou-se de Bonnie, cobrindo-a com uma toalha enxuta. — Stefan está aqui. Eu estou aqui. Matt está aqui. Não precisa se preocupar com nada.


— Fora. - Stefan olhava-o duramente.


Dispensado como um cão, Damon sentia-se um nada.


As pedras estavam juntando-se, novamente, na velocidade da luz em torno de sua alma. Essa pedra era notavelmente rápida para se consertar e uma camada extra foi adicionada, fazendo o muro tornar-se intrasponível. Indestrutível.


Naquele momento, algo, desta vez doloroso, quebrou-se dentro dele. E aquilo causou uma sensação incômoda.


Seus rostos eram ainda os mesmos enquanto Damon saia do pequeno cômodo que comportava pessoas demais.


[...]


Flashback off.


“Quem manda ser idiota, Salvatore? É isso que ganha por querer bancar o bom samaritano.”

Resmungou para si mesmo. Que o mundo explodisse e tragasse aqueles ingratos. Principalmente ela... Aquela... aquela pirralha mimada. Que ela ficasse com o idiota do Mutt. Quem liga?


“Você, babaca.” Sua mente debochou.


Escutou a porta do quarto bater, mas não deu-se ao trabalho de abrir os olhos. Se fosse Stefan... Estava mesmo com vontade de uma boa briga e — nada melhor que quebrar a cara de seu “querido” irmãozinho. Não estava nem aí se isso incomodasse Elena. Ela que explodisse com os outros.


— Damon... – Já estava mesmo louco ou bêbado – afinal, bebera meio litro de whisky, não que o álcool tivesse algum efeito em seu organismo – para estar ouvindo a voz da Passa... Quer dizer, da McCullough.


— Damon... Damon...


Sentiu uma pequena mão tocar seu ombro, fazendo-o abrir os olhos de repente e deparar-se com grandes olhos castanhos, encarando-o com receio, arrependimento, angústia e... outro sentimento que não soube identificar. Mas surpreendeu-se em não enxergar aquela sombra de medo e terror que assolou aquelas feições angelicais, dias atrás.


— O que está fazendo aqui, Bonnie? – Questionou friamente, sentando-se na cama. — Veio me acusar do quê dessa vez?


— Eu... eu... – A viu respirar fundo e fechar os olhos. — Você me odeia não é mesmo?


A pergunta dela o pegou de surpresa. Ele a odiava? Se fosse qualquer outra pessoa, Damon com certeza odiaria, desprezaria, nem ligaria... Mas ela era Bonnie, a pequena e frágil humana que chegou em sua vida de repente, revirando sua vida do avesso.


E tudo piorava quando ela o olhava com aquele grandes olhos inocentes e cheios de lágrimas...


“Desde quando me tornei tão... imbecil?”

— Eu sinto muito... muito mesmo por tê-lo tratado daquela forma... – Ela dizia tudo rapidamente, sem ao menos respirar. Seu rosto banhado em lágrimas. — Mas eu... eu... fiquei muito triste pela forma como você agiu...


— Eu não sabia que eram vocês que estavam dentro daquele carro. – Interrompeu-a com uma ironia latente.


— Damon... – Murmurou desolada. — Meredith me contou o que você fez para salvar-me. Você poderia simplesmente ter deixado que eu morresse, no entanto... Você deu-me o seu sangue, quando poderia ter bebido o meu.


— Como eu já disse uma vez... sangue envenenado não faz o meu tipo. – Levantou-se da cama, parando em frente a frágil figura ruiva.


O perfume de jasmim embriagava seus sentidos. O cheiro do sangue dela era a melhor essência que já havia sentido. Se fosse qualquer outra pessoa, Damon não se importaria em sugar até a última gota daquele sangue. Todavia, jamais seria capaz de fazer aquilo com ela. Só de imaginar não poder mais ouvir a voz melodiosa, as batidas – que reconheceria em qualquer parte do mundo, mesmo que estivesse em meio a milhões de pessoas - daquele coração, que naquele exato momento batia descompassadamente, Damon sentia-se sufocar.


Era estranho tudo aquilo. Sabia que sentia algo forte por aquela pequena criatura, no entanto, não sabia nomear o que era.


Sentia-se extremamente vulnerável na presença dela. E a odiava por isso. Odiava-se por deixar sentimentos humanos tomarem conta de si.


