P.O.V Mary

Saí da aula e fui para o Grande Salão, para jantar.

Me sentei na mesa e comecei a conversar com Rose, colocando a comida no meu prato.

—Nossa! Já estava quase me esquecendo de te contar! Scorpius me chamou para um encontro nessa quinta e não faço a menor ideia do que usar!

—Espere aí! Você está me pedindo dicas de roupa? Em que universo paralelo estamos?

Ela me olhou com uma cara feia e disse:

—Também nunca imaginei que iria perguntar isso... Mas então, você topa?

—Claro que sim sua boba!

Comecei a comer e quando terminei fui andando com Rose até a Sala Comunal.

Rose se sentou no sofá e começamos a conversar. Enquanto conversávamos, olhei no meu relógio e disse:

—Rose, preciso fazer meu dever para depois me arrumar para a patrulha.

—Sem problemas! Depois terminamos a conversa!

Peguei meu dever de História da Magia e comecei a fazê-lo. O terminei e fui tomar um banho. Coloquei minha roupa, penteei meu cabelo e fiz um coque baixo, para dar um ar de autoridade e me senti mais madura.

Fui para o local onde iria começar a patrulha, num corredor perto da Sala Comunal da Lufa-Lufa.

Cheguei no lugar e o sonserino ainda não tinha chegado! Bufei e me sentei em um banco no corredor. Esperei por uns 20 minutos e ouvi passos apressados pelo corredor. John apareceu quase derrapando no chão liso do corredor. Se estabilizou, arrumou sua roupa e disse:

—Me desculpe pelo atraso, errei o lugar... Vamos?

—Tente não errar da próxima vez. Vamos.—Disse—Lumus!

Com somente a iluminação de nossas varinhas, começamos a patrulha.

Depois de um tempo em silêncio, começamos a conversar. Ele tentava me paquerar, mas eu fingia que não ouvia e continuava o assunto.

Achamos um casal da Grifinória dando uns amassos e uma menina da Corvinal lendo nos corredores no decorrer da patrulha.

Estava faltando uma meia hora para a patrulha acabar, quando John disse:

—Já chega, Mary!

E ele prensou meus pulsos na parede do corredor.

—Me solte, seu animal!

Ele riu e chegou mais perto de mim.

—Diga que me ama logo, docinho.

Estava me debatendo, tentando tirar meus pulsos de suas mãos, mas ele era mais forte.

E ele me beijou.

Uma onda muito forte de nojo passou sobre mim e tive vontade de vomitar.

Aí tive uma ideia.

O chutei no lugar onde nenhum menino gostaria de ser chutado.
Ele urrou e se contorceu de dor, me soltando. Me recompus e dei um chute na barriga dele. Ele caiu no chão do corredor, peguei a gola da blusa dele e o puxei para perto, dizendo:

—Isso é para você aprender a nunca mais OUSAR PENSAR em me beijar.

Basicamente cuspi essas palavras nele, com um misto de raiva e nojo.

O soltei, me virei e saí andando, voltando à patrulha.