Era patético. Idiota.


— Damon... Sei que tem todo o direito de não querer mais saber de mim, de não querer mais me ver, mas quero que saiba que... – A viu respirar fundo e mirá-lo fixamente. — Você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida... E se houvesse algo que mudaria, seria o momento em que o tratei daquela forma, quando a única coisa que fez foi cuidar de mim.


Ele somente a observava em silêncio. Sem saber o que dizer, o que pensar, o que sentir.


As pedras em torno de seu coração ainda estavam em pé. As rachaduras formando-se. Aquilo era sufocante. O desnorteava.


— Eu te amo, Damon. Eu te amo como jamais amei, ou pensei amar alguém na minha vida.


“Eu te amo...”

“Eu te amo...”

“Eu te amo...”

“Eu te amo...”

Aquelas três palavras o pegaram de surpresa, nocauteando-o. Nem mesmo quando Katherine, aquela que julgou amar, disse aquilo, o deixou dessa forma. Talvez porque soubesse que tudo o que saia da boca daquela víbora era mentira.


Somente uma pessoa havia falado aquelas palavras de coração para ele. Somente uma pessoa o amou sem interesse algum. Somente uma pessoa dava aquela sensação de paz à ele. E essa pessoa foi sua mãe.


Isso até aquela bruxinha ruiva, de grandes olhos castanhos inocentes e rosto em formato de coração entrar em seu caminho e bagunçar toda a sua vida.


E derrubar por terra todas as suas certezas.


De repente a muralha de gelo começou a trincar pouco a pouco, fazendo a geleira em torno de sua alma ir derretendo a medida que entendia o significado daquelas palavras.


— Sei que sou uma idiota por sentir isso, mas também não espero que corresponda os meus sentimentos. Até porque você jamais se interessaria por alguém tão insignificante quanto eu.


Ela aproximou-se e tocou o rosto dele com as pontas dos dedos, fazendo uma estranha corrente elétrica atravessar seu corpo.


— Desejo que seja feliz. Se você for feliz, eu também serei. – Afastou-se dele e desviou o olhar. — Obrigada por tudo, Damon.


Ela virou as costas e começou a afastar-se. Não soube em que momento seu corpo moveu-se, mas quando percebeu já estava entre ela e a porta.


Já estava cansado de lutar contra o que sentia por aquela pequena criatura. Era como se ela fosse um imã puxando-o em sua direção.


Irresistível.


— Não sei que tipo de bruxaria você fez Passarinha...


— Do q...


Colou seus lábios. Primeiro um simples selinho, apenas reconhecendo. Uma de suas mãos apertou lentamente, muito lentamente a cintura de Bonnie. A outra já estava na altura de seu pescoço, afundando os dedos na raiz dos cachos avermelhados. A pele quente de encontro a frieza da sua, fez o pequeno e frágil corpo estremecer.


Lentamente, Damon encostou sua testa na dela. Seus narizes roçaram por uns segundos, depois tocou levemente os lábios rosados com sua boca. A sentiu estremecer novamente, quando sua língua quente e molhada lambeu seu lábio inferior, antes de beijá-la.


A cada movimento de seus lábios nos dela, um calor insano os envolvia. Uma vontade mais forte que já havia sentido, fazia com que seus braços a apertassem contra seu corpo, colando ao seu.


As barreiras haviam caído por terra. Nada mais restava. Apenas aquela sensação de plenitude, de paz, de amor.


Ele não pensava mais em nada. Na verdade não conseguia. Eram os dois. Parecia que o mundo a sua volta havia silenciado, como se nada mais existisse. Nada mais existia, nada mais importava.


Somente sua pequena pássara ruiva.





“É como se pudesse caber o mundo todo num sentimento, resumir minha vida em um momento, isso é ter sempre uma pessoa no pensamento, é amar. É querer estar do teu lado. Eu me sinto possível, me sinto incrível, eu me sinto bem. Te querer é precisar, é como respirar, não há como parar uma vez que você descobre o que é o ar. Teus beijos são o meu alimento, seu abraço o calor que me mantém viva. O amor que me dá vida, o teu nome a coisa mais linda. Te quero como não existe outro querer, te vejo como o sol nunca brilhará, você tem uma alma tão pura no teu ser, uma alma que foi feita para a minha encontrar.”

(O teu amor, o meu amor)















Fim!


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?



Bjs